Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 22
Sombras de Uma Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! ^^

Bom, quero dizer que decidi terminar "Forever" com a mesma quantidade de capítulos de M.P.S., ou seja, 30 capítulos. :/ Então a partir de agora as coisas vão esquentar um pouco huehue :v

Bom capítulo pra vocês.



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Já passava das duas horas da tarde quando Kattie acabara de se arrumar para um passeio com seu melhor amigo. Louis. Tantas coisas haviam acontecido ultimamente que a garota nem mesmo tivera tempo de digerir o que se passava ao seu redor. Pedras mágicas, uma tia doidona querendo dominar o mundo, uma coroa mística, segredos do passado a tona e um novo integrante no grupo dos super-heróis faziam sua cabeça girar. Olhando para o espelho na parede de seu quarto a mesma suspirou.

Para uma pessoa que reclamara da calmaria após a derrota de Hawk Moth agora ela queria que tudo apenas se resolvesse.

Muitas cartas que estavam jogadas na mesa poderiam ser levadas por Style Queen e isso tomava conta de seus pensamentos.

— Porque está tão preocupada Kat?  – a voz do pequeno kwami azul ecoou pelo silêncio do quarto fazendo Kattie se virar e encarar o mesmo. – Você estava longe. O que aflige a sua alma?

— Muitas coisas Duusu. – respondeu se sentando à escrivaninha e entrelaçando as mãos. – Eu nunca pensei que um dia a minha cabeça fosse ficar tão cheia de acontecimentos ao mesmo tempo. É como se estivesse em um labirinto que não acaba nunca. Não consigo raciocinar direito.

— Talvez seja para você não usar a razão para esse desafio. – o pequeno ser soltou pousando nas mãos da ruiva. Ambos se olharam e então ele continuou: - Talvez a chave para todo esse tormento passar seja a sua emoção, seus sentimentos.

— Sentimentos são traiçoeiros Duusu. – Kattie disse olhando os olhos azuis do kwami. Eram iguais aos seus. – Assim como eles podem me ajudar, também podem me atrapalhar. Principalmente em relação a Style Queen. 

— Isso quer dizer que você também é apaixonada pelo seu amigo Louis, não é?

A garota sentiu o rosto esquentar por algum tempo e sua voz simplesmente desaparecera. Era incrível como aquele ser tão pequenino e tão recente na sua vida decifrava sua mente com tanta facilidade.  

Assentiu desviando o olhar do kwami azul para qualquer outro lugar de seu quarto.

— Não posso negar que sinto. – confessou sentindo um peso sair de suas costas. – Mas não sei se faria o certo dizer isso a ele. Pelo menos não agora. Eu não suportaria se algo acontecesse a ele por minha culpa.

— Você acha que amar alguém em silêncio é mais fácil do que vê-lo correndo perigo? – Duusu indagou a espera de uma resposta da garota.

Mas antes que a mesma pudesse responder a janela de seu quarto se abriu bruscamente, lhe atingindo com o vento frio de Paris e acelerando o seu coração com o susto. Ainda assustada a mesma protegeu seu kwami com ambas as mãos tentando adivinhar o que abrira o vidro da janela de seu quarto. Sua mente girou e um arrepio lhe subiu a espinha quando ouviu um sussurro em seus ouvidos.

“A ameaça está mais perto do se imagina... Cuidado com o que deseja, pois as palavras têm poder...”

Logo a mesma ouviu risadas por todo o quarto e a janela se fechou da mesma maneira com que fora aberta: sozinha.

Aquilo só podia significar uma coisa. Uma coisa que a mesma jamais desejara e que fazia seu coração parar com tal possibilidade. 

— Louis está em perigo. – murmurou saindo em disparada de seu quarto e desejando que tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto de alguém. – Vamos Duusu, acho que vamos precisar da ajuda de uma pequena amiga azul.

***

Bridgette estava na varanda da casa de sua prima olhando fixamente para o horizonte onde se encontrava a Catedral de NotreDame e ao longe a Torre Eiffel. Mas a morena não estava analisando ambos os pontos turísticos. Pelo contrário, sua mente viajava pelo passado relembrando as últimas lutas em que participou com seu parceiro. O seu Chat Noir. O mesmo estúpido que lhe roubara um beijo sem a sua permissão e que desaparecera tempos depois de seu ato. Seu sangue fervia enquanto se lembrava de tal momento que a mesma nem se dera conta quanto tempo estivera com o loiro em sua mente. Por mais que o odiasse Bridgette sabia que podia confiar no gatuno: o mesmo sempre estivera lá quando precisava lutar ou enfrentar os criminosos e delinquentes britânicos. E por mais que não quisesse admitir sentia uma falta enorme de ser a super-heroína de alguém. Sentia falta de ser amada por alguém, ainda que não fosse correspondido.

— Bridg, já está pronta para sairmos? – Marinette indagou aparecendo de repente no alçapão de onde estava. Mas a morena não ligara para sua existência ali e fez a mestiça continuar falando com o vento. - Eu estava tentando ligar na mansão Agreste, mas parece que Adrien não queria me atender e... – sua prima se interrompeu quando percebeu que não tivera nem um pingo de atenção. – Bridgette, você... Está bem? – nenhuma resposta. – Bridgette!

— O que? Quando? – a mesma se virou para a prima assustada com seu grito. Suspirou aliviada quando a percebeu ali presente. – Ah é você Mari. Desculpe ter te ignorado, estava... Pensando em algumas coisas. – revelou com um sorriso amarelo.

— No Félix, você quer dizer. – Marinette brincou se sentando na cadeira de praia ao seu lado.

— Também... – admitiu com um mínimo sorriso de canto. Mas o mesmo logo desapareceu. – Mas não só nele. Estava me lembrando dos tempos em que eu ainda era a Ladybug em Londres.

Um pequeno silêncio envolveu as duas, fazendo Bridgette desviar o seu olhar para as plantas que a prima cuidava em sua varanda.

— Você nunca me contou como o miraculous da criação veio parar nas minhas mãos. – Marinette comentou encarando a garota parecida consigo lhe lançar um olhar duvidoso. – O que aconteceu para que ele viesse até Paris? Bridg, eu preciso saber da verdade.

Após alguns minutos pensando se aquilo era o certo a se fazer a garota suspirou vencida.

— Tudo bem, eu vou te contar.

***

“Eu e a Ladybug fazíamos parte da última equipe do Mestre Fu. Há muito tempo nós já havíamos enfrentado Style Queen e com a ajuda do melhor amigo dele, portador do miraculous da borboleta, conseguimos derrotar a Rainha do Estilo e aprisioná-la numa dimensão mágica, onde ela só seria liberta com a ajuda das sete estrelas. Perdi muitos companheiros de luta naquele combate, assim como Niakamo-Fu.

 Somente nós três sobrevivemos.

Então para superar a dor, achamos melhor que os super-heróis simplesmente desaparecessem de Londres e que a partir dai virassem apenas lendas. O que o Mestre Fu não sabia é que alguém encontraria o miraculous do seu melhor amigo e o usaria para o mal.

Hawk Moth então não se tornara uma nova ameaça apenas, mas uma grande cicatriz para o portador do miraculous da tartaruga.

Sendo assim ele foi obrigado a escolher outra Ladybug e outro Chat Noir aqui em Paris, onde ele pensou que tudo seria... normal de novo.”

— Eu não fazia ideia que a história do Mestre Fu era assim tão triste. – Adrien comentou impactado com tal revelação do irmão mais velho.

Ambos estavam conversando no quarto de Félix, onde o loiro havia contado há poucos minutos o motivo de sua repentina volta para casa após anos de estudo no exterior. Entre diversos outros assuntos, Adrien havia deixado escapar a sua curiosidade sobre o passado do mesmo e o obrigando a contar tudo o que sabia. Talvez até mesmo se aproximar do próprio irmão.

— Eu também me pergunto até hoje como ele conseguiu guardar tanta coisa para ele mesmo por tanto tempo. – o loiro de olhos azuis disse encarando a Torre Eiffel pela janela de seu quarto. Ficara distante por alguns momentos. – Eu não conseguiria. – acrescentou um murmúrio.

— Você já tentou procurar por ela? – Adrien indagou não contendo a sua curiosidade. – Tipo, não acha que ela possa ser alguém que esteja próxima de você? Alguém que você conhece?

O adolescente pensou por um momento. A possibilidade da garota por quem era apaixonado por tanto tempo estar próxima de si era tentadora demais para sua mente. E se ela estivesse em algum lugar fora de Londres também? Ou melhor, e se estivesse em algum lugar de Paris mesmo? E se ela estivesse bem diante de seus olhos, mas que ele não a conseguira enxergar? Possibilidades e possibilidades. Será que seu irmão estava mesmo certo? O que o mesmo sabia e queria dizer com aquilo? Ele sabia onde sua joaninha estava? Ele sabia quem era ela?

A dúvida ficara estampada no seu rosto enquanto o irmão mais novo aguardava um sinal de vida.

— O que você quer dizer com isso? – rebateu a pergunta arqueando a sobrancelha.

— Bom... Eu jamais imaginava que Marinette fosse a Ladybug, mas sempre havia sido ela. – explicou coçando a nuca um pouco nervoso. – Ela e Ladybug tinham muita coisa em comum. O cabelo, a aparência, os olhos... Talvez a sua parceira também tenha algo parecido com alguém que você conhece. Mas é apenas uma opinião, óbvio.

Félix refletira por um minuto e sentiu o coração disparar quando associara sua heroína a outra pessoa. Não podia ser ela.

— Tem uma... Mas eu acho impossível que seja ela. – respondeu fechando a expressão.

— E quem seria? – Adrien indagou curioso.

— A prima da sua namorada, Bridgette. – respondeu com um suspiro frustrado. – Mas tenho quase certeza que jamais poderia ser ela.

— As aparências enganam irmão. – rebateu lançando um olhar cúmplice para o mesmo.

Mas antes que o loiro pudesse questioná-lo a campainha soou.

Uma visita inesperada lhes aguardava e com ela o destino de ambos os irmãos.  


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