Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 4
Meu Passado Me Persegue


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO CAMBADAAA!! ^^ Primeiro capítulo de 2017 saindo do forno! Hueheuehue :v E ai, como passaram o fim de ano de vocês? Comeram bastante? Zuaram muito? Viajaram para algum lugar? :v Desculpem minha curiosidade.... Fiquei em casa esse fim de ano ;-; #Xatiada

MAAS... Huehueheu Como prometido, aqui está o capítulo! :D



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— Marinette! O Adrien está te esperando! – Sabine gritou batendo no alçapão do quarto da mesma.

Como não houve resposta, a mesma entrou no quarto e encontrou a filha dormindo feito uma pedra.

— Acorda Marinette! Seu namorado está esperando você. – disse novamente lhe sacudindo levemente.

— Mãe... Chame ele só de Adrien, por favor. – a garota pediu entre bocejos. Havia tido uma longa madrugada acordada e só conseguira dormir um pouco. – Ainda é constrangedor para mim...

— Por favor meu amor. Mais cedo ou mais tarde você terá de se acostumar com isso. – sua mãe disse dando uma gargalhada. – Agora vá se arrumar. Vou distraí-lo enquanto acha uma roupa para vestir.

— A senhora tem certeza que não quer que eu fique na padaria e ajude você e o papai? – Marinette perguntou se sentando em sua cama e coçando os olhos. – Sabe como é... Posso marcar outro dia para falar com o Adrien.

— Agradeço a sua preocupação meu amor, mas eu e seu pai já somos grandinhos o bastante para nos virarmos sozinhos. – respondeu abrindo as cortinas do quarto da filha. Virou-se para a morena e a encontrou com um olhar duvidoso. – Pode ir sem se preocupar. Eu garanto que vamos ficar bem.

— Obrigada mãe. – agradeceu quando a mesma depositou um pequeno beijo em sua testa. – Amo você.

— Também tenho muita consideração por você querida. – Sabine respondeu com um sorriso antes de fechar o alçapão do quarto da garota.

Fazia algumas semanas que seus pais haviam tido alta do hospital e Marinette se tornara mais protetora do que ambos já foram. Fazia de tudo para que seu trabalho se tornasse mais fácil e menos complicado naquilo que pensavam em fazer. Limpava a casa, ajudava na padaria e até mesmo levava café da manhã no quarto para os dois. Apesar de tudo voltar ao normal, a mesma ainda se sentia culpada por toda aquela situação. Se estivesse em casa na hora do ataque de Chat Blanc poderia ter evitado toda aquela tragédia e... e... Ela estava fazendo de novo. Estava colocando toda a culpa sobre si novamente.

Suspirou se espreguiçando em sua cama. Estava cansada até para raciocinar.

Na noite anterior combinara com Adrien que iria até o suposto “QG” que ele havia criado. Precisavam conversar sobre muitas coisas que estavam acontecendo e, principalmente, sobre os pesadelos em comum que estavam perturbando suas noites nas últimas semanas. Depois de muitas conversas e risadas durante a madrugada anterior a garota finalmente conseguira pegar no sono. Infelizmente não durou muito. Abrindo os olhos e encarando seu teto, Marinette segurou o pingente de joaninha que seu amado lhe dera de presente de natal. Pensar que em poucos minutos iria encontrar com o loiro fazia seu coração pular de alegria. Sua presença lhe trazia esperança e seu sorriso iluminava seu dia. Com esse pensamento se apressou em ir para o banheiro tomar um banho. Deixou que a água levasse todo o cansaço e limpasse sua mente por longos minutos. Aquilo de certa forma lhe relaxava. Pelo menos pensava isso. Desligou o chuveiro e voltou para seu quarto tentando decidir qual roupa usaria para ir até a mansão Agreste. Olhou para seus guarda-roupas e suspirou indecisa. Nada lhe agradava naquele momento!

— Que pressão. – murmurou para si mesma esfregando as têmporas com calma. - Não estou conseguindo nem pensar direito.

Então, como que por mágica, uma ideia veio a sua mente. A imagem de Tikki veio em sua mente e a garota se lembrou que tinha um moletom vermelho com bolinhas vermelhas. Deu um sorriso fraco. Mesmo sem perceber ainda fazia menção a Ladybug em boa parte do que fazia. Entendera que ambas eram a mesma pessoa não importava se usasse uma máscara ou não. Lá fora o tempo dizia que mais tarde poderia nevar. Rapidamente pegou a peça de roupa no meio de outras e a vestiu. Colocou uma bota preta que tinha e soltou os cabelos.

— Finalmente minha filha. – Sabine exclamou terminando de guardar os talheres na gaveta da cozinha enquanto a morena descia o último degrau da escada. – Achei que teria que ir busca-la no seu quarto.

— Desculpe eu... Não tive uma boa noite de sono. – disse arrumando o cabelo para trás e encontrando o namorado terminando de lavar a louça. – Isso deve ser um sonho... Adrien Agreste está lavando uma louça? O mundo vai acabar! Fujam para as montanhas! – fingiu desespero e fez todos rirem.

— Acho que você não está sonhando princesa. – o loiro respondeu com um sorriso travesso. Colocando o último prato lavado no escorredor o mesmo se virou para a garota e deu um pequeno beijo em sua bochecha. – Pronta para ir ver seu sogro e seu cunhado de novo?

— Tecnicamente estou um pouco nervosa. – Marinette revelou ajudando a secar o resto da louça lavada. – Ainda não estou acostumada com a ideia que vou fazer parte da família Agreste.

— Tenho certeza que logo irá se acostumar com essa ideia querida. – sua mãe disse com um pequeno sorriso. Olhou para o seu relógio de pulso e franziu a testa. – Agora eu preciso voltar para ajudar seu pai em uma encomenda.

Enquanto desciam as escadas Sabine se lembrou de algo. Quando pararam em frente a padaria abraçou sua filha e seu futuro enteado.

— Juízo viu? - disse com um sorriso e fazendo ambos ficarem da cor de um tomate. Deu uma risadinha e entreabriu a porta. – Não se esqueça que sua prima vai chegar hoje de Londres para passar as férias em casa. Divirtam-se. – desejou entrando no estabelecimento.  

— Depois dessa eu até fico sem palavras. – o garoto lhe disse arqueando uma sobrancelha. – Preparada?

— Preparada. – disse ansiosa.

***

A mansão Agreste era um dos últimos lugares que Marinette havia estado desde a derrota de Hawk Moth e, portanto, não tinha boas recordações daquele lugar. Segurou firme a mão de Adrien enquanto passavam pela porta da entrada e não encontravam ninguém além de Nathalie. A secretária os estava esperando e os acompanhou até a sala de estar da casa. Por onde passava lembranças perturbadoras voltavam a sua mente e faziam seu coração bater sem compasso dentro de seu peito. Estava errada. Não estava preparada para voltar naquele lugar tão cedo. E pior: eles não estavam sozinhos. Gabriel Agreste estava parado em uma das janelas admirando a movimentação perto da Torre Eiffel. Sentiu um calafrio e apertou ainda mais a mão do loiro ao seu lado.

— Pai. – o mesmo chamou fazendo o homem se virar lentamente. – Essa é a Marinette. Lembra-se dela né?

O silêncio prevaleceu por alguns segundos e foi o suficiente para memórias voltarem a mente da garota como um flash. Era como se estivesse voltando ao dia que saíra do esconderijo de Hawk Moth e revivendo tudo aquilo novamente por longos minutos. Pensou que o homem não dissera nada porque estivesse tendo o mesmo pensamento que ela e paralisou onde estava.

 Viu a máscara de borboleta desenhada com perfeição em seu rosto e o sorriso perturbador que o mesmo possuía quando conseguira pegar os miraculous. Então a imagem de seu estilista favorito voltou ao normal do mesmo jeito que aparecera.

— Fico feliz que meu filho tenha encontrado uma garota maravilhosa como você senhorita Cheng. – disse olhando amigavelmente para a morena. – Espero que faça meu filho um grande homem no futuro.

— Eu... Farei por onde senhor Agreste. – respondeu ainda receosa do que sentia em seu peito. – Obrigada pelo convite. Não achei que viria até aqui tão cedo. – comentou tentando suavizar o clima estranho que se formara entre ambos.

— Acredite, se depender de mim ainda nos veremos muito. É o mínimo que poderia fazer por Adrien. – Gabriel garantiu com um pequeno aceno de cabeça. Ambos garotos perceberam o celular em um de seus bolsos começar a vibrar. – Se me dão licença, preciso resolver alguns assuntos sobre a minha última coleção de inverno. Nos vemos em breve Marinette.

O homem se despediu enquanto  desaparecia no escritório. O mesmo escritório que tinha o quadro de sua esposa. O braço do seu namorado foi o suficiente para tirar Marinette de seus devaneios e voltar para a realidade. Alguma coisa ainda lhe incomodava quando estava perto de seu sogro. Corou. Já o considerava com um sogro? Desde quando? Sua mente já estava lhe confundindo mais do que a mesma queria. Acompanhou Adrien pelas escadas do hall de entrada e balançou a cabeça quando outra cena de Ladybug enfrentando Hawk Moth veio a sua mente.

Tinha algo mais importante para se preocupar naquele momento.

***

Félix fazia parte da saga de Chat Noir. Antes que voltar a Paris por pedido de seu pai, ele protegia Londres de criminosos comuns. Parece um pouco ridículo: um adolescente de quase vinte anos fantasiado de gato preto pulando pelos telhados da imponente Inglaterra para tentar prender um bandido. Acontece que ele não tinha escolha naquela época. Quando foi escolhido pelo anel de Chat Noir Félix também fora amaldiçoado por ele. Uma maldição de gato como o kwami lhe dizia. Enquanto o anel estivesse preso a seu dedo, Félix seria azarado em qualquer coisa que fizesse como super-herói.

Com isso, ela apareceu. Apareceu para salvá-lo e salvar toda a cidade londrina.

Ladybug. A sua Ladybug.

Com o aumento de suas lutas Félix descobrira que apenas um beijo da heroína poderia libertá-lo de sua maldição. Tentou várias e várias vezes pedir a mesma o que poderia ser a sua salvação. Mas todas eram em vão. Ladybug era apaixonada por outra pessoa e se negava a fazer tal coisa. No fim, ele não tinha outra opção. Num ato de descuido da garota em se defender de um ladrão e se machucar, ele lhe beijara levemente.

O preço que pagou foi alto. Nunca mais vira a sua amada. Boatos lhe diziam que ela havia saído do país, outros, diziam que a super-heroína se escondera em outra parte da misteriosa Londres. No entanto, nunca conseguira encontrá-la. Então, tempos depois, descobrira que seu miraculous havia desaparecido misteriosamente junto com Plagg.

— E foi assim que eu voltei para casa. – Félix contou observando ambos garotos lhe encarem surpresos. – Quando eu cheguei aqui e encontrei Adrien com aquele anel prata, identifiquei na hora que ele seria o próximo Chat Noir. Mas tudo começou a mudar depois de uma discussão com o meu pai.

— Você não queria se unir ao Hawk Moth. – Marinette sugeriu vendo o mesmo assentir levemente com a cabeça.

— Ele queria acabar com Ladybug de qualquer maneira. – continuou olhando para baixo. – O ódio que ele sentia por ela cada vez que um akuma era purificado era enorme e pensava que com aquilo a ausência da minha mãe poderia ser amenizada e que ele superaria a falta dela. E como eu não concordei com aquilo, ele acabou arrumando uma brecha para que pudesse me akumatizar.

— E foi assim que surgiu Chat Blanc. – Adrien supôs.

Ver o irmão mais velho assentir fez com que a cabeça do garoto girasse. Era muita informação para se engolir de uma vez só. Lá fora a neve começava a cair e dava um ar reconfortante para o esconderijo no sótão da mansão. Respirando fundo, Marinette pôs sua mão no ombro do loiro. Se conseguia conversar com Adrien sem dizer uma palavra, talvez conseguisse fazer o mesmo com seu cunhado.

— Vamos deixar o passado para trás. – aconselhou vendo os frios olhos azuis do garoto lhe encarem duvidoso. – O importante é que agora você mudou. Você vai encontrar a sua Ladybug, tenho certeza. – afirmou com um sorriso sincero.

 Uma lembrança vaga de Chat Blanc enquanto lhe agredia no esconderijo de Hawk Moth lhe invadiu a mente. Um grito fez com que sua cabeça começasse a latejar e que ela se afastasse do mesmo rapidamente. Sentia que sua cabeça iria explodir e apertou a cabeça com força.

— Mari, você está bem?

— Estou bem Adrien. – disse sentindo os braços do garoto lhe abraçando. – Estou com um pouco de dor de cabeça. Acho... Acho que é melhor eu voltar para casa.

— Eu vou pedir para o motorista te levar em casa. – o irmão mais velho disse saindo rapidamente do sótão e seguido de ambos.

Marinette não sabia o que estava acontecendo, mas sabia de uma coisa. Aquilo não era um bom sinal. E um pensamento ela e Adrien tinham em comum. Aquilo com certeza tinha algo a ver com o assunto que iriam tratar sobre uma certa rainha dourada que assombrava seus sonhos. Talvez fosse uma distração para não terem tempo de encontrarem uma pista qualquer que os levasse até ela. Adrien suspirou. Seja aquilo o que fosse, teria que cuidar de algo mais importante naquele momento.

— Está doendo muito? – perguntou enquanto se sentavam na sala de estar da mansão. A garota balançou a cabeça mexendo em suas têmporas.

— São como memórias. – Marinette afirmou olhando as esmeraldas que lhe encaravam preocupados. – Memórias ruins que estão vindo na minha mente, assim, de repente. Isso está me matando Adrien. Eu não aguento mais. – continuou quando o garoto passou a mão sobre os seus cabelos com carinho. De certa forma aquilo lhe acalmava.

— Vai ficar tudo bem. Eu prometo My Lady. – Adrien disse apoiando sua cabeça em seu peito. – Vou ficar com você na sua casa até você melhorar e...

Ambos foram interrompidos pelo som da campainha. Sob o olhar de confusão dos três ali presentes Nathalie se dirigiu a porta e a abriu, inexpressiva. Ninguém ousou dizer nenhuma palavra quando uma silhueta da idade aproximada de Félix apareceu dentro da mansão e se dirigiu até onde Marinette estava sentada no sofá. Mas ninguém havia notado uma coisa. O corpo do loiro de olhos azuis se paralisar onde estava com o celular na mão. Não podia acreditar quem estava á sua frente. Não! Aquele era um dos motivos de ter fugido de Londres e agora estava novamente perto de si.

— Bridgette?


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Notas finais do capítulo

SURPRESINHAA! Huehuehe :v
Sempre esperem o inesperado! :P

OBS: Existem referências ao link do vídeo do último capítulo. Aconselho que vocês assistam! ^^



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