All We Know escrita por hbisilva


Capítulo 3
Annabeth tenta me matar




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“Ah, Lowie, eu... bem, e-eu tenho que ir. Até mais tarde.”  Eu gaguejei. Antes que ela pudesse me impedir corri em direção da arena. Eu sempre gaguejava quando ficava sozinho com garotas que não fossem Annabeth. As meninas que eu conhecia me odiavam. Eu nunca fui do tipo, hey, olha que menino simpático e bonito, vamos lá falar com ele? , pois na maioria das vezes eu destruía a escola, ou não respondia a perguntas mais fáceis do mundo para um mortal, por causa dos meus problemas como semideus.

         Na arena avistei muitos campistas no chão: derrubados por Annabeth. Ela soprou o cabelo do rosto.

“Próximo?” Annabeth me fuzilou com seus olhos cinzentos. Eu levantei a mão, e me arrependi segundos depois. Sem perceber, estava lutando com Annabeth.

         Brandi minha espada, e Annabeth me lançou para um lado com sua faca. Rolei pelo chão, e me levantei em seguida. Desviei alguns golpes com minha espada, cansadamente. Annabeth me atacava com vontade e força, o que me asustou. A ponta de sua faca veio em minha direção, diretamente. Ergui Contracorrente e a desarmei, apontando sua faca para seu pescoço, e pressionei Contracorrente levemente sobre sua nuca.

“Ei! O que houve?” falei ofegante. Soltei-a e devolvi sua faca. Ela a arrancou de minha mão, e sem dizer uma palavra, saiu da arena. Dei um soco no ar sem entender nada.

 

 

         Mais tarde, sentei-me sobre a areia na praia, e olhei o mar. Logo, senti a presença de meu pai, Poseidon, apesar de não vê-lo. Mais á frente, visualizei Juníper e Grover, rindo, felizes. Sorri espontaneamente e voltei a olhar o mar.

“Olá meu herói.” Rachel Elizabeth Dare escorregou ao meu lado na areia.

“Ei Rachel! Quanto tempo!” soei meio estúpido.

“Ah sim, digamos que me transformei na rainha dos bons modos.” Ela fez um gesto formal com as mãos, e sorriu.

“Que honra tê-la por aqui senhorita Dare!” ela riu. “como tem sido o semestre na Academia Clarion?” perguntei.

“Bah, uma chatisse! Só tive de agüentar as regras por causa do papai.” Ela se aproximou. “sabe, quando as professoras não estavam por perto, vestíamos jeans e falávamos besteiras.” Ela murmurou.

“Eu imaginei! Bem, mas e você, preveu algum gabarito de prova?” Rachel me olhou seriamente.

“Sabe, bem que eu queria. Mas não, não previ.” Ela torceu os lábios, e nós dois rimos.

         Depois de algum tempo conversando com Rachel, Nico apareceu ao nosso lado.

“Hey Rachel!” Nico a cumprimentou.

“Olá Nico! Você cresceu!” O rosto de Nico esquentou.

“Ahm... Percy, Quíron quer falar com você. Vamos?” ele perguntou, constrangido.

“Uh, claro. Bem, até mais Rachel!” ela acenou, e eu apostei uma corrida com Nico até a casa grande.

 

         Nada parecia diferente por lá. O sr. D em um canto tomando sua Diet Coke, e Quíron em sua forma humana, em uma cadeira de rodas. O sr. D me olhou com desprezo como sempre, mas no fundo eu sabia que seria eternamente grato á mim, por ter protegido seu filho Pollux, na ultima guerra contra Cronos.

“Bem sr. Pierre Johanson...”

“Percy Jackson.” Corrigi.

“Que seja! Peter Johnson, conte-nos sobre seu ultimo sonho, mesmo que no fundo eu não queira saber.

         Contei-lhe o que havia sonhado, e deixei por ultimo a parte em que a dracaenae mencionava Selene, a deusa primordial. O sr. D parecia aturdido.

“Você tem certeza que ouviu isto mesmo Peter?”

“Absoluta.” Respondi.

“Impossível. Você deve ter confundido Selene com Nêmesis.” Sr. D insistiu.

“Que diabos Nêmesis tem a ver com Selene?” Nico perguntou, indignado.

“Eles nem mesmo rimam.” Annabeth afirmou. As órbitas oculares do Sr. D ficaram roxas escuras de raiva. “Uh, desculpe-nos Sr. D.” ela murmurou.

“Bem, acreditando ou não, temos de traze-la para o acampamento. Talvez ela não tenha ideia da proporção de seus poderes.” Quíron adiantou, se pondo entre Nico e Annabeth, e Sr. D.

“Peter Johanson, você deve escolher mais dois acompanhantes para esta missão e blá blá blá.” Disse o Sr. D com a mesma força de vontade de sempre. Eu não sabia o que fazer. Eu, Annabeth e Grover sempre fôramos em todas as missões juntos. Mas Grover estará muito ocupado atrás de outros semideuses, e também, não queria afasta-lo de Juníper hoje: ele tirara o dia para ficar comn sua namorada dríade. Me coloquei em seu lugar. Eu ficaria muito aborrecido se me convocassem a risco de morte, quando eu tirara o dia para Annabeth. Então olhei para Nico, e Annabeth assentiu.

“Levarei Annabeth e Nico.” Decidi.

‘Yeah!” Nico gritou, mas logo se conteve.

“Bem heróis, amanhã cedo vocês começarão a busca pela filha de Selene. Descansem!” Quíron nos dirigiu um sorriso. Ás vezes isto me irritava. Soava como ‘Hey, mais uma vez vocês podem morrer, então tomem cuidado e fiquem tranqüilos!’. Mas eu já me acostumara.

 

         Depois da luta com Annabeth, não me atrevi á voltar para a arena. Ela voltara a lutar, como se pudesse ficar ali o dia todo (e ela pode, acredite!). mesmo com o espião no acampamento, o assunto parecia esquecido entre os campistas, pois eles conversavam, e treinavam normalmente. Estranhei muito, pois dois dias atrás, quando eu chegara ao acampamento, tensão pairava sobre as cabeças dos campistas, visivelmente. Se bem que achei até legal que tudo estivesse bem. Pelo menos por enquanto.

         No almoço, joguei uma porção de minha comida na fogueira, e torci para que Poseidon gostasse de lasanha com batatas.

“Poseidon” murmurei “aceite minha oferenda.” E então me sentei a mesa de meu pai. Grover deslizou seu prato na mesa e sentou-se ao meu lado. Ele vestia uma de suas camisetas preferidas, tinha a foto de um sátiro estampado e logo abaixo uma frase que dizia: BOM DE CASCOS?

“Ei Percy. Soube que chamou Nico para acompanhar você e Annabeth na missão.” Ele cutucou sua comida com o garfo, tentado a comê-lo.

“Bem, sim.” Eu disse. “imaginei que você estivese ocupado e... Juníper, voce sabe.”

“É.” Ele mastigou seu garfo.

“Grover, tive de dar uma chance a Nico. Ele nunca fora a uma missão assim.”

“Aham. Ele já fora o motivo de uma missão.” Ele completou.

“Correto. Prometo que usarei a conexão empática. Se acontecer algo, você será o primeiro a saber.” Sorri para ele.

“Certo amigão!” ele me abraçou e me encheu de cascudos.

“Ei!” protestei. Nós rimos e comemos.

 

         Depois do almoço, perambulei pelo acampamento, me perguntando onde estaria Rachel. Adorava conversar com ela, não via a hora passar. Não sei bem porque, mas senti que precisava dela. Não encontrei Rachel em lugar nenhum, então, resolvi visitar um velho amigo nos estábulos.

Hey chefe!” disse Blackjack. “Qual é a boa? Trouxe torrões de açúcar né?

“Você sabe que eles não te fazem bem Blackjack.”

Então você trouxe, certo?” ele perguntou esperançoso. Sorri e joguei um punhado. Blackjack os devorou com rapidez.

Então, precisará de mim, não chefe?” ele adivinhou.

“Bem, sim. Amanhã cedo, eu Annabeth e Nico iremos á uma missão.” Eu lhe disse. Blackjack se sacudiu da cabeça ás patas.

Bem, então serão mais dois pégasus.”

“Sim.” Respondi.

Algum deles pesa mais de 90 quilos chefe?” ele perguntou, preocupado.

“Não Blackjack, não se preocupe.” Sorri para ele. Então avistei alguns campistas do chalé de Apolo entrando nos estábulos. Não queria que pensassem que eu era louco, por estar conversando com um pégasus.

“Bem Blackjack, vou indo. Até amanhã.” Dei tapinhas em seu dorso.

Amanhã cedo chefe!” ele relinchou e eu acenei.

 


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