Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 16
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

OOOOOEEEE PESSOAL! ^d^

A Musa de vocês está de volta com mais um capítulo! NÃO! Não apontem suas facas, nem tesouras, canivetes nada disso pra cima de mim! T-T
Eu peço desculpas pela demora: eu JURO que tentei postar esse capítulo ontem mas o infeliz do meu computador deu pau e apagou tudo o que eu tinha escrito. O resultado? Precisei escrever tudinho de novo hoje então me perdoem se existir algum errinho de português, ele pode ter me passado despercebido.

Antes que essa garota aqui seja morta por seus leitores... Eis o capítulo de hoje. ;-)



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Estava anoitecendo quando Marinette chegou em casa naquele mesmo dia. Estava se sentindo a pior pessoa do mundo e sua consciência continuava a pesar desde que deixara o parque há alguns minutos atrás. Havia cometido uma injustiça e tanto na frente de seus parceiros.

 - Não negue Chole. – a morena o interrompeu continuando a pequena discussão. – Desde que éramos pequenas você sempre foi assim, sempre deixou que o orgulho e a sua melhor condição financeira falassem mais alto, julgando cada um que atravessasse a rua ou qualquer um que fazia algo errado. Desde a separação dos seus pais você sempre disse que mudaria, que sempre faria por onde para ser uma garota melhor...

— Pare de falar da minha família! Isso não tem nada a ver com que estamos discutindo! – Chole gritou sentindo os olhos saltarem das órbitas. Queria sair dali o mais rápido possível e nunca mais revirar o passado. Cada ato feria seu interior e a cicatriz já havia se tornado grande demais para voltar a sangrar novamente. – Se eu não tivesse mudado como sempre disse não estaria aqui agora olhando para a sua cara de desconfiança! Não estaria metida em toda essa situação! Você gostando ou não eu faço parte do seu grupo de amigos e você querendo ou não eu irei continuar a procurar as sete pedras do oráculo sim. – esclareceu ainda com o tom de voz elevado andando a passos largos até a saída do parque mais próxima de Lila. – Mesmo quando todos duvidavam, eu confiei na Ladybug.

Foi na direção de seu quarto e trancou o alçapão atrás de si. Não queria ver mais ninguém aquele dia. Precisava pensar. Precisava tomar uma atitude. Mas o que? O que poderia fazer para se desculpar com Cholé? Sem perceber a garota deixou que algumas lágrimas escorressem por seu rosto e molhassem a escrivaninha em que se apoiava. O que Mestre Fu diria sobre a heroína exemplo de Paris agora? Sabia que o chinês certamente estaria decepcionado com ela e sua consciência pesou ainda mais.

“Parabéns Marinette. Que exemplo de líder você é.” Se reprovou mentamente enquanto enxugava o rosto.

— Marinette? Você está ai? – ouviu alguém perguntar tocando levemente na “porta” de seu quarto. – Está tudo bem prima?

— Vai embora Bridgette. – a mesma pediu se levantando indo em direção a sua cama e se jogando sobre ela. – Eu quero ficar sozinha. Será que...

Houve um estrondo e o alçapão do quarto de Marinette ficou escancarado, revelando uma jovem de quase vinte anos de braços cruzados e olhos fuziladores para si. Fazendo cara de surpresa e emburrada a morena virou de costas para a prima, fingindo não vê-la ali. Sentiu as mãos da garota a tocarem e dar um suspiro do outro lado da cama.

— Primeiro de tudo, você não me respondeu se está bem e depois: você jamais vai ficar sozinha enquanto eu estiver confinada a essa casa. – disse convencê-la que o melhor a se fazer era dizer o que estava acontecendo. – Prima, me diga o que está havendo. Você vai se sentir melhor se conversar com alguém.

— Como eu posso acreditar em você depois de você ameaçar mandar uma semi nudes minha para o Adrien e o pai dele? – a morena indagou voltando a encarar a jovem a sua frente. Um sorriso sem graça saiu da mesma e fez Marinette arquear uma sobrancelha.

— Você realmente achou que eu iria fazer aquilo? – perguntou com um pequeno sorriso. – Mari, eu posso ser um pouco estranha, mas sei que existem limites para todas as coisas e... Não mude de assunto. Diga logo o que está acontecendo.

— Certo. Você venceu. – se rendeu sentando na frente da mais velha. – Eu tive uma discussão com a Chole na frente dos meus amigos.

— Chole? Chole Bourgeios? – Bridgette repetiu surpresa. – A mesma Chole Bourgeios que te odiava na fundamental?

— Exatamente. – Marinette afirmou suspirando mais uma vez. – Acontece que ela nem sempre me odiou Bridg.

— Como assim prima? – a garota perguntou assustada. – Me explica isso direito.

Nós tínhamos cinco anos de idade quando nos conhecemos.

 Era uma tarde ensolarada e estávamos no fim das aulas da escolinha Thyron Gupont, perto do centro da cidade. Me lembro muito bem de ter visto a Chole sozinha no pátio enquanto assistia todas as outras crianças irem embora com seus pais, como se fosse algo muito diferente para ela. Sem medir nenhum esforço eu fui até lá conversar com ela. Tentei fazer o que qualquer um faria no meu lugar: ser uma amiga. Me ignorou bastante no início confesso, mas aos poucos eu consegui puxar assunto com ela com a ajuda dos bolinhos recheados da padaria.

— Nossa eles são mesmo muito bons! – Chole exclamou sorrindo para Marinette. Era a primeira vez que a vira sorrir.

— Meus pais que fizeram. Se você quiser posso trazer mais pra você amanhã. – a morena disse com a boca cheia de doce, fazendo a loira dar uma gargalhada para ela. – Qual o seu nome?

— Sou Chole Bourgeios, filha do futuro prefeito de Paris. – respondeu sorridente e a garota sorriu também. – E você, qual o seu nome?

— Marinette. – respondeu se sentando ao lado da mesma. – Acha que nós podemos ser amigas Chole?

— Eu nunca tive amigos. – a loira comentou com a cabeça baixa.

— Então eu vou te mostrar como é legal. – Marinette respondeu segurando sua mão com confiança.

Daquele dia em diante nós não nos desgrudávamos mais. Quase todo fim de semana uma ia na casa da outra para brincarmos e nos divertir juntas. Éramos melhores amigas naquela época.

Me lembro vagamente de um dia que nós duas nos encontramos na escola e estávamos conversando sobre o que iríamos ganhar de presente de dia das crianças. A gente mal sabia que as coisas iriam mudar muito a partir dali.

— Eu pedi pro meu pai o último lançamento dos óculos escuros da minha loja favorita de Paris. – a loira contou para a garota enquanto esperavam seus pais chegarem. – Ai Mari é demais, dá até mesmo para escolher a cor da lente dos óculos. Eu posso escolher rosa! – exclamou animada pulando num dos bancos da escola. Ambas estavam no intervalo comendo seus lanches e isoladas do resto da escola até Chole voltar a olhar a amiga ao seu lado. – E você? O que vai ganhar dos seus pais? Um pônei?

— Não. – respondeu rindo. – Um caderno de adesivos brilhantes, mas também não é só isso.

— Deixe-me adivinhar... Seria o passeio de barco que a minha mãe vai fazer para nós duas lá no rio Sena? – Chole perguntou com um sorriso maroto.

— Eu ainda não acredito que a tia Stella ameaçou aquele cara só porque ele não queria fazer o trabalho pra ela. – Marinette comentou gargalhando da atitude da mãe da garota.

— Como ela disse pra aquele cara: “Você acha mesmo que Stella Bourgeios vai desistir assim tão fácil desse seu misero barquinho? O meu marido pode comprar ele e até mesmo te colocar atrás das grades se não marcar o passeio de barco para aminha filha e a amiguinha dela imediatamente!” – Chole disse imitando a voz que a mulher havia usado com o barqueiro francês.

Após uma crise de risadas com tal acontecimento o silêncio invadiu as duas garotas. Talvez fosse para escolher palavras certas para continuar a falar, ou uma das duas se engasgara com seu próprio lanche ou só estavam recuperando o ar perdido nas gargalhadas.

— Mari... – a loira chamou hesitante.

— Pode falar Chole.

— Nós vamos ser melhores amigas pra sempre não é? – perguntou olhando para a morena e levantando o dedo midinho para o alto.

— Claro que sim. – Marinette afirmou sorridente e apertou o seu midinho com o da mesma.

Pra sempre e pra sempre.

— Não me lembro de nada disso. – Bridgette disse ouvindo sua prima falar de seu passado.

— Você apareceu no ano seguinte por isso nunca soube disso. – a morena explicou, com o pensamento distante dali. – E então pouco tempo depois ela se afastou e começou a me odiar.

— Por quê? – a mesma indagou curiosa. – Vocês pareciam tão unidas.

— O motivo foram os pais dela... – Marinette começou encarando a janela do quarto. - Depois de alguns meses a Chole descobriu que os pais haviam se separado. Pior: sua mãe descobrira isso sozinha, pegando os dois em flagrante dentro do luxuoso hotel Le Grand Paris e em seu próprio quarto. E como na época ela ainda era jovem e muito bonita, não hesitou nem um pouco quando saiu daquele casamento. Nem mesmo quando deixou a própria filha para trás.

— E-eu não fazia ideia que a Chole... a Chole que você sempre reclamava que te aloprava e te enchia o saco no colégio tinha uma história tão triste assim na família dela. – sua prima comentou se levantando da cama ainda em estado de choque. – Meu Deus...

— E o pior de tudo foi que eu pisei no calo dela hoje na discussão que eu te falei. – disse afundando o rosto no travesseiro abaixo de si, desapontada com si mesma. – Eu sou eu ser humano horrível.  

— Não Mari. – Bridgette negou tocando o coração com um ar misterioso. – Existem pessoas piores do eu você no mundo, isso eu posso te garantir.

O quarto ficou imóvel e Marinette não pôde deixar de levantar seu rosto para encarar a morena. Do que estava falando? Existia algo a mais que sua prima ainda não havia lhe contado? Porque estava sendo tão misteriosa desde que voltara a Paris? O que realmente aconteceu para que ela voltasse tão estranha de Londres? O que Bridgette estava escondendo de si?

— Bridg, o que realmente houve enquanto você estava na Inglaterra? – soltou séria.

Aquele era o momento de saber quem era aquela Dupain-Cheng de verdade.

— Acho que está mais que na hora de você saber. – respondeu séria também. – Mas antes quero que você prometa que não vai contar nada para ninguém. É super confidencial e ninguém além de você pode saber.

— Tá eu prometo, mas pode parar com tanto mistério? – Marinette indagou impaciente, fazendo Bridgette se virar e encará-la novamente.

— Eu fui contratada pelo governo britânico para encontrar um artefato histórico muito importante para toda a história do mundo que foi roubado e foi trazido pra cá. Para Paris. – explicou observando a expressão de sua familiar. – Trata-se de um cetro que pertence a lendas inglesas e que o governo insiste que é mágico e que pode destruir toda a humanidade em breve.

— Cetro? – a garota repetiu arqueando as sobrancelhas. Aquela história estava ridícula. – Você tá zoando com a minha cara Bridg? Porque se estiver você pode...

— Eu estou falando a verdade Marinette. – interrompeu com a expressão fechada. – Eles me escolheram depois que eu ganhei um prêmio de melhor cozinheira da universidade em que estava estudando entre outras coisas a parte e...

— E porque eu acreditaria numa história esquisita como essa prima? – Marinette perguntou arqueando uma sobrancelha, duvidosa com a desculpa da mesma a sua frente. – Você pode me provar que isso tudo é verdade?

— Sim, eu posso.

— Ah é? Como Bridg? – a mestiça perguntou ironicamente.

— Tudo aquilo que eu disse é verdade. – Bridgette assegurou mais uma vez e cruzou os braços com um pequeno sorriso para a prima. – Assim como o segredo que você é a Ladybug também é verdade.


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