Sweet Christmas escrita por Frost


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, essa shot nasceu para ser um especial de natal meu, porém está sendo postada agora porque sim.
segundo, ela pode vir a se tornar uma fanfic, Sweet C pode virar Sweet Lie, já estou com planos pra isso, então só depende.



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O inverno estava rigoroso aquele ano, e Barry se sentia ainda mais solitário. A noite estava fria e úmida, e ele podia sentir os flocos de neve grudar nos seus fios de cabelo castanhos.
Estava frustrado e confuso, viu-se incapaz de dizer o que sentia à Iris. E como ele podia estragar toda aquela felicidade? Após a sua chegada de Star City, ele tentou parecer genuinamente feliz por ela e Eddie, e depois de receber o convite de casamento e junto dele a proposta de passarem o Natal juntos, Barry realmente acreditou que pudesse ter superado. Que ele poderia passar o Natal junto de Iris e Eddie, e que poderia pelo menos fingir que estava confortável com aquilo. Mas é claro que ele não conseguiu, nem por um minuto.

Entrou em um dos seus lugares favoritos na cidade, a música natalina preencheu seus ouvidos assim que atravessou a porta. Se sentou em uma das cadeiras e observou a garçonete se aproximar com um sorriso amigável, que ele tanto conhecia. Não queria comer ou beber, queria apenas ficar sentado no lugar que sua mãe costumava trazê-lo depois da escola, queria apenas sentir um pouquinho da esperança que o natal prometia. E sabia, que, ali pelo menos acharia um pouco de paz.

—Olá, meu nome é Caitlin em que posso ajudá-lo? — a garota lhe lançou um sorriso divertido, enquanto tirava a caneta do bolso de trás da sua calça jeans.

Barry revirou os olhos e riu.

— Você não deveria está em Hub City agora? — ele perguntou, Caitlin balançou a cabeça antes de sentar na cadeira a sua frente — Você me prometeu que iria.

— Eu não te prometi nada, Barry — ela brincou com o pote de sal em nervosismo — você sabe que não ia dar certo.

Ele respirou fundo antes de cruzar os braços, ela observou o semblante fechado do amigo. Algo que não era normal para ela.

— Por que diabos você não está na festa da Iris?

— Eu quase estraguei tudo, você sabe.

— Você disse o que sentia? —ela perguntou, rodando o potinho de sal com o dedo. — Você estragou o noivado dela?

— O quê? Claro que não! Você sabe que eu nunca faria isso.

— Então? — Caitlin devolveu o potinho de sal ao cesto no centro da mesa, e voltou a olhar para Barry — Você simplesmente vai deixá-la ir?

—Você não pode deixar ir alguém que nunca quis ficar, Caitlin — falou, dando de ombros.

— Certo, então você simplesmente vai ficar aí e passar seu Natal se lamentando? — Caitlin se inclinou sobre a mesa e apoiou o queixo em uma das mãos.

—Talvez?! — Ele disse, abrindo um sorriso em seguida — ou talvez a gente possa sair por aí.

— Barry Allen, eu adoraria — ela juntou as mãos entusiasmada — Já estava pensando que ia ter que passar o natal ouvindo Nate cantar Jingle Bell rock. E está nevando. Neve, Barry.

Ela riu e Barry sorriu abertamente, ele gostava de como Caitlin parecia uma criança de cinco anos no Natal.

— Nós podemos jantar se você quiser — ele sorriu.

— Sou uma péssima cozinheira, Barry.

— É claro que você é — ela revirou os olhos —,eu posso cozinhar alguma coisa.

— Não senhor, vamos realmente sair por aí.

—O que você quer dizer com “sair por aí”? — ele questionou, erguendo uma sobrancelha

— Vamos tentar encher a cara! — ela riu.

— O que estamos esperando Snow?!

Caitlin bateu palmas animadas, e Barry se animou um pouquinho com a ideia de ficar bêbado.

—Obrigada Barry, achei realmente que ficaria sozinha. — ela disse sorrindo, depositando um beijo terno na bochecha do amigo.

[...]

—Bartholomew… — Caitlin fez um pequeno sorriso — Eu gosto do seu nome, Barry.

— Achei que já tinha te contado o meu nome — debruçou-se sobre o balcão, enchendo seu próprio copo de vodca.

— Não, você não me contou nada sobre esse nome — ela riu, virando o copo de tequila de uma vez — Então, o que aconteceu? — Barry ergue a sobrancelha confuso — Com a Iris, Barry.

— Eu continuo cometendo o mesmo erro — suspirou— Todas as vezes que Iris cai, eu estou lá para pegá-la. É patético, eu fico imaginando que as coisas vão mudar, mas elas nunca vão. Sou destinado apenas a ser o bom amigo.

Caitlin balançou a cabeça negativamente, ela odiava o fato de Barry correr como um cachorrinho sem autoestima atrás de Iris. Não que ela odiasse a jornalista, ela só odiava o fato dela ter todo o amor de Barry e não aproveitar.

— Você sabe que fez a coisa certa Barry, ela realmente gosta do Eddie.

—Ela nunca iria deixá-lo não é?

Caitlin respirou fundo e balançou a cabeça negativamente.

— Nós dois temos sérios problemas — Caitlin riu — Qual é? Estamos na casa dos 20. Deveríamos nos divertir. Sair com outras pessoas. Ter vários encontros. E não ficar choramingando pelos cantos como estamos fazendo agora.

— Bom, eis aqui a bebida da coragem — Barry disse, levantando um copo de vodca e bebendo todo o conteúdo em seguida.

— Então… — Caitlin abriu um sorriso levantando o copo de tequila para um brinde — prometa que essa vai ser a melhor noite de natal que já tivemos.

Barry riu chacoalhando a cabeça, repetindo o gesto da amiga com o copo vazio.

— À melhor noite de natal que já tivemos.

—Deus, eu vou ficar muito bêbada — virou o short — muito, muito bêbada.

[...]

Cause you feel like home

You're like a dream come true

But if by chance you're here alone

Can I have a moment

Before I go?

Cause I've been by myself all night long

Hoping you're someone I used to know

— Barry você tem certeza que aquela não era Madonna? — questionou numa voz arrastada que ecoou pela casa vazia.

—Claro que não, por que diabos a Madonna iria estar bebendo em um pub de Central City. No Natal! — Barry respondeu, sentando ao lado da amiga no sofá.

Caitlin começou a tirar seus sapatos, que já estava a matando a horas. Sabia que não estava no seu apartamento, mas precisava se ver livre daquelas malditas sandálias.

—Eu sinto muito por Iris — ela começou—, ás vezes eu quero bater nela sabia?

Barry sacudiu a cabeça, negando. Não esperava que ela começasse a conversa sobre Iris agora.

—Olha só pra você, Barry. Não merece isso —Ela fez um bico infantil, que Barry achou extremamente fofo. O moreno a abraçou, fazendo Caitlin soltar uma risadinha.

— Não vamos falar de nada esta noite — ele disse, beijando os cabelos da amiga — Nada de Iris.

— Nada de Iris! — ela repetiu — Barry?!

—Hum?

—Você não está ouvindo a música? —ela sussurrou.

Barry riu com a lembrança daquela frase. Quando eles se conheceram há sete meses atrás, Caitlin estava passando pela pior fase de sua vida. Ele tinha entrado no café apenas para esfriar a cabeça, já era tarde e o lugar fecharia dali a poucos minutos. Mas quando Caitlin o viu, sozinho e a ponto de chorar. Ela simplesmente permitiu que ele ficasse ali enquanto ela empilhava as mesas e limpava o que tinha para limpar. Fora a noite mais estranha para ambos. Eles eram completamente estranhos um para o outro, e mesmo assim se abriram. Caitlin contou que estava enfrentando com sua mãe e seu pai. Já ele falou o que enfrentava com Iris e seu amor pela melhor amiga.

Eles haviam se conhecido no escuro, e, naquela noite Caitlin o animou e o colocou para dançar músicas silenciosas. Ela o fez se sentir como se ele fosse suficiente.

— Eu posso ouvir — ele disse baixinho.

—Nós dançamos Adele lembra? — ela riu, se aconchegando no peito do amigo.

—Naquela noite, nós dois fomos o suficiente — ele disse — Eu deveria ter te conhecido antes, pouparia muita coisa.

— As coisas nunca são como queremos Barry, você a ama — ela suspirou — ela já quebrou seu coração mil vezes, e mesmo assim, você a ama.

— Eu não sei — ele confessou — eu realmente a amo, Caitlin?

— Eu estou indo para Hub City —ela confessou, segurando a lágrimas que queimavam seus olhos — vou destrancar a faculdade.

Barry segurou o queixo dela, para que pudesse olhá-la nos olhos. Os olhos esverdeados dele fora o suficiente para as lágrimas começarem escorrer pelo seu rosto. O moreno se sentiu amolecer, e com carinho limpou algumas lágrimas.

— Dance comigo, Cait — ele sussurrou.

— Eu não sei dançar — ela riu docemente — Eu quase te deixei sem um dedo.

— Vamos, você não estará aqui para a festa de fim de ano — disse se levantando.

Caitlin respirou fundo antes de levantar do sofá em um pulo, Barry a segurou pela cintura e sorriu gentilmente.

You look like a movie

You sound like a song

My God, this reminds me

Of when we were young

Juntos eles começaram a dançar sem música. O cheiro de Barry a embriagava, ela tinha quase certeza que havia morrido e entrado no céu. Deus! Ela realmente o amava. O pensamento a fez estremecer. Não podia amá-lo, ela nunca seria o suficiente para ele. Barry respirou o cheiro suave que o cabelo de Caitlin emanava, ele estava mais confuso do que antes. Sabia que amava Iris, e isso era incontestável. Mas o que ele sentia por Caitlin? Ela era incrível, mas ele não podia simplesmente pedir para que ela fique, para que ela espere até ele se resolver. Era injusto e egoísta demais.

    Caitlin o puxou para mais perto, por um minuto ela tinha certeza que estava sóbria como uma pedra. Ela se afastou dos braços dele apenas para olhar seu rosto, o rosto que ela aprendeu a amar em silêncio, os olhos que ela tanto adorava. Estava perdida. Barry estava ali a olhando como se ela fosse algo frágil que precisava ser protegida, e por mais louco que fosse, ela queria que ele a protegesse.

Let me photograph you in this light

In case it is the last time

Ela sentiu os dedos de Barry roçarem as laterais do seu rosto, ele queria senti-la, ter certeza que aquilo tudo era real. O moreno aproximou-se lentamente do rosto dela. Passando os lábios suavemente sobre os dela. Caitlin estremeceu. Barry depositou pequenos beijos nas laterais do seu rosto. As mãos a prendia fortemente junto ao seu corpo. Caitlin diminuiu o espaço entre eles com a pouca força que lhe restava. Seus lábios finalmente chegaram aos seus. A sensação completamente nova fluir por todo o corpo da morena. Tentou dizer para si mesmo que aquilo era errado, mas seu corpo e seu coração, gritava para sua mente calar a maldita boca e simplesmente deixar que as coisas rolassem.

    Barry segurou o rosto delicado entre as mãos e avançou em um único movimento. Cobriu os lábios dela como se dependesse daquilo para viver, e talvez, naquele momento, ele dependesse. Ela enterrou os dedos nos cabelos dele, segurando-o com força. Sentiu suas costelas se chocarem com o macio do sofá.

Ele se separam apenas para recuperar o ar perdido. Olharam-se por um finito momento. Caitlin olhou fundo naqueles olhos, e mergulho no verde, assim como ele se perdeu no castanho amendoado. Caitlin sentiu seu mundo desprender do eixo, ouviu Barry emitir um som rouco, vindo do peito, na medida que o beijo se aprofundava.

Estou tão perdida – pensou

I was so scared to face my fears

Cause nobody told me that you'd be here

Sentiu quando ela abriu os botões de sua camisa com agilidade. Estremeceu quando as mãos dela tocaram sua pele, trazendo o calor. Sabia que estava perdido naquele momento. Delicadamente a levou para seu quarto, enquanto beijava seus lábios com delicadeza.

—Deus — Barry ofegou, passando a beijar o pescoço dela — o que está acontecendo?

Ela não soube responder. O único som que conseguiu emitir foi um gemido baixo de permissão e entrega absoluta.

Barry esqueceu quem era, o que faziam, e o que ambos eram um para o outro.

'''Que ziper dos infernos’''' — ele pensou.

— Barry? — ouvia-a dizer, sentiu seus dedos incertos, ansiosos pelo ridículo esforço de abrir um simples vestido, então sem perder tempo ou sem nem mesmo respondê-la, empurrou-a contra a cama.

— Barry Allen — a voz de Caitlin era rouca e baixa, como um condenado implorado por sua vida— por favor, me ame!

— Você tem certeza? — ele perguntou, docemente.

— Toda a certeza do mundo — respondeu, abrindo um sorriso.

Barry voltou a beijá-la docemente, nunca pensou em Caitlin Snow daquela forma, ele sabia que aquilo seria a coisa mais errada que faria na sua vida, talvez estragaria uma amizade que ele tanto preza, mais naquele momento, ali, com Caitlin completamente exposta, ele não pensou em nada, apenas sabia que queria amar incondicionalmente aquela mulher pelo menos aquela noite.

      [...]

Ela acordou primeiro e lentamente, virou seu corpo, tentando fazer o mínimo de movimento possível. Observou o rosto sereno do rapaz enquanto dormia, adorava vê-lo assim — tranquilo — era como se nada pode-se abalá-los. Acariciou seus cabelos lentamente perdida nos seus pensamentos de que poderia ficar naquela cama para sempre. Após alguns longos minutos sentindo seu toque, Barry a envolveu com os braços e encontrou a curva do seu pescoço, sentiu o cheiro de morango dos seus cabelos o fez lembrar de como eles foram parar naquela cama.

—Você está me observando dormir? — murmurou ainda de olhos fechados.

— Só estou tentando não perder nada — deu de ombros, ele abriu seus olhos turvos e acariciou sua bochecha — eu vou sentir sua falta, Barry.

— Ainda seremos Barry e Caitlin amanhã, certo? — ele perguntou baixinho, ela sorriu. Não importava onde eles estivessem ou com quem estivessem, ainda assim, sempre seriam Caitlin e Barry. Eles sempre teriam um ao outro. Sentiu as lágrimas começarem a se formar, piscou os olhos deixando que elas rolassem pelo seu rosto.

— Em todos os universos possíveis — ela sorriu docemente com a voz embargada.

— Eu sempre estarei aqui, sentindo sua falta — ele riu — por que essa coisa toda tem que ser tão difícil? Nós dois somos incríveis justos, por que não estamos juntos?

— Porque você ama a Iris — ela riu sem ânimo — porque simplesmente não daria certo, eu estou indo para Hub City e você vai ficar aqui, e se formar. Eu sou uma pessoa ferrada você entende?

Ele a olhou em silêncio, e ela continuou.

— Você só está confuso. Olha só pra mim Barry. Nós dois estamos quebrados, um mais do que o outro, e Íris é a mulher que você deseja.

— Eu devia ter te chamado pra jantar aquela noite, eu queria poder mudar as coisas.

— Mas você não pode — ela riu, enxugando as lágrimas com a mão — mas eu não quero que essa noite acaba com lamentações, Barry.

— Ainda é Natal — Barry sorriu de forma doce — eu ainda não te dei seu presente.

— Você me deu muitas coisas essa noite, Barry Allen.

— Você é linda — ele disse sério, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

— Por favor, não se apaixone.

Barry riu, a puxando contra seu peito e a beijando suavemente. Era daquilo que precisava, dos lábios de Barry contra o seu, dos seus braços a mantendo-a segura. Caitlin havia encontrado o seu porto seguro, e infelizmente ele não era seu.

— Feliz Natal, Barry Allen — ela sussurrou com a testa colada na dele.

— Feliz Natal, Caitlin Snow.

Na semana seguinte embarcou em um trem para Hub City.

Preferiu que Barry não a levasse na estação, como ele tinha planejado fazer. Ela odiaria ter que se despedir. Seria doloroso. E ela provavelmente amoleceria, e jogaria tudo para o alto. Mas não podia, não podia mais fugir da sua mãe e do fantasma do seu pai. Não podia mais servir cafezinho quando podia estar se formando e seguindo a carreira que sempre sonhou. Não podia mais ter medo. Sua chegada a sua cidade natal foi impactante, sentiu o desespero tomar conta assim que colocou os pés para fora daquele trem. Os olhares de desprezo da sua mãe não a fizeram fraquejar nem por um minuto, estava decidida em seguir o legado do seu pai. Destrancou a universidade de medicina. Em central City nunca precisou usar o dinheiro que herdara para viver, e em Hub City não foi diferente. Arrumou um emprego que sua tia havia lhe havia arrumado, mudou-se para um pequeno apartamento no centro, que dividia com mais duas alunas da faculdade. Tentou realmente seguir em frente. E conseguiu. Pelo menos nos três primeiros anos…


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Notas finais do capítulo

Minha primeira one, fiquei muito feliz de finalizar alguma coisa na vida. Enfim, obrigada a Adele por me ajudar a escrever com suas músicas maravilhosas. Espero que tenham gostado ♥



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