O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 59
Os sinos de Notre Dame


Notas iniciais do capítulo

Oiee meu povo!!Vortei,demorei,mas vortei hahahahah eu disse que esse seria o ultimo capitulo,mas eu vou lançar outro que vai inciar uma nova fase desta história,talvez uma continuação(quem sabe cof cof)Espero que gostem,e peço desculpas pela demoras,eu quis fazer um capitulo que preenchesse o vazio da espera de vocês e recompensasse todos vocês por não terem desistido dessa fic:)



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Não existia uma palavra que pudesse descrever o que Adrien sentira no momento em que chegou no aeroporto ao receber a noticia de que o avião fora salvo por ninguém mais e ninguém menos que Chat-noir.O agreste não sabia o que dizer ou muito menos como reagir,embora estivesse aliviado que nenhuma tragédia tivesse acontecido, ainda se encontrava em um estado catatônico.

Ele já tinha suas suspeitas em relação a Nathaniel e estas só aumentaram depois que a noticia correu por todos os meios de comunicação.Mesmo que não confiasse nem um pouco no sujeito,ele pelo menos tinha feito seu trabalho ao salvar a vida daquelas pessoas.

Mas então porquê Adrien ainda se sentia extremamente incomodado com aquela situação?

Enquanto via aquela multidão de pessoas comemorando no aeroporto,Adrien se perguntava se não deveria estar fazendo o mesmo .Tentando discernir o seu ego do resto das emoções,talvez ele só estivesse desconfortável porque sabia que não era ele atrás daquela máscara e que não foi ele o responsável por salvar mais de 300 pessoas naquele dia.

De qualquer forma,sendo ego ou não,Adrien tinha certeza de que havia algo muito estranho naquilo tudo.Tirando o fato de que seu miraculous foi roubado e utilizado por outra pessoa,o resto não parecia se encaixar.

Tudo parecia perfeito demais para ser verdade.

Adrien não conseguia se sentir seguro e nem conseguia sentir que Marinette poderia estar em segurança,principalmente,ao lado de um suspeito em potencial de ser o próprio Hawk Moth e agora o “novo” Chat-Noir.

—A sua namorada tava nesse vôo?-A ciclista ainda ofegante interrompia os pensamentos do modelo,que se voltavam novamente a terra.

—Sim...Ah quero dizer,nã-não!Ela é só minha amiga!Espera um pouco....Como você sabe que tem um conhecido meu no avião?

—Ué?Ta todo mundo falando disso,ou pelo menos estava até agora pouco.

—O quê?-Adrien nem teve tempo de fazer um interrogatório e a ciclista já lhe mostrava no celular as manchetes sensacionalistas nos maiores sites de fofocas e em inúmeras redes sociais.A foto do casal na frente do aeroporto fora compartilhada por incontáveis pessoas e teve uma repercussão gigantesca na internet.

—Que maravilha!-O loiro revirou os olhos,extramente irritado com aquela repercussão toda.-Não tinha como esse dia piorar!

—Você é famoso,fazer o que,né?-A moça apenas deu de ombros enquanto Adrien estava prestes a arrancar seus cabelos.

—Como eu gostaria de não ser...-Era terrível ter que se lembrado a todo momento pela mídia de que sua vida pessoal era totalmente pública e escancarada,embora Adrien já estivesse acostumado com a fama,sabia que Marinette nunca viveu em um meio assim(Mesmo chamando a atenção da mídia quando participou do julgamento).

Seu maior medo era que aquelas noticias afetassem sua vida de alguma forma,por mais que ela já estivesse longe,era previsível que aquela foto junto com todos os boatos e comentários teriam alguma consequência ou repercussão.Além disso,sua confiança e amizade com Marinette acabara de voltar aos trilhos novamente, mas isso não significava que não estivesse imune a algum tipo de desvio.

Porém, independente do quão inseguro o Agreste estava com aquela situação toda, ele sabia que não poderia fazer muito a respeito daquilo e nem mudar tudo o que tinha acontecido.De uma certa forma, esse estado de conformismo fazia com que ele se sentisse mais insatisfeito com a sua incapacidade de reagir.

Totalmente reativo, procurava alguma forma de juntar as peças daquele quebra-cabeça que mesmo aparentando estar completo não parecia ser o suficiente. Adrien não gostaria de agir de forma impulsiva(mesmo que sua maior vontade fosse pegar o próximo voo para Xangai)mesmo que fosse com a melhor das intenções, sabia que não faria sentido chegar lá para resgatar sua “amiga” dando a justificativa de ter uma suspeita de que o Hawk Moth em carne e osso estaria com ela esse tempo todo.Como Adrien poderia acusar um homem que, supostamente,salvou inúmeras vidas?

O Agreste tinha quase certeza de que poderia ser Nathaniel o novo portador do miraculous, mas certeza não quer dizer “provas concretas”, o que colocava mais um obstáculo no seu caminho para reconquistar a confiança de Marinette por completo e resgatar o seu miraculous.

Agora, sentado em um dos bancos do aeroporto e prestes a ter um colapso nervoso,Adrien decidiu que iria ao encontro do Mestre Fu para tentar encontrar outra solução ou alternativa para aquela situação.Talvez ele pudesse ter alguma ideia do paradeiro do seu miraculous,ou pudesse lhe dar alguma dica de como encontrar a sua colega de trabalho para ajudar nessa busca.

—Tudo bem por aí?-A ciclista cortou os pensamentos do modelo mais uma vez,sentando em um banco ao lado do seu.

—Espero que fique.-Adrien respondeu visivelmente tenso enquanto esfregava seus olhos

—Eu também espero,depois que aqueles malucos tentaram nos matar o mínimo que a gente precisa pra ficar bem é estar vivo mesmo.

—Nem me fale...Me desculpe por ter feito você passar por tudo isso.

—Não precisa se desculpar por isso,a não ser que tudo isso tenha sido alguma pegadinha de algum programa de TV,porque foi realmente surreal o que aconteceu hoje.

—Bom,se foi uma pegadinha eu também fui pego de surpresa...Pode ter certeza que eu não seria tão idiota nesse nível para fazer isso com alguém,nem que fosse só de brincadeira.-Adrien se levantou do banco enquanto tateava um dos bolsos da calça a procura de sua carteira.-Eu sei que talvez não seja o suficiente,mas é tudo o que eu tenho pra te recompensar agora...-O modelo estendeu um maço de dinheiro para a ciclista,que por sua vez levou susto com aquela atitude.

—Não precisa!Sério!

—Eu insisto.-Adrien continuou “empurrando” o dinheiro para a mulher a sua frente.-Tenho certeza que depois do que aconteceu a sua bicicleta deve ter perdido alguma peça ou furado algum pneu...

—Isso é normal,acontece.-A mesma continuou resistindo até que o modelo depositasse o dinheiro em suas mãos.

—Não todo dia...-Adrien respondeu quase rindo enquanto depositava as ultimas notas que pareciam cair das mãos da ciclista.-Muito obrigado por ter me salvado daqueles caras e pela carona,espero que esse dinheiro possa te ajudar de alguma forma.

—Qualquer dinheiro ajuda.-A moça guardou as notas em seu bolso e desajeitadamente agradeceu ao rapaz.-Tá tudo bem?-Adrien começou a piscar incessantemente, olhando para os lados e perdendo aos poucos o equilíbrio.

—E-eu não sei o que tá acontecendo...-O mesmo fora conduzido novamente ao banco pela ciclista enquanto tentava “domar” a dor que tomava conta da sua cabeça.-Porque estão tocando sinos aqui dentro?-Adrien tampava os ouvidos ao escutar o som que parecia ecoar por todo o aeroporto,o som do badalar dos sinos era tão alto que o som ambiente do lugar ficava em segundo plano.

—Que sinos?Eu não to escutando nada.-Essa foi a ultima frase que Adrien conseguiu escutar antes que toda a sua visão periférica aos poucos perdesse o foco até tomar conta de tudo.

Embora tudo tivesse sumido,os sons dos sinos permaneciam e se tornavam cada vez mais forte até se tornar parte de um cenário.Um cenário do qual era familiar para o Agreste.

Ainda parecia que foi ontem aquela épica batalha contra Hawk Moth,batalha que poderia ter sido a ultima,mas parecia eterna nas memórias e nos últimos acontecimentos na vida de Adrien Agreste.Agora ele se encontrava naquela mesma cena,naquele mesmo momento,momentos antes que tudo fosse apagado de sua memória.

Os akumas formavam uma nuvem negra ao seu redor,tomando conta de sua visão e cobrindo também a sua lady,que havia desaparecido no meio daquela neblina arroxeada que dominava toda a torre da catedral.

Todos os detalhes daquele pesadelo estavam intactos, exceto um único fato,ele não acabava.

Assim que a nuvem de borboletas tomou conta de tudo,Adrien não acordou no aeroporto como deveria e muito menos esbaforido na cama do seu quarto,ele permaneceu lá.

Aquela catedral ganhava vida a cada segundo que adrien revivia aquele momento.Era terrível saber que Ladybug não morreu naquele dia e ao mesmo tempo se deparar com uma cena que ocorreu à 15 anos atrás e que mesmo assim parecia ser tão recente,tão verdadeira.

Adrien sabia que nada de ruim iria lhe acontecer e nem acontecer a ladybug,mas mesmo assim só esperava o pior quando aquela nuvem de akumas desapareceu e finalmente se afastou de sua amiga.Mas ele não imaginava que o pior que estava por vir era muito melhor do que ele imaginava.

Seus olhos não poderiam acreditar no que estavam vendo,seu coração quase saltou de sua boca.Nada mais naquele momento importava,nem mesmo a luta,nem mesmo o hawk moth parado a poucos metros dali,nada se comparava com o que Adrien via e vivia naquele momento do qual ele julgou por tantos anos um dos piores momentos de sua vida e que naquele pequeno instante em que vira aquelas sapatilhas rosas se revelarem por baixo da cortina negra mudaram o rumo daquela história,de tudo o que ele viveu,e de tudo o que ele não pôde viver porque nunca enxergou a verdade que tão escancarada na sua frente não parecia ser real.

Marinette era a sua Lady.Ela sempre esteve com ele,sempre esteve ao seu lado.

Seu peito apertou mesmo com a imensa alegria que sentia naquele momento.Quantas vezes ele olhou para outras garotas,procurou os olhos azuis penetrantes nos olhos de outras pessoas,sem ter noção de que aquela que mais amava sempre esteve ali,do seu lado, e que discretamente se esgueirava para vigiá-lo nem que fosse de longe.

Pela primeira vez,ele queria acreditar que aquilo fosse real.Aqueles olhos azuis brilhavam ao encará-lo de volta.Sua expressão de surpresa era adorável e inevitavelmente amável.Sempre foi.

Adrien mal podia interpretar aquilo tudo que se confundia dentro de si,todos os momentos que quase descobriu a verdadeira identidade de sua Lady,todos os momentos que esteve tão perto de Marinette enxergando-a apenas como uma “amiga” e mesmo que não a enxergasse dessa mesma forma a muito tempo,ainda se lamentava ao ter olhado para trás,para o passado que se repetia,para o segredo da meia-noite que se revelava na sua frente e percebido o quão tolo fora por não ter visto o óbvio.

Independente de sua decepção,Adrien tinha consciência de que mesmo demorada,a revelação,apareceu no momento certo.

Ele já tinha consciência do que sentia por Marinette e aquele flashback era um empurrãozinho que ele precisava para pegar o primeiro voo para Xangai de uma vez.Sem ficar se lamentando e se deixar parar por medos e inseguranças,quantas vezes Marinette passou por provações e inúmeros desafios apenas para estar ao seu lado?Quantas vezes ela teve que escutá-lo se declarando para outra garota e mesmo assim lhe estendia a mão dando um bom conselho ou o acompanhando em um encontro numa pista de gelo?

Agora era sua vez de correr atrás dela,era sua vez de mostrar que um beijo apenas não seria a única recompensa por todos os anos e todo o esforço dela.Por mais que já reconhecesse isso antes mesmo da revelação, agora tudo parecia se encaixar e todas as peças do quebra-cabeças voltavam ao seu devido lugar.

O lugar de Adrien era ao lado de Marinette,independente do quão longe ela estivesse naquele momento,ele sabia que pertencia à ela e ela à ele.Ambos se completavam e precisavam ficar juntos novamente para que esse quebra-cabeça finalmente ficasse completo.

Enquanto isso...a poucos quilômetros dali.===============

—Bom,poderemos começar a investigação da onde paramos...nos exames da necropsia.-Alya começou a revirar algumas gavetas do seu escritório enquanto os seus demais colegas de trabalho aguardavam na chamada de vídeo no notebook.-Podem me dar um feedback dos dados,por favor?Só pra verificar se esta tudo em ordem.-A mulher ajeitou os óculos antes de se agachar no chão em meio a pilhas de livros e caixas de papelão(Além de algumas embalagens de salgadinho e garrafas plásticas).

—Hum...certo,a ultima atualização já faz quase dois meses...-Alya pôde escutar sua colega de trabalho mexendo em algumas folhas enquanto os demais colegas na chamada aguardavam o resultado.-Altura não compatível com as dos super heróis,uniformes falsos,tempo de decomposição não bate com a data da respectiva morte e ausência dos miraculous. Era isso?

—Acredito que sim...-Alya se levantou novamente com a pilha de documentos em mãos e os depositando sobre a escrivaninha.

—Olha,acredito que essa investigação não seja mais necessária,eles já voltaram a ativa faz um bom tempo.-Um dos jornalistas da chamada cortou totalmente o assunto,quase zombando de suas colegas.-Honestamente,seria uma perda de tempo colocar esse assunto em pauta de novo.

—Ache o que você quiser,a questão aqui é que ainda temos muito mais coisas pra descobrir do que pensamos.-Alya bateu sua pilha de papéis na mesa antes de completar sua “reflexão”.-Não é novidade pra ninguém que eles estão vivos agora,mas não podemos esquecer das identidades e de outras coisas que não estão batendo nessa história.

—Como assim?

—Eles sempre trabalharam juntos e de repente temos uma noticia de que apenas o Chat-noir foi responsável por salvar um avião de cair e adivinhem só?Ladybug não estava com ele.Assim como no incidente do parque de diversões,quem salvou o dia foi apenas a Ladybug,Chat noir não estava com ela.

—Não vi nada demais nisso,afinal de contas eles já são adultos,não devem ter tempo pra marcar encontrinhos por aí.

—Como isso “não tem nada demais”?!Nós temos que nos atentar aos detalhes,ao modus operante em que as coisas estão acontecendo,não acham estranho que estejam trabalhando separados?Depois de tantos anos trabalhando ao lado um do outro,porque fariam isso de uma forma repentina?E mais!Porque forjaram a própria morte?!

Naquele momento todos na chamada ficaram em silêncio,como se um insight tivesse acabado de acontecer.

—Desde que eles voltaram ninguém levantou essa suspeita,ninguém sequer tocou neste assunto e a cidade simplesmente esqueceu que tudo isso aconteceu.Não acham isso nem um pouco estranho?-Alya se aproximou da tela para poder olhar bem a expressão de cada colega na chamada.-Juntando isso ao fato de que eles não trabalham mais do mesmo jeito que trabalhavam antes e seus “resgates” solo acontecem em regiões muito longe e distantes uma da outra,além de não estarem aparecendo mais com tanta frequência...Não é possível que tudo possa estar as mil maravilhas.

—Sem contar que desde que eles voltaram uma onda de atentados começou a acontecer na cidade em menos de 2 meses.Não só no caso do parque de diversões e nem no avião,mas também não podemos esquecer dos reféns no ônibus e do metrô.

—Acha que esses atentados podem ter algum tipo de ligação?-Os óculos de Alya pareciam brilhar com aquela nova teoria que surgia a sua frente,era como se um desconhecido,porém,intrigante caminho desse um novo rumo as investigações.

—Não tenho duvidas disso,principalmente,porque ocorreram em um curto período de tempo.

—Claro!Ainda parece superficial olhando neste ângulo,mas se formos parar pra analisar estes atentados tiveram níveis de gravidade diferentes.-Alya pegou um papel e começou a rabiscar.-O primeiro atentado foi o sequestro do ônibus,embora fosse grave,poderia ser controlado facilmente pela policia,mas foi a isca perfeita para fazer com Chat-Noir e Ladybug darem as caras novamente.-A jornalista apontou para o desenho que seria de um pequeno ônibus com um nível de gravidade “baixo”.-Em seguida temos a volta do primeiro akumatizado depois de 15 anos,ele sequestra um metro e atrai a atenção dos heróis novamente,desta vez a policia não poderia conter a situação.

—Mas se o primeiro atentado foi só pra chamar atenção,este segundo teria qual objetivo?

—Provavelmente testá-los,já que o suspeito era um akumatizado.

—Certo,e os outros?

—Bom,o terceiro foi no parque diversões e não duvido que o objetivo tenha sido tirar a vida de Ladybug,o akumatizado era muito mais forte do que ela e pelos dados da internação ela teve uma costela quebrada por conta das agressões...e o quarto foi no avião,provavelmente para tirar a vida de chat-noir.

—E onde você quer chegar com estes dados?Podem ser casos isolados,não podemos simplesmente generalizar todos os atentados que aconteceram nestes últimos meses e atribuir a eles.Isso seria irresponsável da nossa parte.

—Seria irresponsável se não tivéssemos provas o suficiente,existe sim uma ligação entre estes atentados.A primeira delas é que quase todos eles envolveram veículos de transporte,primeiro um ônibus,depois um metro e agora um avião.Isso pode nos dar alguma pista de qual será o próximo passo e até a próxima vitima.

—Existem muitos outros veículos por aí,barcos,lanchas,motos...sei lá.Não tem como relacionar só com isso.

—Estamos esquecendo de uma detalhe muito importante.-Alya ajeitou seu óculos e interrompeu a discussão acalorada entre os dois colegas.-Um detalhe que poderia ter passado despercebido.Todos estes veículos não são tão inacessíveis quanto um barco ou uma lancha,se o responsável por estes atentados estiver procurando um próximo veiculo para usar,certamente vai ser algo corriqueiro e que muitas pessoas usem.

—Carros?

—Porque não?

—Mesmo assim não temos como prever um novo atentado,como eu disse antes,não podemos simplesmente generalizar,precisamos ver quem mais essa ameaça está tentando atingir.

—Tem razão,precisamos filtrar as pessoas em comum que estavam nestes lugares quando estes atentados aconteceram.

—Mas como vamos relacioná-los com a Ladybug e o Chat-Noir se não sabemos quem eles são de verdade?!

—São estas pessoas que vão nos levar até eles,escreve o que eu to te falando.-Alya respondeu confiante enquanto anotava todas as suspeitas em sua folha de papel,traçando um mapa mental de como aquela volta tão repentina dos super-herois afetou a cidade e como poderia chegar no responsável pelos atentados.

—Alya,não acha que poderíamos acrescentar o assassinato do pai daquela sua amiga?

—Não vai ser necessário,a Marinette não tem ligação nenhuma com o nosso caso.

—Mas os suspeitos estavam akumatizados e tiveram ela como o principal alvo,tem certeza que isso não vai ser importante pra investigação?Além do mais,não deixa de ser um atentado.

Alya parou por um instante para refletir a respeito do que acabara de ouvir,aquilo parecia absurdo,mas não deixava de fazer sentido.Pelo que Alya lembrava,as únicas pessoas em comum que foram diretamente afetadas com os atentados foram Adrien e Marinette,sem contar que Nino havia lhe contado de quando foi quase foi morto por um homem que queria destruir as provas que inocentariam seu amigo no julgamento.

—Não pode ser...-Alya respirou fundo ainda negando como tudo se encaixava perfeitamente quando se tratava dos seus dois amigos naquele caso.-...Não é possível que possa ser o que eu estou pensando.

—Eles podem ser os autores dos atentados,quanto podem ser o super-heróis...

—Não sou de seguir sites de fofoca e nem nada,mas não podemos esquecer quando publicaram aquelas fotos do Chat-noir com uma mulher muito misteriosa por aí.Talvez seja Marinette Dupain Cheng,se investigarmos um pouco mais e procuramos as testemunhas que estavam la no dia,vamos conseguir muitas informações.

—De qualquer forma,não podemos simplesmente sair relacionando tudo a eles também,temos que ter provas mais concretas...

—Como assim mais “concretas”?Pelos meus dados,quem estava naquele parque eram os pais de Marinette Dupain Cheng,uma das pessoas que eram feitas de refém dentro do ônibus era parente de Nathalie Sancoeur,mais conhecida como secretária de Adrien Agreste...sem contar no avião que estava com a mãe e um amigo de Marinette.

—Mesmo assim,precisamos investigar melhor e...-De repente,Nino abriu a porta do escritório com o celular em mãos,interrompendo o raciocionio dos jornalistas.

—Não sabe bater,não?!

—Desculpe,Amor...Mas é o seu chefe da redação,ele disse que precisa falar com você.

—Eu não vou cobrir outra coletiva de imprensa de famoso,já avisei!

—Ele disse que é urgente.-Alya respirou fundo e avisou aos seus colegas que iria sair por alguns minutos,logo depois se levantou da cadeira e praticamente arrancou o celular das mãos de Nino.

—Fala.-O jeito seco e até grosseiro de Alya mudaram de um segundo para o outro,sua pele empalideceu como se tivesse visto um fantasma,sua mão abafou um grito que saiu de boca e seu corpo ficou trêmulo,tão tremulo que sua outra mão mal conseguia segurar o celular.

Assim que a ligação terminou,Alya se sentou na poltrona da sala,em estado de choque.

—O que houve?

Alya não disse uma palavra e puxou o marido pelo braço,levando-o até o local onde o chefe da redação pediu para encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

A principio eu publicaria um capitulo maior,mas os eventos foram se desenrolando de tal forma que essa história não vai acabar tão cedo,em breve será publicado o ultimo capitulo que vai fechar a 1°fase da história e vamos ter uma continuação em outra fic que ainda estou elaborando,agradeço desde já pelo o apoio e o carinho que recebi de todos vocês,fico feliz que minha história tenha agradado e conquistado tantos leitores,sou muito grata a todos vocês:)
bjs da Vick e até a próxima



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