O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 54
A Despedida


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO ESTOU CRENDO QUE DEPOIS DE TANTAS TENTATIVAS ESSE CAPÍTULO SAIU DO JEITO QUE EU QUERIA!!!!AI MDS QUE FELICIDADE!!! Vocês sabem que eu vou me desculpar pela demora,mas eu espero de verdade que ela tenha valido a pena nesse capítulo, Obrigada a todos por estarem acompanhando a fic,vcs são uns amorzinho!!! Obrigada mesmo por esperarem a titia aqui a tomar vergonha na cara a parar de torturar vcs hahahhaha tenha uma boa leitura:)



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—Marinette?Você ta bem?-Adrien passava a mão na frente do rosto da amiga,afim de acordá-la do seu sonho momentâneo.

—Ham?!-A mesma acordou num pulo e assim que percebeu que aquele beijo não aconteceu e que fora fruto da sua imaginação.

—Nós já chegamos.-O loiro a encarava preocupado,já fazia um bom tempo que ela estava parada olhando pro nada,como se estivesse hipnotizada.

—Ah claro!Chegamos?Sim,chegamos.-Marinette mal conseguia formular as frases que saiam de sua boca,tamanha fora a vergonha que estava sentindo naquele momento.

—Tudo bem mesmo?-O rapaz repousou uma das mãos no ombro de sua amiga.

—Sim.Tudo bem.Mesmo.-O rosto de Marinette parecia queimar.-Desculpe qualquer coisa...

—Desculpas pelo quê?

—Não sei...talvez eu tenha dito alguma coisa que você não gostou de ouvir.

—Na verdade você não disse nada desde que entrou no carro.-O rapaz respondeu rindo.

—Mesmo?

—Mesmo.

—Que bom!Tô mais aliviada agora...-Ela não estava nem um pouco aliviada,vai que ele tivesse ouvido algum gemido?Ou qualquer coisa do tipo?E estivesse fingindo que não escutou nada por educação.

—Você quer ajuda com as malas?-No mesmo instante em que o Agreste falou aquilo,Marinette automaticamente lembrou do seu sonho lúcido em que ele repetia essa mesma frase com um olhar galanteador.

—NÃO! Não precisa!-Adrien dera um pulo do banco ao ouvir aquele grito ecoando dentro do carro e levou um susto quando viu Marinette quase saltando pra fora do carro e correndo desesperadamente até a padaria.

—Tem certeza?-O loiro se apoiou sobre a janela do carro,tentando acompanhar os passos rápidos de Marinette.

—Absoluta!-A mulher respondeu com o rosto vermelho igual a um pimentão antes de entrar em casa.

 Alguns minutos se passaram e a azulada voltou com quase 6 malas enormes,arrastando-as com dificuldade para fora do estabelecimento enquanto Adrien saia do carro,se prontificando a ajudar sua amiga.

 Enquanto observava o rapaz carregando algumas malas até o veículo, Marinette não podia negar a pitada de decepção que estava sentindo naquele momento ao imaginar que aquela cena toda poderia realmente ter acontecido.

 Ela até gostaria que aquilo acontecesse naquele instante,mas sua coragem não dava sinal de vida em comparação com o seu pessimismo.Marinette sabia que Adrien sempre a enxergou como uma amiga e sempre seria assim,por isso não tinha incentivo algum para tomar qualquer atitude.

 Por mais que já fosse uma mulher adulta,seus pensamentos e sentimentos em relação ao Agreste eram tão imaturos quanto juvenis e custavam a desabrochar em algum tipo de atitude ou resposta.Seu medo sempre fora um obstáculo para que nunca conseguisse dar um passo adiante.

 Será que a coragem destemida de Ladybug não havia lhe ensinado nada? Marinette se perguntava o tempo todo sobre isso enquanto tocava em seus brincos disfarçadamente e tentava imaginar o que Tikki iria lhe dizer naquele momento.

 Provavelmente,lhe daria um puxão de orelha pra que tomasse uma atitude de uma vez ,se estivesse lá,o que infelizmente não era o caso.

 Marinette nunca mais havia se encontrado com sua Kwami desde o incidente no hospital,mas pelo menos estava mais aliviada por ter notícias dela.

 Antes do julgamento,a mestiça havia se encontrado com o Mestre Fu e recebido a informação de que sua Kwami havia sido encontrada e de que estava bem.Marinette até tentou pegá-la de volta,mas estranhamente o Mestre disse que não era um bom momento para devolvê-la.

 Por mais que tivesse achado aquela atitude um tanto incomum, Marinette não questionou e resolveu deixar sua Kwami com o Mestre Fu, pensando que ela ficaria em boas mãos durante a sua viagem para a China.

Agora,a mestiça também se perguntava se não seria melhor se ela tivesse insistido para ficar com sua Kwami,talvez não precisaria estar passando por aquele momento constrangedor e certamente não ficaria desamparada caso algum “imprevisto” acontecesse.

—Eu posso carregar as outras se quiser.-Adrien cortou os pensamentos de Marinette mais uma vez enquanto se preparava para pegar o restante das malas que ainda estavam na frente da padaria.

—Não precisa,pode deixar que essas eu carrego.-Marinette desviou o olhar do rapaz,fazendo mais um esforço para voltar para a realidade ao pegar uma das alças de uma de suas malas.

—Elas parecem pesadas…-O loiro tentou pegar as outras malas,mas fora rapidamente impedido pela amiga.

—Não precisa se preocupar com isso, já está ajudando o suficiente.-A mesma dera um sorriso envergonhado enquanto carregava as malas até o porta-malas.-Eu não vou demorar.

—Tudo bem então…-Adrien abriu o porta malas enquanto observava a amiga depositar as suas malas dentro do veículo.      Sua curiosidade o instigava a perguntar o que estava acontecendo(já que Marinette vinha agindo de um jeito um tanto “estranho” depois que saiu do carro a alguns minutos atrás)mas se conteve em interrogá-la e adentrou no carro assim que esta terminou a sua tarefa.

 Quando as portas de ambos os lados do carro fecharam quase que simultaneamente,os dois não trocaram olhares intensos ou amassos,apenas ficaram ali,sentados,afivelando seus sintos de segurança em silêncio e se preparando para ir ao aeroporto.

 O trajeto para chegar ao destino final não era tão longo,mas para Marinette aquela pequena viagem seria eterna.Assim que Adrien ligou o carro e pisou no acelerador,borboletas se debatiam no estômago da mestiça,que ainda estava negociando consigo mesma para ver se conseguiria pelo menos dizer uma palavra sequer para o rapaz ao seu lado,mesmo sendo difícil formular uma palavra quando não se tinha letras para tal feito.

 De qualquer forma,ela buscou se distrair com a paisagem urbana que se formava ao seu redor durante o percurso e enquanto pensava em uma forma direta e rápida para expressar o que estava sentindo (que naquele momento era um amontoado de emoções e sentimentos que ainda estava difícil de organizar).

—E então…-Adrien apertou as mãos contra o volante, tentando ao máximo se concentrar no caminho a sua frente sem desviar o olhar para Marinette.-...Ansiosa pra viagem?

—Um pouco,eu acho.-A mesma respondeu com um tom desanimado em sua voz ao encostar a cabeça na janela,se deixando hipnotizar pelos prédios de Paris que agora passavam como borrões pelos seus olhos.-Sabe quando você sente que precisa resolver algumas pendências?-De repente os olhos azuis desviaram-se dos borrões e voltaram para o interior do carro, procurando os olhos verdes.

—Sei…-O loiro abaixou o olhar, deslizando suas mãos pelo volante.

—Eu estaria mais ansiosa se não tivesse nada pra resolver aqui,mas eu ainda tenho muitas contas pra acertar…

—Eu imagino,com tudo isso que aconteceu com você nesses últimos dias,eu não duvido que você tenha muitas coisas pra resolver.

—Pois é…-Marinette esfregou os braços com as mãos e se encolheu um pouco no banco,ainda sem tirar os olhos do Agreste.-...Eu sinto que tenho que resolver algumas coisas com você.-No mesmo instante,Adrien a encarou de volta com uma expressão indecifrável em seu rosto.

—Que tipo de coisas?-O rapaz perguntou tentando conter a enxurrada de perguntas que sua mente estava criando naquele momento.

—Coisas que eu deveria ter falado antes.-Marinette poderia sentir as palavras vibrando pelas suas cordas vocais e chegando até a ponta da sua língua,lutando para sair,mas sendo rapidamente impedidas pelo auto controle que a mestiça tentava manter naquele momento.

—Que tipo de “coisas”?-Adrien também tentava se conter, imaginando mil e uma respostas para a sua pergunta.

—... não são muito importantes,eu acho.-A mulher desviou o olhar rapidamente, hesitante.Não se sentia pronta para falar aquilo,como se os últimos 10 anos que se passaram ainda não foram o suficiente para prepará-la para aquele momento.

—Bom,se não são tão importantes...não tem problema que você me fale.No começo eu até estranhava a sua timidez,mas aceitava porque ainda  não nos conhecíamos direito...Mas agora,depois de tanto tempo juntos,eu não acho que você precise continuar agindo desse jeito comigo.-Era perceptível a decepção de Adrien enquanto falava aquelas palavras.-Não quero que você me veja como um estranho,mas como um amigo.Eu quero acreditar que você me perdoou pelo que aconteceu e não ficar a vida inteira me perguntando se você ainda me vê como um inimigo ou não.

—Eu nunca te vi como um inimigo,na verdade…-As palavras que a pouco se embaralhavam nas cordas vocais da azulada,agora eram reorganizadas e libertadas aos poucos.-Eu só tenho dificuldade em agir “normalmente” com você por outros motivos.Pra mim você sempre foi inatingível,como se você fosse muito distante da minha realidade...Eu não consigo explicar,mas quanto mais eu corria pra te alcançar,mais longe você ficava.Eu sei que você quer que eu te veja como um amigo,mas no fundo,isso é o que eu menos quero desde a primeira vez que eu te vi.

 Quando o sinal ficou vermelho no semáforo,Adrien freiou o carro devagar e encarou sua amiga novamente.Sua expressão parecia ser de surpresa,como se tivesse levado um susto ou algo assim.

—Eu sinto muito...Nunca imaginei que eu fosse “inatingível” pra você ou que passei essa impressão.Eu nunca tive muitos amigos, então eu nunca soube agir da forma correta ou demonstrar algum tipo de afeto de uma forma que não parecesse um pouco distante.

—Não se preocupe com isso, não foi você que passou essa impressão...fui eu.

—Como assim?

—Eu te coloquei num pedestal e te alcançar se tornou a minha meta,eu não imaginei que a gente fosse se aproximar tanto e por isso não previ o quanto eu iria me machucar por ter feito isso.

—Porque você me colocou num pedestal?-Havia um tom de indignação na voz do Agreste enquanto ele começava o seu “sermão”.-Provavelmente porque eu sou um modelo famoso...

—Eu não te coloquei num pedestal por causa da sua fama!-Marinette aumentou o tom da voz,sem acreditar que Adrien estava se referindo a ela daquela forma.-Não me aproximei de você porque era um modelo…

—Então porque se aproximou?-Adrien a encarou de tal forma que o brilho dos seus olhos verdes a atingiram como se fossem flechadas.

Marinette não se deixou atingir pelas “ flechas” e engoliu seco antes de dizer suas últimas palavras.-Porque eu gostei de você.

 Para a maioria das pessoas um “gostei de você” poderia ser algo tão normal quanto irrelevante, já que o ato de gostar de alguém é muito comum.No entanto,no caso de Marinette ,“gostei de você” tinha um significado muito mais profundo e que poderia ser traduzido para “me apaixonei por você” somente pelo tom de voz e a linguagem corporal que a mesma expressou ao falar sua última frase.Tal expressão fora tão evidente que o Agreste logo captou a mensagem,decifrando o enigma escondido naqueles olhos azuis,que naquele momento lhe encaravam com um certo medo ou apreensão.

 Porém,Adrien simplesmente não conseguiu responder a expressão retórica de Marinette.Não sabia como formular as palavras que sairiam da sua boca a seguir,como se seu vocabulário sumisse de uma hora pra outra e seu dicionário interno queimasse,assim como seu rosto que se encontrava vermelho enquanto seu coração disparava numa velocidade fora do normal.

Por mais que ele já suspeitasse que fosse isso,a surpresa ainda o atingiu como um baque,lhe dando um choque de realidade.

Ao ver a reação do rapaz,a mestiça logo se arrependeu de ter dito aquilo e voltou a concentrar sua atenção em outras coisas que pudessem distraí-la da própria vergonha.Seu nervosismo se manifestava em seu silêncio enquanto suas mãos apertavam as laterais do couro que forrava o banco,criando um tique temporário.

 A mesma suava frio só de pensar em qual resposta ele daria (se é que ele daria alguma),ondas de expectativas passavam pelo seu corpo,como se estivesse levando um choque diferente a cada batimento cardíaco.

 Porém,a aflição chegou ao fim quando a voz do Agreste ecoou no carro.

—Eu também gostei de você.

Marinette não sabia se respirava aliviada pela resposta ou segurava o coração que estava prestes a saltar da sua boca.Num primeiro momento,ela até poderia julgar aquela resposta como “automática”,mas era perceptível a veracidade de cada palavra que ele havia dito.

—Me-mesmo?-A mulher perguntou ainda sem acreditar no que acabara de ouvir,sem conseguir esconder um sorriso que surgia em seus lábios.

—Mesmo.-Adrien lhe respondeu com sorriso genuíno e doce,junto a um olhar que ela não via a muito tempo,do qual lhe trazia uma lembrança em mente...Aquele dia chuvoso na frente da escola Françoise Dupont á 10 anos atrás.

 Adrien estava com o mesmo sorriso daquele momento em que estendeu o guarda-chuva para Marinette,com o mesmo olhar puro e hipnotizante e até o mesmo toque tímido em seus dedos.Parecia que aquela cena estava se repetindo aos olhos da azulada,que já poderia ver  aquele mesmo cenário se materializar ao redor do Agreste.

 Com certeza foi o flashback mais vívido que Marinette já havia presenciado desde então, só não foi mais realista porque o toque estridente do seu celular interrompeu o momento.

—De-desculpa…-Marinette tirou os olhos do rapaz e pegou o celular desajeitadamente no bolso do sobretudo.

Enquanto observava a amiga atender o celular,Adrien saia aos poucos do estado de transe em que se encontrava,piscando os olhos incessantemente de tal forma que pudesse acordar daquela mesma cena que tbm ganhou vida diante dos seus olhos.

 Depois de ter esfregado seus olhos verdes inúmeras vezes,o Agreste finalmente conseguiu tirar nebulosidade daquele sonho vívido da sua visão,se deparando com a realidade,que naquele momento era representada pelo olhar cabisbaixo de sua amiga ao desligar o telefone.

—Vamos ter que correr, minha mãe já está fazendo o check in.

—Ah, claro…-Adrien voltou a se concentrar no volante e pisou forte no acelerador,por mais que levá-la para o Aeroporto fosse contra a sua vontade.

 Depois de quase meia hora,ambos chegaram ao destino final,ainda sem acreditar que tinham conseguido ultrapassar um engarrafamento enorme que se formava nos arredores da cidade.

 Enquanto Adrien procurava uma vaga na frente da entrada do Aeroporto, Marinette respirava aliviada por ter chegado um pouco antes do que poderia ser considerado 'encima da hora’, só imaginando o desastre que seria se tivesse pegado um táxi para chegar lá(provavelmente perderia o vôo).

—Muito obrigada,Adrien!-A mestiça dirigia ao rapaz um sorriso de alívio ao desatar o cinto de segurança.

—Não precisa agradecer,foi só um pequeno favor.-O mesmo retribuiu o sorriso enquanto terminava de estacionar o carro na vaga que encontrou.-Quer ajuda com as malas?

—Ehr... não precisa não, já ajudou bastante.-Marinette sentiu seu rosto ruborizar levemente assim que percebeu que o rapaz a encarava, desviando o olhar rapidamente.

—Tem certeza?

—Não se preocupe,eu vou pegar aqueles carrinhos alí.-A mulher apontou para alguns carrinhos de bagagem enfileirados que se encontravam na entrada do local.

—Ta legal,então...Boa viagem.-Aquelas palavras pareciam sobressaltar da boca do Agreste,que a minutos atrás estavam entaladas na sua garganta e agora soavam como um lamento.Seus olhos verdes não conseguiam esconder,por mais que tentassem,a tristeza daquela despedida e arrependimento momentâneo de não ter dito certas coisas que ainda pareciam incertas na sua mente.Talvez fosse o momento para colocar as cartas na mesa ou tirá-las de sua manga.

 No entanto, não esperava que Marinette o fizesse,jogando suas últimas cartas e apostando suas últimas fichas num beijo tímido, porém corajoso.

 As mãos frias e macias tocavam a superfície da pele,agora arrepiada, do Agreste.Seu corpo se inclinou para que o beijo continuasse enquanto o rapaz fechava seus olhos lentamente,se deixando levar pelo desconhecido que agora habitava em seus lábios.

 Marinette sabia que um simples “Adeus” não seria o bastante para transmitir tudo o que estava sentindo e que um beijo só não era o suficiente,mas seu tempo curto não lhe permitia continuar o ato,fazendo-a encerrá-lo.

  Adrien mal conseguiu se despedir daqueles lábios,mal conseguiu abrir seus olhos para acordar do transe em que estava,somente conseguiu ouvir a porta do carro batendo e o porta-malas sendo aberto pela mestiça.Ele ainda estava sem reação e temporariamente paralisado,seu corpo e sua mente demoraram para processar o que acabara de acontecer,como se o inatingível tivesse finalmente sido alcançado em questão de segundos.

 No entanto,o rapaz retomou sua coragem e saiu do carro rapidamente para ir ao encontro de Marinette:

—Ei!-O mesmo acelerou o passo para chegar no porta-malas, tentando atrair a atenção de sua amiga para si.

 Assim que a azulada ouviu a voz de Adrien lhe chamando,seus olhos se arregalaram ao vê-lo se aproximar e seu coração disparou tão rápido que era possível deduzir que ele iria parar de bombear sangue a qualquer momento.

—Acha que pode ir embora assim?Sem deixar eu me despedir?-O rapaz dera um sorriso franco,porém verdadeiro,aproximando suas mãos quentes do rosto da mestiça,deslizando uma delas pela sua nuca e por fim chegando no maxilar delicado até encerrar na bochecha, aproximando os seus lábios com os de Marinette.

 Assim que ambos se chocaram,a sensação fora única e indescritível, tão melhor quanto a primeira.A azulada não sabia se aquilo tudo era uma tática infalível dele para mantê-la em Paris ou se era mais uma forma que ele encontrou de enfeitiça-la,mas tinha certeza que ambas as técnicas haviam funcionado.

 Quando seus lábios se desprenderam um do outro, Marinette só pôde ver o rosto corado de Adrien lhe encarando

—De-desculpa te assustar desse jeito,mas eu precisava fazer isso antes que você fosse embora.

—Tudo bem…-A azulada correspondeu com um sorriso tímido enquanto acariciava o rosto do rapaz, tentando averiguar se  aquilo tudo era real.-...Eu também precisava fazer isso.

 Adrien roubou mais um beijo de Marinette,abraçando-a calorosamente,logo depois,apoiou o queixo no ombro da mestiça,susurrando no pé do seu ouvido:

—Você não sabe a quanto tempo eu estava esperando por isso.

O rosto da mulher esquentou ao sentir aquelas palavras soarem como música em seus ouvidos enquanto ainda poderia sentir o beijo do Agreste dominar seus lábios.

—Pode ter certeza que eu sei…-Os braços da mesma rodearam o corpo do rapaz,aproveitando cada segundo que não pôde usufruir por todos aqueles anos.

 Sentir o corpo dele contra o dela,inalar o seu perfume e sentir o cheiro daquele que um dia foi o seu sonho e que naquele exato momento estava se tornando realidade.

 Marinette nunca se sentiu tão feliz quanto estava se sentindo naquele instante,mesmo depois de tanto tempo idealizando como esse momento seria,foi muito melhor do que ela pensava (até melhor do que um simples encontro para tomar sorvete que ocasionaria em um casamento que daria três filhos, além de um cachorro,um hamster e um belo felizes para sempre).

 A mesma não sabia se seria feliz para sempre ao lado do Agreste,nem sabia que se o veria novamente,mas tinha certeza absoluta que era feliz naquele momento e nem mesmo uma viagem sem previsão de volta tiraria tão fácil essa lembrança inesquecível.

 Já Adrien mal conseguia acreditar que sua insegurança em relação aos sentimentos com Marinette havia se dissipado com apenas um beijo,ou melhor,dois.Logo ele que costumava a ter certeza do que tinha por Ladybug,agora, só tinha certeza de que sentia algo muito mais forte pela mulher que o abraçava do que imaginava.

 Era um sentimento desconhecido do qual precisava ser desbravado,um novo território para ser descoberto.Por mais que Adrien já tivesse as coordenadas para chegar a tal território ainda lhe faltava saber qual seria o tesouro que buscaria,e depois de tantos anos buscando as jóias mais raras,descobriu em poucos minutos que ele era o único que não conseguia enxergar o valor inestimável daquele sorriso ou o brilho daqueles olhos azuis,dignos de algo muito valioso,dignos de um verdadeiro tesouro que sempre lhe pertenceu.

 



 

 


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Notas finais do capítulo

AIIN Gentew não se vcs,mas quando eu escrevi e li o final eu fiquei um pouquinho emocionada *malditas cebolas ninjas*Mas de qualquer forma agradeço novamente o apoio que vcs tem me dado e por terem paciência cmg,a única que coisa que eu posso prometer é que eu ainda termino essa fic esse ano galeures #PROMETO



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