Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 18
"É pra isso que servem os amigos!"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas da madruga! ^^ Sim gente eu demorei. Aquele costumeiro POUQUIIIIINHOOOO.... de não sei quantos dias :v

Eu sei que disse que não iria demorar a postar, eu sei, o problema é que terça e quarta eu tive Simulado na minha escola e passei o dia inteiro fazendo prova (hoje também :v). Ai eu fui no dentista ontem, tô morrendo de dor de dente por conta que coloquei o aparelho fixo de novo (sim, eu tinha tirado antes e coloquei de novo :v) então se vocês encontrarem algum erro já sabem né?

Boa madrugada a todos e até sábado. (Ou não :v)



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Uma semana havia se passado desde o incidente que acontecera na cidade de Paris e Willock, o monstro que Style Queen havia enviado para a equipe de heróis. O clima na cidade nunca havia se tornado tão inseguro desde os ataques de Hawk Moth no ano anterior e todos se preocupavam com a sua segurança por onde andavam. Ninguém sabia o que realmente estava acontecendo, mas uma coisa era certa: nada daquilo era um bom sinal. Um bom exemplo disso era a família Dupain Cheng. Ninguém estava mais preocupado com as coisas do que Marinette. A garota zelava dia após dia pelo bem estar dos pais até mesmo chegou a acompanhá-los em tudo o que faziam na padaria desde simples compras a enormes encomendas. Nem Tom nem Sabine sabiam o que fazer em relação a tantos cuidados exagerados que já estavam passando dos limites. 

Então, como um milagre, ambos descobriram como despistar a única filha e voltar a suas vidas normais.

Numa bela tarde de quarta-feira enquanto terminavam um bolo de festa para o outro lado da cidade Louis apareceu de surpresa na padaria dos pais da garota, os livrando de tanta pressão que a mesma lhes colocava sem perceber.

— Olá senhor e senhora Cheng. – o garoto cumprimentou sem jeito enquanto entrava na casa da família. – Me desculpem aparecer sem avisar, mas eu precisava muito falar com a sua filha.

— Oh querido não se preocupe. – Sabine o tranquilizou com um calmo sorriso. – Nós já estamos terminando esse pedido e já vou chamá-la. Fique a vontade.

— Obrigada senhora Cheng, mas tem certeza que não incomodo em nada? – Louis perguntou ainda um pouco desconfortável por aparecer tão de repente. – Se preferir eu posso voltar mais tarde.

— Fique tranquilo garoto. –Tom pediu dando uma gargalhada com sua cara nervosa. – Como minha mulher já lhe disse você não está nos atrapalhando em nada. Aliás, precisamos mesmo de alguém que distraia Marinette. Ela anda muito preocupada e... Protetora conosco ultimamente.

— Com esses últimos acontecimentos em Paris ela quer que estejamos bem e fora de qualquer tipo de perigo. – Sabine explicou desamarrando o avental sujo de glacê cor de laranja. – Eu vou lá encima chamá-la. – parou nos primeiros degraus estreitando os olhos para o moreno.

— Louis. – se apresentou.

— Louis. – a mulher repetiu dando uma última olhada no rapaz que queria falar com a sua filha. Logo havia desaparecido escada acima.

— Então... De onde você conhece a minha filha? – o pai de Marinette indagou lavando as mãos. – É amigo dela desde quando?

— Nós nos conhecemos no final do ano passado. – respondeu olhando na direção do mesmo. – Eu sou o melhor amigo de outra colega da Mari. Acabamos nos tornando amigos também.  

— E suponho que você saiba que minha filhinha tem um namorado, não? – Tom indagou direto.

— Eu sei sim senhor... – Louis disse voltando a ficar desconfortável a frente do grande homem a sua frente.

— Pai, para de colocar pressão nos meus amigos.

Era ela. Finalmente alguém o livraria de tamanha situação embaraçosa que se metera por acaso. Olhou para a escada no canto da parede e lá estava Marinette descendo atrás de sua mãe. Deu um suspiro de alívio quando viu o homem dar uma gargalhada na direção da morena.

— Eu só estava brincando querida. – afirmou com um sorriso calmo no rosto. – Agora deixe-nos levar essa belezinha para a padaria antes que alguma coisa aconteça e voe bolo para todos os lados.

— Tem certeza que não precisam de ajuda? – a garota perguntou receosa. - Isso está muito pesado para vocês, eu posso...

— Não! – Sabine exclamou assustando os presentes. Um pouco sem graça, tentou contornar a situação: - Não meu amor, você tem visita. O seu amigo veio aqui só para falar com você. Deixe que eu e seu pai cuidarmos da encomenda.

— Confie em nós Marinette. – seu pai lhe pediu, fazendo com que a mesma desse um suspiro derrotada.

— Está certo. – disse olhando para o garoto ali presente. – Venha comigo Louis.

***

O quarto de Marinette havia se transformado desde que fora obrigada a dividir o mesmo com sua prima recém-chegada do país britânico. Além de suas antigas fotos e recortes de revistas pelas paredes de Adrien, existiam também as fotos de todos os seus amigos que a garota tirara durante o ano que se passara até ali. Várias fotos com Kattie, Alya, Nino e Adrien, se destacavam entre tantas outras surpresas que existiam no amplo cômodo da casa e que fez Louis se sentir um peixe fora d’água. Literalmente: eram pouquíssimas fotos em que estava presente. O contrário de seu quarto onde sempre havia duas ou mais fotos novas que tirava com sua melhor amiga ao longo da semana. Talvez se não fosse por Wayzz e Tikki serem reconhecidos por seu cérebro e por suas lembranças de curto prazo ele certamente ficaria mais deslocado com aquela isolação.

Ah, Kattie... Ela era o motivo de sua visita a entidade civil de Ladybug. A pergunta era... Realmente teria sido uma boa ideia?

Realmente havia sido uma boa ideia finalmente sair da tão conhecida Friendzone e seguir adiante? Tentar finalmente demonstrar os seus sentimentos?

— Então. – Marinette disse se sentando em sua cadeira de rodinhas e empurrando outra na direção do moreno ainda submerso em dúvidas. O mesmo apanhou o assento com certa hesitação e se sentou. Estava nervoso mais uma vez. – O que te traz aqui minha pequena tartaruga?

— Bom... – Louis começou passando a mão no cabelo. Olhou para um lado. Olhou para o outro. A morena aguardava uma resposta a sua frente. – Resumidamente eu... Eu vim aqui te pedir para me ajudar com uma coisa.

— Que coisa? – a mestiça rebateu curiosa. Percebeu que alguma coisa ali estava suspeita.

— B-bom... Com uma garota. – revelou sentindo o rosto começar a esquentar.

— Uma garota? – Marinette repetiu com um pequeno tom de malícia em sua voz. – Veja só... Quem diria que uma tartaruga se apaixonaria um dia. Deixe-me adivinhar. Essa garota seria a Kattie? – perguntou com um sorriso divertido.

O portador do miraculous da tartaruga sentiu o seu mundo cair. Como ela sabia? Será que ficava tão na cara assim? Será que qualquer um podia ver que ele sentia mesmo algo pela canadense?

Se antes sentiu o rosto esquentar agora ele se assemelhava com um vulcão em plena erupção. Uma erupção de emoções que queriam ser jogadas para fora de seu corpo.

— C-como você sabe que é ela? – indagou tentando soar calmo. Não havia dado certo. – Está tão óbvio assim?

— Claro que não Louis. – Marinette assegurou aproximando ambas as cadeiras sorridente. – Mas, por favor, eu não sou cega. Dá pra notar o brilho nos seus olhos quando vocês estão juntos. Quando vocês estão juntos na luta e ela te trata como um super-herói incrível que você é. – explicou segurando o pingente de “Adri” em suas mãos. – Digamos que eu sei como ela se sente.

— O mestre Adrien também era assim quando vocês estavam em luta? – Wayzz, o kwami da tartaruga perguntou próximo a tela do aparelho eletrônico.

— Não, o Adrien era muito pior como Chat Noir. Ele literalmente se jogava em cima de mim em luta. – retrucou lembrando-se de várias vezes que o loiro lhe cantava em plenas cenas de batalhas contra Hawk Moth e seus akumas. Não pôde deixar de soltar uma risadinha. – Mas eu acredito que você não se sinta diferente dele. E é por isso que eu vou te ajudar a se declarar para ela.

— Você faria isso por mim? – Louis indagou com o coração aos pulos dentro do peito.

— Claro. – disse encarando o computador inicializar lentamente. Tikki havia pousado em um dos lados da tela e lhe encarava. – Afinal, eu adoro quando posso ajudar um casal apaixonado a ficarem juntos e...

Não conseguiu terminar a frase. Antes que pudesse fazer qualquer coisa foi surpreendida com um abraço estilo urso do moreno e a deixou completamente encabulada diante de tal situação que se encontrava.

— Você é a melhor amiga que alguém poderia ter Marinette, obrigado! – o ouviu exclamar um pouco esganiçado pela emoção.

— É para isso que servem os amigos. – murmurou após o garoto lhe largar no chão novamente e voltar para frente de seu computador. – Então vamos lá. O que você mais gosta na Kattie?

— Ah, tá ai uma coisa difícil. – Louis disse se levantando e indo na direção da janela do quarto de sua amiga. Pensou em várias situações que já havia presenciado ao seu lado e sorriu. – Eu gosto do sorriso dela. O jeito como ela trata as pessoas a sua volta, a sua gentileza... Ou então quando ela pinta o horizonte em seus quadros com a Grace os deixando belíssimos, quando éramos pequenos e ela não penteava o cabelo e eu zoava com a cara dela. A sua voz maravilhosa quando apostamos quem canta melhor em inglês no karaokê ou quando a gente fica olhando para o céu tentando encontrar constelações novas... – deu uma pausa ao encarar o céu azul das tardes agora ensolaradas de Paris. – E os seus olhos. Os olhos mais lindos que eu já vi em toda a minha vida...

— Você é realmente apaixonado por ela não é Louis? – a mestiça disse com um sorriso torto na direção onde o amigo estava. O mesmo alargou o seu sorriso.

— Apaixonado é pouco Mari. – respondeu já não se importando mais com o rosto corado. – Eu amo aquela garota.

— Então eu já sei o que vamos fazer.

***

— É só isso Louis. – Marinette terminou de explicar o plano que escrevera no papel para o moreno. – E quando for perceber vocês já estarão juntos sem nenhum problema.

Eram quatro e meia da tarde. Ambos haviam passado mais de duas horas conversando sobre tudo o que a escolhida do garoto gostava e não gostava para que, no fim, a mestiça finalmente conseguisse planejar uma declaração de amor que a agradasse. Pelo menos era o que ela esperava. Estava decidido: ele convidaria Kattie para dar uma volta e ambos iriam até as margens do Rio Sena, onde, em algum lugar estaria Marinette escondida, pronta para gravar a música que Louis cantaria para a ruiva e que depois faria sua declaração do que realmente sente pela garota.

Era infalível.

E se alguma coisa desse errado, Louis agilmente cantaria com sua própria voz e com seu violão que também irá presenciar esse momento tão esperado para o mesmo.

— Você acha que ela pode me dizer não? – perguntou duvidoso. Afinal, ela nunca afirmara que sentia o mesmo que ele e isso o trazia uma imensa insegurança.

— Não vou mentir pra você. – a morena respondeu encarando o companheiro da equipe preocupado. – Há uma possibilidade disto acontecer, mas não precisa ficar com medo. Ela vai dizer sim, porque todo mundo pode ver que ela sente sim alguma coisa por você. A Kattie só não admite. – terminou com um tom convincente. – E se ela dizer não há muitas outras garotas que adorariam conhecer um garoto legal, fiel e divertido como você. O mundo não é feito só de “Kattie’s”.

— Muito obrigado mesmo Mari. – Louis agradeceu se levantando junto com a morena. – Você é mesmo demais.

— Eu sei querido eu sei disso. – brincou ao receber mais um abraço apertado do mesmo. Ambos riram ao se separarem. – Eu te acompanho até a porta.

A autoestima de Louis havia sido totalmente renovada e o garoto estava prestes a explodir de ansiedade enquanto os dois se dirigiam a porta da casa de Marinette. Se tudo o que sua líder havia planejado realmente desse certo ele ficaria lhe devendo um grande favor. Um favor que talvez ele já soubesse como retribuir. Ao dar o seu último costumeiro e educado gesto de despedida o garoto não reparou uma sombra no parapeito da janela de sua amiga. Uma sombra que lhe era familiar, mas que não deu muita importância quando a perdeu de vista e foi embora rumo a sua casa.

— Não esqueça: esse será o nosso segredo! – gritou quando já estava no fim das escadas de sua casa.

Só quando a mestiça voltou para o seu quarto é que notou algo diferente. Sua janela estava aberta. Estranhou.

— Eu podia jurar que essa janela estava fechada. – murmurou enquanto a trancava por dentro.

— E ela estava.

Virou-se com um pulo para trás e tentou segurar um grito que queria soar em sua garganta, o engolindo rapidamente depois que vira quem é que estava ali. Sentado em sua cama com a expressão séria estava Chat Noir.

— Adrien, você quer me matar do coração? – disse esfregando o coração acelerado em um tom de brincadeira. – Você sabia que isso é realmente perigoso? Eu li uma vez...

— Que segredo há entre você e o Louis? – o mesmo indagou, a interrompendo secamente.


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