O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 5
Desvendando Mistérios


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas:))Feliz ano novo à todos e que 2017 seja repleto de realizações e felicidades a todos vcs...E tbm desejo uma boa leitura;)



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—E então Alya...Ehr eu não sabia que você tinha um carro fúnebre…-Marinette perguntou na tentativa de quebrar o silêncio que tomava conta do veículo em quase 1 hora de viajem.

—Na verdade eu...Peguei emprestado.

—emprestado?Isso parece ser bem suspeito.-Adrien encarava a amiga desconfiado.

—Muito suspeito mesmo...Quem te emprestou o carro?

—u-um amigo...AH EU DESISTO!! VOCÊS VENCERAM TA BOM?!Eu roubei…

—O QUE?!!

—Ta eu admito que tudo isso é loucura,mas eu como boa repórter que sou preciso correr atrás das minhas matérias...Nem que pra isso eu precise violar a lei.

—Voce não pode estar falando sério né?!

—Adrien,as vezes temos que abrir mão de coisas que seguimos ou acreditamos por necessidade,eu só consegui ser o que sou hoje porque corri atrás do meu sonho.

—e aonde essa linda mensagem motivacional se encaixa em violar túmulos e roubar carros?-Marinette perguntou num tom irônico.

— talvez não entendam agora,mas quando eu conseguir provar a minha teoria... Vão me agradecer por ter aberto esses túmulos e ter roubado esse carro,a cidade vai me agradecer.

—Alya... Não acha que está sendo pretensiosa demais?

—Não Marinette...Acho que ainda não me arrisquei o suficiente.

—Ta bom...Digamos que sua hipótese esteja certa,se a Ladybug e Chat noir tiverem mesmo forjado a própria morte...Onde você acha que estariam agora?-Adrien tentava desafiar a amiga ao máximo na esperança que ela não soubesse tanto quanto aparentava.

—Escondidos em algum lugar de Paris,esperando o momento certo pra aparecerem ao público…

—E qual seria o momento certo?

— Vocês dois fazem perguntas demais tá bom?!Eu não sei de tudo(por enquanto).

—As vezes é melhor não saber de tudo…-Adrien encarou Alya como se quisesse dizer para ela parar com aquela investigação.

—Isso pra mim é desculpa de gente preguiçosa e...Chegamos!!-Alya cortou a conversa assim que viu o necrotério-Podem ir soltando os cintos crianças!Agora vamos finalmente começar a segunda parte do plano…-A mesma terminou de falar e estacionou o carro em frente ao local.Depois disso desceu do veículo junto aos seus amigos e cautelosamente se dirigiram até o porta-malas,por fim pegando os corpos já embalados e os levando para dentro do necrotério (que já estava com suas portas abertas).

—E agora o que a gente faz?-Marinette perguntou enquanto carregava um dos corpos pra dentro do prédio.

—Você e o Adrien vão entrar na primeira porta à direita,assim que entrarem vai ter duas mesas lá…-Alya falava enquanto apontava para um corredor que ficava a esquerda-Coloquem os corpos em cima delas e só abram os sacos quando eu chegar.Enquanto isso eu vou trancar a porta e desligar as câmeras daqui.

—Ok…-Marinette e Adrien foram rápidos e arrastaram os corpos pelo corredor escuro do necrotério,quando chegaram a tal porta já entraram, acendendo todas as luzes da sala e com muita dificuldade colocando os corpos sobre as mesas(que estavam mais para macas metálicas).Quando terminaram os seus “deveres” ficaram um bom tempo observando o local onde estavam,a sala era repleta de “gavetas” de ferro onde provavelmente havia mais corpos e tinha uma energia pesada que causava calafrios tanto em Adrien quanto em Marinette.

—Com certeza essa não é uma das melhores surpresas que eu já ganhei.-Adrien começará a puxar conversa com a amiga, já que ele não havia conseguido conversar direito com Marinette antes.

—E-eu também não gostei muito..Ham...M-me des-desculpe pela Alya e…

— Não precisa se desculpar, você também não sabia o que ia acontecer...Na verdade ninguém imagina que numa sexta-feira a noite vai sair passeando por aí com dois defuntos.-Adrien a respondeu lhe lançando um sorriso sereno,como se não estivesse dentro de um lugar cheio de corpos.

—P-pois é…-Marinette não conseguia mais ignorar o que estava sentindo,por mais que tentasse não demonstrar era impossível não encarar aqueles olhos verdes sem ficar paralisada ou gaguejar.

—Marinette...Tá tudo bem?-Adrien se aproximava da mesma, estranhando o fato dela estar imóvel igual uma estátua o observando.

—Ta sim…-Marinette não conseguia mais falar direito,as palavras não saiam mais da sua boca e seu rosto já começará a queimar.

—Tem certeza? Você está ficando vermelha…-Adrien começará a se aproximar cada vez mais do rosto de sua amiga, até que suas mãos tocaram a testa de Marinette e em seguida deslizando até as bochechas-Eu acho que você está com febre,o seu rosto está queimando!

—A-Ah e-eu to-to b-bem…-Marinette não conseguia mais respirar direito,ela mal acreditava que aquilo estava acontecendo era como estar sonhando..No entanto seu sonho fora interrompido por Alya que entrará com tudo no local.

—HÁ!!PEGUEI VOCÊS SEUS SAFADINHOS!!!!

—AHHH!!-Ambos os dois quase deram um salto pra trás, visivelmente envergonhados.

—Desculpa cortar o clima dos pombinhos aí,mas existem lugares melhores pra se pegar...Beleza?

—V-você não entendeu Alya...Eu só fui medir a febre da Marinette-Adrien queria virar um avestruz e enfiar a cabeça em qualquer buraco.

—Aham sei... Você não me engana seu assanhado-Alya sabia que ele não estava mentindo,mas seu combustível além da curiosidade era de zoar seus amigos.

—É verdade Alya...O que você acha que iria acontecer ein?!!-Marinette não sabia se ficava constrangida ou furiosa por ter tido o seu momento interrompido.

—eu nem vou responder porque vocês já devem saber o que tava rolando aqui...Oh se sabem!

—Ai esquece Alya! Não dá pra dialogar com você...Que tal falarmos sobre a Ladybug e o Chat noir de uma vez?-Marinette já havia cansado da vergonha que estava passando.

—Tem razão amiga...Vamos nos concentrar no que realmente importa.-Assim que terminou de falar,Alya se aproximou de uma das mesas colocando suas luvas de plástico e em seguida cobrindo o rosto com uma máscara cirúrgica.-Se quiserem continuar aqui dentro vão ter que colocar essas máscaras,porque esses corpos estão em estado decomposição a muito tempo...E o aroma não é muito agradável.

Adrien e Marinette não pensaram duas vezes,vestiram suas luvas e colocaram as máscaras...E logo depois se aproximaram dos corpos um tanto receosos.

—Estão prontos?-Alya perguntou já prestes a abrir o primeiro saco.

—Sim…

—1...2...3 e já!!!-A mesma arrancou a “embalagem” na mesma hora,revelando o corpo(que aparentava ser de Chat noir)-MEU DEUS!!!QUE HORROR!!

—Eu não tô nada bem…-Marinette se afastou na hora ao ver aquele esqueleto que era consumido por vermes,e que vestia o uniforme de Chat noir.Era como voltar no passado naquela terrível noite de natal na catedral de Notre Dame...Marinette não conseguiu segurar as lágrimas,mas procurou limpá-las o mais rápido possivel para que seus amigos não percebessem.

—Credo que coisa mais...Nojenta e assustadora- Já Adrien ficou um pouco mais tranquilo,afinal ele sabia toda a verdade(ou pelo menos uma parte dela)embora estivesse extremamente enojado.

—Calma gente...É só um presunto com uma fantasia de super-herói.-Alya observava mais de perto o corpo, pegando um pedaço do “uniforme” rasgado em mãos e mostrando aos seus amigos-Isso não deveria ser chamado de uniforme, não tem o mesmo material que o Chat Noir usava... Não é couro.

—Como sabe que o uniforme dele era de couro?!-Adrien perguntou visivelmente surpreso.

—Eu pesquisei muito sobre o Chat noir e um tecido vagabundo desse não ia dar conta e nem é resistente...Como podem ver é um tecido muito utilizado em fantasias,o que significa que uma parte da minha hipótese está certa.

—Entao quer dizer que esse corpo não é dele?!-Marinette recuperou as esperanças ao ouvir aquela notícia.

—Provavelmente não...E antes de vocês tentarem me contrariar,eu tenho outra prova de que estou certa.-Alya pegou em sua bolsa uma pasta,entregando-a nas mãos de seus amigos.-Fiquem a vontade pra dar uma olhada…

—O que é isso?-Adrien perguntou folheando o material.

—É um exame que eu pedi pra uma amiga minha fazer,ele consiste em analisar e reconstruir o tecido ósseo e epitelial através do computador para descobrir a faixa etária dos corpos.

—Interessante...Mas até agora eu não vi nada aqui que prove alguma coisa.

—Leiam a última página…

—Não achamos nada aqui.

—Voces são muito lerdos mesmo!Aqui nas últimas linhas está dizendo que a idade deles aparentava ser de 33 a 40 anos.

—Que?!

—Isso significa que nenhum desses corpos pertencem a Ladybug e o Chat noir de verdade...É como se tivessem pegado duas pessoas com 33 ou 40 anos e enfiado fantasias nelas.Sem contar que o tempo de decomposição dos corpos não equivale a 10 anos e sim a 14 anos,ou seja essas pessoas já estavam mortas muito antes da Ladybug e o Chat noir “morrerem”.

—Nossa!Tenho que admitir que dessa vez você se superou.

—Obrigada Adrien...Eu sempre me supero.

—Mas e os miraculous?

—Eu jurava que estava nesses corpos nas fotos que eu vi antes,mas acho que alguém deve ter pegado... Não duvido que poderiam ser falsos também,por isso eles não são tão relevantes pra nossa investigação.

—Falando em idade...Se esses corpos tinham trinta e poucos anos,qual era a verdadeira idade da Ladybug e do Chat noir?-Adrien queria desafiar sua amiga,para garantir que ela pudesse errar em alguma coisa na sua pesquisa...Afinal ele ficará muito surpreso com o resultado daquela investigação,Alya estava muito perto de descobrir o resto daquela história.

—Pelas milhares de vezes que eu os vi,pude deduzir que eram adolescentes na faixa dos 15 aos 17 anos,hoje em dia estariam com aproximadamente 25 ou 27 anos.

—...-Naquele momento tanto Marinette quanto Adrien perceberam que estavam ferrados,Alya havia descoberto quase tudo...Tudo que eles haviam lutado para esconder por 10 anos agora estava prestes a ser revelado a todos.

—Agora meu próximo passo é descobrir o paradeiro deles e as identidades...E então meu plano será finalmente concluído!

—Alya...Eu acho que você está indo longe demais com essa história.-Marinette ainda tinha esperança de fazer a amiga desistir daquela ideia.

—Se com ir longe demais você quer dizer que estou chegando muito perto do meu objetivo... Então realmente estou indo bem longe.Podem me chamar de louca...Mas não podem negar que consegui a maioria das provas que precisava.-Alya falava orgulhosa depois de ter reunido todas as informações,depois disso a mesma abriu o outro saco onde estava a suposta Ladybug(deixando Adrien em estado de choque por alguns minutos) além de  obter as mesmas pistas como:O mesmo tipo de tecido que encontrou em “Chat noir” e de também não encontrar o miraculous.

 Após alguns minutos de exames nos corpos,os três amigos fecharam os sacos plásticos novamente e cuidadosamente os transportaram até o carro fúnebre,por fim saindo do local.

 Alya saiu do necrotério satisfeita, enquanto seus amigos tentavam esquecer as imagens que viram naquela noite e a surpresa mais esquisita e horripilante que já tiveram.Depois de poucas horas de viagem ambos se despediram e voltaram para as suas devidas casas,enquanto Alya voltava ao Cemitério na tentativa de devolver os defuntos aos seus túmulos,Adrien e Marinette se questionavam a respeito das mortes de Ladybug e Chat noir.

Ambos ficaram pensando consigo mesmo se realmente teria valido a pena se esconder por tantos anos e se Paris deveria pagar pelas suas escolhas.


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Notas finais do capítulo

Mto obrigada a todos que estão comentando,vcs não tem ideia do quanto isso faz o meu dia melhorar:)e tbm mto obrigada a Lady wifi pela recomendação eu realmente estou lisonjeada e agradeço por estar lendo e gostando,espero não decepcionar;)Nos vemos na próxima:))