O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 4
Uma surpresa fúnebre


Notas iniciais do capítulo

Oi galera...Voltei com mais um capítulo quentinho pra vcs,mto obrigada a todos que estão acompanhando,lendo e comentando prometo me dedicar mais a essa fic...Tenham uma boa leitura:)



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12:00pm-Cemitério de Paris

Alya esperava impaciente na frente dos portões do cemitério,olhando pra todos os lados para garantir que ninguém a flagrasse invadindo o local.Mas não teria como fazer nada se seus amigos ainda não chegassem.

— Aff! Não acredito que eles não vão vir!-Alya ligava pela 5°vez pra Marinette,mas como sempre...Caia na caixa postal.-Droga!Espero que  ela esteja chegando ou senão eu mato ela!

— Então deixa eu te poupar de cometer um assassinato amiga.- Marinette finalmente havia chegado no local(mesmo tendo péssimas expectativas em relação a tal surpresa).

— Marinette que bom que você venho!!Achei que você não viria mais.

— Eu sempre cumpro com a minha palavra Alya…mas o que você tá fazendo sozinha aqui?Achei que o Nino estaria com você.

— Era pra ele ter vindo...Mas quando eu tava arrumando as coisas pra vir pra cá,ele foi dormir...Acredita nisso?!

— Nossa que marido presente ein?- Marinette respondeu ironicamente.

— Ai nem me fale! As vezes eu me arrependo de ter casado com o Nino, mas isso não vem ao caso agora.

— Alya me diz uma coisa...Qual é a surpresa afinal?

— Calma! Assim que o Adrien chegar eu mostro tudinho pra você.

— Tem certeza que ele vem?

— Absoluta! Ele não é de pisar na bola ou dar bolo. Se ele falou que vai vir é que ele realmente vai.

— Valeu Alya! Eu não sabia que você me considerava tão pontual- De repente Adrien surgiu ao lado de Alya, dando o maior susto nas duas.- Me desculpem o atraso meninas, espero não ter demorado muito.

— Não se preocupe, o que importa é que você também venho...E agora eu posso mostrar a minha surpresinha pra vocês!- Alya se mostrava cada vez mais empolgada, no entanto, seus amigos perceberam que aquela surpresa não era das melhores ao ver a repórter tentando arrombar a fechadura dos grandes portões de ferro do cemitério.

— Ei!! O que você tá fazendo?!!- Marinette mal conseguia acreditar no que estava vendo, lhe chamando a atenção.

— Fala logo Alya...O que é a surpresa?- Já Adrien não queria presenciar aquela cena, afinal a polícia poderia flagrá-los a qualquer momento.

— Fiquem quietos!! Vocês só vão saber a surpresa se pararem de ficar me dando sermão, tá bom?!

— Alya isso é crime, não pode invadir….

— Eu sei, mas é por uma boa causa...Ah beleza!! Consegui!! Vamos entrar de uma vez!- Assim que abriu o portão, Alya puxou os amigos pra dentro, e em seguida fechando o portão novamente, sem deixar rastros.- Bom, agora que estamos aqui dentro eu vou levá-los pra ver a surpresa...Por isso fechem bem os olhos e não vale espiar, ok?

— ok…- Tanto Adrien quanto Marinette fecharam os olhos e se deixaram guiar pela amiga, mas assim que abriram os olhos, a surpresa que não fora tão agradável quanto o esperado.

— TCHARAM!!!!SURPRESAA!!- Ayla quase saltitava na frente do túmulo de Ladybug e Chat noir, deixando seus amigos um tanto assustados.

— O QUE?!!- Os “premiados” exclamaram em coro, os mesmos detestavam lembrar e lutavam á anos para esquecer tudo o que passaram, mas aquela "surpresa" os fez regredir imediatamente.

— Vocês estão em frente a MAIOR FARSA DE TODAS!

— C-como assim “farsa”?- Adrien estava mais perdido que barata tonta.

— Ladybug e Chat noir não morreram!- Nesse momento o sangue de Adrien e Marinette gelou.

— E porque estamos na frente do túmulo deles então?- Adrien começara a tentar se fazer de cético para que a amiga desistisse daquela história.

— Ter um túmulo não significa que se está morto...Por exemplo: Eu poderia muito bem mandar construir um túmulo pra mim, pedir pra fazer um velório e causar comoção em um monte de gente e ainda estar viva.

— Espera um pouco Alya...Você está querendo dizer que o Chat noir e a Ladybug forjaram a própria morte e fingiram toda essa história ?!

— Exatamente!!

— Que bobagem Alya!!Todos viram os corpos deles boiando no rio Sena...estavam até com o uniforme, isso é um absurdo!- Marinette riu alto ao ouvir aquela afirmação.

— Realmente tinham dois corpos naquele rio, todos poderiam ter visto, mas ninguém se deu o trabalho de analisar. Eu não sei se vocês dois sabem...Mas eu achei os exames de necrópsia deles e os dados eram totalmente diferentes dos originais.

—  Quais dados?

— A altura, por exemplo, mostrava que a Ladybug era mais alta que o Chat noir...O que obviamente não é verdade.

— Talvez teve algum erro na documentação.- Marinette também tentava de tudo para despistar Alya.

— Eu não descarto essa possibilidade, mas se pararmos pra pensar...A polícia jamais erraria num exame tão importante quanto o da Ladybug e do Chat noir, será mesmo que foi um simples erro?

— Se foi erro dos policiais eu não sei...Mas tenho certeza que errei feio ao ter vindo pra esse cemitério só pra ficar “prestando homenagens” a Ladybug e o Chat noir.- Marinette respondeu enquanto resmungava.

— E quem disse que viemos “só” pra isso?

— Depois dessa sua teoria maluca eu não vou mais ficar surpreso com você.

— Eu chamei vocês com outros objetivos, afinal eu não poderia fazer isso sozinha…

— Isso o quê, Alya?

— Vocês vão jurar pra mim que não vão contar a ninguém?!

— Vixii.. lá vem- Marinette conhecia sua amiga com a plma da mão, e sabia que aquele "juramento" não acabaria nada bem.

— Vão jurar ou não?

— Nós juramos..

—  Por tudo que é mais sagrado no mundo?

— Sim…- No fundo os dois só estavam testando a jornalista para ver o quão longe ela poderia chegar.

— Pela nossa amizade?

— Fala logo Alya!!- Marinette não conseguiu segurar a paciência, era enrolação demais.

— Ta bom! Eu trouxe vocês aqui pra me ajudar a abrir os túmulos e levar esses corpos até o necrotério.

Tanto Adrien quanto Marinette demoraram um pouco para processar a informação, mas quando a ficha caiu, eles ficaram pálidos e sem reação alguma.

— Vocês estão bem?

— O SANGUE DE JESUS TEM PODER!!TEM PODER...TEM PODER!!!-Marinette estava quase virando um padre exorcista naquele cemitério, aquela ideia de Alya era bizarramente horripilante.

— Shiuuuu! Fica quieta,gralha! Os guardinhas vão ouvir a gente!

— Melhor que escutem mesmo! Assim eles te levam pra igreja de uma vez!!

— O que você tá falando?!

— Alya, eu sei que somos amigos, mas eu não sou adepto do satanismo,ta bom? E de nenhuma outra seita, mas respeito a sua opinião.

— Não tem nada a ver com seita! Credo!! Só que esse é o único jeito que posso provar a veracidade da minha teoria...Examinando os corpos de perto.

— Mesmo assim, Alya...Isso não é muito normal, sabe?-Adrien se afastava aos poucos da amiga.

— Vocês não precisam examinar nada... Só precisam me ajudar a levar os defuntos pro necrotério, não deve ser tão ruim assim.

— Ah claro que não é nada estranho isso! Imagina! Meu passatempo preferido é abrir túmulos! Pelo amor de Deus Alya...Isso é doentio.- Marinette respondia irônica, mal conseguia acreditar na loucura que sua amiga estava prestes a fazer.

— Parem de me julgar, caramba!!Eu só preciso de uma mãozinha, tá bom?!

— E por acaso eu tenho cara de coveiro?! Acho que não, né?

— Por favor... Vocês são meus melhores amigos, eu sei que não é a melhor coisa pra se fazer numa sexta-feira a noite, mas eu tinha que compartilhar essa descoberta com vocês. Olha, eu vou entender se não quiserem, mas se essa minha hipótese estiver certa e eu não tiver ajuda?Como vai ficar a nossa cidade? Paris vai piorar cada vez mais e todos vão morrer sem saber a verdade...Paris precisa saber disso.

— E se não for verdade Alya? Como você pode ter tanta certeza?- Adrien não queria que Alya descobrisse o seu segredo, mas parecia ser tarde demais. Agora ele só tinha que duvidar dela o tempo todo, para não demonstrar nenhuma “surpresa”.

— Eu tenho muitas provas Adrien, muitas mesmo...Eu sempre investiguei e pesquisei sobre eles, eu tenho quase 80℅ de certeza do que realmente aconteceu, examinar esses corpos completaria a minha pesquisa.

— Hum...Tive uma ideia!Vamos fazer uma aposta!

— Qual aposta,Marinette?

— Quando chegarmos ao necrotério e a Alya conseguir comprovar essa teoria, então nós não a denunciamos pra polícia...Mas caso ao contrário…

— Eu aceito qualquer proposta amiga!! A única coisa que eu quero é que me ajudem...Depois podem fazer o que quiser.

— Trato feito!

— Ótimo!! Mãos à obra pessoal, quero dizer, aos túmulos.

Logo após as negociações, Adrien e Alya tentavam abrir os túmulos enquanto Marinette ficava de vigia para garantir de que ninguém os pegaria lá. A mesma se sentiu uma criminosa ao aceitar aquela proposta absurda, mas sua curiosidade fora maior. Ela queria ter informações sobre Chat noir, assim como Adrien queria descobrir tudo sobre Ladybug.

Depois de quase uma hora, Alya e Adrien finalmente conseguiram tirar os corpos de suas sepulturas, no entanto, estava tudo escuro e fora difícil ver com clareza os defuntos, mas em compensação o cheiro daqueles dois corpos era evidente de tão insuportável (óbvio que não seria nada agradável pegar em dois corpos que se encontravam em decomposição á 10 anos).

— Nossa! Que cheiro horrível!!- Adrien se afastava dos túmulos já abertos com um certo repúdio.- O que vamos fazer com esses corpos agora?

— Vamos “embalá-los” e carregá-los pra fora do cemitério.- Alya respondeu enquanto abria a mochila e retirava o que parecia ser um saco de lixo gigante.

— Pra fora do cemitério?!Todo mundo vai nos ver!

— Não vão nos ver se formos mais rápidos, Adrien.- Assim que terminou de falar, Alya não pensou duas vezes e colocou suas luvas, manuseando os corpos com extremo cuidado com a ajuda de Adrien (que ainda continuava enojado). Logo depois “embalaram” os dois corpos e os arrastaram para longe dos seus devidos túmulos com muita dificuldade. Marinette insitiu para ajudá-los, mas Alya queria que ela continuasse de olho no local, qualquer passo em falso naquele plano poderia ser um fracasso.

Felizmente, os três foram muito cautelosos e silenciosos, conseguindo chegar a saída do cemitério. Agora faltava muito pouco para que conseguissem concluir a primeira parte do plano.

— Marinette, você é uma boa atriz?- Alya se aproximava da amiga com uma ideia “genial”na cabeça.

— Eu não sei..Acho que sim, por que?

— Tem uns guardas do outro lado do cemitério, eu preciso que distraia eles.

— Distrair como?!

— Ah sei lá...Só tenta manter eles longe desse lado onde estamos, enquanto você estiver lá, eu e o Adrien vamos tentar abrir o portão da saída.

— E como eu vou saber que conseguiram abrir?

— Tem um carro no lado de fora nos esperando, assim que entrarmos no carro, vamos buzinar bem alto...Eai você corre.

— Okay...Eu já vou indo lá então, boa sorte!- Marinette não tinha muita certeza do que estava fazendo naquela noite, mas tentaria o seu melhor para distrair os guardas.

Assim que chegou ao outro lado do cemitério fora abordada por dois guardas que estavam cuidando do local:

— O que a senhorita está fazendo no cemitério nessa hora?

— E-eu me perdi na verdade...Eu sou turista aqui e como tudo estava escuro, acabei entrando no lugar errado.

— É mesmo? E como entrou aqui ein?

— Pelo portão da entrada...Estava aberto.

— O QUE?!!QUEM MAIS ENTROU AQUI?

— Eu não sei, eu só vi aberto e entrei.

— Você estava acompanhada?

— Sim, eu estava com uma...amiga..

— E ela entrou aqui também?

— Na verdade não, é que eu perdi ela de vista...Será que poderiam me ajudar a procurar ela?

— Desculpe Moça, mas nós temos que verificar o portão e ver se alguém mais além da senhora poderia ter entrado aqui.

— Ah tudo bem então...Eu posso ir com vocês?Talvez a minha amiga esteja lá.

— Pode sim.- Marinette ficou um tanto surpresa, não achou que iria conseguir convencer os guardas tão rápido.Mas procurou manter seus pés no chão, todo cuidado era pouco e ela precisaria se manter alerta para que não desse um passo em falso.

Porém, assim que chegaram a entrada do cemitério, uma buzina tocou ecoando em toda a rua.Assustando os guardas e dando o sinal para Marinette,que conseguiu se safar.- Olha!! Eu acho que é a minha amiga na rua...Muito obrigada por terem me ajuda, tchauzinho!

A mesma nem esperou os guardas responderem e quase saltou dentro do tal carro.

O veículo era um carro fúnebre na verdade, os corpos estavam no local onde geralmente ficam os caixões, já Adrien e Alya estavam nos bancos da frente esperando Marinette entrar no carro.

— Ai meu Deus...Eu não acredito que eu consegui!- Marinette respirava aliviada enquanto se acomodava no banco de trás.

— Eu não consigo acreditar que nós três conseguimos!!!!Isso foi irado me senti como uma espiã.- Alya comemorava igual a uma criança.

— Eu estou me sentindo como um maníaco ou um criminoso.- Adrien segurava o nojo, enquanto lembrava dos dois corpos.

— Essa sensação é normal! Não se preocupem...Agora vamos para a segunda parte do plano, porque vocês ainda não viram nada.- Alya nem pestanejou, ligou o carro e pisou forte no acelerador indo em direção ao necrotério. Agora sim tudo parecia estar indo como nos conformes, finalmente ela provaria definitivamente a sua teoria.Enquanto seus amigos torciam para que não fossem descobertos.


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Notas finais do capítulo

As vezes acho que a Alya tem alguns problemas kkkkkkk vamos ver aonde essa história vai dar HAHAHAHA..Mto obrigada mais uma vez e até a próxima;)