Crônicas de uma jornalista escrita por Andrew Ferris


Capítulo 14
Bônus: Passarinho na gaiola, uma piada por esmola hahaha


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, aqui está um gostinho do que está por vir na continuação desta fic, espero que aprovem e continuem comigo rumo à conclusão da saga de Elis!!!



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Bruce desce as escadas apressado em direção à batcaverna, se troca e passa a observar o imenso painel disposto no batcomputador. Depois de inúmeras pesquisas, ele ouve passos de aproximação contínua e rápida.
— Consegui encontra-lo, patrão Wayne - Declara Alfred se aproximando com Jason.
— Achei que não fosse precisar de mim - Afirma o jovem cheio de si.
— Não é hora para isso - Esclarece Bruce indignado - O Coringa fugiu do Arkham e ninguém o viu até agora.
— Vai ver ele se disfarçou - Opinou Alfred colocando as mãos no painel.
— Sem chance. Não estamos falando de uma fuga em massa e sim de uma rebelião no asilo. A SWAT está controlando a situação e parece que quase ninguém fugiu. O único criminosos de alta periculosidade foi - Jason o interrompe.
— O Coringa.
— Por isso iremos ao Asilo Arkham. Vamos terminar de vez com essa rebelião e procurar o Coringa - Bruce veste a máscara - E não coloque nada pessoal no meio do fogo cruzado.
— Você que manda - Bruce aperta o braço de Jason com força.
— Eu estou falando sério, Jason. Não quero nada semelhante à prisão do Charada. Quero que prometa - Os dois se encaram por um breve momento, que na mente de ambos durava uma eternidade.
— Vamos atrás do Coringa.
No Asilo Arkham, os agentes da SWAT montam uma barricada ao redor das entradas. Muitos agentes descem de rapel para entrar no lado interno do prédio principal, onde os maníacos incendiavam tudo o que encontravam. Um ou outro guarda morto possuía um sorriso na face, assim como uma expressão de agonia e pânico. Bombas de efeito moral são arremessadas, então os agentes fazem o que precisam para conter os prisioneiros, não fosse uma toxina perturbar seus sentidos e fazê-los recuar. O batmóvel passa por cima de carros e estruturas antes de parar numa esquina próxima. Logo em seguida, o comissário James Gordon se afasta dos colegas e pega outro comunicador que tinha guardado em seu bolso. Ele se esconde nas sombras e chama desesperado.
— Gordon para Batman. O que está havendo? Por que não chegou ainda?
— Achei que estivesse sob controle - Declara o Batman com ironia - E já estamos aqui. Robin entrou pela retaguarda, uma das saídas não guardadas, um ponto cego do prédio "F". Eu vou entrar pela ala nordeste do prédio "D", que é de onde penso que a toxina do medo foi espalhada. Fica no complexo do Crane e perto das turbinas de vento. Ponha seus homens no túnel doze da plataforma "4D". Há muitos internos nesses corredores e, embora eles não saivbam, é um acesso direto ao local onde os agentes de encontram, ou seja, uma armadilha involuntária - Batman se arrasta por um túnel enquanto olha para mapas digitais em sua luva - Vou sugerir uma armadilha voluntária se não se importar - Jason está passando por uma ala vazia, ele cruza um corredor paralelo e encontra dezenas de internos, que o atacam sem pensar duas vezes. Como resposta ao ataque repentino, Jason bate sem clemência, quebrando ossos e causando contusões em músculos. Ele separa seu bastão e o gira no ar antes de bate-lo com força bandido após bandido, do qual tirava sangue esparramado dos dentes direto para o chão. Ele cerra os lábios impaciente destemido antes de prosseguir e enfrentar um gigante em tamanho e peso. Subindo em uma janela, Robin desce com tudo na intenção de rachar a cabeça do oponente, mas este é rápido o bastante para segurar seu bastão no último instante, fazendo Robin perder seu equilíbrio e dar de cara no chão. O brutamontes coloca sua bota enorme sobre a cabeça de Jason e começa a amassa-la, enquanto o jovem Robin beijava o chão e sua saliva escorria para o cimento molhando também seu rosto. Ele tentava se levantar, mas o adversário era pesado demais. Não importava o que fizesse, o peso sobre ele o derrotava antes mesmo de conseguir tentar o movimento. Quando ele acha que não tem mais jeito, no entanto, consegue apanhar uma bomba de efeito moral largada por ali durante a tentativa de controlar a rebelião. Ele respira fundo e solta a bomba ao seu lado. Um estrondo alto, um adversário assustado e o jovem libertado. Robin se levanta um pouco atordoado quando percebe que alguém jogara outra bomba e estalhe lhe cegara parcialmente. Ele para um instante para reconhecer o local, ergue as mãos à frente do corpo e, ao notar que o corpo que tocara era o do seu oponente, no mesmo instante pula para o alto e desce em sua cabeça com uma cotovelada à altura. O corpo desacordado do sujeito cai duro no chão enquanto um debilitado Robin segue seu caminho, adentrando cada vez mais o asilo. No meio de sua caminhada, Jason escuta um ruído, como se alguém ligasse um rádio, então uma voz começa a recitar em meio à bagunça ali presente.
"Esse passarinho é tão resistente que quebra águias sem pestanejar, muito embora essas tais "águias" estejam mais para...galinhas cebosas de cento e sessenta quilos. Mas não podemos nos esquecer, a plateia sempre espera mais. Se repetirmos o mesmo número, a platéia se cansa, não é mesmo? Responde sua mula virgem e surda...quer dizer tirando a primeira parte hahahahaha..."
Jason continua seguindo pelos corredores do Arkham, derrubando mais e mais criminosos e invasores dos prédios sem vacilar, batendo e levando socos e pontapés, sem clemência para nenhuma das partes. O Robin cospe um pouco de sangue antes de quebrar o braço de um interno, então para um instante para respirar ao ver que o corredor estava "limpo".
— Coringa - Berra o jovem cambaleando - Eu sei que está aqui, seu covarde. Vamos descobrir do que é capaz sem seus marginais te ajudando.
"Ele disse marginais? Algum passarinho não fez a lição de casa. Projetos de marginais, passarinho, não como o Charadinha, não como ele...fala logo". Uma voz feminina assume o vocal um tanto quanto receosa "Robin, alguém precisa tomar cuidado. Dois pássaros não cabem na mesma gaiola" O Coringa empurra o microfone para longe, e tudo que se escuta são risadas insatisfeitas e sarcásticas misturadas a tapas e pancadas fortes. O barulho é tão perturbador quanto a imaginação (Isso se você tiver a ousadia de imaginar), mas de qualquer maneira isso não afeta Jason a ponto de faze-lo parar. O microfone é desligado e posteriormente é ligado outra vez e o Coringa retorna mais frio "Perdoe minha âncora, ela acabou de ser contratada, garanto que em nossas próximas transmissões não haverão os mesmos erros comunicativos...de qualquer forma, corrigindo nosso anúncio anterior, temos um mamífero e uma ave dentro do complexo. Um deles sabemos onde está, o outro mais ou menos, mas os dois tem a mesma chance de ganhar a surpresa do dia e sabe por que? Por que alguém tem muito que proteger seu querido passarinho para que possam procriar no sio ahahaha...alguém tem um palpite? Algum lance?". O Coringa se silencia, o que deixa Robin apreensivo - Não tem como ele saber - Pensa receoso. "...Alguém disse jornalista? Eu não conheço muitos jornalistas, exceto unzinho, na verdade, penso que seja uma pombinha branca. A vaca do leite de ouro do Planeta Diário. Seria Turler, meu caro expectador? Não, espere...Elis? Eu ouvi Elis? Quem dá mais?". Jason vê um criminoso de aproximando, então simplesmente gira no chão e quebra sua perna, panhando seu pescoço e quebrando-o em seguida "Dou-lhe uma". Jason avista mais dois criminosos" então os espanca sem misericórdia, quebrando costelas e membros antes de quebrar-lhes os pescoços "Dou-lhe duas". Robin pula um muro e desce num campo aberto, roubando uma metralhadora e atirando sem clemência nos internos do Asilo "Dou-lhe três e vendido ahahahaha...".
— Cadê você, seu filho da puta? Eu vou te achar pode contar com essa - Jason corre por uma série de corredores, até encontrar um agente deitado no chão com alguns cortes graves no corpo e armadura - Cadê o Coringa? Me diz onde está o Coringa - O agente não resiste, e Jason sequer olha para o sujeito antes de seguir em frente "Alguém está me procurando ahahaha".
— Qual é a graça?
"A graça é que o passarinho não está procurando de verdade, só está olhando debaixo dos tapetes, se é que me entende". Jason anda cambaleando e ignorando as dores internas, olhando canto por canto do complexo até escutar uma risada abafada vindo de um salão escuro. Em um último ato misto de ódio e vontade, Jason ergue a metralhadora e entra no salão, e ao faze-lo, um par de pés caminha sem pressa em direção à porta.
— A coisa mais engraçada da loucura é que ela é como um vício, se drogue uma vez e qualquer outra droga que usar para se livrar só vai intensificar os sintomas - Uma marreta atinge a cabeça de Jason, que cai tonto no chão enquanto vê os pés do Coringa se aproximando aos poucos dele antes de simplesmente desmaiar. Bruce está sentado em frente ao computador da batcaverna, reavaliando pistas e imagens do circuito interno do Arkham. Suas armadura está jogada no chão quando Alfred se aproxima do vigilante com uma bandeja cheia de biscoitos, bolos e sucos.
— Café, senhor.
— Ele quebrou as regras, Alfred. E agora sumiu. Dois dias e nada, o que será que o Coringa fez com ele? - Bruce suspira tenso enquanto Alfred solta. bandeja e se aproxima do patrão.
— Não quero parecer otimista, mas, não acha que se o Coringa fosse matar Jason ele não o teria feito?
— O que acha que ele quer então?
— Talvez ele só queira chamar sua atenção - Os dois se encaram por algum tempo, e embora não comente, Alfred consegue ver e sentir toda a dor de Bruce, e naquele olhar os dois compartilham suas tristezas e inseguranças.
— Você não acredita nisso de verdade - Alfred engole em seco antes de deixar Bruce sozinho na batcaverna. Entretanto, ele se posiciona atrás de uma coluna onde Bruce não conseguiria vê-lo e aguarda - Jason, me perdoe - Bruce olha para a foto do Coringa, ele se enche de uma ira repentina, então encara a foto que tirara com Jason muito tempo atrás. Os dois sorriem contentes. O Bruce de hoje não vê motivo algum para sorrir ou sentir remorso, pena, menos ainda clemência de qualquer monstro, ainda mais um monstro como o Palhaço do Crime. Seus olhos se enchem de lágrimas e Bruce derruba a bandeja no chão antes de esmurrar a coluna mais próxima. Ele se senta na cadeira e se coloca de bruços para chorar quando seu comunicador toca. Ele atende na mesma hora do primeiro toque.
— Batman? É o Gordon - Bruce enxuga as lágrimas e ajusta o microfone da armadura, colocando-o na frente do rosto.
— Batman na escuta.

— Alguma notícia do Coringa?
— Nada ainda.
— Então...para variar um pouco, encontrei algo que pode interessar, não sei direito. Existe uma fórmula no gás da última cela em que o Coringa foi visto. Os componentes parecem incluir metanfetamina, mas também compostos isolados como nitrato de amônio. Este apareceu separado na composição, mas quando fizemos os testes foi a combinação resultante - Bruce larga o comunicador e busca em seus arquivos imagens do carro do Coringa, uma lamborghini roxa. Ele revisa a rota que o carro tomava e os campos nas imediações, então sorri agradecido.
— Já sei onde o Coringa está - Avisa o Batman voltando a se levantar e começando a vestir a armadura.
— Ótimo. Pelo menos fiz uma, onde ele está, afinal? - Bruce solta o comunicador.
— Não posso te dizer, Comissário. Espero que entenda, o Coringa é muito imprevisível e caso perceba que a polícia está em seu encalço vai desaparecer e só voltará a dar as caras quando realizar algum crime macabro.
— Eu entendo, mas...- Bruce desliga a chamada e veste o capuz. Nesse momento, Alfred retorna à batcaverna e encara Bruce antes de se sentar na cadeira do andar.
— Não foi por isso que não contou ao Gordon a localização do Coringa.
— Isso não é da sua conta, Alfred - Declara Batman se dirigindo ao batmóvel.
— Eu sei, mas não se esqueça de quem é patrão, e de como ele gosta de fazer isso com o senhor, principalmente com o senhor. Ainda há esperança - O Batman entra no veículo e aperta um botão que fecha a parte superior do piloto.
— Mas não para ele - Afirma Bruce ligando o carro e se preparando para partir. Ele conecta seu comunicador e chama Alfred - Fique na linha.


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Notas finais do capítulo

Tenso, a bad bateu nesse capítulo...que acharam?



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