Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 25
O Próximo Passo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719549/chapter/25

O ar se tornara gélido. As nuvens negras no céu tornaram sua visão ainda mais escura do que antes e fez seu coração acelerar como há muito não fazia. O que faria agora? Como iria enfrentar Style Queen? Mestre Fu estava certo quando disse que sempre devemos esperar o inesperado: a Rainha do Estilo era como uma caixinha de surpresas. Precisava de uma distração o mais rápido possível.

— Isso é o melhor que vocês podem fazer? – a mesma indagou feliz com a incompetência dos “heróis” de Paris. – Agora é minha vez.

Um grande e poderoso círculo se formou ao redor da vilã quando bateu o seu bastão no chão e logo, mais um desafio estava à frente da equipe de Ladybug: outro monstro de cristal. Mas dessa vez não havia um ponto fraco a mostra como Willock. Com mais de trinta metros de altura, três olhos amarelos enormes, milhares de tentáculos com garras e dentes pontiagudos, Yaef se mostrava um verdadeiro oponente onde só duas integrantes de um grupo se encontravam na sua linha de defesa.

— Realmente hoje não é um bom dia. – Volpina murmurou segurando a sua flauta com força na mão. – Então eu te pergunto... Será que ainda pode ficar pior?

Com que por resposta para a raposa o grande monstro de cristal começou a iluminar os intimidadores olhos amarelos. Então, de repente, uma dezena de cópias menores de Yaef começaram a se multiplicar e formaram mais dois monstros exatamente iguais ao primeiro. Tudo isso com o comando do poder do bastão da adversária. Todos os ali presentes voltaram seus olhares assustados para Ladybug, buscando alguma palavra ou algo que explicasse o que estava acontecendo.  

— Um monstro agora virou três monstros? – a morena indagou quase sem voz em sua garganta.

— Tinha que abrir essa boca santa mesmo. – Abelle aparecendo por trás da joaninha e lançando um olhar reprovador para a heroína alaranjada. – Meus parabéns. Tá feliz agora?  

Não houve tempo para resposta alguma. Subitamente as três cópias do monstro começaram a emitir um barulho ensurdecedor, fazendo com que muitas lâmpadas e janelas fossem quebradas. Então os três Yalef’s começaram a avançar em direções diferentes da cidade, causando gritaria e confusão por onde passava. Com seus grandes e enormes tentáculos as ruas se tornavam cada vez mais esburacadas e horrendas; os seus olhos iam destruindo cada coisa que passasse pela sua frente e, além disso, ambos se dividiam em áreas completamente distintas de Paris, o que obrigou a equipe a tomar uma decisão.

Uma decisão que fez todos se esquecerem de que a Rainha do Estilo também desaparecera com os monstros subitamente.  

— Vamos nos separar. – Paon aconselhou pegando sua arma com rapidez e encarando o parceiro ao longe. – Se conseguirmos derrotar esse monstrengo e os outros dois ficará mais fácil acabar com tudo isso enquanto ganhamos tempo para você Ladybug.

— Mas e Style Queen? – a mestiça indagou preocupada. – Ganhar tempo pra que?  

— Se não existe Lucky Charm para ela nós precisamos de uma nova tática. – a ruiva continuou indo na direção de Tortoise. – Tente pensar em alguma coisa. Volpina e Abelle vão com ela e tentem impedir aquela outra cópia de Yalef de chegar ao centro da cidade. – gritou já desaparecendo entre os prédios. – Estarei perto do Museu do Louvre!

As três garotas se entreolharam determinadas e ao mesmo tempo esperando um comando para seguir. Mais uma vez o destino unira suas forças contra o mal e, se o momento não fosse tão tenso, ambas estariam rindo naquele momento. Uma vaga lembrança da batalha contra Chat Blanc na Catedral de NotreDame sobreveio na mente de Marinette e mesmo estando nervosa permitiu-se dar um mínimo sorriso.

“Até parecemos as três mosqueteiras.”  Pensou sufocando uma risadinha.

— Volpina, você pode rastrear onde os nossos amigos e os monstros estão? Por onde eles passam? – pediu aguardando a raposa verificar o localizador de sua flauta.

— O que você está pensando em fazer? – Abelle indagou, se manifestando a primeira vez desde a criação de Yalef. Uma troca de olhares significativos foi a confirmação de que a abelha precisava. – Se você realmente tá pensando no que eu estou pensando...

— Então a nossa querida majestade vai ter uma surpresa. – Ladybug completou sua frase. – E para isso vamos precisar de toda a ajuda possível.

— Deixe-me adivinhar, você tem um plano? – a italiana brincou com um sorriso torto.

— Nós vamos fazer o seguinte... – a morena começou, fazendo com que suas palavras saíssem como um sussurro para as parceiras.

Em meio aquele cenário assombroso que estava ao redor das heroínas ninguém percebeu duas figuras misteriosas perseguindo o paradeiro da Rainha do Estilo e até, quem sabe, uma chance de conquistar coisas consideradas impossíveis.

***

Chat Noir estava no alto. Tão alto nos prédios de Paris que nem mesmo ele sabia onde estava.  Lá fora o céu ainda estava claro, ainda que com poucas nuvens escuras no céu. Mas aquilo não importava. Sentia-se longe, totalmente fora daquela realidade. Seu rosto era uma mistura de medo e perplexidade: seus olhos estavam vagando por todo o cômodo, mas sem dar a mínima atenção; seu maxilar estava rígido em contraste com uma respiração longa e descompassada. Aquilo tudo parecia um pesadelo. Um novo pesadelo e que parecia não ter fim.

As palavras ainda rodeavam sua mente. Estavam tão claras assim como estavam na última vez que o loiro as lera e soavam cada vez mais insuportáveis não importasse quantas vezes lesse o bilhete deixado em sua porta.

“Onde há fumaça, há fogo e onde existem amigos, também existem pessoas falsas. Cuidado com as aparências. Tartarugas são lentas, mas isso não a impedem de conseguir o que desejam.”  

Não fazia ideia de quem estava brincando com os seus sentimentos, mas tinha certeza de uma coisa: queria deixá-lo contra um de sua equipe a qualquer custo. E algo lhe dizia que esse alguém tinha alguma coisa relacionada ao garoto que aparecera na última pedra do oráculo que fora conquistada. Algo naquele encontro não lhe cheirava muito bem.

 Uma voz. Um círculo amarelo gigante. Willock atingido na direção de seu peito. O cristal negro havia sido partido ao meio e o grande monstro desaparecido logo em seguida. Aquilo foi o suficiente para Bridgette ficar com uma pulga atrás da orelha com a figura misteriosa que aparecera entre a equipe de sua prima. Arqueou uma sobrancelha e tirou uma foto do mais perto que pôde quando o desconhecido se virou para encarar os outros ao seu redor. Trajava um uniforme preto com vários detalhes dourados, algo bem distinto da roupa dos outros portadores dos miraculous. Em seu peito havia o desenho de uma águia e a letra “B” desenhada com capricho dentro. Mas o que mais chamou a atenção de todos foi um pingente exatamente igual ao que Chole carregava em seu pescoço.

— Antes que digam qualquer coisa, obrigado. – o loiro desconhecido disse ajudando a levantar Ladybug do chão.

— Obrigado? – Volpina indagou confusa.

— De nada. – o mesmo respondeu com um sorriso torto para a raposa. – Aquele monstro não foi nada mesmo. Já enfrentei coisas piores.

— O que te faz pensar que somos gratos por você? – Chat Noir perguntou secamente. – Afinal, quem é você?

— O meu nome é Bombz. Eu estou aqui para ajudar vocês a derrotarem Style Queen antes que ela dê as caras por aqui. – o garoto se apresentou formando mais uma vez o círculo mágico amarelo abaixo de si, como uma plataforma e levitando na frente da loira que adorava perturbar. – Aliás, o que seria da coroa de Órion se não fosse a minha ajuda para conseguir a pedra da coragem?

— Como sabe tudo isso? – Paon indagou desconfiada. – Porque só apareceu agora?

— Ah, vocês são muito questionadores. – Bombz resmungou olhando para a ruiva do grupo. – Na hora certa vocês vão descobrir o por que. Agora eu já vou indo. Tenho alguns assuntos para resolver. – disse lançando uma piscadela para Abelle e fazendo o grande círculo dourado abaixo de si desaparecer na direção oposta da cidade. – Au Revoir.

Precisava de uma pista. Algo que pudesse confirmar a sua fraca teoria da conspiração a respeito de tanta desconfiança. Uma resposta. Um jeito de acabar de vez com tanta culpa por não acreditar na sua própria namorada.

— Porque você não aparece de novo, hein Bombz?... – murmurou pegando seu bastão e ativando seu comunicador.

Estava sem sinal. Sem internet. A única coisa que funcionava era a sua própria localização, algo que não iria ajudar em muita coisa. Precisava encontrar Marinette. Pedir desculpas por estar tão indiferente com a mesma, tão grosso e trocando tão poucas palavras consigo. Precisava ser aquilo que ela mais precisava naquele momento: seu namorado.

Mas, antes que pudesse fazer qualquer movimento, Paris inteira estremeceu.

No horizonte, Chat Noir então pôde ver o motivo de tamanha movimentação da cidade: mais um monstro que Style Queen provavelmente lhes enviara. Um não. Três monstros exatamente iguais começavam a se espalhar em direções diferentes e causar destruição por onde passavam. A surpresa tomara conta de seus olhos e era uma coisa que o rapaz não conseguia retirar de lá. Respirou fundo algumas vezes e cerrou o punho que estava o bastão assim que viu seus parceiros de luta se separarem em várias direções. Era o seu dever ajudá-los. Afinal, ele não era um herói?

— Se eu fosse você não faria isso.

Aquela voz. Aquele mesmo tom folgado e irônico que se espalhava pelo ar. Infeliz.

— E quem seria você para me dizer se eu devo ou não fazer alguma coisa? – o gatuno perguntou, se virando com um sorriso no rosto e encarando a silhueta negra e dourada a sua frente.

A mesma devolveu o sorriso sarcástico para Adrien.

— Como já me apresentei antes, eu sou o Bombz. – o garoto loiro um pouco escuro que ele disse, dando uma pequena pausa. – E, bom, eu só dei um pequeno conselho. Mas... Se você quiser ser esmagado por uma pisada daquele tamanho ou então ser engolido e torturado pelos tentáculos daqueles monstros de cristal fica a vontade.

— O que eu preciso fazer para destruir aquelas coisas gigantes? – o herói indagou sem paciência para brincadeirinhas como aquela.

— A questão é: o que você não precisa fazer com algo que não existe? – Bombz respondeu se aproximando de onde o mesmo estava parado. Uma interrogação estava estampada em sua face. – Olhe além do que você vê e então saberá o que fazer para ajudar os seus amigos.

Então Adrien realmente já sabia o que fazer quando voltou a encarar aquilo que se passava á sua frente. Quando se deu por si já estava na metade do caminho onde o primeiro monstro estava e a silhueta daquele garoto ficava cada vez mais afastada de si, até sumir completamente sob os telhados dos prédios do centro da cidade.

Ele definitivamente estava pronto para dar o próximo passo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.