Redamancy escrita por Akemihime


Capítulo 2
II – Lembranças, neve e feliz natal


Notas iniciais do capítulo

Atualização rápida por ser especial de natal ♥ (não esperem isso com frequência, sério D:).

*Say, você me salvou nesse capítulo ♥



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Os dias passados na casa de Ino, para a surpresa de Temari, não foram exatamente irritantes como pensara que seriam.

Quer dizer, no primeiro dia, assim que Temari foi para a casa da Yamanaka, ela havia sido bombardeada de perguntas sobre Shikamaru, deixando-a para lá de constrangida e nervosa, com um misto de vontade de sair correndo e socar a cara da garota.

Mas depois de Ino perceber que não conseguiria arrancar nada de útil de Temari, ela havia cessado com suas perguntas e insinuações (pelo menos por enquanto), decidindo então que era hora de outra coisa: Compras.

— Você tem que conhecer aquela loja, Temari-san, tem de tudo lá! — Era isso que dizia sempre, arrastando-a de loja em loja por toda a Vila da Folha.

Temari, na verdade, apreciava fazer compras, e como não tivera tempo antes por estar ocupada com seu trabalho na União, aproveitou ao máximo daquele tempo com Ino, comprando principalmente vários presentes para seus irmãos.

— Sério, não é culpa minha se eu estava quase me esquecendo de comprar algum presente para o Chouji e para o Shikamaru. Mal vejo os dois! — Ino falava pelos cotovelos com Temari quando entrou em uma loja de roupas exclusivamente masculinas.

Imediatamente uma atendente foi ao encontro da Yamanaka, que pareceu se esquecer do que falava antes, focando em fazer os pedidos certos para a pobre mulher conseguir atende-la de forma eficaz.

Temari já estava tonta, mas agradeceu mentalmente quando Ino se distanciou um pouco, completamente distraída agora.

Longe da companhia barulhenta, ela começou a olhar algumas roupas, pensando em algo que servisse para Gaara ou Kankuro. Foi quando seus olhos se depararam com um suéter verde musgo com detalhes pretos na costura. Temari se aproximou da peça, pegando-a.

Era bonita.

E ao analisar é como se uma imagem se formasse em sua mente. Uma imagem não de Gaara ou Kankuro vestindo aquele suéter, mas sim outra pessoa.

Temari não lutou para ir contra aquele pensamento, como costumava acontecer todas as vezes que se pegava pensando nele.

Não, dessa vez ela deixou a imagem fluir em sua mente, sorrindo.

Sim, aquele suéter realmente não ficaria nada mal em Shikamaru.

— Pensando em comprar para alguém? — Uma voz fina despertou Temari de seus devaneios. Ela olhou para o lado, encontrando não Ino, mas sim Hinata a fitando.

— Talvez — Respondeu em dúvida. Comprar um presente para Shikamaru não havia passado por sua mente. Até mesmo quando Ino havia insinuado que ela deveria, Temari apenas havia recusado sem nem pensar no assunto.

Mas agora... Será que deveria?

Hinata sorriu de leve, como se soubesse das dúvidas em sua cabeça.

— Se eu fosse você, levaria. É um ótimo suéter, não deixe a oportunidade passar.

— Temari-san, o que você acha dessas roupas e... — Ino de repente surgiu entre elas, com a atendente em seu encalço carregando um amontoado de roupas — Oh Hinata, você também está aqui, excelente! Preciso de ajuda para decidir o levo para o Sai-kun. Ah, homens são tão difíceis...

Hinata olhou para Temari, dando de ombros, como se dissesse que não teriam escolha, voltando sua atenção para Ino.

Depois disso o dia passou extremamente depressa. E as lojas não demoraram muito a fechar, visto que já era véspera de natal.

Não restava outra opção a não ser voltar para a casa de Ino e se arrumar para a festividade que aconteceria em pouco tempo.

Temari ainda não sabia como se sentia ao pensar que passaria o natal longe de seus irmãos. Mas também não passaria sozinha, no entanto. Ino havia sido bem firme em dizer que a loira iria para as festividades que as famílias Yamanaka, Nara e Akimichi haviam planejado. Era uma tradição passarem os natais juntos, Ino informara, e dessa vez Temari estava incluída também.

Ela tentava se consolar pensando que não seria a única de fora, visto que Sai também se uniria a eles dessa vez, embora fosse como namorado oficial de Ino.

Temari suspirou, olhando para um embrulho diferente em meio aos vários presentes para Gaara e Kankuro que havia comprado naquela tarde.

Ela havia decidido levar o suéter depois do que Hinata falara, mas ainda não tinha certeza se iria entregá-lo.

Não seria estranho ter comprado um presente só para Shikamaru?

Temari sabia bem a resposta para aquela questão, embora não soubesse lidar com ela ainda.

[...]

O natal com a família de Shikamaru, Ino e Chouji era completamente diferente do que estava acostumava. Apesar de terem perdido membros da família, todos pareciam felizes e em paz naquela noite.

Era possível sentir o amor entre eles, como eram unidos, apesar de serem tão diferentes.

Não que Temari não amasse seus irmãos, mas os natais em família eram apenas entre os três, e quase sempre terminavam em Gaara tendo que ir resolver algum problema na Vila, isso quando ela e Kankuro não eram arrastados junto.

Era diferente daquilo, com as três mães preparando a ceia natalina, enquanto Chouza, pai de Chouji, conversava com os mais novos, falando o quanto ansiava pelo belo e enorme peru que sua esposa havia prometido.

A casa estava cheia, e com a presença dos pais fazia com que o ambiente se tornasse ainda mais aconchegante. Temari havia esquecido como era ter aquela sensação, coisa que ela só sabia quando sua mãe estava viva, visto que seu pai também nunca fora lá muito presente em sua vida.

Temari estava sentada um pouco mais distante, observando agora Ino perto da árvore de natal, ajudando Sai a colocar algum enfeite que tinha comprado mais cedo.

— Sentindo saudade de casa? — Temari ergueu a cabeça, vendo Chouza sorrir para ela, lhe estendendo uma caneca.

— Um pouco — Ela sorriu, aceitando a caneca que esquentou rapidamente suas mãos frias.

— É chocolate quente, está bem frio hoje.

— Obrigada.

— Ficamos felizes que tenha decidido se juntar a nós hoje, soube que é bem próxima de Shikamaru. — Chouza dizia olhando para frente, vendo Chouji, Ino e Sai agora conversarem alegremente.

Temari se sentiu grata dele estar distraído, assim não veria sua face corada.

— Somos bons amigos. — Foi tudo o que respondeu, tentando manter sua boca ocupada logo em seguida ao beber uma boa quantidade de chocolate quente.

— Acredito que logo ele deve estar chegando. Hokage-sama foi bastante cruel exigindo que o garoto trabalhasse justo hoje.

Temari sorriu, porém antes que tivesse a chance de dizer alguma coisa, Chouza se levantou, olhando para além dos outros ninjas a frente deles.

— Oh já estava ficando preocupado com seu atraso! — Ele falou em voz alta para um Shikamaru que acabava de cruzar a porta de entrada.

O Nara tinha a roupa e os cabelos cobertos por pequenos flocos de neve e carregava um semblante cansado, porém claramente aliviado por ter encerrado o trabalho.

Temari não havia o visto desde o dia em que chegaram em Konoha. Ela tinha assumido que o moreno deveria estar ocupado trabalhando, coisa que logo Ino confirmou, dizendo que até mesmo ela e Chouji mal viam Shikamaru ultimamente, ele sempre estava fazendo alguma coisa.

— Shikamaru! Você chegou bem na hora, vamos servir o jantar! — A mãe de Ino apareceu na porta da cozinha dando a noticia.

Logo todos foram se reunindo em torno da grande mesa de jantar aos sons de euforia vindos de Chouji e Chouza que pareciam famintos.

— Ino me disse que estaria aqui — Shikamaru falou se aproximando de Temari e sentando-se em uma cadeira ao seu lado.

— Digamos que ela pode ser bem persuasiva quando quer.

— Nem me fale — murmurou, relembrando em sua cabeça o quanto ele e Chouji já sofreram nas mãos da Yamanaka.

O jantar prosseguiu animadamente, e como Temari e Sai eram os novos convidados, obviamente acabaram se tornando o centro das atenções de todos.

— Temari, querida, como está indo o trabalho na União com Shikamaru? — Yoshino perguntou, amigavelmente.

— Está tudo indo muito bem, seu filho está bastante dedicado. — Ela sorriu em resposta, olhando com divertimento para Shikamaru.

— Fico feliz. Esse garoto antigamente era difícil até para levantar da cama! — A mulher mais velha falou, fazendo com que todos rissem e concordassem sobre a preguiça do Nara.

Shikamaru revirou os olhos, mas logo voltou a comer em silêncio.

Temari lançou um olhar para ele de forma curiosa. Ele estava estranho. Geralmente quando faziam alguma piadinha, o moreno começava a resmungar como um velho chato. Mas dessa vez ele apenas ficou quieto, ignorando a provocação por completo.

Alguma coisa estava acontecendo com ele, no entanto logo Yoshino direcionou novamente a fala à Temari, voltando a perguntar algumas coisas, dessa vez relacionado a Suna, fazendo com que a loira deixasse a questão do Nara para depois.

Assim que a ceia de natal terminou (para as pessoas normais, visto que Chouza e Chouji não terminariam de comer tão cedo), Shikamaru se levantou em silêncio, com sorte passando despercebido pela vista dos outros.

Ele se afastou, abrindo a porta dos fundos de sua casa, aonde dava para a floresta de seu clã.

Estava congelante ali fora, mas a neve havia parado de cair, o que já era um bom sinal.

Shikamaru se sentou na varanda, sobre o chão de madeira, os pés levemente suspensos no espaço que separava o tablado e do chão do jardim, este agora coberto por uma camada fina de neve.

Ele suspirou.

Havia sido um dia cheio aquele. Mas o moreno sabia bem que não era exatamente o trabalho que o incomodava. Era aquele dia.

Já havia se passado um tempo desde a morte de seu pai, mas em momentos especiais como aquele a dor se tornava ainda mais difícil. As lembranças de seus antigos natais ao lado de Shikaku reviravam sua mente e o deixavam com certo ar melancólico ao pensar que aquele seria mais um natal sem ele.

O fato é que quando Shikamaru achava que havia superado aquela perda, sempre vinha a saudade e a lembrança de que nunca mais teria aquela presença masculina em sua vida.

Às vezes, como naquele momento, ele pensava que nunca conseguiria verdadeiramente seguir em frente. A última guerra ninja havia deixado cicatrizes profundas demais em seu coração.

Shikamaru não soube quanto tempo ficara ali fora, tendo aqueles tipos de pensamentos. O frio nem mesmo o incomodava tanto mais quando ele finalmente ouviu um som da porta se abrindo logo atrás. No entanto, não precisou nem se virar para saber que se tratava de Chouji.

O amigo sentou-se ao seu lado em silêncio. Ele era uma das poucas pessoas que conhecia bem o suficiente Shikamaru para perceber que ele não estava bem.

— Como está Ino? — Shikamaru resolveu perguntar, sem ainda responder a pergunta silenciosa que Chouji fazia.

— Está bem, Sai está com ela. Acho que eles realmente se gostam. — O Akimichi falou, sorrindo.

Shikamaru esboçou um fraco sorriso também.

— Isso é bom — Ele ficava feliz pela amiga ter encontrado alguém que realmente se importa com ela, alguém que a conforta e não a deixa triste. Sai ajudava Ino a superar o passado de uma forma que Chouji e Shikamaru jamais conseguiriam.

— Você também não está sozinho, Shikamaru.

— Eu sei que você sempre vai me ajudar, Chouji, mas...

— Eu não estava falando de mim. — O amigo disse rapidamente, surpreendendo-o.

— O que quer dizer com... — Sua fala não foi terminada quando ouviu novamente a porta se abrindo atrás deles.

Dessa vez Shikamaru e Chouji se viraram, encontrando Temari os encarando.

— Sua mãe disse que estava aqui. Ela pediu que você limpasse a mesa do jantar.

Pediu... — Shikamaru fez uma careta, sabendo muito bem que “pedir” não existia no vocabulário de sua mãe.

Temari sorriu com sua atitude, mas logo seu sorriso sumiu. Ela podia perceber que algo estava errado, apesar de Shikamaru disfarçar, no fundo nunca funcionava com ela.

O silêncio tomou conta deles, enquanto o Nara olhava para um ponto fixo no chão, ignorando Temari o encarando, preocupada.

Ele suspirou profundamente.

— Bem, é melhor eu ir lá de uma vez...

— Deixa que eu cuido da mesa, Shikamaru — Chouji ao seu lado disse de repente, se pondo de pé — Vai ficar me devendo — sorriu para o amigo, entrando para dentro de casa logo em seguida.

Depois disso o silêncio ficou novamente presente entre eles por um tempo antes de Temari finalmente se pronunciar.

— O que está acontecendo? — perguntou, se sentando ao lado do moreno, envolvendo as pernas em seus braços em uma tentativa de se manter aquecida.

— Não é nada demais...

— Nós já passamos por isso antes, vamos ter que passar de novo? — Ela foi mais firme dessa vez, relembrando o que aconteceu quando Shikamaru teve a missão de ir até o País do Silêncio. — Qual o problema?

Shikamaru não respondeu de imediato, mas quando a loira estava pronta para protestar novamente, ele decidiu falar.

— É o meu pai. — A resposta não era exatamente o que ela imaginava, pegando-a ligeiramente de surpresa — Costumávamos passar o natal juntos, e agora...

— Shikamaru...

— Como eu disse, não é nada. Eu só não me acostumei ainda. — Embora tentasse parecer melhor, era nítido o quanto ainda sofria pela morte de Shikaku. E Temari entendia bem aquele tipo de sofrimento.

— Quando a minha mãe morreu, Gaara havia acabado de nascer e Kankuro era mais novo do que eu para lembrar com clareza — As palavras foram saindo em voz baixa, surpreendendo Shikamaru — Mas eu era a mais velha, então havia convivido mais com ela e, consequentemente, fui a que mais sofri quando tudo aconteceu. O povo de Suna não é exatamente o que se pode chamar de carinhoso e repleto de afeto, mas a minha mãe era diferente, ela me tratava de forma diferente. E de algum jeito eu nunca me esqueci disso, da forma que ela fazia eu me sentir especial e capaz de realizar qualquer coisa, mesmo sendo tão nova.

— Como você superou? — Shikamaru perguntou baixinho, sem fitá-la.

— Apesar de ser uma criança na época, eu prometi para mim mesma que seria forte e, como uma irmã mais velha, sempre estaria ali por Gaara e Kankuro, sempre estaria ali como minha mãe esteve por mim antes. — Temari deu de ombros, completando — Acredito que dessa forma consigo honrar a memória dela, deixá-la com orgulho, entende?

Ela sorriu e depois de um tempo falou baixinho:

— Eu nunca contei isso para ninguém antes.

Eles ficaram em silêncio novamente. Shikamaru não esperava que Temari fosse dizer aquilo, ele sabia, é claro, que ela já havia sofrido o suficiente na infância e perdido pessoas importantes também. Mas sempre que a via, Temari era aquela rocha dura e imponente, nunca demonstrando as cicatrizes que carregava há anos.

Mas agora ele finalmente era capaz de enxergar. Estavam todas ali, apenas muito bem escondidas e disfarçadas, mas elas existiam. Temari sabia, mais do que muitas pessoas, como lidar com aquele tipo de coisa.

E, de certa forma, o que ela havia acabado de falar teve o poder de fazer Shikamaru se sentir um pouco melhor.

Ele ainda sentia a falta de seu pai, é claro, mas entendia que tinha que seguir em frente. Seu velho com certeza odiaria ver Shikamaru melancólico por causa dele, incapaz de fazer qualquer outra coisa. Não, ele precisava honrar a memória de seu pai. Precisava fazer o que Temari estava fazendo desde que era criança.

— Obrigado — Falou depois de um tempo, finalmente olhando para Temari.

Ela, ao ouvir o agradecimento, abriu um sorriso que foi capaz de iluminar ainda mais seu coração, deixando para trás aquele sentimento de lamentação que carregava momentos antes.

— Você deve estar congelando, vamos entrar — Shikamaru disse, ainda meio afetado pelo sorriso.

Ele se levantou, sendo acompanhado por Temari. Os dois estavam próximos e Shikamaru podia sentir os olhos da loira novamente em si, mas dessa vez ele a fitou de volta, notando pela primeira vez naquela noite o quanto ela estava bonita.

Estava tão preso em suas lamentações desde que chegara em casa que não havia reparado em algo tão óbvio assim.

— Tem... um pouco de neve aqui — Temari ergueu a mão enquanto falava, tocando no cabelo de Shikamaru.

Foi só aí que foi a vez dela perceber o quanto estava próxima do moreno.

Podia sentir seu rosto corar pelo que parecia a milésima vez naquela semana, assim como Shikamaru a sua frente.

Temari odiava ter aquele tipo de reação.

Mas o que poderia fazer?

Aliás, ela não sabia fazer mais nada naquele momento. Não quando seus olhos estavam presos aos castanhos de Shikamaru, incapazes de quebrar aquele contato.

Ela podia se sentir, de repente, aproximando cada vez mais, assim como ele.

Temari não era burra, ela sabia o que iria acontecer. Sabia também que não tinha força nenhuma para impedir aquilo.

Não quando aquilo era exatamente o que ela queria.

Mas apesar de querer e poder ver aquele mesmo desejo seu refletido nos olhos de Shikamaru, os dois certamente não contavam com um terceiro fator para tirar tudo do eixo programado.

— Olá — A voz de Ino vinda de repente bem de perto fez com que ambos dessem um pequeno pulo para trás. A loira estava de frente entre os dois, com a mão levantada para o alto, segurando algo.

— Ino! — Shikamaru chamou o nome da amiga de modo nervoso, tentando disfarçar o embaraço.

— O-O que está fazendo?! — Temari, no entanto, foi menos sutil, mas o rosto extremamente vermelho dela e do Nara entregava completamente o quanto não queriam terem sido flagrados naquele momento.

Há quanto tempo Ino estava ali?

— Tsc, tsc, tsc — A Yamanaka estalou a língua, balançando o dedo da mão livre de um lado para o outro, indicando “não”. — Parem de reclamar e olhem logo o que estou segurando.

Os dois moveram a cabeça para cima, curiosos.

— Visgo?

— E o que tem isso? — Shikamaru perguntou, dando de ombros, mas algo em seu interior o alertava que aquela planta não tinha um significado banal, ainda mais levando em conta como o rosto de Temari ficara ainda mais vermelho ao ver o que Ino segurava.

— Francamente, Shikamaru, eu esperava mais de você — Ino sussurrou para o amigo, logo se recompondo e abrindo um enorme sorriso malicioso, uma expressão típica de Ino que Shikamaru conhecia bem e já havia apelidado como “sinal de perigo”. — Isso é um visgo, muito usado no natal, você sabe. A regra diz que quando duas pessoas param debaixo do visgo, elas tem que...

— Que...? — Shikamaru controlou o impulso de revirar os olhos diante do suspense da amiga.

Temari, no entanto, parecia congelada no lugar, com os lábios selados, sem dizer uma só palavra.

— Se beijar! — Ela terminou, dando uma risadinha.

— O que?! — Por um momento ele pensou que era apenas uma piadinha da amiga, mas o estado de Temari deixava claro que existia mesmo aquilo.

Será então que eles deveriam...?

Shikamaru não podia acreditar que estava cogitando aquela possibilidade, mas era como se algo dentro de si queria que aquilo acontecesse.

— Isso é só uma lenda ridícula — Temari disse de repente, cortando seus pensamentos. A loira parecia estar em um misto de irritação e constrangimento.

Ela lançou um olhar nada amigável para Ino que a fez até dar um passo para trás, e em seguida entrou em casa com passos pesados.

Shikamaru suspirou, pensando alto na única coisa que resumia aquela situação:

— Problemática.


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Notas finais do capítulo

Eu revisei tanto esse capítulo (e em cada revisão acrescentava mais coisas) que senti que nunca ia conseguir terminar HAUAHUAHU se acharem alguns errinhos, me deem um toque ;D
E, claro, obrigada pelos comentários ♥