O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 46
Aquele que Profana o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Bom dia magos e magas! Estamos de volta com mais um e emocionante capítulo da saga O Mago das Espadas!!!

Primeiro preciso me desculpar pelo longo período de ausência, mais foi necessário. Neste início de mês ouve a audiência de guarda compartilhada do meu filho, ao qual distilo com a mãe, que cisma em alegar que eu não tenho condições físicas e mentais para isso. Então tive que provar perante a uma juíza que ela estava errada... e consegui! Foi uma audiência que pude mostra que não sou nada do que ela alega e acima de tudo, sou responsável.

Ainda não saiu a decisão, mais já ganhei mais liberdade para ver meu filho, inclusive! Ele passou o dia dos pais comigo, na minha casa, com minha família e ele adorou!!!

Foi o melhor dia dos pais que tive em anos! E graças a esse dia escrevi uma one-shot em homenagem a ele.

Deixarei o link nas notas finais para quem quiser ler.

Então, devido a tudo isso eu fiquei sem cabeça para escrever, não conseguia me concentrar, até que passado o dia dos pais, a visitação e agora começando o estudo social, fiquei meio sem inspiração que só voltou semana passada.

E por isso este capitulo esta GIGANTE!

Aqui mostra todo o processo de criação dos ciborgues e o retorno de nosso pequeno gênio em ação, ao lado um personagem que será de muita ajuda para ele em sua luta!

Curiosos?

Leiam e descubra quem é, desde já uma boa leitura para todos!!!



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Um antigo sábio uma vez disse, que as maquinas seriam o futuro da humanidade.

Muitos perguntavam o porquê?

E ele respondia sempre:

“A magia é velha, arcaica e às vezes difícil de compreender, por isso chamavam aqueles que a usavam de ‘elitistas’, pois só alguns conseguiam entende-la e usa-la em toda sua magnitude. A esses, era dado o poder de oprimir os leigos, analfabetos e sem conhecimento, mais um dia chegara em que os desfavorecidos apreenderam a ler, escrever, pesquisar e encontrarão uma forma de sobreviver ao mundo desigual que os elitistas criaram, quando esse dia chegar, os filhos de Althena choraram em remorso, dor e desespero pois devido as suas próprias escolhas erradas criarão seus próprio nêmeses... ao qual virão sem dó ou piedade.”

Essa era uma das passagem de um dos livros de Melquior Sabori o Alquimista, que diziam poder ver muito além de seu tempo. Em seus livros ele descrevia invenções, maquinas e itens que nem sequer existiam, mais que ele garantia que um dia... elas ganhariam forma, mais acima de tudo vida!

Melquior não poderia estra mais certo disso!

O silêncio imperava no jardim temático, ninguém ali se mexia ou ousava dizer alugam coisa. As discussões sobe quem era o melhor mago, o mais rico e mais poderoso vieram ao chão quando o suposto ciborge fez sua entrada. Seus olhos cor de âmbar não encaravam nada, seu corpo estava estático, nenhum dedo, ou músculo se movia, parecia uma estátua de cera, nem seu peito mexia para comprovar se estava respirando, somente sua Aura que emanava para fora de seu corpo comprovava que ele estava vivo.

As princesas de Dumbroch e Corona encaravam de ângulos diferentes o homem, máquina, elas não sabiam dizer o que ele era. Mais de uma coisa ambas sabiam com toda a certeza.

“Então era esse o seu segredo Tadashi!”

Exclama as duas amigas em suas mentes para logo em seguida voltarem seus olhos verde e azuis para o ex-amigo que olhava as expressões dos magos com um sorriso sonso, como se estivesse se deleitando.

E estava mesmo.

Por anos ele esperou pelo momento em que seus esforços e talentos fossem reconhecidos. Sofreu perseguição na escola por ser inteligente, ser de uma terra derrotada, ou pensar que poderia unir a tecnologia e a magia em uma só. Todo esse sofrimento foi apenas um pequeno degrau que ele teve que superar para alcançar seus objetivos e agora tudo estava indo bem, seu pai e sua mãe estavam mortos, Ômega e Alfa fora de circulação, até seu maior desafeto ele já havia dado conta, ninguém mais podia detê-lo, não importava o plano que Mérida e sua flor haviam tramado contra ele e nem se Soluço havia descoberto seu plano, ele não podia mais ser parado, tudo o que precisava ser feito agora era...    

— Cavaleiros!

Os convidados dirigem seus olhares para o anfitrião que voltava a falar:

— Entendo as caras de surpresa e espanto de vocês, alguns até devem estar achando difícil de acreditar que este ser diante de vocês é de uma nova linha de maquinas. Mais eu garanto... ele é isso e muito mais!

Salta do palanque caminhando até perto do ciborgue, coloca sua mão esquerda sobre seu ombro e diz em alto e bom som:

— Este... É NOSSO FUTURO!!!

Sons de espanto e de confusão tomam conta dos magos que começam a se aglomerar perto de Tadashi fazendo milhões de perguntas, que ele nem parecia ter pressa em responder. Mérida que observava a movimentação das pessoas convergindo para junto do Hamada aproveita, dá alguns passos para trás saindo do aglomerado e caminhando sorrateiramente até o palanque, acena para sua amiga que desce na mesma hora e ambas se abraçam.

— Zie você tá bem? Deve ter sido difícil manter a compostura ao lado daquele troll!

A princesa de Corona ri do comentário da amiga.

— Não se preocupa, eu tô bem. – Responde Rapunzel afastando uma franja de seu longo cabelo para trás da orelha. – Mais agora é a deixa que nós precisávamos Méri. – Olha para Tadashi que se via ocupado com os magos. – Tá na hora de botar o plano em pratica! – Exclama a princesa com seus olhos verdes claros faiscando, ao mesmo tempo em que um sorriso sádico brota da face da ruivinha que ainda mexe as sobrancelhas demostrando um profundo e mórbido prazer a dominando.

— Eu tava louquinha por esse momento, he, he, he!!!

— Então mãos à obra miga! – Exclama a princesa de Corona que segura a mão da amiga e corre a levando para trás do palanque, conta mentalmente as pedras do chão até chegar ao número cinquenta, se agacha da três batidinhas na rocha que soa como se fosse feito de metal. – É aqui Méri!

— Deixa comigo! – A princesa valente se agacha ficando ao lado da amiga, cospe nas mãos, as esfrega uma na outra para longo em seguida cravar suas unhas na rocha formando cinco buracos, a jovem princesa fecha os punhos e com facilidade puxa a pedra revelando um chão quadrado de aço. – BINGO!

— Minha vez! – Exclama Rapunzel que saca sua varinha de dentro da bolsa, direciona para o quadrado e entoa. – Prismatic Sword! – A som da voz da princesa uma fina linha feita de luz brota da ponta da varinha ao qual a direciona na lateral esquerda do quadrado o perfurando como se fosse feito de papel, e corre a lamina de luz por toda a latera rasgando o grosso metal. 

— Não me canso de ver isso! – Comenta Méri.

— Você se impressiona depois miga, vamos! – Responde Rapunzel apontando para baixo, a princesa de Dunbroch sem perder tempo tira as sandálias e aplica um chute no meio do quadrado fazendo a parte que Zie cortou cair sem causar barulho algum. A princesa de Corona havia aplicado uma magia de supressão de som ao mesmo tempo em que cortava o metal. Ambas olham uma última vez para o público e seu ex-amigo antes de pularem para dentro da passagem, Rapunzel primeiro sendo seguida por Mérida que tinha em mãos a rocha falsa, tapando assim a passagem que elas abriram.

As duas amigas se encontravam agora em um corredor feito de aço puro onde uma corrente de ar frio passava.

— Brrrrr... que frio, onde a gente tá?! – Questiona a ruiva se abraçando.

— Nos corredores por onde corre a ventilação desse prédio. – Responde Zie com sua varinha em punho que emana uma pequena esfera de luz. – Lá em Corona temos algo parecido no castelo para correr ar fresco, só que feitos de pedra e tijolos.

— Ohhhh... tá... – Comenta a ruivinha fingindo que entendeu. – Mais mudando de assunto me lembra de quando isso terminar dar mais um beijinho naquele persocon que ajudou a gente... androidezinho simpático e muito gentil!

— Verdade! – Responde a princesa loira sorrindo e se lembrado da ajuda que o simpático androide que as foi chamar no banheiro prestou a elas. – Se não fosse por ele, nosso plano seria em vão.

— Hu-hu. – Afirma Méri. – Mas e agora?

— E agora? – A princesa de Corona se volta para a amiga sacando sua memory box. – Que comece o show! – Exclama apertando uma opção no menu de cristal do aparelho e a palavra “ao vivo” apareceu em vermelho no canto esquerdo da telinha.

No mesmo momento a memory box que o persocon colocou sobre uma das mesas foi ativada começando a gravar o que acontecia no jardim, as imagens de Tadashi, dos magos e do ciborgue começaram a ser transmitidas e visualizadas na memory box de Zie e de...

Na residência dos Hamada.

— VOLTA AQUI SEU MERDINHA DE AÇO!!!

— NUNCA! EU PREFIRO MORRER DO QUE PERDER A VIDA!!!

Grita um pequeno robozinho enquanto fugia de um albino todo chamuscado.

— Você vai aprender a não dar mais choque em ninguém e esse ninguém quer dizer... EU!!! – Berra Jack lançando gelo de seu cajado contra o pequeno X55 que desvia o fazendo congelar vários moveis pela casa. – Fica parado pra eu te acertar!!!

Os olhinhos de neon do pequeno brilham, agita suas garrinhas como se chamasse o albino que pula para apenas pegar o ar, já que o robozinho jogou sua garrinha direita no lustre da sala o puxando para cima enquanto o albino se estabacava pela décima vez no chão. O pequenino olha do alto seu feito e debocha.

— Sabe? Eu achei que você fosse só o Bocó n°02, mas eu me enganei... você é o Bocó n°00, que quer dizer... MASTER!!!

E ri de se acabar, enquanto o albino ergue a cabeça resmungando:

— Maldita hora que eu fui ouvir o Soluço! Era para todos nós irmos atrás do Hiro, mais nãooooo! Alguém devia ficar aqui e cuidar do cocô de aço e esperar o professor Kojiro e explicar tudinho para ele, e quem paga o pato?

Três segundos e o próprio responde:

— EU!

— Quem mandou perder no pedra, papel e tesoura? – Questiona o robozinho descendo de “rapel” do lustre e pousando sobre a mesinha congelada da sala. — Da próxima vez jogue melhor, há, há, há.

Jack se senta, vira parte do rosto, encarando o robozinho rosnando:

— Não enche o saco poca-telha!

— Ah, encho sim, é minha vingança por vocês terem feito o que fizeram com meu aniki e o Hiro... então... aguente as consequências!!!

O mago do gelo ergue o dedo para protestar, mas ao pensar um pouco... o que é raro, decide-se manter calado, afinal o robozinho tinha razão em um ponto, ele e os amigos foram os responsáveis pela separação de Hiro e Weltall, mesmo após terem descoberto que foram usados em um plano de Tadashi não os isentava da culpa, teriam que suportar as consequências de seus atos, seja elas quais fossem.

“A lei da ação e reação que o professor Archer vivia dizendo. Que tudo o que fazemos gera consequências, se elas serão boas ou ruins? Isso só dependera de nossos atos, o importante é estarmos prontos para os resultados sendo bons ou ruins.”

— Infelizmente as consequências só tem sido ruins profe. – Murmura o albino bagunçando os cabelos, era incrível que mesmo depois de terem salvado o mundo as coisas continuavam difíceis para ele e os amigos, ou melhor... só pioraram! Não importava o quanto tentasse, os problemas pareciam persegui-los aonde quer que fossem, como se alguém estivesse tramando contra eles. – Para com isso Jack tá começando a ficar paranoico! – Resmunga o jovem meneando a cabeça. – Aff... acho melhor descongelar a casa antes que o professor chegue, não quero nem pensar na cara dele!

Nesse momento até mesmo o mago que manipula o gelo sentiu um frio na espinha. Abraçou-se tentando espantar o mal estar, ergue sua mão direita e como se tivesse vida o cajado flutua indo para em sua mão, o roda entre os dedos o chocando contra o chão da sala, em segundos o gelo que cobria toda a casa desaparece, criando pequeno flocos de neve que ficaram pairando pelo ar, tudo isso assistido pelo pequeno robô que deixa escapar:

— Que lindo...

— É... a magia também tem sua beleza baixinho. – Responde Jack. – É uma pena que vocês só viram o lado ruim dela. – Abana a mão fazendo o cajado desaparecer em fagulhas brancas junto com os flocos de neve. – Vocês se surpreenderiam com o que poderiam apreender.

O robozinho coça o mini queixo de aço enquanto seus olhos piscam, mostrando que ele estava pensando no que acabou de ouvir, no entanto um barulho de um apito o tira de seus pensamentos o fazendo encarar o albino.

— É a sua memory box!

O rapaz se sobressalta.

— Deve ser o Soluço! – Exclama e saca seu aparelho do bolso da calça já abrindo para falar com o amigo, no entanto era outro número que aparecia na pequena tela. – Perai... mais esse número não é o do Soluço... é da Rapunzel!  

— Da Bocó n°03!

— Isso! Quero dizer... NÃO!!! – Brada Jack ao ver que caiu de novo na pilha do robozinho. – Eu tava tentando ligar pra ela e a Mérida há horas... será que aconteceu alguma coisa? – O rapaz se preocupa ao cogitar essa ideia.

— Não pense nisso agora, só atende! – Ordena o pequeno e Jack concorda com a cabeça. Abre a memory box e uma mensagem que ele desconhecia no aparelho surgiu:

“Vídeo conferencia ativado, favor confirma solicitação para receber as imagens.”

— Mais que merda é essa?!

— É uma função de filmagem. – Explica o robozinho. — Quando você quer mandar mensagens de vídeo ao vivo de um lugar para um amigo. Todas as memory box tem essa função... não sabia?

— Eeeeee... – A cara de paspalho do menino já respondia.

— ME DA ISSO BOCÓ!!! – Brada o pequenino pulando e pegando a memory box da mão do mago já clicando nas opções pedidas. Logo em seguida uma imagem começou a ser mostrada para eles.

Os olhos de neon de X55 acenderam como nunca enquanto os de Jack brilharam em puro ódio!

— TADASHI!!!

— E ele não está sozinho... veja essa quantidade de gente vestida e agindo feito bocós!

Jack ouve aquilo e observa às pessoas em volta do Hamada, para uma cidade futurista aquelas roupas seriam consideradas estranhas e bizarras, mais no resto do mundo de onde o jovem veio, eram comuns e usadas por...

— Magos...

— O quê?

— Magos, baixinho. – O rapaz se abaixa pegando a memory box. – Essas pessoas ao redor do Tadashi são magos!

— COMO?! – O pequenino quase cai da mesinha de centro ao ouvir aquilo. Tem certeza Bocó nº02?!

— Tenho... essas roupas são comuns no Mundo da Magia, usadas principalmente por gente de posses, mercadores ou nobres. – Responde o Frost sem desgrudar os olhos da tela.

— M-M-Mais isso é impossível! – Responde X incrédulo. Magos só podem entrar em San Fransyko depois de passarem por uma rigorosa triagem, além de serem obrigados a usar as pulseiras regularizadoras para comprovarem que eles são estrangeiros e mais! São terminantemente proibidos de fazerem reuniões... o que está acontecendo aqui?!

As palavras de desespero de X55 ecoavam pelo ar, mas o mago do gelo não as ouvia, todos os seus sentidos estavam focados no que se passava naquela tela, mais precisamente em seu antigo amigo. Suas feições em nada lembravam o menino inteligente e amigável que conheceu em Draconia, seu olhar era frio, calculista e acima de tudo perverso, seu rosto matinha um sorriso convencido de que podia fazer tudo o que quisesse e ninguém poderia pará-lo, Jack conhecia bem essa expressão, afinal... mandou para o tumulo diversos magos com essa mesma aparência.

— Tadashi... o que você...

— Bocó veja, ele está falando!

A voz de X55 desperta Jack que começa a prestar atenção no que o Hamada dizia.

De volta ao jardim temático...

— Meus irmãos. – Começa o jovem. – Todos os anos vocês se reúnem aqui, no centro da metrópole que os não-magos ergueram, no instituto de mostra que não importam seus esforços... NÓS sempre seremos soberanos!

Os magos concordam gritando em coro.

— Sempre vencemos as guerras e dificuldades que se botaram diante de nós, com nosso poder e a benção de nossa Deusa!

Outro corro veio dos magos, dessa vez mais forte.

— Somos magos! Filhos de Althena a Deusa mãe da magia! Somos invencíveis!!!

O ego dos magos subiu a níveis astronômicos após as palavras do Hamada que sorria, afinal agora tinha toda atenção de seus futuros “parceiros”.

Os tinha na palma da mão.

— No entanto...

Os magos se calam.

— Existe algo que mesmo sendo soberanos e filhos da Althena não conseguimos vencer... o tempo.

Caminha envolta de sua criação.

— Não importava o quanto tentássemos, nunca conseguíamos vencê-lo, mas isso vai mudar... a partir de hoje!

Aponta para o ciborgue.

— Este ser que criei, é a espada que faltava em nossa luta contra o maldito tempo!

Novamente múrmuros e vozes de dúvida preenchiam o jardim, não conseguiam entender onde o jovem queria chegar.

— Como assim menino? – Inquere o Lorde de Dunbroch e o rapaz sorri.

— Simples! – Responde o rapaz colocando a mão sobre o ombro do ciborgue. – Vocês já devem saber que os robôs e persocons tem o que chamamos de interface neural no lugar do cérebro, correto?

O lorde cruza os braços ouvindo a explicação.

— Essa interface nada mais é que uma cópia de um cérebro, uma caixa vazia onde as máquinas podem armazenar todos os tipos de informações, seja do dia-a-dia, dados pessoas, fatos históricos e por ai vai! Entretanto...

O rapaz toca na cabeça no giborgue.

— Este aqui não tem interface neura, mais sim... um genuíno e autentico... cérebro humano.

— O QUÊ?! – Todos no jardim ouvem atônitos aquela revelação.

— Não se choquem irmãos... afinal ciborgues são seres meio-humano e meio-maquina.

— Meio-humano e meio-maquina? – Inquere o mouro.

— Exatamente! – Tadashi gesticula com a mão dando ênfase. – O cérebro humano tem capacidades muito além do conhecimento, que se forem estimulados geram resultados impressionantes até maiores do que a das máquinas! Além do mais... precisamos de algo humano para estocar Aura não é?

— Estocar Aura?! – Exclama o comerciante Johann.

— Sim! – Responde o jovem. – Afinal o principal destino deste meu projeto é ao cumulo, fortalecimento e produção de Aura.

— E como faria isso bacalhau? – Questiona o corsário. – Aura não se produz sozinha, precisa da junção de mente, coração e espírito e pelo que eu tô vendo... essa coisa nem viva parece estar!

— De fato. – Concorda o mouro. – Nem o vemos respirando, é de conhecimento geral que sem esses três fatores o ser humano morre e sua Aura deixa seu corpo seguindo caminho para o outro mundo, o que queremos saber é se este ser ainda vive?

Sorrindo Tadashi responde:

— Sim, mas para que todo processo desse certo... ele teve que morrer antes.

Mohamed e Barba-negra arregalam os olhos, assim como Jack e X55 que pisca seus olhinhos sem parar.

— Isso não faz sentindo! Quando alguém morre não tem volta... não é? – Questiona o robozinho para o mago do gelo que tinha uma expressão séria, pois ao ouvir as palavras estocar Aura, vida e morte não ouve como não fazer ligação com um processo que Soluço e ele havia discutido horas atrás.

“Não pode ser?!”

E encara novamente a tela vendo que os magos discutiam.

— Como assim bacalhau, ele está vivo, mais teve que morrer antes? Que loucura é essa?!

Os magos discutiam entre si sobre o que fora dito, cada um levantando suas próprias teoria e sugestões, o falatório ficou tão alto que Tadashi não conseguia mais falar, mas ele não estava nervoso. Afinal quanto mais aflitos e ávidos por explicações melhor seria para ele.

Foi então que não aguentando mais o falatório o homem de cabelos ruivos vindo do ducado de Dumbroch se fez presente.

— Calem-se! – A voz do lorde ecoou pelo ambiente junto com sua Aura impondo respeito e ordem. – Sei que todos querem respostas, mas não as obteremos se ficarmos discutindo entre nós! – Olha para o jovem mago que sorria e isso o deixou nervoso. – Se eu fosse você menino tiraria esse sorrisinho da cara e explicaria logo de uma vez seu projeto ao invés de ficar estimulando a massa, somos homens ocupados e não tempos tempo para destilar ódio e prepotência contra outros povos ou raças!

O sorriso de convencido de Tadashi morreu na mesma hora em que sentia a Aura do lorde sobre ele, sentia como se uma espada de chamas estivesse apontada sobre sua cabeça pronto para dividi-lo em dois.

Pelo visto haviam pessoas ali que não seriam influenciadas por sua lábia.   

— Obrigado... senhor. – Agradece o jovem suando. – Irei explicar detalhadamente o meu projeto... afinal... também sou um homem ocupado.

O lorde cruza os braços.

— É bom mesmo. – E dá alguns passos para trás ficando ao lado de seus “irmãos” comerciantes, mais sem tirar o olhar ameaçador sobre o jovem e isso chamou atenção de Mohamed que sussurra:

— Achei que ia fazê-lo se urinar?

Um sorriso brota na ponta da face direita do lorde que devolve:

— Eu queria mesmo era fazer ele se borrar, detesto gente que fica destilando ódio contra os não-magos como se eles fossem pedras no sapato ou sem valor nenhum. – Fecha os olhos. – Eles têm vida e escolhas também, não é porque não conseguem usar magia que devem ser menos favorecidos do que nós.

— Além do que... nossos reinos estão repletos deles, de pessoas simples que vivem se esforçando ao máximo, mesmo não sabendo usar magia, eles dão tudo de si por um bem maior... e foi essa crença de nunca desistir que eles criaram esta metrópole. – Completa Mohamed sem olhar para Laistor que abre os olhos que agora brilhavam em chamas de pura determinação.

— Por isso que eu voltei! – Responde o lorde que recebe um aceno de confirmação do amigo mouro.

— Senhores! – A voz de Tadashi atrai os olhares dos dois. – Peço perdão se os confundi com minhas palavras... só que elas não são falsas. – Aponta para seu ciborgue. – Para que este ser ganhasse vida, ele precisou morrer como humano, para renascer como uma nova vida!

— Ah?!

— Vou explicar. – Estala os dedos e os olhos do ciborgue brilham e dois fachos de luz saem deles pairando sobre a cabeça dos magos que percebem figuras se formando. – Isto é um projetor holográfico, vai nos explicar em figuras o que vou dizer. – Explica o jovem e todos os magos tinham atenção. – De início precisamos da matéria prima, ou seja, um ser vivo!

Nas imagens aparece um ser humano.

— O primeiro processo é o de ajuste, o indivíduo precisa estar condicionado para o procedimento, ele passa por baterias de exames, treinamento e uma infinidade de coisas, para que na próxima etapa ele esteja pronto para a cirurgia.

— Cirurgia? – Pergunta Johann desconhecendo a palavra.

— É um termo usando pelos não-magos quando precisam abri uma pessoa para curara-la... acreditem pode parecer grotesco, mais os resultados são incríveis, já conseguiram até implantar membros robóticos em pessoas que perderam pernas e braços.

Sons de espanto escoram pelo salão.

— Isso sim é útil! – Comenta Mohamed para Laistor.

— No entanto a cirurgia que procedemos é diferente... nós não visamos buscar a cura de nenhuma doença, ou reconstruir membros perdidos, mais sim “pegar” o que precisamos.

— Pegar? – Questiona o corsário.

— Sim... nesse caso... – Coloca a mão sobre a cabeça do ciborgue e diz com toda a calma do mundo. – A cabeça dele.

— MAIS O QUÊ?! – Jack berra largando a memory box não crendo no que ouviu. – Isso não é possível... eu não ouvi isso!

— Ouviu sim! Por que eu também ouvi! – Responde X55 processando os dados obtidos. — Estou montando diversas variáveis de um processo cirúrgico nessa magnitude, os resultado são insanos!!!

— Como assim?! – Jack se levanta. – Tá dizendo que é possível?!

O robozinho calcula mais um pouco para dar seu veredito, quando seus olhos param de piscar ele responde:

— Sim... é possível...

O jovem mago cai de joelhos, sua mente lateja, se já não bastasse ter ouvido todas aquelas explicações complicadas de Soluço agora surgia mais essa informação, mais surreal ainda e pior... o responsável por algo assim era alguém que ele apertou a mão, tal sensação lhe revirou o estomago e  não aguentando vomitou ali mesmo, sentiu-se um idiota, burro e um completo imbecil, como alguém conseguia esconder tamanha repulsa e desleixo pela vida humana e ainda por cima manter um sorriso na cara por todo esse tempo? Essa pessoa não podia e nem devia ser chamada de humano, só uma palavra podia descrever alguém assim e era...

— Um monstro... – Olha para a memory box onde via o antigo amigo sorrindo e sentiu um imenso ódio tomar seu coração. – Eu vou matar esse filho da puta!!!

— Não entendo.

— Ah? – Jack se volta para o robozinho que estava de cabeça baixa.

— Um processo cirúrgico sempre é algo complicado e delicado, envolve equipes especializadas, equipamentos, remédios e um infinidades de coisas e mesmo assim sempre a o risco do paciente não sobreviver. – X ergue a cabeça. — Um processo de extração craniana... do cérebro... da medula espinhal... isso precisaria de muito estudo e de profissionais capacitados, preparados e sem medo... a pessoa teria que ter anos e anos de pratica para tal processo ter o mínimo de chance possível de sucesso!

Os olhos de Jack tremeram, algo medonho passou por sua mente.

— Baixinho... você tá querendo me dizer que ele... não fez isso sozinho?

E a resposta de X foi...

— 100% de certeza! – E se volta para o mago. — Ele teve ajuda de alguém, ou melhor... de várias pessoas!  

O menino coloca as mãos sobre a cabeça desnorteado, a situação ficava pior a cada minuto, Tadashi não estava agindo sozinho, haviam outras pessoas como ele, inescrupulosas, dispostas a tudo para alcançar seus objetivos, inclusive brincar com a vida humana.

Como se fossem deuses.

— O que a Rapunzel diria se visse isso agora... peraí... as meninas! – O jovem se levanta. – A Rapunzel e a Mérida tão lá, cadê elas?!

— Não dá pra ver daqui.

— Avise-as! Elas não podem ficar lá, ao lado desse maldito! – Exclama o mago do gelo desesperado ao pensar nas amigas perto de Tadashi.

— Vou tentar! – O pequenino ativa alguns comandos da memory box, para tentar falar com as princesas, tudo isso observado por Jack que mordia o polegar esquerdo aflito.

— E então?

— Não consigo entrar em contato, tem algo interferido na chamada!

— Como assim?!

— Existem prédios na cidade feitos de metais que bloqueiam ondas de comunicação e imagens vindas de memory box, usam isso no intuito proteger seus investimentos e projetos de empresas concorrentes!

— Mais como estamos conseguindo ver o que está acontecendo?!

— Provavelmente alguém de lá de dentro forneceu uma senha de acesso para que elas conseguissem pelo menos mandar as imagens pra gente!

— Alguém?! – Jack não compreendeu aquilo, seria possível que tinham um aliado no meio aquele grupo de magos.

— Bocó, veja ele está prosseguindo com sua explicação!

— Pro abismo com essa explicação, quero saber das minhas amigas! – Brada o Frost revoltado.

No entanto X55 responde em um tom calmo.

— Compreendo sua raiva bocó, posso ser uma máquina, mais entendo sua apreensão!

Ao ouvir aquilo Jack arregala os olhos em supressa.

— Sei como é se sentir apreensivo e sem ação ao ver amigos meus em perigo e eu não poder fazer nada! Como acha que me senti quando o Aniki e o Hiro foram feridos por vocês?!

Jack engoliu seco ao ouvir as palavras afiadas do robozinho, pôde sentir toda a amargura e frieza que aquele pequeno ser de metal transmitia. Ficou tão focado na segurança das amigas que esqueceu que diante dele estava mais uma vítima de sua imprudência e estupidez. Devia estar magoado e com raiva, mais mesmo assim o estava ajudando, botando suas diferenças de lado por um bem maior, provando em muito ser alguém superior mesmo com seu tamanho mínimo.

— Desculpe... você tem razão... agi sobre emoção – Responde o rapaz se sentando novamente no chão da sala.

— É normal... vocês humanos tendem a fazer merda quando não pensam nas consequências de seus atos... ainda bem que tem a gente pra concertar as burradas de vocês, né? – Responde o pequenino piscando um de seus olhos de neon deixando o rapaz boquiaberto, Soluço tinha razão, aquele robozinho era de uma nova espécie, uma que pensa e se importa com seus semelhantes e outras raças... apesar de seus erros, uma verdadeira raça evoluída.

— Tomando lição de moral de um brinquedo... eu mereço mesmo!

— Merece muito mais bocó, mais agora preste atenção, o canalha vai falar!

O mago do gelo se cala, respira fundo tentando conter o nojo de ver o Hamada, olhou melhor e pode ver que alguns magos da tal reunião também não haviam aceitado muito bem as palavras do ex-amigo, já que alguns estavam no chão desmaiados e outros limpando com as costas das mãos ou panos resquícios de vomito.

Era uma visão horrenda.

— Parece que alguns irmãos tem estomago fraco. – Comenta com simplicidade o rapaz diante do público.

— E o que você queria bacalhau?! – Rosna o corsário Barba-Negra. – Qualquer pessoa em sã consciência ficaria enojado ao ouvir que você tirou a cabeça de um homem igual tira uma tampa de garrafa e o meteu em corpo de metal... isso é bizarro!

— Barba por favor, eu ainda estou me recompondo! – Geme o comerciante ajoelhado no chão enquanto o mouro e o lorde estavam de pé e com semblante sério.

O mercador das terras áridas sussurra novamente para eu amigo:

— Será que seu amigo o alquimista sabe dessa invenção?

Laistor não respondeu, estava ocupado pensando em o que o Hamada havia feito para conseguir tal feito. Sabia por experiência própria que ao decapitar alguém, a morte da pessoa era instantânea, todos os órgão paravam de funcionar em poucos segundos, o cérebro morre pela falta de oxigênio e sangue, além é claro da Aura da pessoa que saia do corpo logo em seguida. Em suma não havia como manter uma cabeça viva sem um corpo e sem perder a Aura, mas o ciborgue a sua frente a mantinha, esse era o fator crucial que o lorde não entendia.

“Que truque você usou moleque?”

— Persocons, ajudem nossos visitantes a ser limparem! – Ao comando do mestre os androides ajudam os magos que passaram mal a se levantarem, limparam o rosto, as mãos, beberam água tudo isso cronometrado pelo jovem que após três minutos os mandou saírem. – Já chega inúteis, retirem-se!

E sem questionar os persocons saem de perto dos magos se colocando a os lados do jardim a espera de novas ordens.

— Prosseguindo com minha explicação. – Recomeça o jovem. – Perdão se os fiz passar mal, mais precisava tocar nesse assunto delicado para que entendessem meu método de “vitória sobre o tempo”.

— Vitoria sobre o tempo? – Interroga o mouro.

— Exatamente. – Responde Tadashi. – Todos sabem por experiência própria que a Aura precisa da união de mente, coração e espirito para que ela possa existir e logicamente a ausência de qualquer um desses fatores não só causa o fim da Aura como a morte da pessoa.

Todos o ouviam em silencio.

— O que vocês não sabem... é que um desse fatores é tão poderoso... que pode suprir e até mesmo substituir os outros dois e esse fator é...

O rapaz estala os dedos e o ciborgue mostra outra imagem, dessa vez de um órgão especifico que coordena e armazena todas as informações do dia-a-dia e do resto de nossas vidas. Diante de todos surgia a imagem de um imenso cérebro que rodava mostrando todos os seus mínimos detalhes.

— A mente senhores... ela sozinha... pode suprir a ausência do coração e do espirito, como uma caixa de pandora que guarda a chave para nossa vitória contra o tempo! 

Os magos se olham espantados, em seus estudos sabiam que a mente era a chave para a sabedoria, mais conseguir criar Aura sozinha?

— E como fez isso? – Questiona um mago na plateia. – Usou algum fator tecnológico ou mágico desconhecido por nós?

— Os dois na verdade! – Tadashi sorri e ergue o punho esquerdo levantando dois dedos. – Primeiro usei o método tecnológico. – Explica. – A pessoa escolhida tem inserido em seu corpo uma colônia de nanomáquinas.

— Nano... o quê?! – Exclama o corsário sem entender o que o jovem disse.

— Nanomáquinas senhor, são nada mais do que micro robôs, do tamanho de células. – Responde o Hamada e demonstrando nas imagens para que todos possam acompanhar. – Eles são uns dos maiores avanços tecnológicos desta terra, são usados especificamente na medicina para tratamento de doenças onde os médicos não podem curar, são capazes de reconstruir órgãos, reparar ossos e curar tumores!

Os magos ficam impressionados com o que ouviram. Não faziam ideia que a tecnologia já estava chegando a ponto de injetar robôs dentro do próprio corpo, isso realmente era algo se pesquisar. Por isso vários magos começaram a anotar em livros, pergaminhos e blocos as tais nanomáquinas.

— Essas tais nanomáquinas me interessaram muito! – Comenta Mohamed com os olhos castanhos brilhando.

— Idem, mais estou curioso para saber seu efeito no tal ciborgue. – Responde o lorde coçando a barba.

Do outro lado da tela.

— X isso é verdade? – Jack pergunta intrigado e meio incrédulo sobre os tais micro robôs.

E para a sua surpresa.

— É sim, as nanomáquinas são uma tecnologia relativamente nova, dois anos no máximo. – Explica o mini-espião. — No entanto seu uso em processos de cura já está sendo muito bem empregado, par você ter uma ideia bocó, o Hiro só conseguiu se recuperar tão rápido devido ao uso de nanomáquinas!

— Não brinca?! – Exclama o rapaz que agora entendia como Hiro havia se recuperado tão rápido mesmo sem o uso de magia.

A tecnologia não cansava de surpreendê-lo.

— Mas... e depois? As nanomáquinas ficam dentro do corpo? – Pergunta o albino.

— Não, logo depois do processo elas são programas para irem direto para os rins e de lá para bexiga onde são excretadas pela urina... pratico, né?

O rapaz pisca algumas vezes assimilando o que ouviu principalmente a parte excretada e urina.

— Tá dizendo que elas saem pelo xixi?

— Uh-hu.

— Que horror!!! – Exclama Jack com as mãos sobre a virilha. – Nem morto eu quero essa coisinhas dentro de mim, vai que por qualquer deslize elas tiram minha masculinidade!!!

X55 meneia a cabeça ao ver tamanha infantilidade.

— Despois não quer que te chame de bocó, né? – E olha novamente para a pequena tela ignorando o Frost ouvindo o restante da apresentação.

Que chega a seu clímax...

— Agora senhores... prestem atenção.

Pede o Hamada e todos param de escrever e conversar, voltando sua atenção para o jovem.

— Após a instalação das nanomáquinas, elas são programadas para fazerem uma leitura de todo o corpo, incluindo ossos, órgãos, músculos... e até a alma...

— Ah?!

Os magos arregalam os olhos incluindo Jack e X55 que se entreolham.

— C-Como?! – Inquere um mago e Tadashi sorri.

— Com o uso da magia, ou melhor, graças a um catalizador. – Diz o rapaz que coloca a mão dentro do paletó puxando um pequeno cilindro com um liquido prateado.

— O que é isso? – Pergunta o comerciante Johann.

— Isso é... – Mohamed não acreditava no que via. – Mais é!

— Metalicana! – Brada o lorde de Dumbroch com os olhos em chamas. – É o metal magico criado pela família Archibald!

— Correto! – Responde Tadashi balançando o vidro. – Graças à colaboração da família Archibald eu consegui criar a partir deste metal um novo tipo de nanomáquinas, uma que não deixa o corpo, uma que transforma um mero ser vivo sem Aura em um novo ser! Eu as chamo de... EX-Nanomáquinas!

Através dos olhos do ciborque as imagens das novas nanomáquias são mostradas, os micro robôs tinham uma aparência medonha, parecendo pequenos parasitas prontos para devorarem tudo o que têm pela frente, o que fez uns engolirem seco.

— Então. – Continua o jovem. – Ao serem implantas, as EX-Nanomáquinas se fixam em todo o corpo, recolhendo informações, absorvendo energias para se manterem vivas, o usuário precisa ser forte para gerar energia não mais apenas para si mesmo como também para os novos “inquilinos”. Enquanto o usuário estiver se preparando, as EX-Nanomáquinas, absorvem a Aura que deveria ser liberada, as guardando para si. Com isso o corpo do usurário lamentavelmente enfraquece, seu tempo de vida diminuiu, seus órgãos começam a falhar, enquanto as EX-Nanomáquians ficam cada vez mais fortes! Então quando o corpo já não aguenta mais, ativamos um comando nos micro robôs para que eles se reúnam em uma parte do corpo especifica que é... – Toca na própria cabeça. – O cérebro.

Nas imagens é mostrado em partes todo o processor, as EX-Nanomáquinas se dirigindo para o córtex cerebral e se unindo formando uma pequena bola de metal.

— Nesse período o corpo já não têm mais forças para viver, as EX-Nanomáquinas já havia tomado tudo, a alma do usuário, fica sem caminho, pois ela não sabe se o usuário morreu ou não, então ao invés de deixar este mundo ela se une aquilo que é mais próximo dele... nesse caso... as nanomáquinas!

Novamente o processo é mostrado nas imagens deixando todos atordoados, até mesmo os mais velhos ficaram sem palavras, pois o rapaz havia descrito nada mais nada mesmo que...

— O processo de criação de uma Relíquia!!!

E rindo Tadashi responde.

— Exatamente! – Ergue o punho em vitória. – Eu através de minhas pesquisas consegui criar uma forma de criar uma Relíquia Artificial, uma que não dependa de espíritos guardiões, ou guerreiros lamurientos que escolhem pessoas “dignas” de herdarem seus poderes!

Abre os braços.

— Não precisamos de nada disso, apenas de nós mesmos e de nossos próprios esforços! Logo depois do corpo morrer removemos a cabeça do usurário, implantamos em um corpo robótico, ativamos o comando e as nanomáquinas se dispersão pelo novo corpo espalhando a Aura acumulada no total de seis meses!

— Acumulada?! – Exclama Barba-Negra.

— Sim meu caro pirata! Como uma garrafa de vinho antigo e saboroso, o espírito fica preso, condensado, aumentando sua Aura, como uma Relíquia de verdade faz, para no final a liberamos como se a Relíquia tivesse achado um Regente, o que a própria alma não percebe... é que voltou pro seu antigo corpo!

Todos no salão ficam boquiabertos e atônitos com as palavras proferidas pelo rapaz, não sabia o que responder, ou melhor... como não haviam pensado nisso antes!

— Agora que ele falou... faz bastante sentindo! – Comenta um mago.

— Nunca pensamos em fazer isso porque teríamos que enganar nossas próprias almas, trata-las como um objeto ao invés de ser algo nosso. – Diz outro.

— Mais na verdade ela é só mais um ingrediente para alcançarmos a imortalidade! – Responde outro sorrindo de ponta-a-ponta.

— Dar nossas almas em troca da vida eterna... mais que preço justo, há, há! 

Um sorriso de vitória se forma na face de Tadashi, seus olhos castanhos de súbito mudam de cor tornando-se e dourados e frios e sua voz sai arrastada, como o sibilar de uma cobra.

— Sim... nossas almas são o preço para a vida eterna!

Uma Aura negra e mais densa do que uma noite sem estrelas emerge do corpo do jovem, a imagem de um ser medonho que parece ter saído de um pesadelo pairava sobre o Hamada e os convidados que também começavam a emanar Auras negras como as da criatura que ergue suas garras sobre eles “sugando-as” se deleitando com o banquete proporcionado pelo Hamada que só ouve uma voz fria ao qual ele conhecia muito bem.

— Mais... eu quero mais... dê-me mais... e lhe darei tudo o que desejar!!!

E o Hamada sorriem êxtase.

“Sim! Eu desejo mais sabedoria, poder e gloria!”

E olha para o teto do jardim chorando emocionado.

“ME TORNE UM DEUS!”

A criatura feita de Aura negra emite um rugido de gloria, nunca imaginou que após séculos aprisionado pelo bastardo de Gaia encontraria hospedeiro tão cheio de malicia, inveja, ganancioso e principalmente ódio!

Ódio que o alimenta e o fortalece a cada dia e o melhor de tudo... ninguém conseguia velo, somente seu Regente Descaído. Tudo o que os magos, Jack e X viam eram um rapaz se sentindo o ser mais importante e poderoso que existia e ninguém poderia detê-lo.

Ledo engano.

No memorial dedicado aos monges de Yamato a estátua do monge não mais estava em sua posição de meditação, mais sim ajoelhada, seu peito de bronze aberto e suas mãos antes fechadas estavam estendidas e abertas oferecendo algo que já não mais estava com ela.

Sentado sobre o chão o menino assistia toda a conferencia de seu irmão através de uma memory box, seu rosto não demostrava nenhum sentimento, seus olhos castanho fitavam o outro através da tela sem piscar.

— Você está patético Tadashi. – Diz o menino se emoção. – Parece uma vadia no cio pronta para dar para qualquer um.

E ri, uma risada sem emoção, fria e angustiante. O pequeno gênio não conseguia acreditar que um dia já considerou aquele maldito como um irmão, que ouviu tia Cass pedindo para que desse uma chance, confiasse, acreditasse.

Só que ela esqueceu um detalhe... seu sobrinho mais velho agora era um mago e magos nunca aceitariam que vieram de um lugar que odeia a magia é um raciocínio simples, mas que o amor entorpece e nubla e foi usando esse sentimento tão puro... que ele o separou de Weltall.

— Nunca mais...

Se levanta.

— Você nunca mais vai machucar ninguém que eu amo!

Em sua mão direita segura com força uma belíssima katana de empunhadura branca, sua lâmina reluzia como um mar sem ondas, conseguia ver seu reflexo, as estrelas e a Brave Vesperia no céu escuro.

Olha mais uma vez para a memory box, a solta no chão para em fim a esmagar com as sola de seu pé esquerdo.

— Hora de caçar. – Exclama o menino que se volta para trás. – Vamos lá... Wolf!!!

Se movendo lentamente um imenso e imponente lobo feito de aço puro se aproxima do menino. Sua couraça era negra como a noite, suas patas feitas de metal cromado que podiam rasgar ou abrir qualquer um que entrasse em seu caminho, facas de alta frequência resquícios de sua época como VNT estavam fixadas em suas patas traseiras prontas para serem arremessadas por sua longa e ameaçadora cauda que podia se estender e perfura os oponentes como se fosse uma lança. Era um ser assustador, mas nada se comparava a sua face, antes ele mal possuía boca, apenas um visor vermelho, agora ele tinha um focinho para que pudessem velo, boca repleta de dentes para estraçalhar e uma língua para lamber seus sangues e olhos cor de rubi para mostra que apesar de ser uma máquina... ele podia sentir tudo.

Ao lado de Hiro estava o VNT que travou uma ferrenha luta contra seu amigo, achou que ele nunca mais o veria e funcionando, mais tendo uma amigo engenheiro como Felix... tudo era possível.

— A suas ordens jovem mestre! – Exclama o lobo se colocando ao lado do menino que sorri finalmente.

— Não me chame de mestre... só de Hiro.

Os olhos de rubi do lobo brilham registrando a ordem.

— Como queira... Hiro.

O pequeno gênio meneia a cabeça, dá um passo à frente gira a katana entre os dedos a levando para as costa onde a bainha da espada estava presa, ergue a cabeça olhando para o norte, direção que o scanner de mana de Wolf apontou para múltiplos alvos usuários de magia.

Seria uma bela noite, uma noite carmesim, ao qual ele escrevia sua história, a espada seria o pincel e o sangue dos magos a tinta.

— Opa, já ia me esquecendo. – Se volta olhando para trás. – Obrigado por ter vindo me procurar, graças a esse seu gesto “nobre”, eu consegui saber onde meu maior inimigo esta, te devo uma... é... qual seu nome mesmo?

Pergunta o pequeno gênio sorrindo para o rapaz de cabelos castanhos deitado de lado no chão, seus olhos verde arregalados, sua boca aberta, mas nem uma palavra sai, e por baixo de seu copo uma pequena poça de sangue.

O herdeiro de berk jazia estático no chão, sem poder se mexer ou proferir uma única palavra, tudo isso observado pelo pequeno gênio que tinha os olhos não mais castanho, mais verdes esmeraldas, o lobo de aço ao seu lado esquerdo e uma majestosa ave em seu ombro direito.

Ao ver seu primeiro alvo abatido, o menino lhe dá as costas, sobre nas costas do lobo que dá impulso correndo noite afora.

O capítulo final desta saga se aproxima...


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Notas finais do capítulo

E assim as cortinas para o confronto entre os irmãos Hamada se abrem! Quem acreditaria que o VNT que lutou contra Weltall voltaria e ainda mais como aliado?

Felix realmente surpreendeu!

E Soluço? O que Hiro fez com ele?

Duvidas e mistérios que persistem serão revelados no próximo e eletrizante capitulo da Saga O Mago das Espadas!!!
Desde já uma boa semana para todos e até a próxima!

Link da one-shot do dia dos pais para quem quiser ler: https://fanfiction.com.br/historia/765935/A_Espada_de_um_Pai/

Até mais pessoal!!!



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