No prédio vizinho o VNT esperava seu adversário, sabia que ele viria atrás dele, sabia de sua força, viu de camarote seu confronto contra o GRAUD, depois disso não conseguiu tirar de sua mente o desejo de lutar contra Weltall.

— Meus oponentes sempre foram fracos e nunca tiveram outro motivo para lutar ao não ser seguir ordens. – Comenta o VNT para si mesmo. — Ele não... ele não luta por si mesmo, mais em prol dos outros!

Crava suas garras no chão o arranhando.

— Eu não consigo entender... se for calcular e perceber, ele também é um prisioneiro do destino!

O VNT tentava entender os motivos que moviam Weltall.

— Ele segue as ordens da polícia e daquele garoto... ele não é livre, ele não escolheu seu próprio caminho, então... por que?

Balança sua cauda.

— Porque?

A mesma Aura vermelha de antes começa a irromper novamente de seu corpo feito de aço.

— Se ele também e um prisioneiro do destino... POR QUE ELE É TÃO FORTE?!

Brada a máquina que vê seu oponente entrando pelo buraco em que ele foi jogado.

O gigante de imediato vê o VNT a sua frente e diz:   

— Para um ser de intelecto superior, você não é muito inteligente.

— Hum?!

— Se fosse realmente inteligente, teria se escondido e preparado uma emboscada para me pegar.

 O VNT rosna em resposta.

— E por que acha que eu faria algo assim?!

— Porque? – Weltall balança a cabeça incrédulo com o que ouviu. — Você é um modelo LQ-84 Fenrir... um modelo de proteção e ataque furtivo! – Começa a caminhar até seu oponente. — Você tem melhorias e apetrechos que outros da sua laia não possuem, mais é só isso!

— O QUÊ?!

— É isso o que você ouviu, você não foi feito para batalhas em campo aberto, sua especialidade é atacar nas sombras ou seja, assassinato! – Aponta o dedo indicador direito para o lupino. ­— Foi por isso que você matou o David com tanta facilidade, você se prendeu na parede e o executou dali mesmo sem que ele o visse, os robôs que você derrotou naquela gaiola poderiam até ser bons... mas com mestres incompetentes até um VNT como você poderia dar conta.

O lupino arranha o chão, estava sentindo emoções que nunca sentiu antes, queria avançar com tudo para cima do gigante, mas seu intelecto dizia para não fazer isso, pois ele seria aniquilado na mesma hora!

— Como ousa me humilhar?! – Brada o lupino. — Você é como eu, está preso a um humano que dita o que você deve ou não deve fazer!

— Preso? – Weltall ri.

— Qual é a graça?!

— Bom... eu não te culpo por achar que estou preso... mais a verdade... é que não estou.

A luz vermelha do visor do VNT brilha mais forte ao ouvir aquilo, seus prognósticos e dados não diziam isso, ele mesmo viu o menino dando ordens ao gigante que as executou sem reclamar, e agora ele estava dizendo que não estava “preso”, isso não fazia sentindo.

— Está tentando me confundir, robô?

— Tentando? Eu nem preciso... você já está!

— UH?!

— Você possuiu uma AI privilegiada, digna de uma máquina evoluída, que poderia pensar e agir por vontade própria, mas você não faz isso!

O VNT não responde e Weltall continua:

— Você diz que está preso ao “destino” que impuseram a você, que se me vencer estará livre... lamento em dizer, mas você não estará.

O lupino encara o gigante que parecia ler seus pensamentos.

— A liberdade que você busca, não está nas lutas e nem na quantidade de inimigos derrotados, essa sensação que você deve sentir é um efeito de estase, efeito produzido pelo cérebro que causa alivio e conforto... como uma droga.

Uma droga... aquela palavra se repetia na mente do VNT, que começou a calcular e verificar as variáveis ditas pelo gigante... resultado... correto.

— Então... eu...

— O que você sentiu foi uma falsa sensação de liberdade causada pela sua proporia interface neural, que se acostumou tanto com as lutas que começou a achar que aquilo era liberdade... mas não era... era uma fuga temporária.

— Uma fuga temporária...

— Sim. – Responde o gigante.— O pior... é que não posso te culpar, até mesmo a maior das mentes regrediria ao ser posto em situações tão degradantes.

O VNT abaixa a cabeça, tudo aquilo que o gigante falou era verdade? Ele nunca soube o que era a liberdade de fato?

Então...

— O que é liberdade... o que é fugir do destino?

— Isso você vai ter que descobrir sozinho. – Responde o robô que toma uma decisão. — Se você se render agora e nos contar tudo sobre a organização para qual trabalha podemos preservar sua mente privilegiada, te proteger e quem sabe...

— E se eu me recusar? – Inquere o lupino e a resposta de Weltall foi:

— Eu vou te destruir... aqui e agora! – Fecha os punhos que são cobertos por estáticas, o gigante estava pronto para acabar com ele, sua próxima resposta determinaria seu caminho, poderia viver ou morrer. O lupino encara o adversário, as respostas martelando em sua mente, ele estava mesmo certo?

— Só a um caminho para mim... – E saca sua serra elétrica de alta frequência com sua cauda e se posiciona.

O robô policial meneia a cabeça.

— Vai lutar comigo, mesmo sabendo o resultado?

— Vou! – Responde o lupino. — Afinal eu não tenho escapatória.

— Como?

— Se eu me render, meu mestre ira ativar um dispositivo eletromagnético instalado ao lado da minha interface neural... se eu abrir a boca... serei morto do mesmo jeito.

Os olhos de Weltall brilharam em fúria ao ouvir aquilo, quer dizer que não importava a máquina, boa ou ruim, senão seguir-se as ordens eles a eliminavam!

— Malditos!!! – Rosna o gigante.

— Eles são humanos... é a natureza deles... jogar fora o que não serve mais... enfim! – Ativa sua arma principal. — Poderei ter um último duelo contra um oponente de verdade!

Os olhos do gigante reluzem novamente enquanto sua Aura emerge para fora de seu corpo de aço, não havia solução, ele acabaria com o lupino!

— Prometo que serei rápido.

— Não meu caro... eu é que serei! – E surpreendendo o gigante o VNT se agacha e de sua boca emite um uivo tão alto que o faz pôr as mãos na cabeça.

— Mas o que?!

Fora do prédio dispositivos e aparelhos paravam de funcionar ou estouravam sem explicação, no andar de cima a capitã e os soldados abriram a porta do quarto em que Hiro estava, ao verem apoiado na parede o socorrem.

— Minha nossa, Hiro! – A capitão se agacha na frente do menino que arfava. – Você está bem?

O garoto a olhou incrédulo.

— A senhora tá me tirando, né? – E geme de dor. – Droga!

A capitã olha para os braços do menino e se amaldiçoa por dentro, devia ter mandado outros soldados com ele e Weltall, mas confiou demais na força dos dois.

— Lamento... eu devia ter...

— Não lamente, fui eu quem vacilei.

— Ah?

O menino se coloca de pé.

— Eu não fui rápido o suficiente e ele conseguiu me ferir, o Weltall agiu preservando meu bem estar me trancado aqui dentro!

A capitã arregala os olhos.

— Ele fez isso sem te consultar?

O menino apenas meneia a cabeça em afirmação, realmente aquele robô não era normal.

— Hiro preciso saber... você ensinou o seu robô a lutar de que maneira?

— Quê? – O menino não entendeu a pergunta.

— Só me diga como você o ensinou a lutar... através de vídeos, livros, programas, qualquer coisa?!

— Através de vídeos da cristal net... por que?

— E hábitos de luta, você também ensinou?

O menino começou a ficar preocupado.

— Capitã Calhoun... o que está acontecendo, por que esse interrogatório agora?

Como ela iria explicar algo que nem ela sabia direito.

— Bom é que...

— CAPITÃ CALHOUN!!! – Um berro é ouvido de fora da quarto interrompendo a conversa, na mesma hora um outro soldado entra no aposento esbaforido. ­– Capitã, ainda bem achei a senhora!

— O que ouve?! – Pergunta a capitã já com sua arma em punhos.

— Fomos afetados por um pulso de energia, todas as nossas armas e comunicadores que usam equipamentos pararam de funcionar, é como se estivéssemos cegos em um campo de batalha!

A capita arregala os olhos incrédula.

— Como isso aconteceu?!

— Não sabemos, só sabemos que ouvimos um uivo e...

— Perai... você disse uivo?! – Exclama o pequeno gênio se levantando.

— Disse. – Responde o soldado e aquilo era resposta que Hiro precisava ouvir para entender o que aconteceu.

— Foi o VNT!!!

— O quê?! – Exclama a capitã.

— Capitã Calhoun o líder daquele grupo de LQ-84 é outro VNT... só que com uma AI super evoluída que pode tomar decisões por si próprio!

A capitã e seus soldados abrem a boca e ficando estáticos.

— Eu sei, parece loucura, mas ele falou e tudo... e ele me atacou primeiro, sabendo que eu era o mestre do Weltall, possivelmente esperando que isso o desestabeleceria... mas não aconteceu e meu amigão deve ter ficando muito invocado!

Um dos soldados fecha a boca, engole seco e diz:

— Acho que isso explica o porquê da voz sinistra dele.

— Bem provável! – Responde o outro.

— Hiro! – A capitã se ajoelha ficando diante dele e colocando suas mãos sobre seus ombros. – Esse uivo... ele pode desativar robôs?

— Não! – Responde o menino. – Para desativar um robô por completo precisaria de uma rajada dez vezes maior, esse uivo funciona como micro-ondas eletromagnéticas, servem para desativar mecanismos pequenos e rádios transmissores.

— Entendo... – A capitã larga os ombros do menino e checa a mira telescópicas de sua arma que estava negra.— Minha mira telescopia foi pro brejo!

— Exato e isso é o que me preocupa!

— Como assim?!

— O Weltall não vai ficar inoperante, mais algumas de suas funções vão, principalmente a sua visão periférica!

A capitã arregala os olhos em choque.

— Quer dizer que ele vai ficar...

— CEGO!!!

E foi justamente isso que aconteceu...

No prédio vizinho Weltall cambaleava, sacudia a cabeça, sua visão periférica estava cheia de estática e ele não conseguia mirar em nada.

— Droga, o que você fez?!

— Há, há... eu só reequilibrei a batalha. – Comenta o VNT. — É verdade que em uma luta corpo-a-corpo contra um oponente como você estou em desvantagem, então basta que eu altere a situação para que eu possa voltar a luta para minha especialidade que é...

O barulho da serra elétrica ecoa pelo lugar.

— Assassinar!!!

O barulho da arma ressoou bem perto do gigante que se esquivou, mas logo sentiu seu acertado por trás quase o derrubando, imediatamente sua perna esquerda foi acertada por algo pontudo, uma faca que travou seu joelho.

— Maldição! ­– O robô se xingou por ter caindo naquela armadilha foi quando o barulho da serra aumentou, seu sistema de visão estava comprometido, mais o de audição ainda funcionava, seu mecanismo de auto reparo deve telo protegido, por que se não fosse por ele não saberia que a arma do oponente estava vindo direito para seu peito e sabendo disso energizou suas mãos e como um guerreiro defende-se com as mãos nuas de um golpe de espada o gigante fez o mesmo, o problema é que essa lâmina era denteada e rodava.

Tttttttiiiimmmmm!

Fagulhas voavam pelo ar devido ao atrito das mãos do gigante com a arma, o lupino forçava a arma para frente enquanto Weltall aparava a arma, sentiu a blindagem de suas mãos derretendo, não iria conseguir segurar a serra elétrica de alta frequência por muito tempo, só restava uma saída...

— Hiro... vou precisar de muitos reparos depois disso... lamento...

— Quê?!

E sem pestanejar o gigante larga a arma do oponente que vai de encontro a seu peito.

— GGGGRRRRRRR!!!! – O gigante segura o grito que queria explodir de suas entranhas, mais sua resistência foi maior, com as mão esquerda livre retirou a faca de seu joelho e com a direita puxou a cauda do lobo o trazendo para mais peto para ter seu visor perfurado por sua própria adaga.

— UUUUAAAHHHH!!!

O lupino grita em dor enquanto um liquido negro escorrer pela cavidade aberta, cambaleou para trás largando sua arma, o gigante aproveitou e retirou a arma de seu peito que estava a poucos centímetros de seu núcleo a jogando perto do buraco que abriram.

— Essa... foi por muito... pouco!

O lupino por sua vez sacudia a cabeça e com sua garra esquerda tentava tirar a faca presa em seu visor, depois de três tentativas conseguiu e quando olhou para o robô viu que sua visão também estava embasada.

— Maldito!

— Parece que estamos em pé de igualdade... de novo. – Diz o gigante se levantando.

— Não adianta bancar o durão, posso não te ver direito, mas posso te ouvir e você não está nada bem... meu golpe te causou um grave dando!

O gigante coloca a mão direita no peito.

— Tem razão... não consigo enxergar, minhas mãos estão queimadas, estou com uma avaria grande no peito e no meu joelho esquerdo, mas você perdeu sua visão periférica e sua arma principal!

Ambos se calam, estavam muito avariados, qualquer movimento errado e seria o fim. O lupino redirecionou sua energia para seu receptor auditivo em questão de segundos conseguiu ouvir o ranger da blindagem do robô.

— Lamento gigante... mas eu é que estou em vantagem! – E corre acertando uma cabeçada em Weltall.

— Argg!

O gigante tenta acerta-lo mais ele desvia e avança pela esquerda abocanhando seu braço esquerdo, os dente de titânio dilaceram sua armadura, mas o gigante aproveito a chance se jogou no chão e acertou um chute duplo no abdômen do lobo o fazendo se chocar contra o teto, aproveitando essa chance única o gigante se joga para trás ficando de ponta a cabeça, se impulsiona com a ajuda de seus foguetes, se lança para cima, com seu nível de ataque carregado até o nível dois Weltall disparar:

— HAZAN!!!

Uma sequência de chutes carregados de estática e aura acertam o VNT em cheio, a sequência de chute e tão forte que a dupla de maquinas vai quebrando o teto e subindo andar por andar do prédio, quando chegam ao topo Weltall sente algo em seu joelho esquerdo, logo em seguida uma explosão ocorre o forçando a parar o golpe.

— AARGGGGG!!!

No alto o VNT aproveita a chance que ganhou, joga sua cauda que enrola na perna esquerda variada do gigante, o puxando o suficiente para acerta-lo com suas garras. Weltall encarou o lobo e superando a dor de seu joelho, fecha o punho direito que se choca contra a garra do lupino. O VNT desfere outra patada e encontra o punhos do gigante e assim em queda livre os dois trocam golpes que faziam faíscas e rajadas de Aura voarem pelo céu. De longe o alquimista das trevas assistia orgulhoso o duelo, seu amigo lupino estava realizando seu desejo de enfrentar alguém forte e provando que não era apenas mais uma máquina.

— Isso Wolf, mostre a esses incompetentes que não importa se você não é feito de carne e osso e sim o que você tem por dentro! – Ergue os braços e brada. – Mostre a eles a sua AURA!!!

E como se pudesse ouvir todo o corpo do lupino brilha na cor vermelha escarlate assustando o gigante que mesmo sem enxergar pode sentir a força do oponente crescer.

— Mas o que?!

O lupino abre sua boca e um esfera de luz vermelha cresce de dentro dela e o gigante só tem tempo de cruzar os braços quando o lupino desfere seu golpe!

— FENRIR CRY!!!

Um jato de luz vermelha brota da boca do lupino acertando Weltall em cheio, não era uma arma de plasma, uma rail gun ou um acelerador de partículas, aquilo era energia pura e simples, igual à que ele usou contra o GRAUD. Aquilo iria destrui-lo sem sombra de dúvida, seria o fim de sua jornada com Hiro, o fim de sua existência e de sua vida.

— Hiro...

A luz vermelha encobre o gigante que é lançado para dentro do prédio, começa a sentir seus braços se desfazerem e logo sua blindagem, o brilho de seus olhos se apagam e em sua mente viu um pequeno menino de cabelos negros e olhos castanhos sorrindo para ele, depois uma moça de cabelos alaranjados sentada em um jardim olhava para ele e sorria. Sorrisos que ele jurou proteger até o último momento de sua vida... e ele fez e agora está fazendo novamente.

Logo em seguida viu o menino ajoelhado chorando e a menina também e ele quis alcançá-los mais não conseguia, não sabia o motivo, mas queria faze-los pararem de chorar a qualquer custo e eles disseram juntos:

— Weltall...

— Fei...

Dois nomes... a mesma força, sentiu seu peito esquentar e o tintalhar de algo no ar, se viu pequeno diante da menina de cabelos alaranjados que tinha um crucifixo de prata em suas mãozinhas.

— Este é o crucifixo de Nissan a irmã mais nova de Gaia, dizem que ela protege os guardiões e guia aqueles que estão perdidos... vou deixar com você até que você encontre seu caminho. – O coloca em seu pescoço. – Quando você encontrar seu caminho me devolve, tá!   

E ele encontrou e a devolveu depois de alguns anos, para no fim o recebe-lo de novo... em seu leito de morte, mesmo com todo o seu poder ele não conseguiu salva-la, ele se amaldiçoou por dentro, por sua incompetência, mas um último toque e uma última palavra de sua amada lhe guiaram até hoje...

— Viva Fei... por mim...

— WELTALLLLL!!!!

As vozes ecoaram e seu espirito acordou assim como seu sistema que ativa!

“Ameaça iminente ao filho do mestre, ativando modo de combate extremo... ativando o sistema... ID...”

Ao ouvir aquela voz os olhos cor de âmbar do gigante mudam de cor para verde esmeralda, sua mão direita magra que estava carbonizada se torna larga e com dedos pontiagudos como garras e segura a rajada do VNT como se fosse algo simples, um sistema de reparo automático trabalha a todo o vapor reparando todos os danos caudados na blindagem do robô que assume a cor vermelha, a aresta de cima de sua cabeça se levanta como um chifre, os foguetes e parte das costas se soltam cobrindo os braços e pernas do robô que pareceu dobrar de tamanho, as pequenas asas que ficam em sais costas se abrem e delas uma luz verde emerge como se fossem asas o fazendo planar no chão.

O VNT sem sua visão não consegue ver o que ouve, mais ouviu o som de várias engrenagens e mecanismos se movendo e a voz do gigante coando como um trovão.

— Pegue seu golpe de volta!!! – Na mesma hora o raio que ele disparou voltou contra ele com o triplo de força.

— AAAAAHHHHHHH!!!!!  

Do lado de fora os policiais olhavam amedrontados o raio vermelho ligar o céu e a terra, o pequeno policial olha para quilo e só pensa em seu amigo.

— Weltalllll!!!!

A erradicação de Aura foi tão grande que até o grupo de Draconia sentiu.

— Gente... vocês sentiram isso? – Pergunta Soluço largando um livro e encarando seus amigos.

— Se eu sentir... EU SERIA DOIDO SE NÃO TIVESSE!!! – Berra o Frost se levantando do chão.

As meninas desceram correndo as escadas.

— Meninos vocês sentiram essa Aura?! – Pergunta Rapunzel assustada.

— Sentimos lourinha e que Aura diga-se de passagem!!! – Brada o albino. – Vem cá que tipo de criatura poderia invocar uma Aura tão forte?!

— Só vi essa potência vindo dos professores. – Responde Mérida. – A outra vez foi do...

— Do Breu? – Pergunta o herdeiro de Berk que tem a afirmação da ruiva com um menear de cabeça.

— Mas o que tá acontecendo nessa cidade?! – Grita Jack para os amigos que não tinham resposta, já o irmão de Hiro que estava em seu quarto se tremia todo.

— Ele... despertou...

Do alto de um prédio o alquimista cai de joelhos, seus olhos carmesins lacrimejavam de tanta alegria.

— Obrigado Doutor Kenzo... não só fizeste uma máquina maravilhosa, mais sim DUAS!!!

Longe de Yamato um ser caminhava, seu corpo de metal tremia a o som dos raios e da gotas de chuva que começavam a cair do céu.

— Irmão...

De volta ao prédio um imenso rombo jazia em seu centro, no fundo dele o que restou do VNT estava imóvel, somente sua parte de cima sobreviveu ao ataque do gigante que se aproximava. Seus olhos verde esmeralda fitando o lobo caído, que ergue a cabeça.

— Você... realmente... era a resposta...

O gigante rubro se ajoelha e pergunta:

— Qual o seu nome?

O lupino se sente feliz ao ouvir aquela pergunta e responde com orgulho:

— Wolf... Blade Wolf...

O gigante ao ouvir o nome do VNT acaricia sua cabeça com sua mão esquerda.

— Blade Wolf... pode descansar, pois você não será esquecido!

Um liquido prateado escorre do visor do lobo que apaga, para depois seu crânio ser esmagado pelo gigante assim findando a batalha entre os punhos e as garras...