Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 32
Uma Nova Esperança


Notas iniciais do capítulo

Confesso que queria torturar vocês de ansiedade com o suspense do final desse capítulo, mas quem estava sendo torturada mesmo era eu quando percebi que um capítulo inteiro já estava pronto em menos de duas horas. :P
Para vocês não dizerem que eu não tenho coração sugiro que segurem seus forninhos nesse capítulo. Muita coisa vai vir a tona nesses últimos capítulos huehue ;-)



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Estava escuro e estava frio. O único ponto de luz que iluminava o calabouço do esconderijo da Rainha do Estilo onde estavam era a própria prisão que isolava Abelle e Ladybug juntas do resto de toda a sua equipe. Enquanto a joaninha tentava de todo jeito encontrar uma saída dali com seu ioiô, a filha do prefeito apenas tentava se recordar como havia parado ali. Tentava se lembrar como o fim de sua vida havia começado há poucas horas atrás.

“ Style Queen ainda estava parada a frente da heroína, digerindo a resposta que a loira lhe dera. Não se moveu por longos segundos permitindo que os gritos e os barulhos de tiros da arma de Bridgette durante a luta que se travava atrás de si ecoarem nos ouvidos da garota. A deixando angustiada de propósito quando a abelha olhou na direção de seus companheiros se cansando e perecendo nas mãos dos seus capangas. Por fim colocou sua máscara em seu rosto novamente, escondendo a única coisa que ainda eram humanas naquela mulher que um dia fora Stela. A mulher e mãe de uma garota que agora aceitava o seu destino sem questionar. Sem resistência.

O mais importante ela já havia perdido.

— Basta! – disse batendo seu bastão com força ainda a frente de Chole e virando-se para encarar o que acontecia em suas costas. Ou melhor, o que se passava. – Crystallys Desctruin.

Do mesmo jeito que os monstros apareceram o feitiço lançado por Style Queen os fez desaparecer rapidamente. Mas o pior não fora aquilo: todos os heróis também haviam sido imobilizados. Ninguém podia se mover nem um passo e ao lado da vilã Abelle parecia apenas um enfeite no meio do esconderijo. Não ousava sequer respirar. Estava mergulhando num mar de tristeza e não tinha ninguém para salvá-la. Não tinha mais amigos. Não tinha mais Alex do seu lado. Não tinha mais sua mãe.

Não tinha mais ninguém.

— Não... Consigo... Me mexer... – Volpina murmurou tentando respirar com dificuldade.

— Nós... Também não... – Paon disse tentando inutilmente mover os braços. Olhou na direção dos outros e viu Adrien ainda preso aos pés da escadaria de Style Queen. Não tinham conseguido libertá-lo a tempo.

— Félix! Marinette! – o mesmo gritou balançando as grades de sua prisão ao ver sua namorada e seu irmão mais velho a poucos metros longe de si. Toda a fraqueza se transformara em raiva e o garoto não iria deixar barato se machucassem a sua garota. – Mari, você está bem? O que você fez com ela? – Adrien indagou virando-se para Style Queen com uma expressão assustadora no rosto. – O que você fez?

— Ora, poupe o seu fôlego querido. – Style Queen pediu lançando um sorriso largo ao mesmo enquanto descia os degraus lentamente até onde o loiro estava. – Afinal, tenho quase certeza de que você não iria gostar se algo realmente acontecesse com a sua preciosa joaninha.

— Você não ousaria. – o mesmo disse escondendo o rosto nas sombras de sua prisão, mas sem quebrar o contato visual com a Rainha do Estilo. A mulher deu uma longa gargalhada como resposta.

— Agora entendo porque sua parceira te chamava de gato estúpido. – comentou virando as costas para Adrien e indo na direção da morena de olhos azuis vestida de vermelho alguns passos de si. A mesma estreitou os olhos em sua direção e a vilã alargou ainda mais seu sorriso. – Oh, não se preocupe querida. Não farei dano algum ao seu namorado e nem a sua equipe.

— Por enquanto. – Ladybug completou forçando a garganta a falar.

Style Queen sorriu como resposta. Um sorriso demoníaco.

— Você é mesmo muito perspicaz para um inseto insignificante.

Com um pequeno baque surdo no chão, a Rainha do Estilo fez com que todos os heróis levitassem do chão e, de dois em dois, fossem enjaulados assim como Adrien Agreste. Logo três esferas feitas do mesmo material que todo o esconderijo de Style Queen se fundiu perfeitamente em volta dos heróis, lhes prendendo antes que pudessem fazer qualquer coisa. Assim que a esfera se fechou com uma trava invisível elegante, a imobilização criada pelo feitiço anteriormente lançado se dissipou e, dando as costas para os seus mais novos prisioneiros, a vilã se dirigiu para uma parte distante de onde estava presente.  

Todos os heróis tentavam em vão se libertar, mas o legítimo Chat Noir sabia que tudo aquilo era inútil. Ele mesmo estava cansado de tentar fazer o mesmo e ainda continuava preso. Mas ao mirar seu bracelete continuar cintilando um pequeno negro sentiu um fio de esperança que ainda poderia fazer tudo voltar ao normal. Entretanto a garota por baixo da máscara de joaninha o encarava com um semblante que fez seu coração se despedaçar e sua esperança sumir. A cara que aquele realmente seria o fim. Antes que pudesse dizer ou gritar mais alguma coisa para a namorada três palavras escorregaram de seus lábios num sussurro apertado:

— Eu te amo. – foi o que Ladybug ouviu e o que colaborou para que seus olhos se enchessem de lágrimas mais uma vez. Fechou as pálpebras com força. Não iria dar aquele gosto de vitória para sua inimiga.

— Eu sei. – foi a resposta que o loiro ouviu antes que a prisão onde estava sua amada fosse levada para outro lugar longe de seu campo de visão.”

— Não adianta. – Ladybug contatou trazendo a heroína de listras de volta a realidade. A realidade que ali em diante ela teria de suportar. – A parede nem ficou lascada. É inútil, o ioiô não funciona com essa coisa.

Abelle observou a heroína ofegante que ficara aprisionada consigo. Ou melhor, a garota quem a mesma era por trás do uniforme de super-heroína. Nunca havia parado para pensar como Marinette se esforçara para lidar com uma equipe com membros tão diferentes entre si, o quanto ela sabia lidar com as coisas melhor do que si mesma. Mesmo estando no fim da linha e no fundo do poço ela conseguia se preocupar com os outros ao ponto de não admitir a derrota. De persistir até o último momento. Algo que nem ao mesmo ela conseguiria fazer.

Apoiou os cotovelos em seus joelhos e o rosto em ambas as mãos, olhando para a prisão desanimada.

Mestre Fu havia feito bem em escolhê-la como a portadora do miraculous da criação. Mas não podia dizer o mesmo do destino de entregar a si um pingente que a levaria a sua própria destruição.

— Ele deve ser feito com cristal. – palpitou apontando com um aceno a luz que espantava a escuridão no calabouço onde estavam. – As emoções da Rainha do Estilo que os controlam. Provavelmente nem o pouco de feitiços do cristal que sei vai fazer efeito nessa gaiola ambulante.

A resposta antecipada por um longo suspiro que veio em seguida surpreendeu a heroína de listras.

— Então esse é o fim. – concluiu se sentando próxima a loira e escondendo o rosto entre os braços apoiados nas pernas. – Ela conseguiu. Style Queen finalmente ganhou de nós.

Longos minutos se estenderam entre ambas as parceiras de luta. Chole simplemente não podia acreditar no que acabara de ouvir. Marinette parecia tão confiante, tão motivada a deter a inimiga do grupo nos últimos dias que se passaram e agora estava simplesmente entregando os pontos? Admitindo a sua derrota? Admitindo que não existia mais esperança? Não. Ela não podia deixar aquilo acontecer na sua frente e não fazer nada para impedir. Por mais que odiasse a Dupain-Cheng em seu coração ela ainda era a sua líder. E Abelle não iria deixar a sua desistir assim tão fácil, mesmo que não houvesse escapatória.

— O que você disse? – a mesma indagou olhando incrédula para a joaninha. Quando seus olhares se encontraram a abelha continuou: - Você simplesmente vai deixar que ela vença? Eu não acredito no que eu estou ouvindo.

— Você quer que eu faça o que Chole? – Ladybug perguntou encarando a garota com a voz irritada. – Quer que eu fique gritando até que Style Queen venha aqui nos obrigar a lutar contra ela sozinhas? Ou então prefere que use o meu ioiô contra as paredes da cela até que ele se parta em dois? Admita que não tem como fugir daqui. Não conseguimos nem mesmo salvar o Adrien, imagine nos salvarmos sozinhas? – a heroína abaixou os olhos e acrescentou com a voz triste. – E mesmo que a gente consiga sair daqui um dia, já será tarde demais. O mundo já estará perdido e muito provavelmente Adrien também, sabe-se lá onde nesse esconderijo gigantesco.

Marinette estava cansada de se mostrar forte para os outros. Estava cansada de ser aquela que não pode errar nunca. Estava cansada de ser Ladybug. E o pior de tudo: sentia-se a principal culpada por tudo o que estava acontecendo. Nunca mais veria seus pais. Nem Alya e seus amigos. Nem Bridgette e... Nem Adrien. Uma onda de tristeza profunda invadiu a morena e ela foi obrigada a esconder o rosto entre seus braços para que sua parceira não a visse mergulhando em sua própria desgraça. Mas ao invés da filha do prefeito fazer um comentário maldoso ou sarcástico sobre sua atitude, a mesma se assustou quando a abelha começou a ter um ataque de risos.

Permitindo-se levantar uma sobrancelha ao encarar a loira uma expressão confusa se formou em seu rosto.

— Do que você está rindo? – indagou sem entender nada do que se passava a sua frente.

— Me desculpa Marinette, mas... Se você tivesse me dito antes que nós duas iríamos ficar presas numa cela mágica e minúscula juntas por não sei quanto tempo, eu jurava que a gente iria se matar. – Abelle respondeu com um sorriso no rosto enquanto gesticulava com as mãos de pé no lugar próximo á morena. Virou-se e encarou Ladybug um pouco sorridente. – Mas... Agora, não comemoro o fato de estarmos presas, mas o fato de estar com você... Eu realmente não me importo.

— Bom... – a joaninha começou achando graça pela primeira vez na sua vida em algo que a loira dizia. – Se é para comemorarmos o fato de estarmos presas nessa cela minúscula juntas por não sei quanto tempo, eu fico feliz que seja com você. – Ladybug olhou para a direção da heroína de listras e vendo sua confusão acrescentou calmamente: - Eu tô falando numa boa Chole.

Ambas garotas deram uma pequena gargalhada. Era engraçado como que mesmo naquela situação a Bourgeios não se deixava abalar, mesmo que estivesse presa com a única pessoa no universo que ela jamais havia pensado em dividir um espaço com menos de cinquenta metros quadrados. Mas naquele momento de crise e improvável, Marinette pôde enxergar que Chole não tinha nenhuma segunda intenção em sua voz. Ela realmente estava sendo sincera ao tentar levantar o seu astral. Mesmo não tendo tanta intimidade com a garota ela estava tentando. Estava lhe mostrando como tinha mudado. Mudado muito.

A morena olhou para a escuridão que cercava a sua prisão. Porque a Bourgeios e ela nunca haviam realmente parado para conversar como naquele momento? Porque nunca houve concordância entre ambas quando se encontravam? Engoliu em seco. Porque Chole sempre a odiou?

— Porque será que a gente sempre brigou? – perguntou voltando seu olhar para a loira próxima de si. – Acho que você sempre implicou comigo desde que a gente se conheceu.

— Tá brincando? É totalmente o contrário. – Chole disse encarando a garota a poucos metros de si. – No momento em que você me viu você achou que eu não era o bastante.

— O que? Mas como assim? – Marinette indagou novamente confusa. Percebeu a loira balançar a cabeça. – Porque eu faria isso?

— Porque você é praticamente a rainha da escola. – Abelle respondeu se virando para a mestiça e tocando uma das paredes da prisão. – Tudo o que a Marinette faz na escola é o certo, todos sempre concordam com o que você diz e tudo sempre dá certo para você. Você sempre foi rodeada de pessoas Marinette e eu nunca tive ninguém além da Sabrina. Nunca ninguém gostou de mim em lugar nenhum, você e nem ninguém trocavam mais de duas palavras comigo e nunca ninguém me chamou para almoçar com os amigos como todos chamam você.

— Nunca ninguém te chamou para almoçar com os amigos? – a joaninha repetiu se levantando com as sobrancelhas arqueadas. – Sempre que a classe chamava você para fazer alguma coisa junto você fazia uma careta de deboche e virava as costas.

— É porque eu sabia que vocês não gostavam de mim. – Chole respondeu e a heroína notou a tristeza e a mágoa em sua voz. – Você ficaria num lugar aonde ninguém vai com a sua cara Mari?

— Não, você tem razão Chole, mas todos faziam isso porque ninguém trocava duas frases completas com você antes que fosse humilhado ou julgado na frente de toda a sala. – Ladybug respondeu fazendo a abelha se lembrar de todos os episódios com os akumas que foram sua culpa. – Porque você fazia isso se queria se aproximar dos outros? De mim?

— Porque eu odiava você Marinette. – Abelle disse deixando a garota a sua frente sem reação. Respirou fundo tentando organizar seus próprios motivos. – Depois da separação dos meus pais e de toda aquela história de traição que circulou pela cidade na época, eu comecei a odiar tudo a minha volta. E depois quando eu vi que você tinha a família mais completa do mundo e que até naquilo você era mais sortuda que eu, no fato de ter uma família de verdade e eu não, eu comecei a implicar com você como se aquilo fosse consertar o que a vida tinha me roubado. Com o tempo aquilo foi saindo do controle e a única coisa que eu realmente me sentia bem era estragar a sua vida. Mas nem isso funcionou. – a loira abaixou a cabeça e olhou novamente para a parede de cristal ao lado. – Talvez eu fosse uma criança muito insegura... Talvez eu seja um pouco insegura às vezes e por isso não tenha metade do que você tem hoje. Então como eu achava que ninguém gostasse de mim eu comecei a implicar com os outros, para que eu fosse a que os rejeitava. E não o contrário. – acrescentou baixinho.

Marinette não ousava respirar para não atrapalhar a garota. Ou melhor, não conseguia. Sentiu novamente o peso da culpa ser colocado em suas costas e piscou algumas vezes. Chole, Chole Bourgeios, a filha do prefeito e talvez uma das pessoas mais importantes de Paris, tinha inveja dela? Justamente dela? Todo aquele tempo de implicâncias e provocações que a mestiça sofrera era apenas por um trauma da infância da garota. A morena sentiu-se péssima e como se sua consciência quisesse realmente lhe atormentar uma vaga lembrança veio a tona em sua memória.

 “ - Mari... – a loira chamou hesitante.

— Pode falar Chole.

— Nós vamos ser melhores amigas pra sempre não é? – perguntou olhando para a morena e levantando o dedo midinho para o alto.

— Claro que sim. – Marinette afirmou sorridente e apertou o seu midinho com o da mesma.

Pra sempre e pra sempre.”

Marinette olhou para as próprias mãos, ouvindo a lembrança ecoar em sua cabeça. Ela não havia cumprido sua promessa.

— Chole... – a joaninha chamou dando um passo em sua direção, mas a mesma lhe interrompeu estendendo uma mão em sua direção.

— Lembre-se que eu disse talvez. – Abelle ressaltou estendendo o indicador. A heroína deu um pequeno suspiro.

— Então talvez eu devesse ter insistido mais ser sua amiga. Eu queria muito. – Ladybug contou com um pequeno sorriso, próxima da abelha.

— Duvido que seja verdade. – a loira questionou com uma sobrancelha arqueada.

 – É claro que é verdade. – Marinette afirmou se lembrando da primeira aula que tivera no dia que se conheceram. – No primeiro dia de aula você parecia tão confiante e tão animada com a escola. Eu via você vestida com todas aquelas roupas elegantes e adorava quando a gente conversava sobre os acessórios que você trazia para a sala. Como eu vi que tudo aquilo era novo e que ninguém parava para conversar com você eu achava que seria ótimo ser sua amiga. – a joaninha deu uma pausa e encarou os olhos azuis da filha do prefeito. Ambas tinham história antes mesmo de Alya aparecer no ensino fundamental. – Mas então você começou a ficar distante e depois... Implicante. Egoísta. Mesquinha. Achei que não gostasse de mim para ser sua amiga. Eu devia mesmo ter insistido mais. Você estava passando por um momento difícil e eu não devia ter deixado você de lado. Me desculpe por nunca ter te chamado para sentar comigo para almoçar na escola. Devia ter feito isso. – disse lhe tocando o ombro com um olhar esperançoso.

— Obrigada. – Chole agradeceu sentindo os olhos lacrimejarem. – Me desculpe por ter feito cara de deboche tantas vezes e... Por ter implicado com você Marinette.

Pra sempre e pra sempre.

— Acha que é tarde de mais para sermos amigas de verdade? – a abelha perguntou com um sorriso inseguro e estendendo o último dedo da mão direita. A resposta foi uma gargalhada.

— E por acaso nós deixamos de ser algum dia? – a heroína de pintas pretas indagou estendendo o seu dedo midinho e apertando o da garota.

— Pra sempre e pra sempre. – ambas repetiram a promessa que haviam criado ainda crianças do ensino fundamental, e, em seguida, se abraçaram fortemente.

Um abraço que para ambas havia sido um recomeço. Uma saída daquela realidade que teriam que se acostumar a enfrentar, mas que, a partir daquele momento enfrentariam juntas. Que lutariam juntas lado a lado, não importasse o desafio. Mas que, acima de tudo, seria a chama de uma nova esperança para ambas no meio de tanta escuridão. Literalmente.

No meio de ambas as garotas uma luz começou a brilhar e iluminar mais do que toda a cela de cristal de Style Queen. Uma imensidão branca obrigou as duas a cobrirem os olhos enquanto se espalhava no interior da prisão das super-heroínas e preenchia a escuridão com sua luz esbranquiçada. Porém Ladybug conhecia muito aquele brilho. Era exatamente igual com o que emanava de seu bracelete... E que naquele momento parecia ser o centro de toda aquela situação que se encontravam. A joaninha sentiu o corpo inteiro se eletrizar quando aquela imensidão branca subitamente desapareceu e a fez olhar em volta.

A prisão não estava mais ali.

— Olha. – Abelle disse apontando para algo flutuando próxima a mão direita da morena.

Era mais uma pedra. Uma pedra do oráculo.

— Esperança. – foi a palavra murmurada na cabeça de Marinette e a mesma que saiu pela sua boca novamente. – Esperança. É isso.

— Esperança? - a loira repetiu segurando a pequena pedra hexagonal em seus dedos antes que desaparecesse. Quando seus olhos pararam em sua amiga seu coração se aqueceu. – Porque?

— Bem, a esperança é a última que morre. – a garota respondeu com um pequeno sorriso que foi retribuído pela heroína listrada. – Talvez seja porque nós sempre acreditamos que um dia as coisas finalmente iriam se resolver. Que tudo no final iria acabar bem. – argumentou dando um sorriso para a companheira quando a pequena joia desapareceu diante de seus olhos. Mas logo o sorriso deu lugar a uma expressão determinada. – Precisamos encontrar os outros Chole. Style Queen precisa ser enfrentada e talvez possamos fazer alguma coisa com quatro pedras da coroa de Órion.

Ladybug deu dois passos em meio a tanta escuridão e logo parou quando o pingente de cristal no pescoço de Abelle começou a iluminar o local. Mas a abelha não dava nenhum sinal que iria acompanha-la. Não por birra ou não concordar com o que a mestiça dizia. Estava triste. Aproximando-se da mesma, Marinette estreitou os olhos para tentar decifrar as sombras do rosto da filha do prefeito. Podia perceber de longe que a mesma estava escondendo alguma coisa de si e tal fato estava lhe atormentando profundamente.

— Ei, o que foi Chole? – perguntou com cautela. Tentaria trata-la diferente dali pra frente, nem que isso lhe custasse sua paciência. Aguardou vários minutos em silêncio até que a loira decidisse se podia ou não confiar nela.

— Ela é minha mãe. – a mesma revelou sem encará-la nos olhos, mas podia sentir sobre suas costas o olhar de surpresa e incrédulo da morena. Uma eternidade parecia correr em segundos que ambas ficaram em silêncio, isso até a abelha suspirar e olhar para a joaninha com os olhos marejados. – Eu... Eu não posso lutar contra ela Mari, eu... Não...

— Chole, Chole me escuta tá bem? – Marinette pediu a garota lhe segurando pelos ombros firmemente como se a qualquer momento ela pudesse se despedaçar a sua frente. – Style Queen não é a sua mãe. A sua mãe está aprisionada numa maldição que foi feita há anos por alguém que também não queria usar o poder do cristal. Que não sabia controlar ele. Se conseguirmos derrota-la e acabar com a influência que ele tem sobre Stella podemos trazer a sua mãe de volta, podemos acabar com tudo isso. – a mesma disse tentando ver a vida entrar nos olhos azuis da Bourgeios. Podia ver a esperança lhe contagiando de dentro para fora então acrescentou: - Nós precisamos de você Chole. Paris e o mundo precisam de você. Eu preciso de você minha amiga.

A resposta da abelha foi um abraço apertado. Seu coração ardia e sua mente martelava seu interior dizendo que podia acreditar no que a mestiça lhe dizia. E mesmo sendo tão errada e injusta com Marinette era ela que ainda lhe incentivava a prosseguir de cabeça erguida. Respirou fundo tomando sua última decisão definitiva e se separou da parceira de combate, encarando-lhe enquanto secava as lágrimas que lhe escaparam dos olhos claros.

— Conte comigo Bugaboo. – disse por fim enquanto as duas corriam em direção a luz do fim do túnel do calabouço da Rainha do Estilo.

Elas haviam encontrado uma nova esperança em meio a tanta escuridão.


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Notas finais do capítulo

#RumoAPróximaFanfic!
#100ReviewsDNV! Huehuheue ♥



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