Anormal escrita por Indignado Secreto de Natal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

GENTE, amei muito muito muito escrever essa fanfic, sério! Nunca tinha parado pra imaginar o lado da Petúnia e foi simplesmente incrível ter tido essa oportunidade.
Sem mais delongas, a minha amiga secreta é a linda maravilhosa da Lúcia Britto, eterna crush e pessoinha que amo
Feliz Natal, Luuuu!!!! É uma one? É uma one, mas foi feita com muito amor. Espero que goste :*



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Raios de sol atravessaram preguiçosamente as cortinas de 4 Privet Drive. No mesmo instante, o despertador tocou no lado da cama de Petunia Dursley. Exatamente às seis.

A mulher calçou os chinelos e vestiu o robe cor de champagne, dirigindo-se para as escadas. Observou com um orgulho sem igual as fotos de seu casamento com Vernon e da lua da mel, seguidas das fotos da gravidez e do primeiro ano de Dudders.

Ah, como mamãe estaria orgulhosa se a visse hoje! Como estaria se feliz se visse até onde havia chegado!

Mais longe que a aberração…

Pensar na sua irmã morta a fez lembrar do resto dela que habitava sua casa.

Sua vida estava perfeita até aquele fantasma de Lily vir assombrá-la. Tinha um casamento maravilhoso e um futuro inteiro pela frente até aquele velho maldito deixar seu sobrinho na porta de casa. Foi um período difícil que viveu com Vernon após contar o que sua irmã era. Seu marido se recusou a manter o menino em casa e, mesmo que não verbalizasse, ela concordava com ele.

Onde estavam todos os amigos anormais de sua irmã para tomar conta do filho dela? Ela não era a menina prodígio daquele mundo de loucos?

Tentaram deixar o menino num abrigo, mas ele foi retornado para sua porta no mesmo dia desta vez acompanhado por uma daquelas corujas infernais que serviam de correio para as aberrações. Quando leu o remetente, todo o sangue fugiu de seu rosto. Albus Wulfric Percival Brian Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Nunca deixou ninguém ler aquela carta. Harry ficou.

Os primeiros meses foram difíceis. O menino perguntava a todo tempo dos pais e chorava quase diariamente pedindo pela mãe. Petunia o odiava. Não bastava ter uma irmã anormal morta, tinha que ser lembrada disso a cada vez que olhava para o sobrinho.

Fisicamente, Harry não herdara nada de Lily além dos olhos – aqueles malditos olhos verdes que conquistavam todos em volta. No entanto, quem quer que houvesse conhecido sua irmã notaria a semelhança entre ela e o filho. O jeito gentil, a forma de tratar as pessoas, até mesmo a expressão que mantinha no rosto quando estava fazendo algo era igual à de Lily.

Com um sentimento terrível dentro de si, Petunia entendeu que o sobrinho seria como sua irmã. Um bruxo. Uma aberração.

Não deixaria que isso acontecesse. Aqueles anormais destruíram a vida da irmã dela e a sua, ao fazerem ela ficar com o sobrinho. Não permitiria que eles tivessem o prazer de ficar com o Eleito. Porque o maior erro de Dumbledore foi ter contado a importância de Harry.

— Tia Petunia? – ouviu a voz cautelosa do sobrinho. Bateu uma panela no fogão e o olhou com uma expressão irritada.

— O que quer? – E ali estava o mesmo olhar magoado que Lily lhe dirigia sempre que era tratada com rispidez.

— Feliz dia das mães – Com a cabeça baixa, Harry entregou-a um desenho feito com giz de cera. No desenho estavam ela, Vernon e Dudley em frente a uma imitação bastante fiel a Privet Drive. Um pouco mais afastado estava o próprio Harry, rodeado de insetos vermelhos. Franziu as sobrancelhas para aquele detalhe, não reconhecendo a espécie.

— E o que vem a ser isso? – Pela primeira vez em muito tempo, Petunia viu algo iluminar o rosto do sobrinho.

— São fadas! – o início de um sorriso insinuou-se nos lábios de Harry, ansioso por explicar algo que capturara a atenção da tia – elas não costumam sair de seus ninhos, apenas em ocasiões especia…

— Mas, não existem – Cortou a fala dele – Não existem fadas, assim como não existem pessoas que se transformam em animais nem motos voadoras, capas de invisibilidade ou o que quer que você queira imaginar – relembrou as outras vezes que o menino falara sobre tais itens. Todo o brilho que havia surgido nos olhos dele sumiu de repente.

— Eu sei, tia Petúnia, me desculpe – Harry voltou a baixar os olhos – É apenas um desenho.

— Pare de perder tempo imaginando essas besteiras e vá buscar a farinha na despensa.

— Sim, tia Petúnia.

A mulher voltou-se para o fogão, respirando fundo e tentando controlar as batidas do coração. Ajeitou os cabelos loiros de volta ao coque e continuou a misturar a massa do bolo.

Não permitiria que aquela maldição perdurasse no garoto. Nem que tivesse que arrancar cada pedaço da magia da infância dele para isso.

[…]

É 30 de Janeiro, Petúnia pensou.

Lily completaria vinte e oito anos se estivesse viva.

Como de costume, Vernon havia saído com Dudley. Ficar sozinha em casa no aniversário dela era sua forma de luto. Sozinha, exceto pela presença do sobrinho. O garoto, porém, passava tanto tempo trancado no armário debaixo da escada que era quase como estar sozinha. Por algum tempo, temeu que o isolamento dele pudesse causar algum tipo de doença ou disfunção, mas achava melhor que continuasse assim.

Liberdade trazia esperança e, junto com ela, a imaginação. A imaginação havia sido a ruína de Lily. Sua irmã só tinha a coisa por ter sido uma criança fantasiosa, ao contrário de Petúnia, que nem em Papai Noel acreditou na infância. Não deixaria que a coisa infectasse seu sobrinho também.

Terminava de assar alguns bolos de limão quando ouviu os passos leves de Harry no corredor. Respirou fundo. Hoje não, por favor, hoje não.

— Tia Petúnia? – A mulher soltou o ar lentamente pelo nariz.

— O quê?

— Porque você nunca fala sobre meus pais? – Algo gelado espalhou-se pelo peito de Petunia.

— Por que eles estão mortos – disse rispidamente – não vale a pena falar dos mortos.

— Eu só queria saber como eles eram – não soube se ela deveria ter ouvido aquele murmúrio ou não, mas o respondeu da mesma forma.

— Você quer saber como eram? Eu vou dizer como eles eram, então, garoto – Talvez fosse o dia, no entanto, a paciência de Petúnia já havia se esgotado.

A expressão no rosto de seu sobrinho era assustada provavelmente por causa da sua própria.

— Seu pai era um vagabundo irresponsável que destruiu a vida da sua mãe, mesmo que ela não notasse isso! Ele a infernizou durante toda a adolescência, estragou a única amizade de infância que ela tinha e ela ainda casou com o desgraçado! E Lily era uma idiota! Abandonou nossa família por uma escola de loucos, deu ao nossos pais a ilusão de que ela era diferente e especial apenas para arruinar a vida de todos nós quando morreu.

O sentimento que Petunia tinha era de alívio ao falar tudo aquilo que segurou durante anos. Sentia uma veia pulsar na sua têmpora e o rosto quente por conta do sangue acumulado nas bochechas. Voltou os olhos para Harry, suas entranhas se revirando ao reparar a semelhança da expressão dele e a de Lily há anos atrás durante uma briga.

A mulher ajeitou uma mecha do cabelo loiro e deu um sorriso amargo.

— Você é igualzinho à ela – cuspiu.

— Tia Petunia – ele chorou – eu acho que quero voltar para o armário agora.

— Não repita esse assunto comigo, menino – sentenciou – nunca mais.

Harry meio andou meio correu para fora da cozinha, mas parou na porta para lançar um último olhar magoado à tia. Com uma risada sem humor, Petunia encerrou o assunto:

— Você tem os olhos dela – ajeitou a postura e o avental que usava – Você tem os malditos olhos dela.


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Notas finais do capítulo

underererê dererê dererê umbadabada badaba badauê
Se encontrarem algum erro, alguma palavra faltando, qualquer coisinha, pode me falar q eu ajeito
Beijos até a próxima :3 love love love
PS: juro que HdE será concluída.
PS²: vem mais ones por aí, pessoal.



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