O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 64
Pecados Invisíveis


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Estamos de volta com mais um capitulo da saga O Mago das Espadas! Peço desculpas pela demora novamente. Este capitulo era pra ter sido lançado duas semanas atras, porém meu pc teve que ir para manutenção e não pude postar, por isso o capitulo esta saindo numa segunda-feira.

Mias voltando a historia, hoje veremos mais sobre a terrível Mascara do Terror e seus efeitos devastadores nos jovens magos, a descoberta de um novo aliado e o reencontro entre dois executores!

Curiosos? Leiam e descubram! Desde já uma boa leitura para todos!



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Ele ainda se recordava bem daquele dia, o dia em que perdeu a esperança, a força e o motivo para lutar...até mesmo para viver. O dia em que viu seu odioso inimigo usar seu maior medo contra ele, medo esse que tomou a forma de alguém que devia ama-lo, mais ao contrário... o odiava, desprezava-o, dizendo que ele não era seu sangue, seu herdeiro, apenas um erro, uma aberração que nem deveria existir! Ele implorou para que seu inimigo parasse, mas ele não o fez, apenas intensificou a ilusão fazendo a sombra do barão ainda maior e mais aterrorizante o levando ao desespero... e pôr fim ao colapso. Passou dias internado na enfermaria da escola sem comer, ou falar com ninguém, nem mesmo com seus amigos e sua milady, queria sumir, desaparecer daquele lugar, de seu Condado e da vida de todos... para sempre. No entanto havia alguém que não iria desistir dele assim tão fácil, pois enquanto jazia em sua foça, um ser de escamas negras e olhos amarelos de íris negra havia invadindo seu leito, sua expressão era de tristeza e solidariedade, não conseguia falar sua língua... e nem precisava, bastava um único olhar para eles se entenderem e se amarem. Foi então que ele pensou... quantas vidas o rei dos pesadelos iria ceifar até alcançar seus objetivos? Quantos reinos ele dizimaria? Quantos Wyverns cairiam do céu vítimas de sua foice? Quantos filhos desprezados pelos pais o Mundo da Magia sacrificaria para deter aquele de homem?!

“Não... nunca mais!”

Foi o que ele decidiu naquele dia, não estudaria e nem lutaria pela aceitação de pessoas que não mereciam. Lutaria pelo bem daqueles que o amavam do jeito que ele era e por esse amor... ele buscou o poder de Althena, mais precisamente de um de seus servos. Longe de seu Condado ou de qualquer reino ele viajou com seu amigo réptil para uma terra além dos mares, onde gigantes habitavam.

A Terra dos Forjadores, lar dos gigantes ferreiros e artesões das melhores armas e equipamentos existentes no mundo, dizem às lendas que eles apreenderam sua arte através do próprio Terceiro Filho de Gaia... Palma o Rei da Terra. O terreno era vasto, repleto de colinas e campos abertos onde diversas ferras e monstros que não se encontravam em nenhum reino, nem mesmo em Gaurasia, habitavam. Um paraíso intocado e guardado por seu povo e também lar de um dos Guardiões da Deusa Althena... O Dragão Negro.

Sua morada era situada na maior montanha da Terra dos Forjadores, seu pico não podia ser acessado por nenhuma criatura alada, caso tentasse cairia pela falta de ar ou pela poderosa Aura do Dragão que não permitia seu acesso, caso alguém quisesse vê-lo teria que atravessar toda sua morada, do pé até o cume... e eles fizeram isso. Levaram uma semana passando por desafios e provações até finalmente chegaram à presença da besta que os parabenizou por sua perseverança e amizade.

E lá a besta lhe fez a pergunta:

“Tu que peregrinou sem descanso ao lado de seu ‘irmão’, por que buscas meu poder?”

E o jovem respondeu:

“Busco tua força e sabedoria para defender aqueles que amo de um terrível mau!”

O gigante de escamas negras e de olhos dourados o fita.

“Apenas os tolos buscam o poder em proveito próprio, mais tu busca pelo bem dos outros... por quê?”

Ele abaixou a cabeça fechando os olhos, em sua mente às imagens de seus amigos surgiram, assim como de sua amada, todos sorrindo para ele, o apoiando, dando-lhe forças, sem questiona-lo ou julga-lo, o amando pelo que ele era.

“Por que eles foram os únicos que me aceitaram pelo quem eu sou de verdade...”

Estende os braços diante da fera.

“Eu um menino franzino, sem dotes físicos, apenas um pouco mais inteligente, renegado e humilhado pelo próprio pai, encontrou nessas poucas pessoas uma razão para viver existir e lutar.”

Olhou para seu amigo que sorria sem os dentes, o fazendo também sorri.

“Por eles... por todos eles...”

Seus olhos reluzem e sua Aura envolve todo seu corpo, reagindo as suas emoções e o clamor de sua resposta.

“Eu preciso de suas garras... suas assas... sua sabedoria... seu fogo!”

Coloca as duas mãos diante do peito e entoa seu último pedido.

“Torne-me um Dragão!”

E assim ele o fez, a besta negra ficou admirado, pois a muito tempo não via alguém com tamanho espirito e dedicação pelo próximo, podiam ser poucos, mais esse poucos já significavam um mundo para ele e assim com sua garra direita toca em seu peito e testa, assim formando o pacto entre eles, agora eram Dragão e Arauto e juntos... causaram dor e desespero ao Rei dos Pesadelos ao qual ele nunca sonhou ou imaginou sentir.

O jovem herdeiro achou que depois do embate contra Breu Black, ele nunca mais precisaria usar seu poder, devolveria para o Dragão e seguiria sua vida ao lado da jovem que ama e de seu amigo alado de escamas negras.

Mais o destino tinha outros planos e seu poder teve quer ser usado mais vezes e cada vez com mais frequência e aos poucos ele foi se esquecendo de seu plano original e acabou abraçando esse poder como seu. Se foi uma escolha inteligente ou sensata, ele não sabia, apenas tinha certeza de algo. Precisava proteger o mundo de Althena de todas as suas ameaças... sejam elas quais fossem...

Nos céus eles voavam, suas Auras eram como pontos distantes no céu que se movimentavam incrivelmente rápido, sobrevoaram além do distrito financeiro, indo para o central, depois para o de telecomunicações, onde os apresentadores tentavam dar alguma explicação nos noticiários sobre o que acontecia na cidade, mas em vão. Os robôs e persocons que tentavam ajudar seus mestres olharam para o céu, seus scanners tentando identificar o que eram aqueles seres vivos tão brilhantes que de alguma forma aqueciam seus núcleos. A dupla só parou de voar quando já estavam a quilômetros da cidade, sobre o deserto de que um dia já foi um imenso e belo vale de flores e plantas na era de ouro de Yamato... hoje só areia e asfalto restavam no lugar.

O primeiro a pousar foi o menino criando algumas ondas de areia ao seu redor, logo em seguida ao Arauto pousou a alguns metros dele. Ambos se encararam com seus olhos verdes, aquilinos e reptilianos sem piscar, suas espadas de aço e de fogo abaixadas pendendo a seus lados, assim como suas Auras que já não eram mais emanadas para fora de seus corpos, porém estavam ali... invisíveis aos olhos nus.

Tenho que admitir... você é persistente... para um lagarto. – Diz o jovem Regente com sarcasmo.

Pois é! Eu tenho essa mania! – Devolve o Dragão fechando os punhos. – ­ Principalmente quando alguém ameaça as vidas dos meus amigos!

Hiro ri.

— Amigos né? – Ele ergue sua espada apoiando a parte sem fio em seu ombro direito. – Belos amigos esses seus, hein?

— Eles não são perfeitos eu admito. – O jovem dragão abaixa a cabeça. – Mais quando você cresce em um lugar onde somente a força e a brutalidade reinam... você descobre que o imperfeito se torna perfeito para você.

— Sei... o Condado de Berk. – Responde o Regente. – Reino que se estende por um arquipélago inteiro formando por diversas comunidades lideradas por uma só bandeira.

Soluço arregala os olhos ao ouvir aquilo.

C-Como você...?

Ei! Esqueceu que você está lidando com um policial? Investigação é o meu forte!

O herdeiro de Berk fica surpreso, novamente aquele “menino” surpreendia pelo seu intelecto avançado.

No entanto...

— Então se você sabe de onde eu sou deve saber sobre meus amigos também, estou certo?

— Certíssimos! – Diz o jovem girando Yamato entre os dedos a cravando no solo arenoso e apoiando as mãos sobre seu cabo branco.— Logo que minha tia “acidentalmente” cotou que vocês são da realeza, Weltall e eu fizemos uma pesquisa completa sobre vocês quatro... dá pra achar muiiiita coisa na Cristal Net, é só saber procurar.

— Entendo... – Soluço tentava esconder seu espanto, mas estava difícil, aquele menino estava mostrando uma face muito mais impressionante do que ele podia imaginar. Se toda essa confusão não tivesse acontecido, se Tadashi não tivesse feito o que fez, eles agora poderiam ser... – Mais Hiro, se você sabe quem somos, então sabe o que vai acontecer com sua cidade se algo nos acontecer... não sabe? – Questiona apontando o polegar esquerdo para trás onde a cidade se erguia em suas luzes artificiais, era uma jogada do Arauto para desmotivar o garoto, embutindo medo em sua mente com o que poderia acontecer com seu povo se seus reinos atacassem em vingança, porém...

— De novo essa estratégia.

Ele não era um garoto qualquer.

A ruiva tentou esse mesmo argumento antes e eu dei uma resposta básica dizendo que eu tinha tudo planejado, para que meu povo e eu saiamos limpos nesta história, sacou?

— O quê?!

— Mais já que você é mais inteligente... eu posso dar uma resposta mais franca! – O tom de voz do garoto muda fazendo o Arauto suar frio. – Me responda? Você acha mesmo que um Condado moveria um exército para se vingar de um... Ex-Herdeiro?

Os olhos de Soluço tremem, assim como sua Aura.

Não é possível... você... sabe?

 E sorrindo o Regente responde:

Eu disse... se você procurar direito, você acha tudo na Cristal Net, dados familiares, trapalhadas, processos, fofocas, possíveis deserções.

O Arauto engole seco, não era possível que aquele menino tinha tamanha noção sobre eles.

— Como você?!

— Me diz aí? – O menino o interrompe apoiando o queixo sobre suas mãos que estão na espada. – Você acha mesmo que Corona, Dumbroch e Berk levantariam armas contra nós para vingar três causadores de problemas?

Soluço dá um passo para trás.

Três pessoas que só trouxeram prejuízos financeiros, processos no ministério, tensões entre outro reinos, além é claro de desgosto para suas famílias pelo simples fato de... existirem, vocês são como caudas de lagartixas!

O Arauto serra os dentes.

Quando elas percebem que vão ser pegas cortam fora suas próprias caudas as abandonando, pois assim conseguiram sobreviver, assim como seus reinos precisam do nosso metal e moonstones que só conseguem aqui! – Aponta para baixo removendo sua espada do solo arenoso.— É cruel? Sim é! Eu acho isso repugnante e asqueroso, mais é isso que os seus reinos são! – Completa o menino apontando sua espada na direção do Arauto. – Você com toda a certeza já sabia disso por ser o mais “esperto” do bando e deveria sempre os seguir para evitar que ele fizessem mais merdas, limpando suas sujeiras... em todos o sentidos se é que me entende?

Sua pele fica pálida e seu sangue gela.

— O que... você está insinuando?

O menino sorri.

Você conhece alguém chamado David Fisher?

Soluço sente algo o atingindo no peito, tão forte e tão profundo que recuou cobrindo-o com sua mão esquerda, que sensação era essa?

— Esse nome...?

— Caso não se lembre, ele era um detetive que foi assassinando, um dia antes da polícia invadir uma arena clandestina de Real Steal há algumas semanas atrás. Eu sei disso por que participei desta invasão! – Explica o Regente sério abaixando sua espada. – Também foi lá que Weltall enfrentou Balde Wolf e despertou sua Relíquia.

O Arauto novamente sente seu peito doer, o que era aquela dor?

— A policia disse que encontrou o corpo de um policial perto de um prédio abandonado... eu imagino que ele devia ser um informante da máfia.

— Pois é, foi o que eu e meu amigão achamos de início, até algumas horas depois.

— Ah?

— Meu amigo Felix veio ao meu encontro antes de sairmos e me revelou que tinham acabado de fazer a autopsia no corpo do David, procedimento básico em uma investigação, até que ele revelou algo... muito estranho.

— Algo... estranho?! – Murmura o Arauto sentindo calafrios.

— O Davi foi morto por um golpe perfurante desferido por trás. – Explica o menino.  – Logico que pensamos ter sido o Wolf, só que para nossa surpresa... não tinha sido ele.

— COMO?!

— O legista que era amigo do Felix comparou o ferimento do peito com as armas usadas por Wolf e os outros VNT e percebeu que não havia sido feito por nenhuma delas!

Os olhos de Soluço se arregalam ao ouvir aquela revelação.

— Usando mecanismos modernos que só existem aqui, o legista descobriu um pequeno fragmento, triangular, de cor negra dentro da ferida... muito similar a essas escamas da sua cauda.

Imediatamente os olhos reptilianos do Arauto se voltam para sua cauda que balançava, depois encara o menino que sorria.

— Você não achou estranho eu me aliar a um VNT que suspostamente matou um colega de trabalho? Mesmo ele sendo um suposto traidor?

Soluço abre a boca mais nada sai.

Eu pedi ao Felix que remontasse o Wolf, mesmo que isso fosse difícil, já que sua interface havia sido avariada, mais quem sabe ainda pudéssemos obter alguma resposta e também foi um pedido do meu amigão!

Abaixa sua cabeça olhando para suas mãos que tremiam.

— Despois a capitã foi falar com a viúva do David e descobrimos para espanto de todos que ele trabalhava como voluntario numa ONG que ajudava desabrigados e refugiados de guerra, por isso ele estava em uma área diferente da sua jurisdição!

O jovem ergue sua cabeça encarando novamente o Regente que ia cada vez mais fundo.

— Então o Wolf ficou pronto, Felix usou uma presa fossilizada que estava incrustada na interface neural dele! Em suma... uma Relíquia como a do meu amigão, só que ainda em seu estado bruto e quando ele o religou tudo estava lá, fluindo em sua mente como lembranças do passado, ele obviamente pensou que eram dados, não podemos culpa-lo afinal ele ainda achava que era uma simples máquina! Mais tudo estava lá! Ordens, transações bancárias, dados dos apostadores, lutadores, prostibulo, políticos, tínhamos tudo para pegar o Yama! Incluindo que ele não tinha matado o David! Só que tinha mais coisa! – Aponta seu indicador esquerdo na direção do Arauto. – Vocês!

— Ah?

— Havia registro de conversas além de fotos do Yama com um certo mago que vivia na cidade, mais estava fora estudando. – Diz o jovem. – Desnecessário dizer que esse mago era o bastardo do meu irmão certo? E nelas ele dizia... que estaria voltando com um grupo de guarda-costas para protege-lo e de quebrar havia aplicado uma nova incrível magia neles!

— O QUÊ?! 

— Kyofu no Masuku, traduzindo... Máscara do terror! – Declara Hiro. –Uma técnica criada há seiscentos anos pelo samurai renegado Hagamoto Kagemitsu! Atual Espírito Guardião do Tadashi! – Diz o jovem Regente que prossegue. – Essa técnica causa um estado de alucinação na pessoa que do nada começava a ver seu pior medo bem diante dele, com pouca potência a pessoa se contorcia de medo ficando paralisada, um pouco mais a pessoa ficava se desculpando por todos os problemas que havia causado, se sentindo fraca e incapaz de reagir, ou seja, atingida pela ‘culpa’. Botando mais força a pessoa delira ao ponto de achar que está tendo premonições de um futuro que pode acontecer e o ultimo e mais grave de todos... – Aponta para sua própria cabeça. – ...controle mental!

O mundo de Soluço caiu por terra, aquelas palavras, aquela técnica...

“O que é isso...?”

Sua cabeça começa a latejar, seu peito a pulsar em dor aguda, seus circuitos mágicos a reverberarem como se estivessem queimando.

“Que dor é essa?!”

Questiona-se o Arauto, no mesmo momento em que seus olhos se desfocam e imagens obscuras e horrendas começaram a passar por sua mente, de uma criatura matando pessoas, todos, monstros como ele, que violavam a lei e a ordem em benefício próprio e tentaram por diversas vezes ferir seus amigos.

“Pela Deusa... pare!”

Em uma dessas imagens estava um homem que ele não conhecia, porém estava discutindo com um de seus amigos, mais precisamente Tadashi.

“Não...”

Estavam em um beco sem ninguém por perto, o homem discutia com seu amigo de forma ameaçadora enquanto Tadashi não demonstrava nenhuma reação, somente quando o estranho irritado segurou-o pelo colarinho, nesse momento a forma do homem se desfez em uma nuvem negra, quando ela se dissipou restou no lugar uma horrenda criatura que ameaçava seu indefeso amigo que finalmente gritou pedindo socorro, e ele logo o atendeu da forma que mais lhe cabia... eliminando o “monstro”.

Com apenas uma estocada de sua cauda perfurou o peito do “monstro” o derrubando no chão. Respirava fundo tentando recuperar o fôlego, quando sentiu uma mão em seu ombro direito, virou o rosto e encontrou a face de seu amigo que lhe agradecia imensamente:

“Obrigado meu amigo, muito obrigado!”

E seus lábios criaram uma linha, que se alargou mostrando um enorme e doentio sorriso.

“Obrigado novamente por seus valorosos e inigualáveis serviços prestado a seu rei!”

Naquele momento ele não havia percebido tal face e o sentimento obscuro que emanava daquele ser e nem de quando voltou seus olhos para o “monstro” que agora era um simples homem... indefeso e sem culpa de nada.

Não... não... NÃÃÃÃÃOOOOO!!!!

O jovem dragão cai de joelhos segurando sua cabeça com força, sua Aura a irromper fazendo a areia do deserto o rodear criando um redemoinho a sua volta.

Hiro que assistia a tudo meneia a cabeça em decepção.

“Se esses são os guardiões deste mundo... então Althena está perdida.”

Ergue seu rosto encarando os céus, mais especificamente a estrela que nunca se punha.

Foi por isso que você nos chamou né? Porque eles não seriam capazes de tal tarefa.

Olha novamente para Soluço que afundou a cabeça no chão gritando.

Se eles caíram só com o plano fútil de Tadashi... eles não vão ter a mínima chance contra os outros Vassalos da Calamidade e principalmente contra os Lordes!

Era um fato cruel e verdadeiro, eles não foram só enganados, mais também usados como marionetes por uma só pessoa!

“Se Tadashi quisesse... poderia ter matado todos eles sem pestanejar.”

Deduz o pequeno gênio.

“Se ele não o fez é porque viu que eles tinham utilidade... e provarão muito bem isso.”

Pensou em tudo o que aconteceu desde que conheceu a turma de malucos, todos os encontros idiotas, até aquela fatídica noite no galpão.

“E pensar que tudo isso foi causado por uma simples...”

— Droga?! – Exclama a ruiva que caminhava apoiada no braço do professor descendo alguns lances de escadas.

— Exatamente Mérida... uma droga. – Responde o professor. – Esse feitiço na verdade não é aplicado por uma varinha, maldição, ou imposição de Aura, mais sim através de um objeto embutido via oral como uma...

— Poção. – Completa Rapunzel que seguia o professor e a jovem. – Alguns feitiços para fazerem efeito não necessitam de encantamentos verbais, basta que inalem, recebem em sua pele ou ingiram para que funcione... como o que aconteceu com os magos da convenção.

Ao ouvir aquilo Mérida se sentiu mal novamente, principalmente pelo velho que a salvou de ter o mesmo destino que o deles.

“Se tivéssemos percebido os planos de Tadashi antes eu poderia...”

— Não force sua cabeça tentando arrumar alguma desculpa, ou forma de ter evitado aquilo, Mérida.

A jovem ruiva encara o professor surpresa.

— Não somos deuses e nem sempre podemos salvar a todos... infelizmente...

— Eu sei, mais... – Era difícil para ela aceitar, principalmente quando a pessoa estava ao seu alcance. – ...isso não diminuí nenhum pouco minha dor e culpa.

— Verdade. – Responde o mestre sem emoção. – Essa dor vai te acompanhar por muito tempo, talvez até pelo resto da sua vida.

Ao ouvir as palavras do mestre a jovem abaixa mais a cabeça fechando os olhos sentindo-se mais culpada ainda.

No entanto...

— Então o que lhe resta a fazer agora... é lutar!

— Ah? – A princesa levanta a cabeça, seus olhos azuis fitando os reluzentes de seu professor.

— É muito fácil chorar e se culpar pelo que ouve, mas isso não trará os que morreram de volta. – Solta o braço de sua aluna e segura seu rosto. – A melhor forma de se desculpar ou se redimir de um erro e agir!

Era verdade, por vezes a culpa leva uma pessoa a um estado de total infelicidade, desamino e inércia, ao qual ela fica presa nas lembranças de seu passado, ou no questionamento de:

“Se eu tivesse feito ao contrário?”

Ou...

“Se tudo fosse diferente?”

Ou até mesmo...

“Se eu morresse no lugar deles tudo se resolveria?”

Todas as opções eram desculpas ou fugas e nenhuma solução, apenas sentimentos negativos que te prendem e lhe levam para a escuridão. E a única forma de vencê-los é...

— Seguir em frente evitando que isso se repita! – Responde a jovem ruiva que recobrava o brilho em seus olhos.

— Isso mesmo! – Conclui o professor sorrindo. – Honre aquele que lhe salvou e traga a justiça ao causador de tal crime! Que é...

— Tadashi! – Rosna a princesa que remove as mãos do professor de seu rosto. – Quando eu encontrar aquele patife eu vou encher a cara dele de tanta porrada que nem mesmo um médico vai reconhecer!!! – Soca a palma da mão direita liberando sua Aura enquanto um sorriso mórbido e monstruoso se forma em sua face, provavelmente imaginando em sua cabecinha a cena em que ela desfigurava o rosto de Tadashi. – Minha vingança será maligna, HÁ, HÁ, HÁ!!!

— Professor o que o senhor fez?! – Murmura Rapunzel perto do professor assustada. – O senhor acordou o monstro!!!

E com simplicidade e o mestre responde:

— Esse era o objetivo.

— QUÊ?!

— Ela sentir raiva e vontade de lutar ira bloquear os efeitos da Máscara por mais algum tempo... creio que seja por isso que de vocês quatro ela foi a que menos foi afetada pela indução das drogas.

— Será? – Questiona a princesa loira que observa Mérida socando o ar e sorrindo como se nem estivesse machucada e isso a fez sorri. – Acho que o senhor tem razão.

— Obvio que tenho razão! – Declara o professor de braços cruzados fazendo Rapunzel arquear uma sobrancelha em espanto. – E agora a cereja do bolo... Mérida!

— Fala professor!

— Então você quer arrebentar o Tadashi certo?

— Logico! – Declara a princesa com convicção.

— Então... você vai ter que me superar!

— Mais, hein?

— Por que antes de encontra com vocês duas eu topei com ele e fiz o seguinte...

Nessa hora o professor cobriu a boca e sussurrou algumas coisas no ouvido de sua aluna que ficou imóvel, sua Aura se apagou, seus olhos se arregalaram quase saindo de orbita, sua orelha esquerda tremia e Rapunzel percebeu uma babinha escorrendo pela boca de sua amiga.

— Minha Deusa!

Quando terminou o professor se afastou e sorrindo pergunta:

— Acha que consegue fazer pior?

E sua discípula imediatamente fecha as mãos diante o rosto, seus olhos azuis enormes e reluzentes lacrimejando enquanto encarava seu novo e preferido professor.

— Me esforçarei ao máximo para entender suas expectativas meu Deu... digo mestre! – Responde a jovem com voz fina o que fez Rapunzel se arrepiar.

— Professor... – Se volta lentamente para o samurai. – O que em nome de Althena o senhor disse pra ela?

— Você não vai querer saber. – Responde Kojiro que sorri pelo canto da boca. – Agora chega de papo vamos tirar essas coisas de vocês o quanto antes.

— Isso... para que eu possa concluir minha lenta e deliciosa vingança. – Exclama Mérida ainda com voz fina seguindo o professor já Zie acompanhando os... um pouco mais afastada por segurança.

O trio seguiu por vários corredores até chegarem a uma ala ao qual às meninas não havia ido durante sua incursão a torre, o lugar parecia velho e abandonado, chegando a ter poeira e teias de aranha pelo local.

— Professor... que lugar é esse? – Questiona Rapunzel.

— A ala medica. – Responde o professor.

— Ué! Pra uma ala medica não deveria ser um pouco mais... limpo? – Pergunta Mérida passando a mão sobre uma teia que grudou em seu cabelo.

— Era há dois anos atrás antes de Tadashi demiti todos os funcionários humanos e trocar toda a mão de obra por persocons. – Responde o professor.

— Eita! – Exclama Méri.

— Isso explica por que não vimos nenhum empregado humano pelo prédio. – Conclui Zie.

— Exatamente. – Responde Kojiro. – Temendo que o denunciasse para a polícia sobre seus planos, já que ao contrário dos humanos, os robôs nunca traem seus mestres.

— Entendo... – Sussurra a princesa loira. – Mais professor, como o senhor ficou sabendo de tudo isso?

— Pois é, são muitas informações detalhadas. – Conclui a ruiva valente.

E para o espanto das duas princesas o professor se vira e sorri.

— É porque dentre todos os persocons que Tadashi possuía, um conseguiu trai-lo.

— AH? – Exclamam as duas.

— Ele conseguiu se voltar contra as ordens de seu mestre louco e começou a combatê-lo em segredo. – Responde o professor. – Foi graças a ele que conseguimos descobrir os planos de Tadashi e que ajudou sem vocês perceberem a chegarem tão longe nesta torre.

As meninas ficam mudas, se entreolham pensando em quem poderia ter feito tudo isso e bem debaixo do nariz de Tadashi.

— Caramba... deve ser um baita robô para ter conseguido fazer tudo isso... e sem aquele babaca desconfiar. – Deduz Méri.

— Concordo... quem é ele professor? – Pergunta Zie.

— Vocês já vão saber. – Responde o mestre que para diante de uma parede sem saída, se agacha tocando no rodapé da parede que se desloca para a direita revelando um dispositivo ao qual às meninas observam o professor pressionar uma sequência. Em instantes a parede diante delas treme, uma linha surge em seu meio que se deslocam para a direita e esquerda revelando outra porta, essa mais grossa e de ferro resistente. O professor se levanta e de seu quimono puxa um cartão de cor azul ao qual aproxima da nova porta, um som de scanner é ouvido junto de mecanismos de travas que ia sendo liberados. Poucos segundos depois a nova porta é aberta e o professor a atravessa sem cerimônia sendo seguindo pelas meninas surpresas com o que viram. Porém ao adentrarem no novo cômodo o estado de supressa passou para espanto, pois não estavam dentro de uma sala, mais sim de um enorme e imenso laboratório repleto de mecanismos de última geração. Maquinas com múltiplas cores piscavam em parar, braços mecânicos mexiam em matérias de tamanho minúsculo, tubos com plantas de coloração verde fosforescente eram observados e registrados em memorys pc, assim como outros onde cérebros submersos em um liquido azul, telas de cristal líquido registravam a movimentação pelo prédio e fora dele, alguns mostravam dados sobre o que pareciam ser os VNT e os ciborgues.

E tudo isso sendo operado e controlado por...

— Persocons! – Exclama a princesa ruiva alto fazendo os androides pararem seus afazeres e as encararem.

Alguns segundos de silencio se seguem enquanto as meninas encaravam mudas os androides, até que Rapunzel ergue sua mão esquerda e acenando para eles dizendo:

— Oi.

Em seguida todos os androides com orelhas de metal sorriem e gritam animados:

SÃO ELAS!

As meninas se sobressaltam, principalmente quando eles correm na direção delas.

— Aí caramba!

— Nossa!

Rapidamente elas são rodeadas por vários androides que perguntavam sem parar:

Estão vivas! Graças a Gaia!

— Vocês foram incríveis lá em cima!

— Principalmente você ruivinha, você deu um show contra aqueles ciborgues... tem namorado?

— Quê? – O rosto de Mérida fica rubro como seus cabelos com o que ouviu.

— Vocês são mesmo princesas, nossa não se parecem em nada como nos livros e sites da cristal net!

— Bom... as pessoas costumam dizer isso. – Confessa Rapunzel meio sem jeito enquanto era cutucada e seu cabelo medido pelos simpáticos androides que não paravam de falar... até que...

— Oh, não! Elas estão machucadas!

Os olhos dos persocons brilham fazendo as meninas tremerem.

— Sabe Méri... não gostei de ouvir isso.

— Muito menos eu Rapunzel... vem merda aí!

Oh, se vinha!

— Rápido levem elas para as câmaras de cura!

— Câmaras de cura!!!

Os persocons rapidamente pegam as meninas pelos braços e começam a puxá-las para longe do samurai.

— Professor socorro!!!

— Ajuda aqui! Estamos sendo sequestradas por robôs fofos!!!

Mais o mestre apenas ergue o braço esquerdo e acena dizendo:

— Adeus meninas!

— NÃÃÃÃOOOOO!!!! – Gritam as duas enquanto são literalmente carregadas pra longe pelos robôs que cantarolavam:

Nós vamos ajudar, nós vamos ajudar, já que não sabemos fazer outra coisa, vamos todos ajudar!

— Não sei se riu ou choro com essa música?!

— Mais temos que admitir... eles cantam bem!

— Cala a boca Rapunzel!!! – Brada a ruivinha soltando fogo pelas ventas.

— Desculpa!!!

— Desculpo nada! – Rebate Mérida. – A gente só tá nessa por culpa sua e do seu namorado!

— Chegamos!

Os persocons param sem avisar  jogando as meninas diante de duas estruturas ovais. 

— HUUAAA!!! 

Não se preocupem, vai dar tudo certo!

— Aproveitem!

— Aproveitar o quê criaturas fofas?!

— Méri... o chão tá se movendo sozinho!

— Quê?! – A ruiva valente olha para o chão que se movia as levando para dentro de dois objetos de forma oval que se abrem. – Rapunzel só um lembretezinho, se não sairmos vivas desta... TE ODEIO!!!

— MÉRI!!!

— É MÉRIDA PRA VOCÊ SUA TRAIDORAZINHA, FILHA DA...

A voz estridente da ruiva é abafada assim que entra na câmara que se fechou separando as duas que se viam cada uma dentro da estrutura. O lugar era espaçoso com altura suficiente para que pudessem ficar de pé, estava escuro e a única forma de contato com o mundo exterior era uma janela de vidro esférica ao qual podiam ver os persocons trabalhando... e acenando pra elas.

— Esses carinhas gostam mesmo de acenar! – Reclama a ruiva valente que ouve o som de algo do seu lado direito. – Que, que isso? – Se vira e dá de cara com um braço mecânico que sem avisar agarra a parte de cima de seu macacão e o puxa o rasgando deixando apenas de top que cobriam seus seios. – YYYYAAAAAHHHHHH!!!! MÃOZINHA MECÂNICA TARADA!!! – Esbraveja apertando os braços sem perceber que outras duas mãos mecânicas estavam segurando seus pulos e puxão com facilidade seus braceletes o que a faz arregalar os olhos em desespero. – NÃO! MEU ARCO E MINHAS FLECHAS DEVOLVE!!! – Porém suas reclamações, esporros ou xingamentos não eram ouvidos pelas mãos mecânicas que continuaram a despi-la, em seguida foi seu top, seu cinto, suas calças, botas e por fim sua roupa intima enfim a deixando do jeito que veio ao mundo. – EU VOU MATAR ESSES ROBOZINHOS FOFOS!!!

Na câmara ao lado o mesmo acontecia com Rapunzel que tentava se encolher evitando ser tocada pelas mãos, porém eles soltavam jatos de ar que causavam cócegas na princesa que acabava abrindo a guarda dando espaço para os aparelhos a despissem. Primeiro foi seu corselete vermelho, seguido por suas luvas, calças, botas e suas roupas intimas. Seu longo cabelo dourado caia cobrindo parte de seu corpo que tremia, sentia frio e principalmente medo ao não saber o que aconteceria. Foi então que sentiu algo molhar seus pés.

— Ah?

De tubos espalhados pela câmara um liquido azul começou a brotar preenchendo o lugar.

— Aí, não!

O mesmo acontecia na câmara de Mérida e ambas não precisavam ser gênias para saber o que iria acontecer.

— PUTA MERDA!!!

— MINHA DEUSA!!!

Ambas se viram para as janelas e simultaneamente começam a soca-las gritando:

— SOCORRO!!!

— ABRAM ESSAS MERDAS SEUS BICHINHOS SORRIDENTES, OU VOU ARRANCAR SUAS CABEÇAS E ENFIAR EM SEUS TRASEIROS FOFOS!!!

Porém o apelo e ameaça das meninas nem eram ouvidos pelo grupo de persocons que continuava acenando até que outro androide de aparência e olhar mais sério se manifesta:

O que estão fazendo seus idiotas, ativem as máscaras de ar pra elas!

Na mesma hora o grupo de persocons se voltam para seu irmão que deu o comando, piscam, desfazem os sorrisos e batem em simultâneo em suas testa dizendo:

ESQUECEMOS!!!

O persocon que deu a ordem encara com olhar enfezado o grupo e sem dizer nada aponta para o maquinário referente às câmaras, não precisou de outra ordem, todos voltaram a seus postos, em instante máscaras de oxigênio desceram do teto das câmaras que Mérida e Rapunzel estavam, assim como uma voz que soou perto delas.

— Por favor, usem estas máscaras, iram enviar ar para vocês evitando que se afoguem.

— Como?

— Isso é verdade?

É sim, podem confiar em nós, não queremos lhe fazer mal algum. – Responde a voz. – Essas câmaras são projetadas para tratar pacientes que sofreram ferimentos leves a graves, as chamamos de Câmara da Cura.

— Câmara da cura. – Repte Rapunzel enchendo a mão com o liquido azulado.

“Parece com a magia aqua vilateli!”

Pensa a donzela que olha para a máscara e sem mais nenhuma dúvida a puxa a encaixando em sua face cobrindo sua boca e nariz, logo todo o seu corpo estava submerso pelo liquido. Mérida por sua vez teimosa não acreditou na voz e tentou segurar a respiração, porém quando viu que não ia conseguir agarrou a máscara que começou a liberar ar que preenche seus pulmões.

“Filhos da mãe!”

Resmunga a jovem ruiva em sua mente enquanto senti seu corpo flutuando no liquido. Uma sensação de paz a encobriu por completo, sentia-se leve, seus olhos a pesarem os fechando e adormeceu, assim como Rapunzel que sentia como se todo o peso e dor que carregava fossem tirados de si de uma vez só.

Fora das câmaras o professor observava de braços cruzados suas alunas recebendo o tratamento oferecido pelos persocons.

— Não tenho palavras para agradecer pela ajuda. – Diz o professor. – Eu poderia cura-las, mais não remover cansaço e fadiga que com toda a certeza elas estão.

Não se preocupe com isso sensei. Os inimigos de Tadashi são nossos amigos. – Responde um persocon que se aproxima do professor, tinha a aparência de um rapaz de dezessete anos, cabelos negros e olhos amêndoas, vestia um jaleco branco que o cobria do pescoço até seus pés. – Em dez minutos elas vão ficar novinhas em folha.

Kojiro se volta para o jovem persocon suspirando.

— Obrigado. – Agradece novamente o mestre que fecha os olhos fazendo uma reverência nos antigos moldes e tradições de Yamato, ao qual o jovem androide também faz.

— Eu que agradeço, graças a vocês finalmente temos a chance de reaver o que nos foi roubado há quatro anos pelo Hamada. – Declara o jovem persocon.

O professor volta a sua posição normal para depois dizer:

— E pensar que você é na verdade...

O jovem androide ergue sua mão direita, pedido que o professor não continuasse.

— Falaremos disso depois, o importante agora é tentar remover as Kyofu no Masuku delas e de seu...

— Chefe! Ele está tendo outro surto!!! – Brada outro persocon saindo de uma porta lateral.

O professor e o jovem androide se olham assustados e sem dizer nenhuma palavra correm pela porta lateral, já dentro o jovem dá as seguintes ordens:

Aumente a densidade da água, apliquem os sedativos e reforcem a blindagem!

— Sim, senhor!

Os persocons atendem as ordens de seu líder, enquanto dentro de uma capsula com vidro transparente o corpo de um jovem albino flutuava no mesmo liquido que as meninas. Estava sem camisa, vestindo só suas calças, fios estavam ligados a seu corpo, sua boca e nariz coberto por uma máscara de oxigênio e seus olhos por uma venda. Seu semblante era de dor, desespero e sofrimento, ouvia a voz de sua irmã gritando, o chamando, pedido para salva-la... e ao mesmo tempo o culpando.

— EMMA!!! – O jovem mago gritava com sua voz abafada enquanto congelava o liquido e a superfície da cúpula, ao ver aquilo o jovem androide ordena:

— Apliquem os sedativos agora!!!

Imediatamente os fios que ligavam a Jack tremerem, seu corpo recebendo o medicamente fazendo assim seu corpo para de ser agitar, em sua mente a voz de sua irmã ficava distante, quase inaudível.

— Emma... – O jovem mago do gelo estende seu braço direito para o nada enquanto chamava por sua irmã que não mais ouvida, o gelo dentro e envolta da cápsula se desfaz e os sistema alertam que o paciente havia entrado em sono profundo.

Conseguimos... ele adormeceu. – Diz um persocon diante de um memory pc que registrava a atividade cerebral e de Aura do rapaz.

— Esse último surto foi muito mais forte e violento do que o anterior quando o colocamos na cápsula... e isso foi a uma hora atrás! – Exclama uma persocon de cabelos verdes preocupada... assim como um professor que caminha até onde seu aluno está, tocando sua superfície como se pudesse tocar em sua face.

— Jack...

Aquilo era terrível e cruel, ele como professor e mestre sempre tinha uma resposta para tudo e sempre encontrava uma solução para ajudar e proteger seus alunos, mas agora...

— Maldito Tadashi! – Rosna fechando o punho sobre a superfície espelhada.

Entendo sua dor sensei, mais estamos fazendo de tudo para ajudá-lo. –Diz o chefe da equipe de persocons tentando tranquilizar o professor.

Só que...

— E eu agradeço imensamente por isso meu caro, mais se não tirarmos a Kyofu no Masuku dele nossos esforções serão em vão! – Se volta para o jovem androide. – Você disse que essa Kyofu no Masuku é diferente da antiga ao qual eu saberia como remover através de poções e magias, que ela foi transmitida através de uma droga... mais... o que é essa droga?!

O persocon fecha os olhos com força assim como seu punho direito.

— Aqui, irei mostrar. – Diz reabrindo os olhos e indicando um microscópio ao qual o professor franze o cenho, mas acompanha o jovem. – Olhe... aí o senhor saberá o que é essa “droga” que Tadashi desenvolveu.

O mestre curva o corpo apoia a face sobre o mecanismo e seus olhos se arregalam com o que veem.

— M-Mais isso é...

— É exatamente o que o senhor está pensando.

Kojiro olha com mais atenção para as pequenas esferas metálicas com pequenas pernas que se moviam na lâmina fixada na base do microscópio, sentia nojo ao vê-las e principalmente por reconhece-las e sentir a Aura de seu ex-aluno nelas.

— Isso são...

— Nanomáquinas sensei. – Responde o jovem. – A ciência que deveria salvar vidas, sendo usada para destruí-las ou até mesmo controla-las.

O professor ergue o rosto, seus olhos azuis tremiam enquanto sua mente voltava ao passado, exatamente no momento em que Hagamoto estava para ser decapitado e seu discurso de vingança declarado...

Não importa o tempo que passe, aqueles que buscam o verdadeiro poder continuaram com meu legado, vingaram minha morte e mostrarão o verdadeiro sentindo do poder absoluto!”

E ergueu sua cabeça fitando o samurai.

“E para vocês amantes da paz só lhes restara... O Verdadeiro Medo!”

Logo depois ele foi decapitado e seus ideais deturpados esquecidos... era o que ele pensava.

— Hagamoto!!! – Brada o samurai em fúria sentindo seu sangue ferver e sua Aura aumentar, enquanto isso o Regente das Trevas se erguia recuperado, sua Aura sombria a encobri-lo e seus olhos dourados a fitarem em fúria o portal.

— KOJIROOOOO!!! – Brada o Hamada mais velho sentindo cada célula do seu corpo queimar em ódio. – Ele vai me pagar caro pelo sofrimento que me causou!!!

 “Paciência garoto, você terá sua chance de vingança... todos nós teremos.”

Diz o samurai decaído na mente de seu Regente.

“Mais primeiro precisamos nos reagrupar e preparar os ciborgues para tomar a cidade e fazer com que os seus ‘amiguinhos’ se tornem suas marionetes fieis! Aí sim! Seu irmão, Kojiro e Kazedori não terão a menor chance!”

Um enorme sorriso brota na face do Hamada ao ouvir aquilo.

— Tem razão... temos centenas de cibogues espalhados para tomar a cidade, além de VNT de guerra com eles e meus amigos... O BIG FOUR ao nosso lado!

Se levanta.

— Kojiro nunca se atreveria a machucar seus preciosos alunos, ele vai ira sofrer, chorar enquanto sua espada apara os golpes de seus amados alunos! Já Hiro... – Ele desdenha. – Ele é tão fraco, mais tão fraco que posso derrota-lo com um só golpe!

E ri ao ponto de arquear seu corpo para trás, fazendo sua gralhada insana ecoar pela caverna.

Mais havia alguém que não estava rindo.

— O que foi Hagamoto, por que está tão sério? 

“Já disse para não subestimar seu irmão e o pássaro que o acompanha, eles são nosso maior empecilho para a conquista de Yamato!”

— Claro que não meu amigo! – Responde o Hamada com tranquilidade. – Kazedori fez a pior escolha possível ao escolher o fracote do Hiro como Regente... ele condenou seu país ao fazer essa escolha lamentável, de alguém sem talento, fraco, doente e tão débil... aaahhh, que saudade do tempo em que eu o humilhava física e mentalmente para passar o tempo.

“Ah?”

O próprio samurai decaído não entendeu aquele discurso.

— Era tão divertido caçoar dele, ele chorava com tanta facilidade, nem conseguia ergue um brinquedo, muito menos uma espada era um verme! Por isso dizia que ele era um bastardo e nunca seria amado como EU por nossa mãe... aaahhh, bons tempos aqueles!

Hagamoto que ouvi aquilo diz:

“Moleque... que merda é essa que você está falando?!”

— O quê?

“Sua mente é um livro aberto para mim, eu sei tudo o que aconteceu no seu passado e nada do que você acabou e dizer aconteceu!”

Hagamoto já esperava que seu Regente fosse surtar após suas palavras, mais ao contrário do que ele pensava o garoto sorriu e disse:

— Engano seu meu amigo, tudo o que eu disse é a mais pura verdade... tanto que começo a imaginar que esse “garoto” que está com Kazedori seja outra pessoa!

“O quê?!”

— Bom deixe isso para lá! – Declara o Hamada com simplicidade. – O importante agora é punir o maldito que ousou ferir meu corpo... O COPRO DE UM DEUS!!! – E rir novamente deixando seu Espirito Guardião sem palavras, até ele sentir uma Aura se aproximando... uma muito familiar.

“Essa Aura...”

Ele se vira lentamente ouvindo passos, o crepitar de chamas, o olhar feroz sobre ele e seu Regente que não havia percebido a presença assassina que se movia pela entrada da caverna. Mesmo sendo um espirito... ele sentiu medo e acima de tudo... perigo.

“TADASHI!”

— Ah?

“DESVIEI!”

Só que foi tarde demais, pois quando o Hamada se voltou para a entrada, sua visão foi encoberta pela visão de um ser trajando uma armadura azul escuro, quase negra, seu manto escarlate tremular, sua espada carmesim a dançar no ar acertando o lado direito de seu pescoço criando um rasgo de fogo no ar, seu modo Regente tentou protege-lo, mas foi inútil contra a força da espada abençoa pelo Giga do fogo que decepou fora a cabeça do “deus” criando um anel de fogo pela sua passagem. O Espirito Guardião das sombras olhava perplexo a cabeça de seu Regente voando pelo ar enquanto o misterioso terminou de girar reembainhando sua lâmina ao mesmo tempo que a cabeça de Tadashi caia por terra.

O companheiro de Hiro encarava o samurai decaído que fazia o mesmo, podia está diferente, mais o reconheceria em qualquer lugar e em qualquer forma.

“Dai...goro...”

E o lupino reponde:

Olá mestre... há quanto tempo!

E assim os dois executores do Xogum se reencontram, só que desta vez em lados opostos. Este reencontro, porém era observado pela cabeça de Tadashi caída ao chão aos quais seus olhos dourados emitem brilho e naquele momento o Dragão Negro que jazia no chão em prantos arregala os olhos verdes perdendo o brilho... e sua própria vontade.


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Notas finais do capítulo

E assim enceramos mais um capitulo. Pretendo fechar esta saga até o final do ano(se tudo correr bem).

Agradeço o apoio e a paciência de todos vocês amigos e amigas, desejo uma boa semana para todos! Até a próxima!!!



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