Capitulo 5 – Detenção, amada detenção

 Samantha PDV

  Eu sou tão, mais tão sortuda, que no primeiro dia de aula já fui para a detenção.

  Como que não estou acostumada a acordar cedo, perdi a hora, e a primeira aula era de DCAT, e como o meu pai que dava aula eu me f... opa, quase esqueci que a classificação da história é livre... Mas, acho que deu pra vocês entenderem não é?

  E adivinhem quem também tinha pego detenção... Se adivinharem eu dou um doce! Ta, eu sei que vocês não são bruxos, e por isso não fazem aula de adivinhação, com uma mulher esquisita que se eu não me engano se chama: Sidila Trilano, ou será será Simila Tringano... Ah! Não! Lembrei, o nome dela é Sibila Trewlanie.

  E como eu ia dizendo, ou ia dizer, sei lá. Não tenho culpa de ter memória fraca, ok? Mas, minha memória ruim não vem ao caso agora, o assunto é a detenção.

  Então, como vocês não adivinharam, ou pelo menos eu acho que vocês não adivinharam (ainda não tive muitas aulas de adivinhação, me dêem um desconto).

  Enfim, o Fred e o Jorge também pegaram detenção de primeira. O que significa que seremos MUITO bons amigos.

  Eu sempre peguei detenção todo dia no orfanato, quer dizer, com exceção dos finais de semana, e feriados importantes. Não sei por que, mas eu tinha esse hábito.

  Comecei a conversar por bilhetinhos com os garotos e... Cá entre nós, conversar escondido quando se está de castigo, é TUDO DE BOM! (n/a: Cuidado senão essa garota leva vocês para o mau caminho, assim como me levou!)

    Perguntei para o Fred o que ele e o Jorge fizeram para merecer detenção, e eles responderam:

    Colocamos fogo na asa do morcego.

    Eu boiei na hora. Fogo? Morcego? QUE MORCEGO?

    Vocês fizeram o que?- Perguntei confusa.

    Colocamos fogo na capa do seu pai.

    PERA! MORCEGO? MEU PAI?

   É, mais não vai ficar brava. Foi só uma brincadeira.

   HAHAHA! Eu? Brava?Como eu ia ficar brava se A-ME-I esse apelido? Morcego! HAHA! ISSO PEGA!

  Eles me olharam confusos, como se esperassem que minha reação fosse outra. Eles esperavam o que? Que eu sentisse pena do cara que nunca ligou pra mim? Que nunca mandou sequer uma carta falando um simples “oi” para mim. Acho que se eu não tivesse nascido, tivesse morrido no parto, ele estaria dando pulinhos de felicidade.

  Tal pensamento fez com que meus olhos se enchessem de lagrimas, foi algo inevitável, falei ao professor que estava nos monitorando que não estava me sentindo muito bem, e ele me liberou para ir a Ala Hospitalar, mas ao invés de ir para lá, me sentei perto do lago da Lula gigante e comecei a chorar.

  Por que Merlin me colocou nesse mundo se ninguém gosta de mim, se ninguém me quer nele? POR QUÊ?

  Senti uma mão no meu ombro, e quando me virei era o Harry.

  - Você está bem? – ele perguntou.

  Não respondi. Apenas me joguei em seus braços, ainda chorando. Ele me abraçou e acariciou meus cabelos.

  Não sei por que, mas, eu me senti bem em seus braços, era como se pudesse começar uma guerra ali e agora, que eu me sentiria bem, segura.

  Harry PDV

  Eu estava dando uma volta perto do lago da Lula gigante, quando ouvi alguém chorando, e quando fui olhar quem era, tive uma surpresa. Era a filha do Snape.

  Aproximei-me e perguntei:

  - Você está bem?

   Mas, acho que minha pergunta foi MUITO idiota. Se a garota está chorando, é sinal de que ela não está NADA bem. 

  Ela não me respondeu. E sem parar de chorar, se jogou em meus braços. E, não sei por que, mas a abracei e acariciei seus cabelos.

  Eu sentia que devia cuidar dela, protegê-la.

  Depois de um tempo ela se acalmou e parou de chorar.

  - Me des-desculpe. – ela pediu.

  - Por...? – perguntei confuso.

  - Ah! Você nem me conhece, e meio que pareceu me odiar quando ouviu o meu sobrenome, e eu meio que me joguei nos seus braços chorando, e tal... – ela falou meio embaraçada.

  - Não precisa pedir desculpas, está tudo bem. E eu não te odeio, afinal, como você disse, eu nem te conheço direito. Apenas fiquei... chocado, quando ouvi que você é uma Snape.  – a cortei.

  - Hum... Então ta. Tenho que ir correndo na enfermaria agora. – ela falou.

  - Por quê? Esta sentindo alguma coisa? – perguntei preocupado. (?)

  - Não, não. É que eu estava na detenção e como eu estava... Hum... Não muito bem, e o professor que estava monitorando a detenção me liberou para ir a Ala Hospitalar.

  - Ah! Ta! Mas por que você estava chora... – ela me cortou falando:

  - Tenho que ir. Muito obrigada por... Me ajudar. E tchau! – e depois saiu apressada.

  Não entendi nada, mas deixei pra lá.

  E fui para o salão comunal.

  Samantha PDV

  Ufa! Ainda bem que eu pensei rápido e o cortei antes dele terminar de perguntar por que eu estava chorando. Afinal, o que eu iria responder?

  “Ah! Não era nada! Eu só estava chorando por que meu pai não quer saber de mim, e minha mãe, que por sinal é tia, acha que eu sou uma aberração. Ah! E a propósito, somos primos.”

  Acho que não, não é?

  Mas, o lado bom é que eu descobri que o Harry não me odeia. Fora o fato de eu ter pagado um mico me jogando nos braços dele, e tal. Mas, foi apenas um momento de fragilidade, que eu não estava raciocinando. Apesar de eu ter que admitir que gostei de estar frágil, e sem raciocinar direito.

  Finjam que não leram a frase que eu disse anteriormente.

  Levar uma detenção nunca foi tão... ah! Não sei que palavra usar. Só sei que foi MUITO bom.