Precisamos Falar Sobre James escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 3
2. Precisamos falar sobre família


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez, eu não demorei tanto, não é mesmo?
Muito obrigada pelos comentários (e que comentários ♥)
Um beijo para todas as meninas do Jily Squad que morreram de rir com o print que tirei da conversa entre a Marlene e a Lily.
Toda vez que eu estou escrevendo um capítulo, eu tiro um print da minha parte favorita (um pequeno print) e posto no Twitter. Portanto, se quiserem ter uma pequena prévia antes de todo o capítulo postado, me sigam lá: @Clenery.
Beijos também para as leitoras fantasmas, tipo a Nalla, que leu e não comentou. Estou de olho em vocês ;)
Esse capítulo ficou um pouquinho grande demais, mas espero que isso não seja um problema para vocês, já que tem várias partes constituídas por conversas de WhatsApp.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo!



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[Domingo de manhã]

Lily abriu os olhos, incomodada pela claridade, que entrava pela janela descoberta, e com um princípio de torcicolo, o qual ela já estava acostumada. Pegou o celular de dentro da mochila, jogada ao lado da cama, olhando o horário.

“Duas horas de sono. Parabéns, Lily” ela coçou os olhos, tentando mantê-los abertos “Esse deve ser o seu mais novo recorde”.

Olhando por cima do ombro que não latejava, ela viu que todas as suas amigas ainda estavam caídas no sono. Tonks tinha esquecido de tirar os óculos de leitura antes de dormir, e ela precisou segurar a tentação para não tirar uma foto de Marlene, dormindo de boca aberta, no maior estilo Percy Jackson. Os olhos de Alice não eram visíveis por baixo do fino tecido que ela usava para cobri-los, pela dificuldade que tinha em dormir.

— Certo... — resmungou para si mesma, fazendo uma careta logo depois.

Pegando uma escova de dentes de sua necessaire, ela afastou-se do aglomerado de colchões e cobertas para ir ao banheiro, que ainda tinha sinais da nova cor de Tonks. A tesoura abandonada embaixo da torneira já começava a enferrujar, e Lily tirou-a do caminho para tirar o gosto ruim da boca.

A pior coisa de dormir na casa de outra pessoa era quando ela acordava mais cedo que a pessoa em questão, e ficava sem ter o que fazer. Não importava quantas vezes fizesse isso, era sempre o mesmo sentimento, a mesma situação.

— Bom dia, Lily! — a avó de Alice já estava na cozinha, dissolvendo alguns remédios no copo d’água — Acordada tão cedo?

— Bom dia, senhora Fairfeather — respondeu Lily.

— Precisa de alguma ajuda?

— Não, obrigada. Eu já vou voltar para o quarto...

Na verdade, ela não sabia o que faria. Voltar para o quarto era uma opção entediante, mas ficar ali, sem ter o que fazer também era. Viu, de relance, a panela de pipoca em um canto da pia, fazendo-a sorrir levemente, lembrando-se de tempos em que a pizza que seu avô fazia era daquelas com pão de forma, em vez das prontas do supermercado.

Ficou observando o ambiente, mesmo quando a avó de Alice já tinha saído do cômodo, sentindo uma grande nostalgia. Era por isso que amava quando decidiam reunir-se ali. A casa dos Fairfeather era exatamente como Alice: cheia de plantas e flores, cores claras, e objetos modernos contrastando com a arquitetura refinada e antiga da casa. Bem diferente do estilo rústico e minimalista que ela lembrava ter na casa dos pais dela, quando ainda não tinha se mudado.

Aproveitando que estava sozinha, embora pudesse se arrepender depois, ergueu-se na bancada de mármore, aproveitando para amparar o celular, que não parava de vibrar.

 

Mãe

Online

Que horas você volta para casa, meu amor? (6:00)

Agora (6:24) ✓

 

Em outras ocasiões, ela ficava até o almoço. Se duvidasse, enrolava até a noite, mas tudo o que queria era voltar para casa, ter esperanças de conseguir voltar a dormir, ou passar esse tempo fazendo algo bom, como assistir a alguma série.

Sempre que tentava ver série com as amigas, havia alguém controverso, que não gostava da série sugerida. Tinham coisas que eram melhores quando feitas sozinhas.

Pegou uma pera da fruteira, antes de descer do balcão. Dando uma mordida na fruta, seguiu de volta para o quarto. Trocou de roupa rapidamente, sentindo falta da época em que podia sair na rua de pijama, sem receber bronca dos pais ou olhares censurados.

— Já vai? — sussurrou Alice, flagrando-a enquanto ela pegava a sua mochila, ainda comendo a fruta.

— Preciso dormir — respondeu Lily, sorrindo levemente.

Alice concordou com a cabeça, colocando o tecido novamente à frente dos olhos, e voltando a deitar a cabeça no travesseiro. Guardou aquela imagem das amigas na memória, como todas as vezes, antes de sair do quarto, fechando a porta silenciosamente.

 

[Domingo à tarde]

— Acorda!

Lily resmungou, cobrindo o rosto com o travesseiro.

Nesses momentos, ela arrependia-se completamente de decidir voltar para casa.

— Anda! — sentiu um tapa fraco na sua bunda — O Potter está ligando de novo.

— Manda ele ir para a... — ela começou a dizer, irritada.

— Lily Mary Evans! Isso é coisa que se diga à sua irmã? — a voz irritada de sua mãe surgiu na porta, e ela logo soube que tinha vacilado — Vai atender ao seu amigo!

— Para quê eu tenho celular, então? — Lily tirou o travesseiro do rosto, irritada.

— Vai ver o celular dele é tão evoluído que não tem a função de ligar — alfinetou Petúnia, sentando-se na ponta da cama.

Lily observou como a irmã mais nova encolhia-se diante do olhar fuzilante da mãe.

Doralice Evans era o tipo de mulher que tinha a aparência dócil, mas apenas suas filhas sabiam como o temperamento ruivo influenciava em seu modo de ser.

— Por que não falaram que eu estava dormindo? — resmungou Lily, pegando o seu celular para resolver aquela situação.

— Bem, porque você esteve fazendo coisas, realmente, muito estranhas ontem — Petúnia disse, solenemente.

Doralice segurou o riso, sob o olhar perscrutador da filha mais velha.

— Se eu dissesse que você estava dormindo na casa da sua amiga, era capaz de ele ir até lá — ela justificou-se — E estava claro que você não queria falar com ele.

— Talvez, por isso, ele não ligou para o seu celular — observou Petúnia.

— Eu vou resolver isso — disse Lily — Mas, olha, não vejo muita utilidade para um telefone fixo, francamente. Todos temos celulares, e quase ninguém liga para cá...

— Lily, já conversamos sobre isso — disse Doralice — Venha, Tuney. Deixe a sua irmã sozinha!

Petúnia mostrou a língua para Lily, antes de seguir a mão para fora do quarto.

— Pirralha... — a ruiva murmurou para si mesma, embora sorrisse levemente.

 

James Potter

Online

A casa pegou fogo? (14:30) ✓✓

Alguém morreu? (14:30) ✓✓

A Dorcas te traiu? (14:30) ✓✓

Você viu o Sirius e a Marlene se pegando? (14:31) ✓✓

Não (14:32)

Eu quem deveria te perguntar (14:32)

Onde que você se meteu (14:33)

Estive te procurando o dia inteiro (14:33)

Eu não te devo satisfações (14:35) ✓✓

Não deve? (14:35)

Você furou comigo! (14:36)

Você se atrasou (14:36) ✓✓

Era para ser uma saída entre amigos (14:36) ✓✓

Sem namoradas inclusas (14:36) ✓✓

Desculpa! (14:37)

Eu já te pedi desculpas! (14:37)

Quantas vezes terei que pedir? (14:37)

Tanto faz (14:38) ✓✓

Se você ficou me ligando para isso (14:38) ✓✓

Estou viva (14:38) ✓✓

Pronto (14:38) ✓✓

O que deu em você? (14:40)

Que droga, Evans! (14:40)

 

Hogwarts ⃣

Sirius Black está digitando...

 

James Potter

Sinceramente, eu não consigo entender vocês, mulheres (14:41)

Indireta recebida com sucesso (14:41) ✓

Sirius Black

Que bola fora, hein? (14:42)

 

Marlene McKinnon

E nós não conseguimos entender vocês, homens (14:43)

Pronto! Ninguém se entende! (14:43)

 

Como Marlene já estava acordada, era um mistério. Quando ela dormia tarde, era capaz de acordar somente às cinco da tarde (isso já aconteceu uma vez).

Depois de ter respondido a James, sentindo uma pontada de pena pelo modo como estava o tratando, mesmo achando que ele merecia, embora não entendesse exatamente o porquê, ela resolveu sair do WhatsApp, vendo que aquela conversa renderia.

Acessou rapidamente o Instagram para ver as fotos que Tonks postou com o cabelo azul claro, imaginando o que aquilo proporcionaria no dia seguinte.

Apesar de segunda-feira ser um dia terrível, ainda era o de melhores aulas, o dia mais tranquilo. Seja lá quem organizava os horários, era bem benevolente para o começo da semana, mesmo porque não faria sentido colocar aritmética nos primeiros tempos, onde todo o tipo de aluno descansado e de ressaca assistiria. Era mais sensato que benevolente.

Só tinha um pequeno problema: Dorcas era da sua turma.

Por causa das conversas excessivas que tinha com Tonks nas aulas de inglês, o professor decidiu que seria uma ótima ideia trocá-la de turma com a que viria a se tornar a namorada de James.

Lily tinha a impressão de que, com o seu novo relacionamento, Dorcas não seria tão indiferente a ela quanto costumava ser, e era o que ela mais temia.

Levantou-se da cama, tendo uma ideia repentina. Quando saiu de seu quarto, foi direto para a porta à frente, que estava fechada, até que ela abriu-a.

— Ei! E se eu estivesse nua? — exclamou Petúnia, indignada.

— Você não tem nada que eu já não tenha — respondeu Lily, divertida — Aliás, eu tenho coisas que você ainda não tem.

— Peitos é que não são.

Ela franziu o cenho, observando como sua irmã a encarava com um sorriso debochado no rosto.

— Você sabe que é de família, né? — Lily levantou uma sobrancelha.

— Eu ainda posso te encher por causa disso — Petúnia deu de ombros — Mas fala aí... O que aconteceu?

A ruiva fechou a porta, sentando-se a um lado da cama da irmã.

— Lembra da Dorcas?

Petúnia deixou o headphone apoiado no pescoço, prestando mais atenção no que Lily falava.

— O que tem ela? — perguntou, lentamente.

— Ela estava namorando com um dos amigos do James, o Remus — disse Lily, fazendo a irmã revirar os olhos para ela — Certo, você não o conhece, mas o que importa é que ela terminou com ele, e agora está com o James.

Petúnia pegou o celular de cima da mesa de cabeceira rapidamente, e Lily pôde vê-la digitando “Dorcas Meadowes” na busca do Facebook.

— O que você...? — perguntou Lily, passando a mão pela testa.

— Quando você diz que ela está com o James... — Petúnia interrompeu-a.

— Sim, eles estão namorando — disse Lily.

— Ela fez plástica no nariz? — perguntou a loira, passando o dedo pela tela — Ela era tão sem sal!

— Pois é, mas parece que agora ela está passando o rodo em todo mundo.

Petúnia tirou o olhar da tela do celular, focando-o no rosto da irmã.

— Olha, Lily, tome cuidado. Sempre teve um lance mal resolvido entre vocês... E eu não quero que você saia prejudicada por causa dela — ela disse.

— Não vou — Lily levou a sua mão para o celular da irmã, tirando-o do seu campo de visão — E você tome cuidado para onde mandar mensagem.

— Fala sério, Lily! Mandar mensagem? — Petúnia revirou os olhos — Temos internet para quê?

— Então, não tome vírus. Se você tiver que trocar de celular novamente, papai é capaz de te esganar.

— Você nunca vai esquecer disso, não é?

Lily apenas sorriu, deixando uma resposta bem clara.

Quando Petúnia tinha oito anos, insistiu tanto com os seus pais que ganhou o seu primeiro celular, mas ela não era muito cuidadosa com ele. Então, em um programa de televisão, ela viu uma propaganda sobre fazer inscrição por SMS para alguma coisa, e resolveu testar. Desde então, todos os créditos que eram colocados no seu celular eram “comidos” rapidamente, o que fez com que ela tivesse que trocar de celular e número.

— Eu queria saber o que você fazia com o seu primeiro celular — murmurou Petúnia, descontente.

— Se liga, garota! Na minha época, nem tinha celular! — disse Lily.

— Velha!

— Me respeita!

A porta abriu-se, e as duas calaram a conversa. Elas brigavam e se xingavam, mas entre si, sem os pais escutando-as, e tendo a possibilidade de receberem uma bronca.

— As minhas duas princesas conversando — Doralice sorriu, encostada ao batente da porta — Essa é uma visão que não tenho já faz um bom tempo.

— Não exagere, mãe — disse Petúnia, colocando o headphone novamente no topo da cabeça, embora Lily soubesse, há muito tempo, que ela fazia isso para não ser perturbada, ou seja, não tinha música alguma tocando.

— As minhas filhas vivem enfurnadas em seus quartos, dentro dos seus mundos tecnológicos — disse Doralice, sem parecer intimidada pela atitude da filha mais nova.

— Deixe de drama, mamãe — disse Lily, sorrindo — Eu sempre estou aqui.

— Você sim — ela disse, a voz mais baixa, como se fosse um segredo que apenas as duas pudessem saber, dando uma piscadela.

Lily notou, pelo canto do olho, como Petúnia revirou os olhos com isso.

— Estão adolescentes demais para não contarem mais as fofocas para a sua mãe? — perguntou Doralice, pressentindo que esse era o motivo de Lily ter ido até ali.

— Não é nada — prometeu Lily, dando um tapa leve na panturrilha de Tuney, antes de levantar-se da cama.

— Suponho que tenha conversado com James — ela disse, quando Lily já acreditou ter saído impune dessa conversa — Por que não o chama para vir aqui? Faz tempo que não os vejo reunidos, brincando.

— Brincando? Fala sério, mãe! — Petúnia desceu novamente os headphones, para justificar o motivo por estar falando novamente — A Lily tem dezessete anos. Dezessete! As minhas colegas de dezessete anos já transam!

Lily arregalou os olhos para a irmã.

— Quando eu tinha dezessete anos, ainda brincava de boneca — Doralice semicerrou ligeiramente os olhos — E a Lily não é que nem as suas colegas, que eu nem sabia que você tinha contato. Você não está muito nova para isso não, Tuney?

— É claro que Lily não é como elas — disse Petúnia, debochada.

Lily mostrou a língua para a mais nova, antes de sair do quarto, deixando a mãe terminar de interrogá-la.

Concordava completamente com sua mãe, Petúnia era muito nova para ter contato com as garotas mais velhas. Claro que isso sempre ajudava para que elas descobrissem as melhores fofocas, mas era algo que Lily deveria fazer, e não ela. Ou melhor, era algo que Marlene fazia.

O celular não parava de vibrar em seu bolso.

 

Marlene McKinnon

Online

[34 mensagens não lidas]

a (14:59)

a (14:59)

a (14:59)

a (14:59)

a (14:59)

a (14:59)

Pega esse celular (15:00) ✓✓

E enfia na vagina (15:00) ✓✓

Usa como vibrador (15:00) ✓✓

*emojis rindo* (15:01)

 

— E essa é a garota que você escolheu para ser a sua melhor amiga, Lily Evans — ela murmurou para si mesma, silenciando-a rapidamente.

Doralice abriu a porta de seu quarto, sem importar-se em bater, e Lily soube logo de onde tinha puxado essa mania.

— Vamos! Você não almoçou nada! — sua mãe disse.

— Mas já está quase na hora do lanche — disse Lily, sendo ignorada.

— Não quero saber! Você não pode pular uma refeição tão importante quanto o almoço.

Assim que Doralice deu as costas, Lily murmurou para si mesma:

— Como se eu já não fizesse isso sempre...

 

[Segunda de manhã]

O fim de semana passou em uma rapidez que Lily não poderia nem calcular.

— Está esperando por quem, minha filha? — perguntou Doralice, tirando o celular das mãos de Petúnia, que estava mais concentrada em uns prints do que no café da manhã, e tomando um gole de seu suco de laranja.

— James — disse Lily, chateada pela demora.

— Acho que ele não vem — Petúnia retrucou, sob o olhar repreensor da mãe.

— Eu levo vocês — Doralice suspirou, pegando a chave do carro de cima do balcão.

— O pai já foi? — perguntou Lily, olhando ao redor.

— Já, ele teve uma reunião importante hoje — sua mãe respondeu, sorrindo docemente — Deixe-me pegar a minha bolsa. Vocês deviam levar um casaco, está frio hoje.

Petúnia revirou os olhos, recuperando o celular.

— Come! — disse Lily, antes de levantar-se para pegar um casaco para ela e para a irmã.

— Eu não sinto frio — disse Petúnia, assim que viu o tecido estendido para ela.

— Eu também não, mas pode ser que esfrie ou chova mais tarde.

Concordando, a loira aceitou o casaco, amarrando-o em volta da cintura, enquanto que Lily enfiava o seu dentro da mochila.

— Vamos? — perguntou Doralice, vendo como as duas já estavam de pé.

Lily pegou mais uma torrada para comer no caminho para o colégio, mas já a tinha em sua boca antes mesmo de alcançarem a entrada da casa.

— Mãe, acho que vou voltar para casa mais tarde hoje — disse Petúnia, assim que a mãe deu a marcha no carro.

— Você me avisa pelo celular depois — respondeu Doralice — Preciso saber a hora que vou te buscar.

— Talvez a mãe do Vernon me leve — ela disse, mordendo o canto do lábio.

— Se a mãe do Vernon te levar, você pede para a mãe do Vernon me ligar.

Doralice Evans era o tipo de mãe que não trabalhava para estar completamente ao dispor de seus filhos, na necessidade que tivessem. Contudo, assim que as contas de casa apertassem, ela seria o tipo de mulher disposta a arrumar algum emprego para não deixar cair tudo nos ombros do marido.

Lily admirava esse tipo de atitude na mãe, mas Petúnia odiava o fato de não poder voltar sozinha para casa, ou ter que avisar a qualquer passo que desse. Lily já sabia que, assim que Petúnia tivesse a sua idade, seria a dor de cabeça dos pais.

— Está bem — Petúnia preferiu não reclamar, embora a sua expressão de descontentamento facial fosse bem visível.

Não moravam tão longe do colégio, então não demoraram a chegar lá.

— Bons estudos, meninas — disse Doralice, parada à porta da escola.

Lily, que estava sentada no banco da frente, deu um beijo na bochecha da mãe, antes de sair do carro, e viu Petúnia, que estava sentada atrás, fazer o mesmo, mais rápida do que era normalmente.

— Horário normal, Lily? — a mãe encostou-se à janela para perguntar.

— Sem aulas de estudo extras por hoje — prometeu Lily, sorrindo.

— Se algo mudar, me avise.

Elas esperaram até que o carro dar a volta na esquina para caminharem pelos jardins abertos da Hogwarts High.

— A mãe do Vernon? — perguntou Lily, fazendo uma careta.

— Ele é legal — Petúnia deu de ombros — E rico.

Lily soltou uma leve risada, dando uns tapinhas leves nas costas da irmã mais nova, antes de sentar-se em alguns dos bancos, aliviando as costas do peso da mochila, enquanto procurava pelas amigas.

Petúnia foi à frente, em direção à porta de entrada, sem despedir-se.

Viu James apoiado ao seu carro, acompanhado por Dorcas, e o resto das líderes de torcida, com exceção de Marlene.

Por um momento, lembrou-se de quando a melhor amiga tentou convencer a ela, Alice e Tonks a tentarem entrar para o time, o que foi suficiente para fazê-la sorrir levemente.

Parecendo sentir o seu olhar, James olhou por cima do ombro, acenando para ela, parecendo sentir o seu sorriso como sinal de algo bom. Quase imediatamente, Lily desfez o sorriso, aproveitando a chegada de Marlene para afastar-se.

— Hoje será um longo dia — foi o que a amiga disse, olhando na mesma direção que ela.

E o fato de Dorcas ter devolvido o olhar delas, um sorriso falso no rosto, só serviu para que Lily tivesse certeza de que as coisas não ficariam melhores dali em diante.


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Notas finais do capítulo

Observações sobre o capítulo:
• A Lily ia ter 16 anos na fanfic, mas decidi que vai ser 17. É a minha idade, é a idade em que terminamos Hogwarts, é o "quase 18 anos". Então, ela vai ter 17 anos, e vai ser mais velha que a Petúnia em 7 anos. 7, aquele número mágico da JK.
• "Doralice" é o nome que eu adotei para a mãe da Lily desde que escrevi "Proibido Amar", então ficou esse. Diferente, né? Bem parecido com "Alice", né? Pois é...

Capítulo mais focado na relação da Lily com a Petúnia e a Doralice. Uma pequena referência ao Vernon baleia Dursley. Como eles têm 10 anos, eu imagino pessoas mais decentes que as versões adultas. A Petúnia só quer saber de nadar na piscina dele, já que ele tem money. Um pouco interesseira? Só um pouquinho.
A Doralice é suuuper inspirada na minha mãe. Como a mãe de vocês age com vocês? É tipo Doralice, ou deixa vocês mais livres? E como vocês são com a mãe de vocês? Mais Lily ou mais Petúnia? Se quiserem, respondam nos comentários. Senão, vamos fingir que eu nunca perguntei isso, só queria interagir um pouco com vocês haha
Então é isso, até o próximo capítulo ♥



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