O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 65
Marionetes


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Estamos de volta com mais um capitulo da Saga o Mago das Espadas!

Hoje veremos os desdobramentos do encontre de Daigoro e Hagamoto, assim também com o líder dos Persocons. Quem é ele e por que está ajudando nossos heróis?

Descubram neste capitulo, desde já uma boa leitura para todos!



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Existem muitas formas de se manipular alguém, podem ser através de palavras, gestos, acordos mal feitos, chantagens emocionais, tudo o que mexem com o psicológico de uma pessoa ao ponto em que ela perde totalmente o controle de suas próprias ações e seus destinos ficam nas mãos de outra pessoa... que geralmente não tem boas intenções.

O controle sobre uma vida foi e ainda é muito estudado por magos de diferentes classes e níveis de poder. Todos queriam sem exceção o poder de controlar uma vida, às vezes mais de uma. Isso por que um mago sozinho por mais forte que seja é apenas um e esse um diante de um grupo de guerreiros, ou outros magos não é nada! E como os Espíritos Guardiões não escolhem seus Regentes baseados em nível de poder, ou status social, tiveram que criar outros métodos para conseguir lacaios e serviçais que lutassem por eles.

O controle da mente e do corpo foi estudado meticulosamente, através de poções, feitiços, maldições, tudo para que o mago pudesse tornar-se um mestre na manipulação corpórea e mental. Obtiveram sucesso, mas o número de controlados era limitado pela quantidade de Aura que o “mestre” possuía e caso ele sofresse dano ou morresse o controle sobre os subjugados era cancelado no mesmo momento e também caso o subjugado tivesse uma forte força de vontade, conseguia se livrar do controle, em suma era uma magia incompleta.

E assim nenhum mago conseguiu criar a marionete perfeita... até um certo Ronin de Yamato conseguir tal feito e criar não uma... mais centenas delas através de um único composto que causava uma intensa e terrível dependência química. Quando ingerido a pessoa se sentia forte, segura, perdia o medo, seus sentidos e reflexos ficavam rápidos como se tivesse treinado por anos, sua capacidade de raciocínio também era aguçada ao ponto de pessoas que mal sabiam ler poderiam apreender em poucos dias, mais a maior marca registrada deste composto era a incomparável felicidade que seus usuários sentiam. Logo a substância foi chamada de “Shiawase masuku”, a Máscara da Felicidade.

Um termo simples, chamativo e completamente  ilusório, para maquiar seu verdadeiro proposito... o de transformar o povo de Yamato em verdadeiros escravos e dependentes da Máscara, pois bastavam alguns dias para que a felicidade da pessoa ruísse por terra e efeitos de abstinência da droga causassem reações tenebrosas nos usuários como; febre, coceiras, cansaço, dores por todo o corpo, principalmente na cabeça, espasmos musculares intensos que chegavam a fazer as pessoas dobrarem os corpos ao avenço, crises de pânico, fadiga, arritmia cardíaca, sudorese excessiva, bexigas soltas, sede e o pior de tudo... imagens constante dos seus maiores medos sendo projetadas bem diante deles, podendo acontecer a qualquer hora e em qualquer momento. Para tentar se curarem só tomando outra dose da substancia findando os sintomas ruins... que cada vez mais duravam menos tempo, no fim o reino de Yamato foi tomado por viciados que decidiam troca seus destinos por um simples momento de felicidade... sem saberem que haviam se tornado Marionetes cegas e obedientes.

E o culpado de tal feito estava agora diante daquele que nunca precisou usar nenhuma máscara para segui-lo.

Dentro da caverna onde o portal para o Abismo estava localizado eles se encaravam, as fracas luzes dos cristais que ainda restavam os iluminavam, suas Auras estavam baixas quase imperceptíveis, a cabeça de Tadashi jazia ao pés do samurai decaído que parecia nem telo percebido, sua atenção ia toda para o ser diante dele. Sua forma em nada lembrava do velho companheiro de quatro patas que o acompanha para todos os lugares. Se conheceram ainda novos, quando ainda eram inocentes, um menino perdido sem lar ou família e um filhote recém iniciando seu treinamento que sempre fugia para conhecer a cidade. Eles se encontraram e imediatamente um elo se criou... assim como um sonho.

“Dai... goro...”

Mestre...

O samurai decaído não conseguia acreditar no que via, seu leal companheiro de batalha ali bem diante dele!

“Isso não pode possível...”

Sem que ele percebesse seus pés começaram a se mover por meio que vontade própria, seus olhos de rubi fitando a figura azul-escuro de manto carmesim que se mantem imóvel, não havia o porquê reagir.

“Isso é um sonho?”

A enorme sombra do espadachim encobre o companheiro de Hiro que apenas ergue o rosto fitando o Espirito Guardião, era impressionante que apesar dos séculos ambos ainda precisavam baixar ou levantar a cabeça para se olharem.

“Por que se for um sonho...”

Quando estava a dois passos o samurai parou, ergueu ambos os braços diante do Wolf que continuava imóvel, seus dedos encouraçados reluzindo como navalhas se aproximaram da face do ex-lupino que nada fez, pois sabia que aquelas temíveis garras... não lhe faria mal algum.

“... eu não quero acordar!”

Exclama o samurai decaído que toca o rosto de Wolf, normalmente um espirito não conseguiria tocar um ser vivo, mesmo um Espirito Guardião não foge a esta regra. Porém quando um espirito se reencontrar com um ente querido... o impossível se torna possível...

Os fortes e pesados joelhos do inimigo mortal de Kojiro se dobram, as terríveis garras que ceifaram a vida de centenas tremiam ao tocar na face do Regente, seus olhos cor de rubi que traziam a morte... agora derramavam lágrimas em forma de cristais de mana que solidificavam-se ao tocar o solo rochoso.

“Meu amigo...”

E abaixou sua cabeça evitando fitar o antigo companheiro, suas emoções que ele mesmo pensou tê-las esquecido vieram à tona e ali por aquele breve momento o demônio intitulado Hagamato... não existia mais.

Nesse meio tempo dez minutos haviam se passado... os dez minutos mais longos, prazerosos, relaxantes e de absoluta paz que nenhuma delas jamais sentiram em vida.

Quando acordaram, o liquido já havia sido drenado, estavam deitadas sobre o chão da câmara com as máscaras cobrindo suas faces e logo a voz novamente coou ao redor delas.

— O tratamento já foi concluído, podem tirar as máscaras agora.

As meninas obedecem ainda meio atordoadas com o que aconteceu, olharam para suas mãos, pernas e demais áreas de seus belos corpos molhados agora sem nenhum corte, luxação, queimadura, além da fadiga, cansaço e sono que desapareceram como se tivessem dormindo por dias.

— Nossa... eu tô me sentindo...

— Nova! – Completa Mérida que se levanta, fecha os punhos, sentindo sua força de volta. – Tô me sentindo pronta pra tudo!

Que bom ouvir isso! – Responde a voz. – Aqui suas roupas também já foram concertas estamos as devolvendo.

Ao dizer isso as mãos robóticas surgem novamente com as peças de ambas além de toalhas para elas se secarem.

— Beleza! – Exclama a ruiva pegando a toalha junto com suas roupas intimas, veste suas calças que se ajustam perfeitamente a suas pernas troneadas, seu cinto, botas, luvas, braceletes e ao invés de vestir a parte de cima do macacão pega as mangas as enrolando sobre a cintura deixando somente um top negro cobrindo seus seios, rasga uma tira da toalha que usou para se secar e a usa para amarar seus cabelos rebeldes em um coque frouxo, se analisa, bate os punhos uns nos outros pronta e como se a ouvissem, a porta de sua câmara se abre ao qual ela sai com algo já em mente para fazer.

Viva elas está curadas!!!

VIVA!!!

Comemora o grupo de persocons felizes, só que...

— Muito bem robozinhos fofos! – Exclama a princesa ruiva invocando seu arco. – Façam uma fila bem aqui, abaixem as calças para receberem umas belas palmadas nessas BUNDAS FOFAS!!!

Imediatamente os sorrisos e olhos brilhantes dos simpáticos androides desaparecem, o grupo começa a recuar lentamente, porém a princesa serra os olhos, se impulsiona se lançando contra o grupo que grita agitando os braços fugindo dela.

Risco iminente de ser exterminado!

— Alta percepção de hormônios aflorando!

— Níveis de adrenalina no ápice!

— Resumindo... ela que matar a gente!!!

Berram os simpáticos androides enquanto fugiam da ruiva raivosa que cantarolava:

— Não adianta correr fofinhos! A tia Mérida vai pegar vocês e lhes encher de sopapos!!!

Tal declaração amorosa e afetuosa foi respondia por uma única expressão:

UUUUUUAAAAAAHHHHHH!!!!

— Isso é música para os meus ouvidos!!!

E a correria continuou por todo o laboratório, tudo isso assistido por uma loira que tinha uma gota atrás da cabeça.

— Realmente ela recuperou todas as suas forças. – Comenta Rapunzel.

Sim, nosso tratamento visa recuperar complemente um indivíduo o livrando do estresse e da fadiga.

Ah? – A princesa de cabelos dourados exclama em surpresa por ouvir uma voz logo atrás dela, se vira e seus olhos esmeraldas se deparam com uma persocon de rosto arredondado, cabelos verdes presos em duas longas marinhas-chiquinhas que sorria para ela.   

— Olá!

— Ahhh... oi.

Desculpem pela atitude meio equivocada dos meus irmãos e irmãs a alguns minutos atrás, eles se libertaram a pouco tempo e ainda estão se acostumando com o mundo novo que se abriu para eles.

— Não, tudo bem! – Responde a princesa. – Nos assustamos de início mais agora que percebemos que vocês só queriam nos ajudar estamos muito agradecidas.

— Eu não! Tô puta da vida ainda!!! – Grita Mérida ainda correndo atrás dos androides. Tal atitude fez a loira cobrir o rosto em vergonha.

— Desculpe pela minha amiga... ela é meio... maluquinha... sabe?

Nota-se! – Diz a persocon rindo de maneira meiga e Rapunzel acaba rindo também.

— Prazer sou Rapunzel. – Se apresenta a jovem princesa para a persocon.

Miku. – Responde a simpática androide fazendo a princesa sentir algo ao ouvir a voz da androide.

“Que sensação é essa...”

— Algum problema?

— Quê! Ah não, está tudo bem! – Disfarça a princesa. – Mais Miku, você disse que eles se “libertaram”? O que isso significa?

E Miku responde sorrindo:

O senhor Walter ira explicar melhor pra vocês!

— Senhor Walter?

— Ele é o chefe por aqui e também... nosso salvador.

— Ah?

— Mais aqui, isto é para você! – A persocon da dois passos para a direta pegando um embrulho que havia acabado e sair de uma máquina. – Como não tínhamos amostras do tecido com a senhorita tivemos que pegar as imagens nas câmeras de segurança e criar um novo na nossa impressora 3D, acho que ficou parecido.

Rapunzel pisca sem entender, foi quando recebeu o embrulho, o abriu e percebeu ser um sobretudo escarlate idêntico ao que ela estava usando antes.

— Nossa!

— Aqui fazemos serviço completo, cura de corpos e de roupas também! – Exclama Miku com o indicador direito levantando.

— Eu... eu nem sei o que dizer... obrigada!

— De nada foi um...

Só que Miku não conseguiu terminar sua frase, pois logo foi envolvida em um abraço apertado e caloroso da princesa de cabelos dourados. Sua interface neural parou por alguns segundos, seu corpo esquentou, seu novo núcleo pulsou de uma maneira que ela nunca tinha sentindo antes. Havaí se libertado já a algum tempo, mais ainda haviam coisas que ela não compreendia, coisas novas a se descobrir, aprender e a sentir. Quando sua interface neural voltou a funcionar sorriu e fechando os olhos retribuiu o abraço afetuoso da princesa.

— Mais tu não perde tempo mesmo em loira... já arranjou outra amiga! – Fala uma voz carrancuda e debochada que a princesa conhecia muito bem.

— Méri! – Rapunzel se desvencilha do abraço de Miku e vira toda feliz para a ruiva. – Olha só eles concertam meu sobretudo! Ficou novinho em folha!

— Eu sei sua idiota, minha roupa também foi concertada! – Responde a princesa ruiva de maneira seca, fazendo Rapunzel encolher os ombros.

— Méri...

— É Mérida pra você! – Devolve a ruiva. – Vamos! Um dos robôs fofos que eu persegui e puni adequadamente disse que o chefe deles quer nos ver!

Rapunzel piscou.

— O que você fez com eles?

Um sorrio macabro cresceu no rosto da ruiva que fez a loirinha suar frio.

— Paguei eles na mesma moeda! Agora se mexe e sem papinho bobo de amiguinha, fui clara?

Rapunzel por sua vez abaixa a cabeça e responde um fraco sim para a ruiva valente que dá as costas e sai andando sem a esperá-la.

— Acho... que eu mereço isso... – Murmura a princesa vestindo seu sobretudo.

Por que? – Pergunta Miku.

— Por que... eu preferir acreditar em uma visão e em alguém que já tinha demostrado suas reais intenções para conosco e isso quase acabou nos matando. – A jovem princesa respira profundamente. – Ela é minha melhor amiga... mais do que isso uma irmã! Tínhamos prometido que nunca mentiríamos uma para a outra, que confiaríamos em ambas não importa o que acontecesse ... mais...

— O Tadashi destruiu tudo isso... não é?

Sem responder a princesa se volta para a persocon que mantinha o olhos fixos nela.

— Ele destruí muito mais Miku... muito mais... – Repete a princesa que se vira seguindo a amiga... ou ex-amiga, deixando para trás uma persocon de olhar triste e vinte outros androides presos dentro de uma das câmaras de cura que acenavam para ela.

Pelos corredores do laboratório elas seguiram, a princesa ruiva na frente andando apressado sendo seguida logo atrás pela princesa loira que caminhava de cabeça baixa e com as mãos juntas diante do ventre. Hora ou outra erguia o rosto fitando Mérida na esperança de que ela fala-se algo... mais nada foi dito, nem expressado. Pensou em várias coisas que poderia dizer para puxar uma conversar, mas quando encontrava não prosseguia e assim ficou calada por todo o percurso.

“Se você soubesse como dói o seu silencio.”

Pensa a princesa do sol que conhecia a amiga como a pessoa mais faladeira e tagarela do mundo! Nunca ficava calada, sempre havia algo para dizer, xingar ou rir. Mesmo quando sua mãe tentou leva-la a força embora de Draconia ela gritou com todas as suas forças desafiando a autoridade da duquesa, até mesmo quando foi aprisionada por Breu em seus pesadelos ela não se abateu, até mesmo quando estava errada ela berrava, mais agora vendo a quieta sem dizer um “aí”, doía muito, mais do que qualquer dor ou ferimento sofrido naquele dia ou durante sua vida.

“Perdão amiga...”

Seus olhos lacrimejavam e já começavam a escorrendo por sua face.

“Se você soubesse como estou arrependida de ter mentindo pra você.”

Apertou forte um de seus longos cachos.  

“Me desculpe... de verdade... se houvesse alguma coisa, qualquer coisa que eu pudesse fazer para você me perdoar eu...”

Pensava com todo seu ardor quando uma voz interrompeu seus pensamentos e seu caminhar.

— TEMOS QUE TIRAR ESSAS COISAS DELAS AGORA!!!

— Mais essa voz é... – Murmura Rapunzel.

— É do professor! – Mérida enfim se manifesta e sem esperar pela resposta da outra sai correndo em disparada passando pela porta eletrônica afrente a tempo de ver seu professor gritando novamente:

— PRECISAMOS FAZER ISSO IMEDIATAMENTE, ANTES QUE ACONTEÇA COM ELAS O QUE ACONTECEU COM O JACK!!!

Os olhos da princesa valente tremeram, assim como a do Sol que chegou logo em seguida, primeiro por verem seu professor sempre calmo e sereno perder a compostura e a outra... foi ver uma pessoa conhecida por elas flutuando dentro de um tubo feito de vidro. Estava sem camisa, com fios ligados a seu corpo, uma máscara de ar cobria seu nariz e boca, seus olhos vendados e sua Aura quase apagada.

— Não pode ser... mais é o... 

— JACK!!! – Exclama Zie que corre até o local em que seu amigo esta, porém dois persocons que estavam monitorando o albino a seguram interrompendo seu progresso. – ME SOLTEM, POR FAVOR, ELE É MEU AMIGO!!!

Por favor senhorita acalme-se!

— Ele acabou de adormecer!

Dizem a dupla de androides.

— O quê?

— Soltem ele... AGORA!!! – A voz da princesa valente ecoou pela sala, ao mesmo tempo em que armou seu arco e uma flecha de cor vermelha em sua corda de cristal. – Não é porque vocês nos curaram que tem o direito de manter um dos meus amigos presos, por isso... – Puxa com mais força a flecha. – Se não soltarem ele e essa loira agora... eu vou explodir todos vocês!

Os persocons que seguravam Rapunzel arregraram os olhos em pânico, se entreolharam e depois para seu chefe que acenou com a cabeça e então soltaram a princesa de cabelos dourados que tocou na cápsula onde seu amigo estava.

— Jack...

Ela chama pelo albino que não responde.

— Por Althena... o que fizeram com você?

Não fizemos nada senhorita, na verdade...

Calado!!! – Interrompe a ruiva. – Soltem ele, ou vou disparar.

— Mérida!

Sem desviar o olhar a princesa responde com os dentes trincando:

— Professor!

O professor se aproxima da jovem

— Abaixe esse arco, esses persocons só estão tentando nos ajudar!

— Ajudar? – Questiona incrédula a ruiva.

— Sim! Eles tiveram que colocar Jack dentro desta cápsula antes que o pior acontecesse.

— O pior?! – A arqueira não compreende aquelas palavras e nem se importaria, pois percebeu o albino se mexer. – Jack...

Impossível... ele deveria dormir por horas! – Exclama um dos androides sem acreditar no que via.

Dentro da capsula Jack mexia os dedos, os ombros e os pés. Bolhas saiam de sua máscara de ar, sua Aura começou a se manifestar e a água azulada a se congelar. Rapunzel que estava diante da cápsula sente o familiar frio de seu amigo sendo liberado e ela pode perceber imediatamente o que aquilo significava... ele estava tentando se libertar por conta própria, porém a cápsula não estava se quebrando.

Então...

— Mérida!!!

— Nem precisa dizer! – Exclama a ruiva valente que desfaz sua flecha, avança segurando seu arco com ambas as mãos. O professor ao ver o que sua aluna ia fazer correr para impedi-la, mas foi impedido pelo persocon chefe que se pois em seu caminho com um olhar frio.

— Walter-san...

— Deixe. – Diz o persocon sério.

— Mais...

— Sensei... tem coisas que não dá para serem ensinadas com palavras. – Explica o androide.— Somente quando são vista e sentidas eles entenderam!

As palavras do androide acertaram fundo o coração do mestre, eram duras e afiadas, porém verdadeiras e fechando os olhos o professor engole seu amago enquanto ouve o vidro protetor da câmara ser despedaçando pelo golpe de sua aluna rebelde.

Inúmeros cacos grossos de gelo se espalharam pela superfície do laboratório, o corpo do albino ficou suspenso pelos fios que foram cortas por um movimento da varinha de Zie, libertando o jovem que despenca, mais foi segurado atempo pela princesa de Corona que o acolhe em seus braços.

— Jack... – A princesa murmura no ouvido direito do rapaz enquanto seus joelhos se dobravam até tocarem o chão, ajeitou o corpo do jovem o deitando sobre suas pernas enquanto acaricia seu rosto. – O que aconteceu com você... o que fizeram? – Questiona a princesa que chorava ao ponto de soluçar.

— Você pode cura-lo?

Zie sentiu a voz de Mérida ao seu lado, podia notar o tom de preocupação da ruiva e ela queria muito dizer que “sim” poderia cura-lo, mas...

— Não posso...

— Por que não?! – Inquere a princesa valente.

— Eu preciso ter sentimento forte e felizes para realizar minha cura através da minha voz. – Explica. – Quando me curei dos ataques do Hiro só consegui me curar em parte, pois só sentia o dever de detê-lo, ou seja, um sentimento forte de proteção... mais agora... depois de tudo e ver o Jack assim... eu...

Ela não consegue conter o choro e abraça com força seu amigo, afundando o rosto em seu peito, tal cena deixou Mérida com um nó na garganta, assim como um sentimento de frustração e culpa.

— Rapunzel...

— Eu sei que fui uma idiota!

Corta a loira com a voz embargada deixando a ruiva valente chocada.

— Eu não devia ter ido sozinha ao encontro do Tadashi! Eu devia ter te esperado, talvez aí juntas nós duas teríamos...

Os olhos azuis da princesa valente se arregalaram enquanto ouvia o desabafo da outra.

— Aí, nada disso teria acontecido, o Tadashi estaria preso ou morto e eu não teria tentado matar o Hiro... por Althena como fui tola!!!

Os lábios rubros da ruiva tremerem, assim como suas mãos que se fecham.

— É, tem razão!

Zie ergue um pouco a cabeça.

— Você foi tola... idiota, coração mole, fraca, estupida, imprudente, desmiolada, apressada e acima de tudo...BURRA!!!

A princesa do Sol ouve tudo calada.

— Você com essa mania estupida de sempre ver o bem em todo mundo sempre nos mete em confusão! Será que é difícil entender que nem todo mundo é bom neste mundo!!!

Seus lábios tremem.

— Por isso eu repito... essa é e sempre será sua pior... e melhor qualidade.

— Ah? – Zie vira o rosto e seus olhos esmeraldas se cruzam com os safiras de Mérida que estavam húmidos.

— Você têm o dom de achar luz onde não existe, esperança quando está perdida e coragem quando só resta o desespero e ainda consegue sorrir!

Os olhos de Zie se arregalam ao ouvir aquilo.

— Mérida...

— Eu tentei ficar fula com você, serio! – Exclama a ruiva. – Você foi tão imprudente que eu tava com tanta, mais com tanta vontade de te dar uns sopapos par você apreender! Mas ai eu lembro do sofrimento que você passou nas mãos do Hiro e como tentou me defender a todo o custo!

— Méri... – As lágrimas não paravam de escorrer dos olhos da princesa do Sol.

— Aí, quando aquele lobo robô virou sei-lá-o-que, você pediu para ele te matar ao invés de mim... você é mesmo.... UMA IDIOTA!!!

Nessa altura Mérida já não conseguia conter suas próprias lágrimas, ela tentou odiar sua amiga, mais não conseguiu e talvez nunca conseguira, isso porque...

— Você é uma irmã pra mim... emotiva, fofa e sem nenhum sentido de perigo e de alto preservação... EM SUMA VOCÊ É BURRA!!! BURRA, BURRA, BURRA, BURRRAAAA!!!!

Berrava enquanto chorava com a cabeça baixa por isso não percebeu o sorriso e as lágrimas pesadas que Zie derramava.

— Eu te amo.

— Ah? – Mérida ergue a cabeça na mesma hora.

— Eu disse que te amo sua boba!

E Mérida respondeu com um sorriso sonso:

— Somos duas besta mesmo!

E Rapunzel sorriu de volta:

— Somos mesmo.

— Mais são minhas bobinhas!

Disse uma voz bem conhecida pelas princesas que piscam uma para a outra, abaixam as cabeças simultaneamente dando de cara com um albino todo sorridente com um dos olhos destampados.

— Oi meninas! Sentiram minha falta?

— JACK!!! – Berram as meninas ao verem o albino acordado.

— Sou eu!!!

Responde o rapaz ainda deitado no colo de Rapunzel.

— Minhas queridas vocês me deixaram preocupados, do nada ouço vocês discutindo! Você chorando!

Aponta para Rapunzel.

— Mérida sendo Mérida!

Aponta para a ruivinha.

— O Hiro bateu em vocês duas, o moleque tá arretado mesmo!

Cara de espanto.

— Um lobo virando sei-lá-o-que!

Cara de não ter entendido nada.

— E você duas se declarando uma para a outra...

Pausa dramática acompanhado de um sorriso malicioso.

— Cadê o beijo de reconciliação?! Exijo meu beijo de reconciliação!!!

Cantarola todo feliz batendo palmas.

— Aliás vocês ficaram gatas nessas roupas, tão parecendo duas heroínas famosas!

Bom após a declaração nada simples e ousada de Jack não poderia ter outro resultado. Zie cobriu o rosto completamente vermelha de vergonha e Méri estalou o dedos, os músculos do braços e num movimento rápido arranca o albino do colo da amiga o pegando em uma mata-leão.

— A gente preocupada e você assistindo tudo no bem e bom.... TU NÃO PRESTA MESMO MOLEQUE!!!

— UUUAAAHHHH!!! SOCORRO RUIVA ASSASSINA DE TPM, RUIVA ASSASSINA DE TPM!!!

— VOU TE MOSTRAR A RUIVA ASSASSINA DE TPM, SEU MERDINHA PRATEADO!!!

Kojiro que assistia a tudo cobre a face com sua mão direita meneando a cabeça, enquanto os assistentes de Walter escreviam tudo o que acontecia em bloquinhos de anotações além de desenhos super detalhados de Mérida esganado Jack!

Cinco minutos depois...

— Carraca ruivinha você continua forte e aterrorizante como sempre, hein? Quase mata euzinho do coração! – Exclama Jack de maneira triste removendo sua venda e vestindo sua blusa branca.

— Ainda dá tempo de eu fazer isso!!! – Responde a ruiva estalando os punhos.

— Méri para! – Pede Zie. – Posso te chamar assim de novo... né?

— Mais é claro boba! Já descontei minha frustação no picolé. – Responde a ruiva maluquinha apertando a bochecha da amiga que sorri.

— Fico feliz em ser útil... perai é o que?!

— Há, há, há. – Riem as duas princesa, até...

— Tudo bem, agora que as “três donzelas” acabaram de confraternizar podem nos dar a devida atenção?

Um calafrio passou pelas espinhas do três alunos ao ouvirem aquela conhecida voz fria e ameaçadora. Se viraram lentamente encarando os olhos afiados e reluzentes do professor que não parecia... nem um pouco feliz.

— Ele tá bravo.

— Muito bravo!

— Pau das ideais!!!

Murmuram Méri, Zie e Jack, fazendo o professor lançar um olhar mortal para o trio que se treme todo.

— Em fila... agora!

Não precisou dizer outra vez, os três praticamente plantaram eretos diante do professor e do persocon que não demonstrava nenhum tipo de emoção ao contrário dos demais que sorriam, escreviam e acenavam.

— Ô povinho que gosta de acenar.

— Mérida!

— Já me calei! – Exclama a ruiva maluquinha de olhos fechados.

— Ótimo! – Responde o mestre. – Quero que conheçam o responsável por este laboratório e também que cuidou de seus ferimentos nesse pequeno espaço de tempo... Walter-san.

O jovem persocon da alguns passos à frente ficando ao lado do professor, sua aparência lembrava a de um jovem de dezoito a dezenove anos, cabelos negros curtos, olhos amendoados e pele pálida, o padrão básico de aparência de um dos simpáticos androides, porém ele não esboçava o familiar sorriso de seu povo, muito menos sua cordialidade além é claro de não ter...

— Ele não tem as orelhinhas! – O comentário de Zie fez com que Jack e Mérida piscassem e olhassem bem para o androide constatando que ele tinha orelhas normais ao invés das pontiagudas e de aparecia fofa.

— É verdade... ele não tem... por que será?

— Será que ele é mesmo um robô?

Se questiona a ruiva e o albino em dúvidas. Dúvidas essas que foram sanadas pelo próprio androide

Sou sim.

O trio se surpreende.

Sou um modelo avançado que não é encontrado no mercado. Fui projetado, desenvolvido e montado aqui na World Marshall pelo meu “pai”, Kozuki Yamaguchi.

— Kozuki... Yamaguchi? – Repete Zie.

— Conhece? – Sussurra Mérida para a amiga que meneia cabeça em negação, já Jack...

— Ahhh, desculpa aí meu camarada, mas a gente não conhece muito as pessoas importantes daqui... foi mal!

Na mesma hora as meninas olham incrédulas para o rapaz que sorria coçando a cabeça. Ambas já imaginavam que o androide ficaria chateado, mas para a surpresa delas e do próprio albino...ele sorriu e até riu o que os fez relaxar um pouco.

Você tinha razão Kojiro-sensei... eles são mesmo um bando de idiotas!

O relaxamento havia acabado.

— Ele chamou a gente de idiotas?

Chamei. – Repete o jovem androide com um sorrisinho o que fez a ruiva o olhar enfezado.

— Esse cara tá começando a me irritar. – Cantarola Méri estalando os dedos.

— Calma miga, lembra que os persocons dele ajudaram a gente, até nos curaram!

— E também nos jogaram em duas câmaras sem avisar, encheram de um liquido azul quase nos afogando e para piorar... nos deixaram peladas!!!

— MAIS HEIN?! – O olhar de Jack brilha ao ouvir aquilo. – Quer dizer que os robôs engraçadinhos deixaram a maluquinha aqui peladinha?

Do jeito que veio ao mundo. – Completa Walter fazendo o sorriso de Jack se alargara ainda amais até se transformar em uma intensa gargalhada.

— E EU PERDI ESSA, HÁ, HÁ, HÁ, HÁ!!!!

— Jack! – Rapunzel por sua vez reprende o amigo, já Mérida estava vermelha de raiva e o incrível é que nem era com Jack, mais sim pelo persocon a sua frente e seu bando que a fez passar vergonha.

— Você parece tá se divertindo né, ô do jaleco?

Walter arqueia uma sobrancelha.

De fato estou, é raro ver magos passando vergonha, principalmente aqueles que se enfezam fácil.

A resposta fez a ruiva serra os dentes em fúria.

— Que, que cê disse?!!!

— Mérida calma! – Zie tenta acalmar a amiga.

— Nem vem Zie, esse cara tá de zoeira com a gente desde que se apresentou, não é porque é o chefe aqui que vai bancar uma de fodão pra gente.

— Mérida olha a boca!!!

Nossa que boca suja, você é mesmo uma princesa?

A paciência de Mérida estava se esgotando.

— Sou sim! – Se aproxima do persocon. – Algum problema com isso?

Os olhos da ruiva reluzem em fúria, assim como sua Aura que começa a se elevar fazendo Zie se apavorar com o andamento das coisas e Jack a parar de rir.

— Ei ruivinha... se controla.

— Cala a boca meleca prateada! Meu assunto é com esse engomadinho aqui! – Brada a ruiva valente sem se voltar para o albino, sua atenção ia toda para o androide que continuava sorrindo, só que dessa vez de maneira desafiadora.

Você se enfurece com muita facilidade... ruivinha.

É mesmo sabichão? Pois deixa eu te dizer uma coisinha! – A princesa agarra a gola do jaleco do androide o puxando para perto dela. Seus narizes quase se tocam, seus olhares fixados uns nos outros, ele podia sentir a respiração da ruiva, já ela nada sentia dele, apenas uma raiva crescente pelo olhar de superioridade que ele emanava. – Ninguém faz a mim e meus amigos de bobos... muito menos prisioneiros... fui clara?!

Claro. – Responde o persocon com tranquilidade. – Mais deixe me dizer uma cosia... Mérida.

— O que... frescozinho? – Debocha a ruiva.

Nunca subestime alguém... principalmente alguém que odeia magos!

Ao ouvir a última palavra o sangue de Mérida gelou, o olhar frio e de superioridade do persocon desapareceu e no lugar estava o olhar afiado e ameaçador de um predador pronto para devora sua presa... nesse caso a arqueira que sente seus pulsos serem puxados para trás, assim como seu corpo.

— Mais o que?!

— Mérida!

— O corpo dela tá se mexendo sozinho! – Exclama Jack.

Porém não foi só isso, Mérida começou a sentir seu corpo ser restringindo, como se algo a estivesse envolvendo, a imobilizando e por fim... a suspendendo no ar.

— Mérida!!! – Gritam Rapunzel e Jack que avançam em direção a amiga... para em seguida sentirem seus corpos também sendo travados e assim caído ao chão imóveis.

— Mais que merda!

— Eu não consigo me mexer!

O trio fica imóvel diante do persocon que sorri.

Fácil demais. – Seus olhos amendoados brilham e em segundos o corpo de Mérida é erguido mais alto e depois virado de cabeça para baixo. Senti o seu sangue ir direito para a cabeça, seu corpo a ser cortado por algo muito fino, suas mãos levadas para trás do corpo impossibilitando que chamasse seu arco e seus cabelos revoltosos estavam fora de alcance, assim não podendo o usar para criar flechas.

— Mer...da!

Sente-se humilhada?

As palavras do persocon chama a jovem ruiva a realidade.

Pois fique sabendo que isso não é nem 10% do que meu povo sofreu nas mãos de vocês magos e das de Tadashi!

O mero pronunciar daquele nome fez com que o que-quer-fosse que prendia o trio os apertou, fazendo os gemer de dor. Com olhos suplicantes olharam para seu professor que estava imóvel e de braços cruzados.

— Professor...

— Ajuda a gente...

— Por favor...

Kojiro se contorceu incomodado, mais se manteve em seu lugar, para desespero dos alunos.

— Ele... não... vai... ajudar... – Múrmura Zie sentido seu copo ser apertado pro algo afiado que começou a corta-la a fazendo e gemer de dor.

— Ou ele não pôde... ou não quer? – Questiona Jack que trinca os dentes liberando seu ar frio envolta do corpo, sentido o que-quer-fosse que o estivesse amarrando parando, endurecendo e...

“Partindo!”

O rapaz solta um grito de fúria e o que o prendia se parte em pedaços, se ergue e avança contra o persocon que faz uma contagem:

Cinco, quatro, três, dois... um... agora!

E Jack parou a centímetros do rosto do persocon com seu punho carregado de Aura congelada que esfarela pelo ar. Seus olhos azuis se desfocam mudando de cor para dourado, um dor lacerante percorre sua mente, assim como o restante do seu corpo e a sua frente ele não via mais Walter, mais novamente sua irmã mais nova sendo morta e ele não podendo fazer nada... de novo.

— NÃOOOOOOOOO!!!!

Seu grito ecoou por todo o laboratório assustando os persocons, seus joelhos se dobram, leva suas mãos a cabeça a balançando desesperado gritando por sua irmã... e isso tudo assistido por suas amigas que estavam horrorizadas.

— Por Athena... JACK!!!

— O que você fez com ele seu maldito?!

Eu nada... já Tadashi. – Responde o persoson com frieza. – Sensei, pôde segura-lo, por favor?

Não precisou pedir outra vez, Kojiro em segundos surgiu atrás de Jack o segurando, nisso Walter puxou de seu jaleco uma seringa, removeu sua tampa mostrando uma enorme agulha ao qual aperta saindo um liquido amarelado de sua ponta e depois caminhou até Jack.

— Espera... o que você vai fazer?! – Inquere Mérida de ponta-cabeça ao androide que nem a ouve.

— Ele vai injetar algo no Jack!!! – Grita Rapunzel tentando se soltar.

— Não... espera!!! – Grita a ruiva se balançando sentindo seu corpo sendo cortado. – Não... para!!!

Sensei... o pescoço dele, por favor. — Pede o androide e Kojiro puxa a cabeça de seu aluno para o lado mostrando o pescoço do rapaz.

— Professor não deixa ele fazer isso, por favor!!! – Grita Rapunzel em desespero já chorando.

Walter por sua vez se ajoelha e aproxima a agulha do pescoço do albino, as meninas tentam se soltar mais era inútil, quanto mais tentavam mais restringidas e dor sentiam e quando Walter finalmente aplicou o a injeção gritam juntas:

— NÃÃÃOOOOOO!!!!

Mais era tarde, o persocon injetou todo o liquido amarelado no pescoço do albino que sentiu espasmos percorrerem todo seu corpo, sua mente dolorida e caótica ardeu, assim como as imagens de sua irmã morrendo ao poucos foram queimadas, sumindo de sua mente, incluindo o pesar e o medo que o matinha imóvel. Seus olhos voltavam coloração azul gelo de antes, assim como sua Aura que se acalma.

— Aff... aff... o que...?

Pode solta-lo sensei, o medicamento já fez efeito.

E Kojiro obedecendo soltando seu aluno que fica ajoelhado no chão recuperando o folego. Um silencio se fez naquele ambiente enquanto as princesa olhavam incrédulas o que acabara de acontecer.

— Ele... não o matou...

— Mais então o que foi aquilo... AAAHHHHH!!!! – Antes de Mérida terminar sua pergunta seu corpo cai no chão com um baque agudo. AÍÍÍÍ!

— Méri! – Rapunzel chama pela amiga e percebe que seu corpo já podia se mexer também, se levanta e vai até sua amiga ajudando a se sentar. – Você tá bem?

— Não... não tô. – Responde a ruiva se sentando encarando o persocon que recolocava a tampa da seringa. – O que você injetou nele?

O androide volta seu rosto para ela e sorri respondendo.

Nada demais... só apliquei um soro que inibi o efeitos da Kyofu no masuku no seu amigo.

— O QUÊ?! – As duas princesas exclama com os olhos arregalados.

— Meninas! – A voz do professor chama a atenção das duas. – Walter não prendeu Jack naquela cápsula para fazê-lo mal, mais sim poder retardar os efeitos da Kyofu no masuku nele... que infelizmente atingiu o estado crítico!

— Estado... critico. – Aquelas palavras fizeram o coração de Rapunzel tremer.

Exatamente. – Walter completa. – Sozinha a Kyofu no masuku já causa efeitos terríveis na pessoa, como vocês duas puderam sentir a uma hora atrás.

Os olhos de ambas tremeram pela simples lembrança do que aconteceu uma hora atrás.

— O que vocês duas não sabem é que caso Tadashi deseje, ele pode dobrar ou até triplicar o efeito da droga, causando efeitos na mente, no corpo... até mesmo na Aura.

— NA AURA! – Brada Mérida incrédula se levantando.

— Não pode ser... – Zie se levanta também encarando o androide. – Afetar nossa mente e corpo é uma coisa... mais até em nossa Aura?! Como!

— E você ainda disse que ele pode ativar quando e como ele quiser os efeitos mais devastadores... como isso é possível?!

O persocon olha de lado para o professor que meneia a cabeça em afirmação e assim ele responde:

Da mesma forma que ele comanda os ciborgues.

As meninas arregalam os olhos em choque, suas mãos tremem, suor frio escorre por suas faces, assim como suas peles que ficam brancas como cera.

— Zie... qual era o nome daqueles robozinhos que o Tadashi disse na apresentação dele...?

 – Nano... nanomaquinas...

Isso mesmo. – Confirma o androide. – As mesmas Nanomaquinas que ele utiliza para criar e controlar todos os ciborgues existentes dentro e fora deste prédio... e vocês também.

Os corpos das duas tremem assim como seus olhos.

— Quer dizer então...

Vocês são marionetes dele. – Afirma Walter erguendo o punho direito o abrindo... – Marionetes que ele pode usar e destruir quando quiser! – ...e o fechando com força. O resultando disso foi Zie perdendo as forças nas pernas a fazendo cair de joelhos no chão.

— Por Althena... – Cobre sua boca com a mão esquerda sentindo o desespero e o medo a tomarem. – Não pode ser...

Isso é um pesadelo. – Murmura Mérida cambaleando para trás também caindo. – Isso só pode ser um pesadelo!!!

— Mais não é meninas... é a realidade. – Diz o mestre a suas alunas que o encaram atordoadas. – Não sei quando e nem como ele fez para injetar esses nano-robôs em vocês, mais a verdade é...

Se agacha ficando na altura delas.

— ... se não tirarmos essas porcarias de seus corpos, vocês não poderão encostar um dedo nele!

— Não... – A voz de Mérida sai como um lamento, pois o que ela mais queria era ter a chance de dar o troco em Tadashi e faze-lo sentir toda a dor e sofrimento que causou em seus amigos e nela. – ...maldito!

— Então quer dizer que não adiantaria nada se Mérida e eu tivéssemos nos unirmos contra ele?

A pergunta de Zie fez a ruiva gelar da cabeça ao pés.

— Isso mesmo. – Responde o professor. – Se tivesse ido juntas, Tadashi poderia ter paralisado vocês, força-las a lutarem uma contra a outra e depois fazer o que quisesse com vocês... – Kojiro fecha os olhos em fúria ao pensar nisso.

As princesas olham perdidas para o mestre, as palavras duras e terríveis de um destino que poderia ter acontecido com ambas. Deram as mãos sem perceberem, olham pelo canto do olho uma da outra e sem planejarem nada se puxaram simultaneamente em um abraço, forte, quente e acolhedor e choraram em silencio, tudo isso assistido pelo mestre que serrava os punhos em fúria, sua mente focando só no seu ex-aluno e em seu desafeto do passado. Como ele desejaria estar lá em baixo agora fazendo ambos pagarem, por todo o mal que fizeram, da forma mais dolorosa e humilhante possível.

“Eu vou destruir os corpos e suas almas a tal ponto que eles nunca mais poderão renascer!”

Declara o samurai em seu interior, foi então...

— Então como a gente derrota ele?

O professor volta-se para trás se deparando com seu aluno de cabelos alvos sentado com as mãos juntas diante da boca, pode ver seus dedos tremendo por um sentimento que ele sabia muito bem qual era, seus olhos brilhavam em desejo de sangue, assim como sua Aura. Um sentimento que o professor compartilhava totalmente.

— Walter-san! – Kojiro chama pelo androide sem se virar. – Peço desculpas pelo transtorno causado por minhas alunas e aluno, se bem que você estava certo... eles precisavam ver e sentir para acreditarem no que estão enfrentando.

O persocon meneou a cabeça em afirmação.

O melhor remédio é sempre o mais amargo, como dizia o meu “pai”.

— De fato. – Concorda o mestre se voltando para ele. – Por isso precisamos aplicar um remédio em Tadashi!

— O mais doloroso possível!!! – Enfatiza o albino com seus olhos em chamas.

— Um que ele sentira por toda a sua vida. – Declara a ruiva erguendo a cabeça enquanto fazia um carinho na cabeça de sua amiga que só respondeu com um aperto sobre seu braço.

Walter ao ver o brilho nos olhos dos magos e suas vozes determinadas esboça um sorriso de pura frieza e de determinação, como ele havia esperado por aquele momento, momento esse que encontraria pessoas que assim como ele nutriam o desejo de vingança contra o Hamada e tudo o que ele representa.

Mesmo eles sendo magos...

Eu vou ajuda-los.

E todos meneiam as cabeças em afirmação, começava ali o levante das marionetes contra seus senhores.


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos mais um capitulo! Será que Walter conseguira curar o grupo? E Daigoro e Hagamoto? O que sairá deste reecontro?

O passado e o presente se juntam no próximo capitulo dedicado inteiramente aqueles que foram esquecidos pela historia!

Que será lançado... AGORA!!!



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