Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 15
A Pedra do Oráculo.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoal! Novo capítulo saindo do forno! Me desculpem se houver algum erro, escrevi ontem a noite até altas horas da madrugada. ^^'

Só tenho uma coisa a dizer para todos: a chapa vai começar a esquentar.



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— Lila querida, que bom que você chegou! – Francisca disse abraçando a garota após a mesma colocar as malas no chão do aeroporto de Paris. – Eu fiquei muito preocupada quando vi que o avião que quase sofreu um acidente era o mesmo avião que você estava. Eu quase te perdi bambina...

— Eu estou bem tia... De verdade. – Lila assegurou após ser solta de um abraço sufocante da mulher. – Como você mesmo me disse: uma Rossi é vaso ruim que não quebra.

— Então é isso que você ensinou para a minha filha enquanto ela morava aqui? A menosprezar o nome de sua própria familia? – Mario indagou se aproximando de ambas com uma expressão nem um pouco amigável no rosto. Ao seu lado estava Sandro, ciente que não era uma boa hora para questionar o que estava acontecendo ali. – Eu achei que você fosse melhor do que isso Francisca.

— Olá para você também Mário. – a mesma cumprimentou com um sorriso irônico no rosto. O sotaque predominava em sua fala ao lado do italiano. – Que milagre você por aqui. Se divorciou da minha irmãzinha e veio alugar minha casa?

— Na verdade tia ele fez questão de vir comigo na viagem de Florença pra cá. – Lila interviu segundo na mão do melhor amigo e dando um pequeno sorriso. – Esse aqui é o Sandro, o garoto que a gente conversava pelo computador tia.

— É um prazer conhecê-la senhorita. – o garoto cumprimentou, estendendo a mão para a morena sorridente. – Lila me falou muito de você enquanto conversávamos no set.

— O prazer é todo meu querido. – respondeu dando uma rápida olhada cúmplice de “Esse Sandro?” para a sobrinha. A mesma assentiu com a cabeça e deu uma leve gargalhada. – Lila e eu conversávamos muito sobre você. Mas o mais me impressionou foi o seu patrão vir junto com você. Ele é o segurança que separa vocês dois se fizerem algo de errado?

— Perdão? – Sandro balbuciou confuso. O que ela queria dizer com aquilo?

— Se você realmente imaginou que Lila viajaria sozinha para a França para ficar com uma mera fotógrafa como você, está muitíssimo enganada. – respondeu, tornando o clima entre ambos tenso.

— Sabe Mário, eu achei que com a sua única filha de volta em casa você e a minha irmã mudariam a relação de sua família. Parece que não foi o que aconteceu não é mesmo? Foi preciso um avião quase cair para você ver o quão importante a sua filha é para você, para você dizer a amava. – a mulher rebateu elevando seu tom de voz calmamente. – Afinal me diga, quantas vezes você disse isso para ela? Para a sua própria esposa? – Francisca perguntou, atingindo o ponto fraco do homem a sua frente e fazendo sua dura expressão facial amolecer um pouco. O encarou profundamente e prosseguiu: - Lila merece alguém que a ame do jeito que ela é, não do jeito de vocês. Aqui ela é feliz, não importa se eu sou uma fotógrafa comum ou uma modelo famosa que viaja pelo mundo. E é apenas por ela, que eu vou te aceitar na minha casa até as suas férias e ela voltar a estudar no Françoise Dupont. – esclareceu virando-se para pegar as malas e começou a caminhar para fora do saguão de desembarque. – Em Paris, eu é que comando essa família.

***

— Mestre Fu? – Lila chamou, abrindo com receio a porta da sala de ioga do velho chinês. – Tem alguém ai?

Olhando com cuidado para todos os lados da pequena sala do lugar que estivera pouquíssimas vezes e observou a simples decoração do lugar. Várias lanternas chinesas estavam penduradas pelos cantos da sala e traziam um ar relaxante ao ambiente. Esteiras coloridas se encontravam pelo chão e uma cama de massagem estava bem esticada esperando o próximo cliente que deitaria sob si. O cheiro perfumado de incenso de flores e o som de uma pequena fonte de água jorrando próxima a porta de entrada completavam o cenário que os clientes de Niakamo-Fu encontravam quando compareciam em suas sessões semanais com o misterioso senhor. Não pôde deixar de reparar em algo que chamou muito a sua atenção: uma vitrola antiga com vários detalhes e desenhos chineses em vermelho.

“Provavelmente deve ser chinesa. Pelo estado que está deve ter sido passada de geração em geração.” Pensou, tocando levemente o objeto com os dedos.

— Sabia que seguiria meu conselho jovem Volpina.

Aquela voz. Aquele mesmo jeito de aparecer subitamente pelas suas costas. Um sorriso largo se formou em seus lábios. O reconheceria em qualquer lugar.

— Se nunca reparou Mestre Fu... – começou se virando para o mesmo sentado em uma das esteiras do chão, na posição de meditação profunda e a expressão calma em seu rosto. – Raposas sempre voltam para buscar aquilo que são delas.

— Você foi sábia em escutar o que o seu coração estava lhe dizendo Lila. – o chinês afirmou ainda de olhos fechados. – Mas agora terá de fazer uma escolha importante.

— E qual seria mestre? – Lila perguntou se ajoelhando na frente do mesmo. – Diga-me o que eu preciso fazer.

— Ao voltar a Paris você colocou em risco a vida de sua família, dos seus amigos e principalmente a sua. – Mestre Fu revelou abrindo os olhos e continuando com seriedade: - Os membros de sua equipe não subsistirão as provas de Style Queen. Se Volpina você voltar a ser, seu destino igual ao deles será. É isso mesmo o que você deseja?

— Com todo o respeito mestre, quando ninguém acreditava em mim eles foram os únicos que permaneceram do meu lado. Quando eu ganhei o miraculous da raposa e Ladybug não confiava em mim, Abelle e os outros me apoiaram, me incentivaram a superar tudo o que tinha acontecido e seguir em frente. – Lila relembrou abaixando o olhar aos poucos. – Mesmo depois de os ter traído eles permaneceram do meu lado. Eu devo isso a eles e... Por mais que eu não queira admitir, preciso conquistar uma pessoa importante que eu perdi por causa de Hawk Moth.

— Sua resposta do coração saiu. – o chinês disse dando um pequeno sorriso e estendendo uma das mãos onde continha uma pequena caixinha preta e vermelha. – A chance de mudar seu destino em suas mãos está a partir de agora.

Dando um suspiro, ainda surpresa com o comentário de seu mestre, Lila tomou a pequena caixa das mãos de Niakamo-Fu. O seu miraculous estava em suas mãos novamente e diversas lembranças voltavam em sua mente. Principalmente a promessa que fizera a Ladybug e que agora iria quebrar por um bem maior. Abriu o objeto em suas mãos e logo uma esfera alaranjada surgiu diante de si, ofuscando sua visão momentaneamente. Logo, diante de si, estava a criatura mais chata, resmungona, traiçoeira e adorável de todas: sua kwami da raposa, Trixx. A pequenina ser alaranjada deu um sorriso desdenhoso e encarou Mestre Fu em seguida.

— Eu não disse que ela voltaria? – disse fazendo ambos darem uma gargalhada.

— Pare Trixx. – Lila pediu lhe mostrando a língua. – Vai me dizer também que não sentiu nem um pouquinho de saudade de mim, é isso?

— Não, nem um pouco. – a mesma respondeu arqueando uma sobrancelha e dando um sorrisinho travesso. Com um movimento rápido voou em direção ao rosto da italiana e o “abraçou”. – Nunca mais faça isso de novo ouviu? NUNCA MAIS.

— Tudo bem, eu prometo. – a morena prometeu levantando uma das mãos.

— Agora vá jovem Volpina. – Mestre Fu disse se levantando e indo na direção da janela da sala. Após alguns segundos observando o que acontecia no centro de Paris voltou sua face para a raposa em sua sala. – Seus amigos estão precisando de você.

***

— E foi assim que eu voltei para Paris. – a morena terminou com um pequeno sorriso. – Agora eu quero saber o que está acontecendo aqui. Alguém pode me explicar?

— A cidade e talvez todo o mundo esteja em perigo de novo por conta de uma tia bem esquisitona que quer dominar o mundo. – Kattie explicou contra a sua vontade. Ainda não superara a traição da melhor amiga. – Nada que nós não podemos resolver sozinhos.

— Sozinhos? – Marinette repetiu incrédula com a frieza da ruiva. Ela nunca havia agido daquela forme na sua frente. – Kat, a Lila faz parte do nosso grupo e também é nossa amiga. A ajuda dela será sim muito bem vinda.

— A gente conversa sobre isso mais tarde, o que acha? – Louis perguntou para a garota tocando-lhe o ombro com cautela. A mesma assentiu e recebeu um pequeno do moreno beijo em sua testa. Tentando disfarçar o rosto um pouco corado, tentou desconversar aquele assunto delicado: - Quando acontecerá esse teste?

— Pode ser a qualquer minuto segundo eu entendi de toda aquela cena que aconteceu aqui. – Adrien respondeu abraçando os ombros de Marinette e encarando a morena por alguns segundos. – O que você acha Mari?

— Não sei Adrien. – a mesma admitiu encarando o grupo unido novamente. Uma felicidade que ela já não sentia há algum tempo tomou conta de seu interior e a paz invadiu o seu coração. – Mas eu sei que vamos estar lá quando ela precisar. Não há nada que possa nos separar e impedir isso.

— Nada? – Chole repetiu soltando o pingente de sua mão direita e encarando a azulada com uma sobrancelha arqueada. – Nem mesmo a desconfiança de vocês sobre mim?

— Do que está falando Chole? – Marinette perguntou confusa.

— Eu ouvi o que vocês disseram sobre mim na última reunião que fizeram na casa da Kattie. Uma reunião que vocês não me chamaram porque pensavam que tinha algo a ver com Style Queen. – a loira explicou cruzando os braços seriamente.

— Você não entende Chole. – Kattie se pronunciou no meio de ambas. – Nós tínhamos motivos para suspeitar de você. Se você parar para pensar...

— As mensagens falsas, o meu quase atropelamento no mesmo dia e o livro que eu encontrei são provas dessa suspeita. – a mesma interrompeu a ruiva como se já soubesse aquilo que a garota iria lhe dizer. De fato ela sabia e iria se defender até onde fosse possível. – Por favor, vocês acham mesmo que eu poderia estar contra vocês? Que eu simplesmente jogaria no lixo todas as coisas que aprendi com amigos de verdade?

— Se coloque no nosso lugar Chole. – Marinette pediu encarando a garota de relance. – Se algum de nós simplesmente aparecesse com um livro que contém todas as respostas das nossas perguntas e dizer que o encontrou numa biblioteca você seria a primeira a dizer que tem algo de errado. – argumentou vendo a incredulidade passar pelos olhos da filha do prefeito.

— Eu não acredito que você está dizendo isso Marinette. – disse com a voz trêmula. – Você acha que... Que eu continuo sendo a mesma garota de antes? Acha que eu não mudei em nada, que sempre irei julgar as pessoas aonde quer que eu vá? A minha mudança não diz nada a você?

— Não Chole, não é isso que ela quis dizer... – Louis começou.

— Não negue Chole. – a morena o interrompeu continuando a pequena discussão. – Desde que éramos pequenas você sempre foi assim, sempre deixou que o orgulho e a sua melhor condição financeira falassem mais alto, julgando cada um que atravessasse a rua ou qualquer um que fazia algo errado. Desde a separação dos seus pais você sempre disse que mudaria, que sempre faria por onde para ser uma garota melhor...

— Pare de falar da minha família! Isso não tem nada a ver com que estamos discutindo! – Chole gritou sentindo os olhos saltarem das órbitas. Queria sair dali o mais rápido possível e nunca mais revirar o passado. Cada ato feria seu interior e a cicatriz já havia se tornado grande demais para voltar a sangrar novamente. – Se eu não tivesse mudado como sempre disse não estaria aqui agora olhando para a sua cara de desconfiança! Não estaria metida em toda essa situação! Você gostando ou não eu faço parte do seu grupo de amigos e você querendo ou não eu irei continuar a procurar as sete pedras do oráculo sim. – esclareceu ainda com o tom de voz elevado andando a passos largos até a saída do parque mais próxima de Lila. – Mesmo quando todos duvidavam, eu confiei na Ladybug.

Aquilo havia atingido Marinette como uma facada. Como pudera ser tão insensível com a mesma? Depois de tudo que haviam passado em combate no ano passado, depois de tudo o que a abelha fez para ajudar era daquele jeito que a retribuía. Com uma discussão remoendo o passado doloroso de sua família. Sua consciência começou a lhe pesar e após digerir as últimas palavras da garota, sussurrou um pedido de desculpas que foi interrompido novamente. Dessa vez, fora pela italiana. Lila havia segurado o braço da loira e o impediu de ir embora dali como uma amiga. Aquela cena era muito familiar: diversas vezes ela e sua melhor amiga Alya fizeram o mesmo gesto, impedindo que Marinette fizesse algum estrago na frente de costumeiras sessões de fotos de Adrien. A nostalgia e o remorso lhe invadiram assim que a garota começou a falar.

— É a minha vez de te retribuir o favor. – afirmou com um pequeno sorriso que fez Chole se acalmar por alguns segundos. Olhou em volta e encarou os quatro parceiros, escolhendo bem as palavras que usaria a seguir. – Todos vocês sabem o quão traiçoeira e mentirosa uma raposa pode ser. Vocês também sabem o quão eu errei com vocês há um ano. Quando eu voltei para a minha casa em Florença eu pensava que lá eu estaria melhor junto da minha família, dos meus amigos de infância. Eu pensei que eu seria feliz. - começou atraindo a atenção involuntária de Kattie e Louis. Abaixando o olhar rapidamente e voltando a encarar os outros continuou: - Eu estava enganada. Paris, vocês são a minha família, os meus amigos de verdade e, se eu aprendi uma coisa com vocês, é que mesmo quando nós temos todo o direito do mundo para não ter ninguém do nosso lado é quando os verdadeiros amigos aparecem. Os amigos de verdade nos levantam do chão e nos ajuda a continuar. Os amigos de verdade não ligam para coisas minúsculas que aconteceram entre eles. Ficam unidos, defendem uns aos outros. E foi exatamente isso que Chole fez quando eu tinha todos os motivos do mundo para que vocês me odiassem: ela me defendeu, esteve ali do meu lado e me levantou, me reergueu das cinzas do arrependimento. Hoje é a minha vez de fazer isso e provar que a minha amizade é muito maior do que suposições e desconfianças. – terminou voltando a encarar a abelha. – Eu acredito em você Chole.

A garota não podia acreditar. Ela realmente acredita em si, na sua mudança. Lágrimas escorriam por seus olhos e aquela fora a gota d’água para que ambas se abraçassem com força. Mas não era apenas mais um abraço. Era um abraço sincero. Um abraço que mostrava a lealdade a ajuda que a mesma um dia lhe dera após uma discussão com sua melhor amiga. Após se separarem, um brilho amarelo surgiu entre as duas. Era um objeto pequeno, mas todos sabiam do que se tratava quando o brilho cessou e o mesmo permaneceu flutuando no ar. Era a primeira pedra!

— A pedra que representa a lealdade! Nós conseguimos a primeira pedra minha gente! – Louis comemorou ao ver a mesma ser pega por Chole.

— Agora só faltam seis. – Adrien falou dando um sorriso sarcástico. – Nem um pouco difícil.

O cristal no pescoço da loira começou a brilhar intensamente mais uma vez e a onda de congelamento do tempo surgira ao redor de todos os heróis juntamente com ela, a coroa de Órion. Contente por ter passado no primeiro teste com sua equipe, Chole observou a pequenina pedra amarela se prender no primeiro espaço vazio da coroa dourada. Mais seis testes e então diria adeus à ameaça de Style Queen sobre sua vida para sempre. Hesitou por um momento. E se aquilo não funcionasse? Se ela sozinha não pudesse derrotar a Rainha do Estilo? Precisaria da ajuda de... Alex. Não. Não pediria ajuda ao adversário que quer destruir sua vida e daqueles que estão próximos a si. Se fosse por si, a emoção dentro de seu coração poderia desaparecer junto com ele na próxima vez que se encontrassem.

  Mas o destino ama pregar peças no caminho desse tipo de pessoas.


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Notas finais do capítulo

Sugestões? Críticas? Comentários? Recebo todos.

PS: Talvez esse seja o último capítulo postado durante o feriado de carnaval. Estou cheia de trabalhos para fazer e ainda não escrevi o próximo episódio de Forever. Mas prometo que assim que terminar eu posto okay?

Beijos da Musa e bom feriado a todos. (Finalmente vou poder dormir até mais tarde!)



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