Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 29
Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Bem... Dessa vez parei por aqui para avisar (mais uma vez) que "Forever" está chegando ao fim. A partir do próximo capítulo estaremos na reta final da fanfic portanto queria esclarecer que após o seu término eu venha dar uma sumida daqui do Nyah! e aproveitar um pouco para planejar novas histórias para do mês de férias até o final do ano. :v

Mas não se preocupem! Não vou desaparecer para sempre! Só preciso pensar nos outros projetos por algum tempo e então volto com força total. ♥ E antes de eu ir queria recomendar para vocês uma fanfic que fez o maior sucesso há algum tempo e que vai estrear sua segunda temporada esse mês de julho: "Defensores de Paris - 2". Pode não estar desse jeito, mas se vocês procurarem tenho certeza que vão adorar assim como eu. E quem ainda tiver curiosidade leiam também as one-shot's do meu amigo Blue Blur, o autor dessa fanfic de Miraculous.

Um beijão e até o próximo capítulo! ;-)



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Dois dias haviam se passado desde o ocorrido com a arqui-inimiga dos heróis de Paris e o mundo de todos parecia ter virado de ponta cabeça. Milhões de fofocas, montagens e mentiras começaram a circular por toda a cidade sobre o suposto ciúmes de Adrien com Marinette e Louis; boatos sobre uma figura misteriosa apontava Abelle como principal suspeita do desaparecimento de Chat Noir; a isolação de Lila sem motivos públicos e o pior de tudo: o descontentamento de toda a população parisiense com o perigo que assolava todo o país. Os cidadãos se mostravam cada vez mais insatisfeitos com a aparição de qualquer um dos integrantes da equipe de Ladybug e sempre que tinham uma oportunidade mostravam isso ao público e em rede nacional. Com tudo isso acontecendo brigas e discussões foram crescendo sob a constante chance de serem atacados por mais um monstro gigante que quer destruir o planeta. Muitos se escondiam enquanto muitos outros se manifestavam nas ruas, fazendo até mesmo o prefeito Bourgeios apoiar tal feito da população para mostrar a sua posição ao que acontecia com a sua gente.

Além de tudo isso havia mais um detalhe que deixaram passar. O sumiço de Adrien Agreste.

Quando a família do loiro soube de seu desaparecimento repentino durante uma visita de uma vilã holográfica ninguém sabia exatamente o que fazer. Ou melhor, uma pessoa não sabia o que fazer em especial. Félix sabia de todo aquele perigo com Style Queen. Sabia de tudo, porém não havia alertado e nem impedido o irmão de seguir até a luta que acontecia. A culpa de tudo aquilo era sua. A maior parte era.

Mas como tudo sempre pode ficar pior, principalmente para ele, ele só tinha uma escolha a tomar. E tinha que tomar coragem para fazer tal coisa. Precisava fazer o que tinha que ser feito.

— Entre. – a voz de Gabriel Agreste respondeu, frio como nunca havia estado. O loiro respirou fundo mais uma vez e entrou no escritório do pai, fechando a porta com cuidado atrás de si. – Encontraram o seu irmão? Alguma coisa relacionada a ele?

— Não. – Félix respondeu hesitante. Mas a vontade de tirar aquele peso de suas costas era maior e ele precisava tentar... – Mas eu preciso da sua autorização para sair e fazer uma coisa importante...

— Disse que não queria que me interrompessem enquanto não tivessem notícias dele. – Gabriel lhe interrompeu encarando o filho mais velho com rispidez. Estreitando os olhos, deixou o clima ainda mais tenso entre ambos. – E nada que você fizer será mais importante do que isso. Eu fui claro?

— Mas pai... – o loiro balbuciou.

— Eu fui claro Félix? – o mesmo indagou, repetindo a pergunta.

Um suspiro irritado saiu do rapaz e o mesmo se dirigiu a porta do escritório. Queria gritar mil e uma respostas aquela pergunta fria e difícil de ser digerida. Queria dizer que o queria fazer era por aquele mesmo motivo: encontrar Adrien. Mas por mais que já tivesse quase vinte e um anos completos e mais experiência sobre assuntos heroicos que o pai, tinha que entender o seu lado. Gabriel não suportaria mais nenhuma perda.

Ele não suportaria perder mais ninguém.

E por esse mesmo motivo a resposta foi mais breve e seca do que ele mesmo imaginava.

— Sim senhor.

Agora lá estava ele: praticamente trancado na casa que se transformara numa prisão enquanto não houvesse pistas sobre o paradeiro de seu irmão mais novo e houvesse mais segurança em toda a cidade. Odiava aquilo. Tanto se sentir vigiado como se sentir impotente, sem poder fazer exatamente nada ao respeito de alguma coisa. Bufando enfiou um travesseiro no rosto. Seu quarto nunca parecera tão pequeno para si próprio! Antes tinha o lhe distraia de tanto sofrimento... Várias lembranças de quando era pequeno e precisava cuidar do Agreste caçula barulhento, curioso e irritante invadiram sua mente rapidamente, exatamente como se passa um filme no cinema. Quando se deu conta estava segurando suas lágrimas para não chorar de raiva. Ou de tristeza. Ou mesmo de remorso por tudo o que já havia e não havia feito.

Sentia-se a pior pessoa do mundo.

Mas não pôde se lamentar por muito tempo. Leves batidas em sua porta obrigaram-no a sair de seus devaneios e tentar identificar quem estaria no corredor. Nem precisou: a pessoa logo entrou acabando com o suspense do antigo herói.

Nathalie.  

— O que você quer Nathalie? – reclamou escondendo o nariz vermelho e cara de choro da governanta e secretária pessoal de Gabriel Agreste. – Meu pai mandou você me vigiar também? Não basta só o Gorila ai do lado de fora?

A secretária nem se deu o trabalho de responder a altura. Conseguia compreender a raiva do garoto. Sentira até mesmo falta de suas reclamações. Ao invés de lhe dar o troco por tal ironia a mesma apenas lhe entregou um bilhete. Aquilo fora o suficiente para calar o loiro e empregar um ponto de interrogação em seu rosto. Aproveitando a confusão no ambiente a mulher se dirigiu até a porta do quarto com um pequeno sorriso no rosto.

— Darei a você quinze minutos. – disse finalmente, como se fosse o suficiente para explicar toda aquela situação.

Félix não resistiu em deixar o bilhete fechado e então imediatamente se arrependeu com aquilo que estava escrito dentro. Ou melhor, quase se arrependeu. O mais rápido que pôde colocou uma jaqueta e foi até o local combinado pela suposta remetente do cartão. Se surpreendeu quando percebeu que o corredor estava realmente vazio.

“Nathalie.”  Lembrou-se com rapidez.

 Ela havia lhe dado quinze minutos e ele não poderia desperdiça-los.

“Eu sei que você não quer nem ao menos ver ou ouvir o meu nome depois de tantas vezes que eu te persegui como uma stalker enquanto estudávamos em Londres, mas, pelo uma vez na vida, me escute. Você é a única pessoa com que eu posso contar para encontrar o seu irmão. Preciso de você.

Me encontre na porta dos fundos. Direita, esquerda e direita de novo.

Bridgette.”

***

No lado de fora da mansão estava a prima de Marinette. Estava frio, mas a mesma não se importava. Estava mais preocupada que Felix seguisse suas instruções corretamente e chegasse até onde ela estava. Ou pior: estava mais preocupada se o mesmo iria mesmo aparecer. Diversas dúvidas começaram a rondar a sua cabeça e lhe questionarem se o loiro de seus sonhos realmente iria atender o seu pedido de lhe encontrar ali ou se simplesmente iria ignorá-la como sempre fazia. Sem perceber começou a andar de um lado para o outro na calçada e imaginar mil e uma situações que poderiam acontecer caso o Agreste não comparecesse.

As coisas só iriam piorar se não se encontrassem e provavelmente não teria outra oportunidade como a que Nathalie havia lhe dado.

Ficaria sem saída.

— Espero que você realmente tenha um ótimo motivo para me chamar até aqui.

Aquela voz. Como sentira falta daquela voz... Mas não tinha tempo para a saudade que lhe queimava por dentro. Tinha que continuar com o seu plano. Virou-se para trás e o encontrou fechando a porta dos fundos da mansão. Como ela sabia disso? Um passarinho com uma mecha vermelha na cabeça havia lhe ajudado.

— Esperava que não me visse apenas como uma garota louca por sua atenção... – começou com calma, tentando encontrar um jeito de abalar a postura tão inexpressiva e séria do loiro da quase mesma idade que ela. - ...Mas como uma aliada na busca pelo seu irmão.

Imediatamente o rosto de Félix fraquejou, revelando a preocupação e o imenso sentimento de culpa que carregava em suas costas. Bridgette havia conseguido lhe atingir. Antes que o mesmo pudesse contradizer alguma coisa a morena o dirigiu para dentro de um carro que estava parado há poucos centímetros de distância de onde ambos estavam. O automóvel possuía os vidros escuros e era tão discreto que o próprio Agreste não o vira ali, tampouco acreditou em seu tamanho e conforto quando se sentou no banco da frente com a stalker que não o deixava nem respirar direito. Pelo menos era o que ele pensara no início.

— Será que agora você pode me explicar o que está acontecendo? – ele perguntou cruzando os braços ao peito, exigindo a resposta que queria ouvir.

— Sim Félix, se você me deixar falar eu vou te explicar tudo aquilo que eu sei. – Bridgette disse o encarando para que pudesse prosseguir. Com um suspiro irritado do garoto, ela respirou fundo e continuou: - Como você deve saber, desde que Paris foi atacada por aqueles três monstros gigantes e da luta que Ladybug e sua equipe travaram com... Bem, aquela nova vilã...

— Style Queen. – o loiro observou sem perceber. Quando notou o que tinha falado e a surpresa da mestiça, tratou de inventar uma desculpa. – Q-quer dizer, foi o que eu ouvi falar na televisão depois de tudo.

— Tá legal... – a mesma murmurou balançando sua cabeça e voltando ao rumo da conversa. – Enfim, desde tudo isso e o desaparecimento de Adrien as coisas só têm piorado. Você deve ter ouvido falar das mentiras e das fofocas que inventaram a respeito da Mari e do Louis, suponho?

— Meu irmão estava cismado com isso antes de sumir. – Félix revelou olhando para a janela, tentando disfarçar a sua tristeza. – Vi diversas montagens e supostas fotos sobre isso na internet também, mas não consigo acreditar que são verdadeiras.

— É porque elas não são. – Bridgette justificou, o que fez o rapaz voltar o seu olhar e focá-lo em si. Sentiu as bochechas corarem um pouco, mas não ligou muito para aquilo naquele momento. Só de pensar que estava a sós com o garoto de seus sonhos no seu carro e que ele estava dando toda a sua atenção para ela era o suficiente para que a mestiça explodisse por dentro de tanta felicidade. – Alguém está inventando boatos e espalhando pela internet várias mentiras sobre muitas pessoas, incluindo os outros parceiros da equipe dela em... Hã... Suas formas civis, disso eu tenho certeza.

— Tanto em suas formas civis como também fardados de heróis. – o garoto acrescentou pensando na manchete que vira há alguns dias num jornal de um site da internet. – Estão espalhando por ai que foi Abelle que desapareceu com o meu irmão como você já deve estar por dentro.

— Só estão acusando ela porque algum imbecil a viu usando uma magia parecida com que Style Queen usou para fazer aquele monstro enorme, ou seja, estão insinuando que são parceiras nisso. – a morena respondeu, pensando em voz alta assim como o Agreste havia feito há segundos atrás. Não pôde deixar de se xingar mentalmente enquanto procurava inventar algo para explicar tal comentário. – Q-quer dizer... Hã... Eu não acho que alguém como aquela loira de listras e pose de impotente iria trair a sua própria equipe assim... Bem, tão simples como parece ser. Acho que não passou de mais um boato maldoso de alguém.

Félix parou para refletir um momento.

Alguma coisa estava errada.

Bridgette sabia de alguma, ou melhor, de muitas coisas que não queria lhe revelar naquele momento. Podia notar em seu rosto, na sua postura e principalmente o seu jeito de falar. Mas não podia culpá-la por não querer lhe dizer o que guardava para si. Apesar de tudo ela não sabia que ele também já fora um super-herói como seu irmão mais novo, assim como não sabia do seu conhecimento sobre todos os miraculous, ou então que ele era secretamente apaixonado pela Ladybug de sua época e que ele provavelmente sabia mais de Style Queen sobre tudo o que tinha acontecido.

— E aonde exatamente você quer chegar Bridgette? – indagou arqueando uma sobrancelha.

A garota respirou fundo, buscando as palavras mais corretas para se dirigir ao loiro dos seus sonhos.

— Eu vou ser direta com você Félix. – disse olhando para as mãos sob o volante do carro. Era agora ou nunca. – Eu sei quem é a Ladybug. Ela é a minha prima, a namorada do seu irmão. A Marinette.

— Marinette? – o mesmo fingiu estar mais surpreso e incrédulo que podia na frente da mestiça. – Eu jamais iria imaginar que fosse ela por trás da máscara.

— Eu sei que parece estranho, mas me deixe continuar. – Bridgette pediu sem tirar os olhos de seu foco, como se pudesse encontrar alguma coisa de útil com a chave fora do comando do carro. – Com tudo o que está acontecendo não tenho dúvidas que ela não vai conseguir suportar tanta pressão e ainda liderar uma investigação em busca do paradeiro do Adrien. E como os seus parceiros provavelmente também vão estar ocupados em desmentir as fofocas e intrigas pelas redes sociais, não restam muitas pessoas para ajuda-la nisso. O que eu quero dizer é que como mais velhos e cientes do assunto mais que Marinette, nós temos uma chance maior de impedir que um mal maior aconteça.

— Que seria a tal de Style Queen destruir o mundo. – Félix completou seguindo o raciocínio da mesma. Mas havia mais alguma coisa naquilo tudo. – Mas mesmo que soubéssemos o que fazer nós não somos os super-heróis. Eles são Bridgette.

A jovem deu um mínimo sorriso com o que ouvira do rapaz ao seu lado. Rapidamente levou a mão no bolso do casaco jogado no banco de trás e a estendeu para o loiro. As palavras simplesmente fugiram de sua garganta quando vira o que estava bem diante dos seus olhos.

— Engraçado você dizer isso. – comentou analisando o rosto do homem da sua vida enquanto o mesmo tentava formular uma resposta para lhe devolver. – Minha prima também pediu que te entregasse isto. Ela disse que você saberia o que fazer.

O miraculous. O miraculous do gato preto.

 O anel do Chat Noir estava bem ali diante dele novamente, e, pelo que havia entendido Marinette que ele o usasse novamente. Que ele voltasse a ser o que foi um dia. Sua cabeça estava confusa e seus pensamentos estavam embaraçados em sua mente enquanto pegava o pequeno acessório cinza da mão de Bridgette. Queria gritar de felicidade, queria mostrar que aquilo tinha mais significado do que a morena poderia imaginar. Queria mostrar que, por mais que quisesse esconder, ainda tinha esperança em seus antigos objetivos: encontrar a sua alma gêmea. A sua garota. O desejo de encontrá-la e lhe pedir perdão por tudo o que fizera de errado pulava em seu peito. Só de imaginar que poderia ser feliz com aquela oportunidade Félix já conseguia enxergar uma luz no fim do túnel. E o melhor de tudo: encontraria o seu irmão.

Sem tirar os olhos azuis do anel em seus dedos começou a pensar em tudo o que aquela garota de cabelo azul escuro quase negro havia lhe dito.

 Será que finalmente poderia acabar com a ameaça de Style Queen com as suas próprias mãos?

— E então? – a motorista perguntou baixo, o tirando de sua reflexão. – Podemos estar juntos nessa por Paris? Podemos ser uma equipe pelo Adrien?

Félix cravou os olhos na mesma, a penetrando com seus olhos gélidos e vendo sua mão estendida a espera de uma resposta. Antes que pudesse pensar no que estava fazendo vira sua mão encontrar com a dela. Apesar de não gostar nem um pouco de sua companhia precisava admitir que suas mãos eram macias.

— Pelo Adrien. – concordou se permitindo esboçar um pequeno sorriso.

Porque no final das contas aquela era realmente a sua única saída. E mesmo que ainda houvesse segredos entre ambos uma coisa era clara...

Os dois queriam acabar com a Rainha do Estilo. E ela ficaria sem saída também.


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