All We Know escrita por hbisilva


Capítulo 4
Ganho um soco de Nico


Notas iniciais do capítulo

Nossa, estou escrevendo mt melhor. Comparem o primeiro cap com o resto AUHUHUAUSHA espero melhorar mais e mais



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         Eu imaginava que sonharia mais uma vez com a tal filha de Selene, mas assim que fechei os olhos percebi que o cenário era totalmente diferente do meu primeiro sonho.

 

A menina deste sonho não tinha cabelos castanhos, e sim, louros e longos como os de Annabeth. Eu estava na praia, nos limites do acampamento, a garota logo ao meu lado, mas ela parecia não me ver. Seus cabelos ondulavam com o vento, seus olhos em um tom anormal de cinza-escuro, como quando Annabeth ficava com raiva. Ela usava jeans e a camiseta laranja do Acampamento Meio-Sangue. De primeira, não a reconheci, mas assim que a garota virou-se como se para verificar a presença de alguém, os olhos de Lowie se encontraram com os meus. Por um momento, eu quis correr dali, mas concluí que ela não me vira, pois voltou sua atenção para o mar, e se ajoelhou diante dele. Eu vira as ondas do oceano se movendo em câmera lenta, minha respiração pesava. Senti como se estivesse voltado ao Princesa Andrômeda no dia em que Beckendorf falecera, quando Cronos desacelerou o tempo. Lowie jogou uma oferenda no mar, e murmurou palavras em grego antigo, não prestei muita atenção, por isto não entendi. Na verdade, o que me deixou curioso, foi uma marca que aparecera no antebraço de Lowie, quando ela o esticou para jogar a oferenda. Parecia uma tatuagem, algo parecido com um “M” gravado em sua pele. Como se percebesse minha presença, Lowie correu colina acima, devolta ao acampamento. Um frio congelante correu pela minha espinha, e eu acordei, assustado.

 

         Ainda estava escuro quando me levantei, mas assim que terminei de me trocar, Annabeth já abtia na porta de meu chalé, me chamando. Botei Contracorrente no bolso, e o escudo-relógio, presente de Tyson, no pulso. Dei uma última olhada em meu chalé, como habitual.

“Bom dia Cabeça de Alga.” Ela sorriu.

“Bom dia. Nico já esta de pé?”

“Ainda não. Vim chamá-lo para que o acorde. Espero vocês na entrada do acampamento.” Annabeth correu em direção ao pinheiro de Thalia, onde eu podia ver da área dos chalés, o dragão que guardava o Velocino.

“Está bem.” Murmurei.

 

         O chalé de Hades fora contruído na ponta da fileira da ‘ala masculina’ dos deuses, ao lado do meu, revestida com mármore negro. Não tinha janelas, e acho que Nico não se importava muito com isto. Bati duas vezes na porta, e esperei. Nada, nem um resmungo. Bati mais duas, um pouco mais forte, e sem resposta de novo. Então adentrei no chalé ne Nico: se não fosse pelo casaco que usava, teria sido transformado em um Persicolé, mas mesmo assim, fazia muito frio. Talvez Nico dormia com o ar-condicionado ligado. Ou talvez fantasmas dormiam com Nico. Este pensamento me fez sentir um arrepio profundo na espinha, e então, acendi a luz e meu rosto esquentou.

         Nico dormia com a cabeça pendurada para fora da cama, uma perna para cima, encostada na parede, a outra, perto da cabeça. Um de seus braços pendia de seu beliche, com a mão tocando o chão e o outro sobre a barriga. Não me pergunte como ele fazia aquilo.

         Enquanto me aproximava de seu beliche, corri os olhos pelo chalé – eu nunca entrara ali – era enorme. Em uma de suas paredes, ele decorara uma prateleira com as estátuas-miniaturas de Mitomagia um jogo sobre mitologia que jogava quando mais novo. Entre elas, a estátua de Hades, que Bianca deu de presente. Encostada em outra parede, uma cama arrumada e vazia, com um retrato de Bianca e Nico quando crianças estava recostado sobre um travesseiro – Nico ainda a esperava. Me aproximei dele, sinuosamente, e o cutuquei.

“Nico” sussurrei “acorde, precisamos ir!”

 

         Eu não sei onde Hades ele arrumara tanta força aquela hora da manhã, sem ao menos acordar, mas fui jogado para longe com um soco de espreguiço no olho direito.

“Ow!” gritei assustado, e botei a mão no olho.

“Hein?” Nico se levantou e esfregou os olhos espantando o sono.

“Bom dia pra você também.” Resmunguei enquanto me levantava do chão.

“Percy? O que houve?” disse Nico confuso “Oh deuses, seu olho está roxo!”

“Mesmo? Juro que nem senti o soco que você acabou de me dar.” Ironizei “nem ta doendo sabia?”

“Ah cara, me desculpe! Eu sempre faço isto! Quer dizer.. só quando me... acordam.” Ele coçou a cabeça e forçou um sorriso sem graça.

“Puxa, obrigado por me avisar agors. Se troque, Annabeth está nos esperando” Nico correu pelo chalé procurando suas roupas.

 

         Assim que saímos do chalé de Hades, agradeci aos deuses, pois mais uns minutos ali e viraria sorvete para cães infernais. O sol estava nascendo, e o céu tinha um lindo tom alaranjado. Nico e eu corremos até Annabeth.

“Ei, vocês demoraram! Percy? Seu olho...” ela disse e pressionou levemente os dedos sobre a área roxa em volta de meu olho direito.

“Ai!” resmunguei afastando os dedos de Annabeth. “longa historia” estreitei os olhos para Nico, e seu rosto corou.

Hey chefe!” Blackjack relinchou. “Está pronto?

“Olá Blackjack! Eu quem pergunto. Temos muito trabalho pela frente.”  Acariciei sua crina, e joguei para ele pedaços de torrões de açúcar.

“Bem meninos, ontem á noite estudei o lgar que Percy descreveu, e cheguei á conclusão de que a filha de Selene deve estar por Lewiston ou Manchester.”

“Isso não fica perto de Portland?” perguntei, apesar de ser péssimo em geografia. Annabeth assentiu. Meu ego subiu á cabeça.

“é próximo a Long Island, um pouco perto do acampamento.”

“Annabeth, e se... bem, você não estiver certa?” os olhos de Annabeth escuresceram. “Bem, quer dizer, podem existir váaaaaarios lugares em Nova York com as tais características.” Nico apressou-se. Annabeth coçou o queixo, franzindo a testa.

“Existe a possibilidade Nico. Mas se não estas, vocês tem alguma sugestão por onde devamos começar?”

Eu e Nico nos entreolhamos, e antes que pudéssemos nos manifestar, Annabeth continuou.

“Não? Ótimo, então vamos.” Ela subiu em seu pégaso. Logo em seguida Nico fez o mesmo, seguido de mim.

         Enquanto sobrevoávamos Nova York eu pensava em meu sonho com Lowie, se devia ou não contá-lo á Annabeth. Logo me lembrara da vez em que contei-a meu sonho com Rachel, e ela se aborreceu, sem motivo. Eu não queria discutir com Annabeth, então pedi a Nico diminuir a velocidade de seu pégaso, assim como eu, enquanto Annabeth voava um pouco mais á frente. Contei-lhe sobre meu sonho e porque não queria contar a ela.

“Puxa cara. Ela é muito instável. As vezes me assusta.” Nico murmurou.

“É. Mas eu já me acostumei.”

“Lembra da foice em Silena? Ela usava para se comunicar com Cronos.” Nico sugeriu.

“Aham. Mas eu não me lembro de nenhum titã ou monstro ou até mesmo algum deus com a letra ‘M’.”

“Bem, sim. Mas e quanto ao tempo... deve ser coisa de Cronos, não?”

“Talvez. Duvido muito que Lowie seja inimiga. Ela acabara de ser descoberta. Cronos não a manipularia tão fácil e rápido.” Fixei-me em um ponto no céu alaranjado, e olhei apenas para ele.

“Desconfie sempre de algumas pessoas Percy. Eu aprendi isto com Minos.” O rosto de Nico empalideceu quando ele pronunciou o nome do rei fantasma.

“É.” Esta foi minha resposta inteligente.

“Venham vocês dois!” Annabeth gritou á nossa frente, e então a alcançamos. “O vento está forte.” Annabeth disse, preocupada.

“Acha melhor descermos?” perguntei.

“Não sei. Não tenho certeza.”

 

No momento em que Annabeth terminara de pronunciar sua frase, um vento frio e violento nos atingiu. Blackjack rodopiou no ar, perdendo o controle de sua asas assim como Porkpie o pégaso de Annabeth, e Guido, o de Nico. Me segurei com força em Blackjack e gritei o mesmo para os outros. 

 


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Notas finais do capítulo

Sim, capitulo chato :/ não estava inspirada, mas no próximo cap vou tentar fazer uma de ação. ME PERDOEM se ficar uma porcaria ok? Não sou boa fazendo cenas de ação :/ beijinhos leitoras :*