As Toalhas e o Cachorro escrita por Shakinha, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 1
As Toalhas e o Cachorro


Notas iniciais do capítulo

Então, minha amiga secreta foi a.............


LARA!!!!


Espero que goste do presente, Larinha. Eu não tava muito inspirada, mas tentei fazer o melhor possível pra vc!!



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Remus ainda tentava entender como eles tinham entrado naquela situação. O que era para ter sido só um passeio em busca de toalhas de bebê tinha se tornado uma missão de resgate de cachorro. Para piorar, não era um cachorro qualquer, era ninguém menos que seu namorado, Sirius Black, em sua forma animaga. No meio de trouxas.

Tudo começou quando Lily e James descobriram que não tinham comprado toalhas para o pequeno Harry. James até tentou sugerir que encolhessem alguma toalha dele para usar com o filho, mas diante do olhar cortante da esposa, ele se ofereceu para sair e comprar o que ficou faltando. É claro que Sirius, Remus e Peter foram convidados – ou melhor, intimados – por ele para acompanhá-lo nas compras.

— Diz aí, por que comprar em lojas trouxas? – Perguntou Peter, olhando em volta. – Você nem sabe mexer com dinheiro trouxa.

— O Remus sabe. – James respondeu. – E eu não estou muito afim de ir no Beco Diagonal hoje, o clima lá está meio pesado.

— Verdade. – Wormtail assentiu. – É... De certo modo, é até bom andar no meio dos trouxas, sem nenhuma preocupação extra.

— Às vezes é bom variar o ambiente um pouco. – Remus comentou. – Sirius, o que você está fazendo?

Sirius estava parado em frente à vitrine de uma livraria, com cara de tédio, analisando as capas dos livros expostos ali.

— Isso é tão sem graça. As imagens parecem mortas.

Remus revirou os olhos e puxou o namorado dali.

— Anda, vamos logo comprar essas toalhas.

Passaram em uma loja de roupas para bebês e James comprou cinco toalhas coloridas, ficando triste de não encontrar toalha infantil vermelha.

— Pra que isso tudo de toalha? O Harry tem algum irmão gêmeo e eu não to sabendo? – Sirius riu.

— Melhor sobrar do que faltar, né. Fora que a Lily não me especificou nada sobre quais toalhas eu devia comprar, então comprei várias. Ah, duas dessas tem capuz, olha!

— Ok, Prongs, vamos pra casa que você ainda tem que fazer o jantar pra gente.

— E quem disse que eu vou fazer jantar pra vocês? Eu disse que ia fazer o jantar pra Lily.

Peter fez cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança.

— E você vai deixar seus amigos com fome?

— Talvez.

Sirius e Peter começaram a choramingar em volta de James e Remus apenas revirou os olhos e riu. Quando eles finalmente conseguiram convencer o amigo a cozinhar para todos, depois que Remus ofereceu ajuda na cozinha, tomaram rumo de volta para casa.

— Por que a gente não vai num beco e aparata? To cansado.

— Sirius, para de reclamar. Daqui a pouco estamos em casa.

— To entediado...

— Isso você resolve com o Moony quando chegarem em casa.

Remus deu um tapa na nuca de James, fazendo Peter rir. Nesse momento, uma pessoa passou por eles levando um cachorro na coleira e James comentou:

— Ei, Wormtail, imagina o Remus andando assim com o Sirius na rua.

Os dois riram.

— Ei! Eu não preciso de coleira, sou um cachorro educado. Não sou, Moony?

Remus revirou os olhos e os outros continuaram rindo.

— Não, Sirius, você não é.

— Sou, sim!

— Não é não. Você sai correndo na primeira oportunidade.

— Então quer dizer que vocês já fizeram isso? – Pergunta James.

Momento de silêncio constrangedor.

— Fizemos isso uma vez que ele – Sirius aponta para um Remus corado – disse que eu era mais fácil de lidar quando estava em forma de cachorro.

— E é?

— Não.

— Ah, qual é, eu sou um cachorro educado! Querem ver?

— Sirius, nem pense nisso!

Ignorando o namorado, Sirius correu para um beco e voltou em forma de cachorro. Remus bateu com a mão na testa.

— Eu não acredito que você fez isso! Sirius, você é um total sem noção.

James fez um carinho na cabeça de Padfoot.

— Ora, Remus, não é tão ruim assim. Olha só, agora a gente pode passear com o nosso próprio cachorro!

Seguiram caminho com Sirius caminhando alegremente ao lado dos três e ocasionalmente lambendo a mão de Remus. Cortando caminho por um parque, Sirius resolve sair correndo na frente deles.

— Eu não disse que ele sai correndo na primeira oportunidade?

— Ah, Remus, você tem que dar um pouquinho de espaço pra ele. Olha o tamanho do cachorro, ele precisa dar uma corrida. – Comentou James, tentando não rir.

Eles continuam caminhando, mas nada de Padfoot voltar.

— Onde será que ele foi? – Remus olhou em volta.

— Será que parou pra comer? – Peter perguntou, também olhando em volta.

— Só espero que ele não demore a aparecer, Lily vai arrancar meu fígado se eu não voltar a tempo pro jantar.

— Ali! – Peter apontou para onde algumas crianças ofereciam salsichas a um grande cachorro preto.

— Safado, pedindo comida pras crianças. – James balançou a cabeça. – Vamos lá buscar ele, senão ele não vai querer parar de ser mimado.

Antes que pudessem chegar mais perto de Sirius, um homem o pegou e o colocou num carro, junto com as crianças que ainda ofereciam comida ao cachorro.

— Pelas calças de Merlin, só me faltava essa! – James apressou o passo, mas a família seguiu viagem levando o cachorro junto.

— Eita, sequestraram o Sirius! – Disse Peter. – O que a gente faz agora?

— Vamos segui-los!

— Eu sabia que ia dar merda. – Remus balançou a cabeça e seguiu os amigos.

Eles pegaram um taxi trouxa e seguiram o carro até uma casa de tamanho considerável. Lá, viram a família saindo do carro com o cachorro. A mãe das crianças disse:

— Meninos, levem o cachorro para o quintal, ele é muito grande para ficar dentro de casa.

Os quatro meninos assentiram e correram para o quintal com o novo amigo. James, Remus e Peter deram a volta na casa para espionar atrás da sebe do quintal.

— E agora, como vamos tirar o Sirius daí? – Peter perguntou. – Vamos ter que roubar o cachorro das crianças.

— Muito arriscado. Os meninos não desgrudam dele e, pelo visto vão ficar aí até a hora do jantar.

— Então é só esperar a hora do jantar.

— Pra minha cabeça rolar quando eu chegar em casa? De jeito nenhum! Vamos dar um jeito!

Remus apenas ouvia e balançava a cabeça, custando a acreditar que tinham se metido nessa enrascada por causa de Sirius. O plano inicial era comprar as toalhas e voltar para casa, não estava incluída nenhuma missão de resgate canina. Sirius iria ouvir um bocado quando voltassem para casa e ia dormir no sofá. As horas passavam e nada das crianças saírem de perto do cachorro. Agora estavam discutindo nomes e os rapazes atrás da sebe se controlavam para não rir de sugestões como Pulguento, Totó, Peludo, entre outros. James olhava o relógio o tempo todo.

— Se a gente não resolver logo essa encrenca, eu vou morrer quando chegar em casa.

— Quem vai morrer quando chegar em casa vai ser o Sirius, por ter metido a gente nessa furada. – Remus disse com os dentes cerrados. – Ele tinha que querer agir como um cachorro! – Foi então que ele parou e arregalou os olhos. – Agir como um cachorro! Tive uma ideia!

Os outros dois chegaram mais perto para ouvir.

— Ele não quis agir como um cachorro? Então é isso que vamos aproveitar. Wormtail, vamos precisar de você.

— De mim?

— Sim. Você vai entrar lá e atrair o Sirius pra fora daquele quintal.

— Como?

Remus e James encararam Peter.

— Espera aí, vocês querem que eu me transforme em rato e saia correndo no meio daquele quintal, correndo o risco de algum daqueles moleques me pegar?

— É só correr rápido! Vamos, Peter, só você pode tirar a gente dessa! Eu não vou ter uma ideia melhor que a do Moony, então só depende de você.

Peter pensou um pouco e topou. Ninguém conseguiu pensar em nada melhor para fazer o cachorro sair correndo. James apontou o caminho que Peter deveria seguir e Remus, discretamente, faria um buraco na sebe com tamanho suficiente para passar um cachorro grande. Wormtail se transformou e passou por debaixo da sebe, se aproximando das crianças até entrar no campo de visão de Padfoot e correu até que ele o visse. Sirius entendeu logo, não tinha como confundir aquele rato. Saiu correndo atrás do rato até o buraco da sebe. As crianças saíram correndo atrás do cachorro, gritando. Passaram pelo buraco, que não se lembravam de estar ali antes, e correram até a rua. Na rua, passaram por quatro homens que caminhavam na direção contrária.

— Moços, vocês viram um cachorro grande e preto?

— Acho que ele foi pra lá. – O sujeito de óculos apontou.

Os meninos voltaram cabisbaixos para casa, reclamando uns com os outros que eles tinham deixado o cachorro fugir. Logo que eles saíram de vista, os quatro Marauders começaram a rir. Até Remus parar e começar a dar tapas no braço de Sirius.

— Vê se não inventa de fazer besteira da próxima vez que a gente sair! E fique sabendo que você vai dormir no sofá hoje!

— O que? Mas Moony...

— Não tem nada de “mas Moony”, você não sabe o trabalho que a gente teve pra tentar te tirar dali! Agora fica quieto e vamos pra casa!

James e Peter riram de Sirius enquanto ele apanhava de Remus e os quatro seguiram juntos para um canto onde podiam desaparatar.

Na casa dos Potter, Lily foi recebê-los com Harry nos braços.

— Céus, James, vocês foram fabricar as toalhas?

— É uma longa história, ruivinha. Aposto que Sirius vai adorar te contar depois do jantar.

— Nem imagino o que vocês aprontaram.

Mais tarde, quando estavam todos na mesa do jantar, Sirius teve que se levantar correndo para ir ao banheiro. Quando voltou, com cara de quem estava realmente passando mal, só fez um comentário:

— Acho que aquelas salsichas não me fizeram bem.

— Salsichas? – Lily perguntou, curiosa.

— Bom, ruivinha, aproveitando que o nosso bebê já dormiu, hora de você saber a longa história de hoje à tarde.


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