O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 43
Depoimentos e novas investigações


Notas iniciais do capítulo

OIEEE pessoas!! Finalmente estou de volta e finalmente terminei esse capítulo:)Eu adoraria fazer ele um pouco mais comprido,mas vou deixar o melhor pra depois hehehe...Tenham uma boa leitura:)))



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—Sente-se por favor Sr.Lahiffe.-A mulher de madeixas ruivas e uma de uma aparência um tanto familiar,encarava Nino a sua frente com um olhar intimidador.-Sou a delegada Raincomprix e vou te interrogar hoje.-A mesma estendeu a mão para um cumprimento formal,sem perder o tom sério de sua voz.

—você não me é estranha...Eu te conheço de algum lugar…

—Fui sua colega de classe no ensino médio,Sabrina Raincomprix.

—Sabrina?!Nossa a quanto tempo!!Eu nunca imaginei que você seria delegada algum dia...Quero dizer,eu não imaginava você exercendo essa profissão.-Nino se perdia em suas palavras tamanha era a sua surpresa ao se deparar com aquela mulher autoritária que antes era o capacho da filha do prefeito.

—Nem eu,mas o destino sempre prega peças na gente não é mesmo?-A mesma abriu um pequeno sorriso e rapidamente voltou a sua postura de autoridade.-Enfim...Já deve imaginar o porquê de estar aqui.

 O moreno afirmou positivamente com a cabeça e um olhar cabisbaixo.

—Aposto que já deve estar ciente das acusações contra Adrien Agreste e do crime que ele cometeu…

—Ele não cometeu crime algum Sabrina!

—Pra você é Delegada Raincomprix,eu sou a autoridade aqui,então quando for se dirigir a minha pessoa jamais me chame pelo primeiro nome...Estamos entendidos ou você quer que eu desenhe?-A ruiva mudou totalmente seu humor,parecia estar irritada com o que Nino acabara de dizer...por fim enquadrando-o.

—D-desculpe Delegada...

—...Como pode ter tanta certeza de que ele não cometeu crime algum?

—Pelos anos de convivência e de amizade,eu conheço o Adrien muito bem e tenho certeza que ele não teria coragem de fazer uma coisa dessas.

—Você tem provas pra comprovar isso?-A mulher se dirigiu a Nino com um tom desafiador,afim de conseguir arrancar mais informações do interrogado.

—Eu sou o melhor amigo dele,achei que meu depoimento fosse o suficiente.

—Mas o juíz não trabalha só com depoimentos para analisar um caso, também precisa de provas concretas e…

—É por acaso vocês tem alguma prova que mostre o contrário?

—Claro que temos,eu vou lhe mostrar e então terá que tirar suas próprias conclusões.-A delegada se levantou rapidamente e pegou seu Notebook,depositando-o na mesa e em seguida ligando o aparelho.

Enquanto isso Nino a observava com um certo nervosismo (afinal de contas não sabia o que estaria prestes a ver), dependendo do material daquela suposta prova ele poderia passar a ver o seu melhor amigo como um assassino ou confirmar a inocência do mesmo,tal possibilidade deixava Nino cada vez mais apreenssivo.

—Aqui está os vídeos que a polícia recolheu das câmeras de segurança do hospital no dia em que o houve o assassinato.-A delegada virou a tela do Notebook para Nino e abriu em um arquivo com inúmeros vídeos das supostas câmeras de segurança.

O primeiro vídeo mostrava Adrien saindo do seu quarto e seguindo a maca onde Tom estava,depois de alguns segundos o vídeo cortou para a outra ala do hospital onde Adrien parecia rondar os médicos que levavam o paciente até o quarto.Já no último vídeo mostrou o Agreste olhando em volta e adentrando no quarto onde a “sua suposta vítima” se encontrava.

Depois que os vídeos acabaram,Nino se encontrava atônito com o que viu,aquela movimentação do seu amigo realmente era muito suspeita... Qualquer pessoa que assistisse aquele vídeo afirmaria que Adrien era o assassino.

—Meu Deus...Ele não fez isso... não pode ter feito.

—Mas são o que as câmeras do hospital e os depoimentos dos próprios médicos afirmam.

—Ele jamais teria coragem de fazer isso!-Nino tentava negar com todas as suas forças,por mais que a prova tivesse sido escancarada a sua frente.

—Mas ele fez...Eu sei que dói ver um amigo que você sempre confiou cometer um crime como esses,isso só mostra que não conhecemos as pessoas como elas realmente são….Acredita em mim agora?

—Eu deveria?-Nino enfrentou a delegada com um tom desafiador,algo lhe dizia que aquelas acusações ainda estavam incompletas,como se fosse uma história mal contada.

—Isso quer dizer que vai depor a favor dele?

—Sim.-A delegada o encarou perplexa,tudo indicava para um único suspeito e não tinha como Nino não acreditar nas provas,a não ser que tivesse outro suspeito em mente.

—Se acredita tanto no seu amigo é porque deve ter alguma prova a favor dele, não é?

—Por enquanto não,mas eu prometo que vou conseguir provar a inocência dele.

Sabrina observou aquele homem a sua frente com um olhar piedoso,tentou se compadecer e se colocar no lugar dele...mesmo sabendo que dificilmente Nino conseguiria uma nova prova sem a ajuda das autoridades,decidiu dar uma última chance a ele.

—Como você parece ser bem insistente eu vou te dar uma colher de chá,mas isso vai ficar entre nós, certo?Faltam três dias pro julgamento,se você conseguir essa prova dentro desse prazo eu irei analisar e entregar ao juiz.

—Muito Obrigado!! Muito obrigado mesmo!!-Nino nunca imaginou que conseguiria amolecer o coração de uma autoridade,mas agarrou a oportunidade e estava mais do que disposto a procurar essas provas.

—Está liberado por enquanto...Agora pode ir.-A mulher se levantou e abriu a porta para que Nino saísse, enquanto o mesmo a agradecia inúmeras vezes.

Assim que se retirou do local,Nino deu de cara com Marinette e sua mãe na sala de espera (provavelmente foram chamadas pra prestar depoimento) Já Alya estava conversando com elas.

—Nino?-Marinette se virou surpresa ao ver o seu amigo por lá,mas era perceptível que ela não pareceu muito feliz em vê-lo.-Eu não sabia que viria aqui também…

—Eu iria te falar,mas o depoimento dele até que foi rápido...-Alya tentou contornar aquele clima desagradável,mas deu muito certo.

—Não se preocupe...eu não pretendo ficar aqui muito tempo.

—Pra onde você vai?-Alya se levantou apressadamente.

—Eu vou resolver umas coisas…-Nino não se sentia nada bem em não conversar com Marinette sobre o que aconteceu,mas ele sentia que aquele não era o lugar e nem o lugar adequado para aquilo.Também porque sua mente estava focada naqueles vídeos e provas que lhe foram mostradas a respeito do seu melhor amigo,com certeza Nino não iria descansar enquanto não provasse a inocência de Adrien antes do julgamento...seu tempo estava contado e cada minuto a mais naquela delegacia,se tornava um minuto a menos para encontrar pistas do que realmente aconteceu.

—Se me derem licença...eu realmente preciso ir.-Nino se despediu e partiu às pressas em direção ao primeiro local do qual sua intuição o direcionava:O hospital.

Algum tempo depois…

Nino se encontrava na frente daquele enorme prédio acinzentado, repleto de ambulâncias que entravam e saíam do local.Suas expectativas aumentavam a cada passo que dava para dentro do edifício,o mesmo mal podia esperar para colocar as mãos nas filmagens das câmeras do hospital (ainda alimentando as esperanças de que pudesse encontrar novas provas que inocentassem seu amigo).

 Já dentro da recepção do hospital, apoiado no balcão de atendimento,Nino esperava impaciente para ser atendido pela secretária a sua frente (que por sua vez parecia bem distraída no seu celular).

—*Cof Cof…-O moreno fingiu uma tosse para atrair a atenção da mulher.

—Em que posso ajudar?-A mesma se virou rapidamente, tentando esconder o aparelho em suas mãos.

—Eu gostaria de saber se por acaso você teria acesso as câmeras de segurança daqui…-Nino sentiu que não se expressou muito bem, obviamente a secretária desconfiaria dele.

—Só quem tem acesso são os seguranças do hospital senhor,porque?

—Ehr..bom eu estou procurando algumas informações a respeito da morte de um paciente daqui, não sei se você deve saber de algum…

—Desculpa,mas tem muitos pacientes que acabam morrendo aqui..se você for mais específico e me falar o nome do paciente,seria melhor.

—Ah claro!Tom Dupain.

—Você é algum parente dele?

—Não,na verdade sou amigo da família.

—Hum…-A mulher começou a procurar o nome do paciente no sistema do hospital.-Você vai ter que me desculpar,mas eu não encontrei nenhum “Tom Dupain”.

—Como assim não encontrou?!-Nino se inclinou sobre o balcão tentando ver melhor a lista de pacientes no computador da secretária,e para a sua surpresa haviam inúmeros pacientes com o nome “Tom”,mas nenhum deles com o sobrenome “Dupain”.

—Talvez você deva estar confundindo o hospital senhor.

—Eu tenho certeza que foi aqui,quando eu fui na delegacia me mostraram as filmagens das câmeras desse hospital, não é possível que o nome dele tenha sumido do sistema!

—Você sabe em que dia ele faleceu?

—Semana retrasada,no sábado...se eu não me engano.

Enquanto a secretária pesquisava mais informações a respeito do paciente,Nino sentia um nó se formar em sua garganta e sua cabeça borbulhar de perguntas.Não era possível que os registros de Tom tivessem “desaparecido” tão rápido, principalmente com a polícia investigando tudo a respeito dele naquelas últimas semanas.

—Eu não encontrei nada senhor.

—Não é possível!!-Nino se encontrou incrédulo naquele momento-Tem certeza que você não procurou em um lugar errado?Esse paciente faleceu aqui,eu tenho certeza.

—Deve ser algum erro no sistema... você sabe pelo menos o número do quarto onde ele estava?

—Não…

—Você tem algum documento que prove que ele esteve aqui?

—Tambem não...Mas a polícia tem tudo a respeito dele.

—Eu sinto muito mas não vou ter como te ajudar.

—Por favor moça!Eu juro que ele estava aqui!

A secretaria vendo a tensão de Nino resolveu chamar a sua colega de trabalho para tentar conversar com aquele homem que quase saltava no balcão.Depois de alguns minutos uma senhora venho até o balcão com uma cara de poucos amigos.

—O que esta acontecendo aqui?

A secretaria começou a explicar toda a situação para a sua suposta chefe,que por sua vez parecia ter entendido.

—Qual é o seu nome?-A mesma se dirigiu num tom desconfiado para o rapaz.

—Nino Lahiffe.

—Eu lembro desse paciente... Não foi esse que foi uma suposta vítima daquele modelinho?Tom Dupain né?

—Esse mesmo!

—Ele estava no quarto 413,e foi registrado como todos os pacientes que passam por aqui também são.

—Então porque não apareceu nada no sistema?-Tanto a secretária quanto Nino perguntaram indignados.

—...Deixe-me ver…-A mesma se sentou no lugar da secretária e começou a sua pesquisa,depois de poucos segundos a sua expressão facial mudou totalmente...como se estivesse confusa.-Que estranho,no dia em que ele foi levado pra cá também não há registros...Eu jurava que tinha colocado o nome dele nessa lista no dia em questão...a não ser que…Que no dia em que houve o assassinato e a polícia entrou aqui,venho uma multidão de gente pra dentro do hospital junto e...

—Isso quer dizer que alguém pode ter apagado esses registros?!

—Provavelmente, nesse dia eu estava trabalhando na recepção e quando a multidão entrou,eu tive que sair do balcão pra tentar conter todo mundo junto com os seguranças.

—Mas só alguém que trabalha aqui dentro iria conseguir entrar no sistema né?-A funcionária perguntou um tanto desconfiada a sua chefe.

—Isso só quem vai mostrar são as câmeras de segurança...Me acompanhem.-A secretária saiu do balcão e deixou nas mãos de outro colega de trabalho, enquanto Nino torcia para encontrar qualquer informação a respeito de Tom,afinal de contas aquela história estava ficando cada vez mais suspeita e estranha,se aqueles registros foram mesmo apagados, então provavelmente alguém estaria tentando modificar o caso a seu favor através da retirada de qualquer pista ou informação que levasse ao verdadeiro culpado.


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Notas finais do capítulo

Então foi só isso por hoje pessoal:)Espero que tenham gostado e tbm espero não me atrasar tanto pra publicar os próximos:)Bjs e até próxima