Stardust escrita por Sunny Deep


Capítulo 1
Collide


Notas iniciais do capítulo

Não faço ideia de como estou vivendo depois de rogue one, sinceramente. Antes de deitar em posição fetal eu precisava colocar um pouquinho da minha sadness pra fora. Espero que gostem.



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Jyn Erso

.

Em algum momento, ela sabia, aquele dia chegaria.

Esperou por medo e terror. Arrependimento. Esperou pelas inúmeras lembranças que tomariam conta de seu pensamento; as alegrias vividas e a tristeza de perder tudo. Esperou pela angústia de não ter tido tempo e, de ali em diante, não possuir mais nada.

Não queria pensar nas vidas que já não existiam mais. Nos corpos caídos ao chão, nos metais desfigurados, nos futuros que nunca seriam vividos. Nos que ainda respiravam. Todos haviam dado suas vidas por aquilo, por aquela única missão, para toda uma galáxia. Para todo um futuro.

E todos teriam o mesmo fim.

Sentiu os braços de Cassian a apertarem contra si ainda mais, e fez o mesmo. Não queria contar os segundos. Não queria saber quanto tempo levaria até que seus corpos virassem poeira, queimados e destruídos, sem lembranças de suas existências. Não queria pensar nos “e se...” que acompanhariam tudo isso. Manter-se abraçada a ele, de certa forma, mantinha as coisas em seu devido lugar.

“Seu pai ficaria orgulhoso de você, Jyn” ele dissera.

Fechou os olhos, e, no silêncio entrecortado, no segundo antes de tudo desaparecer, ela soube definir o sentimento que a dominava. O que a impedia de perder a cabeça ou entrar em pânico.

Quando as pessoas contassem a história daquele momento, do que daria início a algo muito maior, eles contariam a história que juntos eles fizeram. Contariam a história de seus sacrifícios. E então tudo valeria a pena.

 Eles haviam conseguido. Seria o fim da Estrela da Morte, o fim do medo que a arma trazia consigo ao despontar no horizonte.  

“Ele ficaria orgulhoso de todos. Eles ficarão. De cada um de nós.”

Quis dizer em voz alta. Quis sorrir com o pensamento. Quis compartilhar o sentimento que ele mesmo havia dito fazer parte de toda rebelião. Quis abraçá-lo ainda mais.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, os segundos de antecipação acabaram. O clarão os atingiu, consumindo-os, os transformando em tudo — e em absolutamente nada.

Havia certa paz no final de tudo, ela acreditava.

E havia algo que duraria por mais de eternidades. Algo que manteria as lutas por justiça, as vidas que seguiriam seus caminhos, os futuros que seriam vividos. 

Esperança.  


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Notas finais do capítulo

Espero que, de alguma forma, tenha tocado vocês, queridos leitores. Se quiserem chorar as pitangas comigo nos comentários, sintam-se livres para fazer isso. Vamos nos abraçar virtualmente, sim?!

May the force be with you.