O Festival de Johtoh escrita por Juh11


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, essa fic teve inspiração no meio de uma aula chata da faculdade na qual eu tinha acesso ao computador. Espero que gostem.



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Era 22 de dezembro e eu estava encarando a tabela que dizia a final do Grande Festival de Johtoh.

Eu e May. Quem diria?

Ela havia acabado de sair da luta da semi-final contra Soledad, eu estava quase certo que a final seria contra a ruiva, afinal, ela havia usado seu Lapras e há muito tempo ninguém derrotava Soledad com seu Lapras, o que tinha me feito até estranhar a escolha dele para semi-final.

Aqui em Johtoh, escolhemos todos os pokemons na hora da inscrição, obviamente Roselia era meu pokemon para a final e Absol para semi-final a qual lutei com um coordenador de Johtoh chamado Tommy.

Bom, May havia escolhido Beautifly para a semi-final e ninguém nunca espararia uma vitória dela contra Lapras, mas Beautifly foi excepcional e ganhou com bastante beleza e poder com um Vento de Prata que nunca vi tão poderoso. É, eu tinha que admitir, May estava bem forte e a final não seria fácil, não havia percebido que ela havia chegado a um nível tão alto.

—Drew? – escuto uma voz feminina atrás de mim e ao me virar me deparo com uma pessoa com cabelos compridos verde-água.

—Mãe? Não sabia que você viria, você não tinha compromissos com a empresa? – perguntei. Meus pais tinham uma empresa que cuidava do transporte e distribuição de alimentos em Hoen, por isso tínhamos uma renda boa, mas meus pais eram muito ocupados e por isso raramente assistiam uma apresentação minha.

—Natal está próximo, as coisas estão uma loucura por lá. Quando soube que você havia chegado a semi-final, quis muito vir, então seu pai me deu a viagem como presente e está cuidando das coisas sozinho. Estou tão feliz de você ter chegado a final! – ela me diz me abraçando.

—E eu estou muito feliz que você tenha vindo assistir minha apresentação, mas as coisas não vão complicar para o meu pai? – perguntei preocupado,  época de Natal era a parte do ano mais complicada para as distribuições.

—Ele vai dar o jeito dele e como a cerimônia de premiação será dia 24, ele disse que tentaria vir – ela me disse carinhosamente, era bom estar com minha mãe um tempo mas eu sabia que isso não seria possível que meu pai viesse para premiação, ainda assim, estava feliz dele ter feito esse esforço por mim.

— MAY! – escuto uma voz masculina que não reconheço chamando pela minha rival, olho para o lado e vejo que May acabou de chegar na área dos coordenadores depois da batalha e quando olho para o dono da voz, vejo que é Max, seu irmão mais novo. Ele havia crescido bastante desde que eu o tinha visto pela última vez. Logo atrás dele vinha uma mulher muito parecida com May que eu havia conhecido em festivais anteriores, Caroline, sua mãe.

— Vocês vieram! – May exclamou eufórica abraçando a mãe e o irmão. – Mas e o papai? – Ela fez uma cara chateada como um bebê e isso me fez rir um pouco. May havia ficado forte em termos de batalha, mas continuava sendo a mesma bebezona de sempre.

—Seu pai teve que ficar no ginásio, mas ele já estava muito feliz com você ter chegado a semi-final, ficará mais feliz ainda quando descobrir que você está na final. – Caroline respondeu sorrindo orgulhosa de sua filha. – Uma pena que a viagem de Hoen para cá tenha demorado tanto, só pudemos assistir ao final da luta, se o barco não tivesse atrasado, poderíamos ter visto por inteira.

— É contra ela que você vai lutar? – pergunta minha mãe com uma curiosidade fora do normal.

— Sim. – respondo

— Você gosta dela. – minha mãe não perguntou, ela afirmou me fazendo corar fortemente.

— Por que você diz isso? – pergunto envergonhado. Eu gostar da May? Minha mãe deve estar pirando de tanto trabalhar.

—Sou sua mãe, eu sei das coisas. Você gosta dessa menina. – ela afirmou novamente

—DREW! – escuto a voz de May e vejo que ela está vindo em minha direção – Eu não vou perder para você dessa vez. – ela diz confiante

—Você deu sorte contra Soledad – digo arrumando minha franja. Sei que não foi sorte, mas gosto de ver a May se irritar.

—Ora, seu metido, você vai ver só quando eu ganhar esse festival. – ela está vermelha de raiva e tremendo, e eu adoro vê-la assim. Dou um sorriso de lado.

—Desculpe o comportamento do Drew, ele deve estar nervoso em ter que lutar contra uma menina bonita como você – minha mãe diz a May, me deixando corado novamente – Prazer, sou Cinthia, a mãe dele.

—MÃE! – respondo e May a olha com uma cara confusa

—Er...Anh...Obrigada – May diz encabulada

—Ora, você é a mãe do Drew! Prazer em conhecê-la, sou Caroline, a mãe da May. Vai ser bom ter alguma companhia adulta. Estamos indo tomar um café, Max, meu filho caçula já está na fila. Vocês querem ir com a gente? – a mãe de May oferece e vejo minha rival ficar ainda mais vermelha.

— Será um prazer! – minha mãe responde.

E agora estou sentado entre minha mãe e May em uma mesa redonda da cafeteria do centro pokemon, Max conta sobre seu treinamento para se tornar líder do ginásio de Petalburg e minha mãe parece muito interessada sobre a cidade, Caroline complementa algumas coisas que o filho fala com certo ar de orgulho. May está quieta e pensativa encarando seu chocolate quente.

—A conversa está boa, mas a viagem de hoje foi bem cansativa. – disse Caroline, Max já estava bocejando tinha um tempo.

— Também estou cansada. – minha mãe responde.

—Filha, você vai subir com a gente? Você ainda não terminou seu chocolate e também precisa descansar para amanhã. – Caroline diz preocupada

—Já subo, mãe, não estou tão cansada quanto você e Max. – May responde com uma voz meia abatida, mas sua mãe está tão cansada que nem nota.

—Tudo bem. Boa noite para vocês – dizendo isso, ela passou o braço ao redor do filho mais novo sonolento e foi em direção aos elevadores.

—Também estou subindo – disse minha mãe –Fique com May até ela subir, ok? Se não for nenhum incomodo, a acompanhe até a porta do quarto dela.

— Nã-não precisa – disse May envergonhada

—Seria falta de educação se meu filho a deixasse aqui sozinha, certo, Drew? Foi um prazer conhecê-la, May, mesmo que seja contra meu filho, te desejo uma boa luta. – minha mãe também saiu e assim sobrou apenas eu e May naquela mesa na cafeteria.

—O que está havendo com você? – pergunto e ela arregala aqueles olhos cor de safira por trás da xícara de chocolate que a essa hora já deve estar frio.

—Nada- ela responde após engolir uma golada

—May, te conheço já tem alguns poucos anos. Sei que você se animaria a falar perto da sua família porque você gosta de falar, sei que em condições normais, você já teria terminado esse chocolate antes que esfriasse, também sei que você nunca viria a uma cafeteria sem pedir um pedaço daquele belo bolo de chocolate que tem no balcão, então acho que consigo saber que tem algo te incomodando. – digo, ela cora e olha pro lado, eu sabia que estava certo.

—Você realmente acha que eu apenas ganhei da Soledad por sorte? – ela pergunta sem olhar pra mim e aquelas palavras são como um punho no peito. Então ela está mal por um comentário que fiz de brincadeira?

—Não, claro que não. – respondo chateado comigo mesmo.

— Drew – ela olha para mim com aqueles olhos azuis imensos chorosos, ela pode começar a desabar a chorar a qualquer momento, e me parte o coração saber que fui eu quem fiz isso – Por favor, me diga a verdade.

—Não- respondo novamente encarando os olhos dela – Sinceramente, me impressionei com o quanto você ficou forte e estou com medo de perder pra você no final- respondo sem pensar e vejo a boca dela abrir num pequeno O e ela cora.  Eu  coro em seguida, não queria ter dito que estava com medo de enfrenta-la.

 -Desculpe interrompê-los – diz o garçom – Mas fecharemos em dez minutos, vocês vão querer mais alguma coisa?

—N-nao – diz May envergonhada ainda com a minha confissão.

—Um pedaço daquele bolo de chocolate, por favor- respondo ao garçom e May me olha confusa e o garçom vai embora para atender meu pedido – Meu pedido de desculpas.

Depois disso, não falamos mais, acho que estávamos muito envergonhados para isso. May terminou seu bolo e eu a acompanhei até a porta de seu quarto, como minha mãe havia pedido.

—Bem, obrigada – ela diz envergonhada como eu nunca havia visto antes.

—É o mínimo que posso fazer para tentar ser educado e me desculpar por ter te deixado mal. May, quero você mais forte do que nunca para me enfrentar amanhã, tenho treinado bastante e não quero ganhar de maneira fácil. – digo mexendo em minha franja.

—E quem disse que você vai ganhar, seu cabeça de gosma? – ela diz irritada e isso me faz rir, pelo menos ela já não está chateada.

 -Veremos amanhã. – digo e faço a última coisa que eu esperaria fazer, a abraço.

Sinto meu rosto esquentar e sei que May está corada também, não sei porque fiz isso, mas agora já foi.

—D-drew... – ela começa a falar mas eu a interrompo.

—Shhh. Apenas dê o melhor de si amanhã, ok? Minhas melhores lutas sempre foram contra você, então faça seu melhor e estarei fazendo o meu. Descanse bastante. – dizendo isso, dei-lhe um beijo na testa e segui em direção ao meu quarto sem olhar para trás.

Por que eu havia abraçado May? E beijado sua testa? Era apenas culpa por a ter colocado para baixo? Ou talvez eu gostasse dela como minha mãe havia sugerido?

Não, minha mãe estava exagerando, May era apenas minha amiga-rival, apenas por ela ser uma menina bonita, minha mãe pensa que eu gosto dela. Isso tudo foi apenas porque eu a deixei chateada e eu sei que May chateada não funciona direito. Quero uma boa luta para a final do Grande Festival.

Entro em meu quarto e vejo que minha mãe já está dormindo. Isso é bom pois sei que a viagem de Hoen até aqui é bem cansativa e também sei que ela vai me questionar sobre May, então quanto mais tarde melhor.

Tomo um banho rápido e deito em minha cama. Amanhã o dia será cansativo. Espero que May também descanse o suficiente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem seus reviews, amanhã tem mais. (e eu tentarei publicar mais cedo).



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