O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 27
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Magos e Magas! Estamos de volta com mais um capitulo de O Mago das Espadas!!! O capitulo de hoje será mais leve e um pouco descontraído em comparação com capitulo anterior que foi bem denso.

Teremos gestos de família, um bug e... um smurf?

Curiosos? Leiam e descubram, desejo a todos uma otina leitura e vamos ao capitulo da semana!



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A noite chegara a San Fransoyko, após mais um dia longo de trabalho e de revelações e a dupla de policias chegava em casa. Uma parte de Hiro ficava feliz de voltar ao lar, já a outra.

Em pensar que vou ter que aturar aquelas malas assim que eu entrar em casa... ahhhhhhhhhhhhhhhhhh, MERDA!!! – Brada o pequeno gênio dando um tapa duplo na testa.

— Veja pelo lado bom, você pode aprender um pouco com eles sobre a Aura.

O menino encara seu amigo com reprovação.

Amigão... se um dia eu for apreender sobre a Aura com toda a certeza não será com eles... muito menos com meu irmão. – E sai do carro.

— Bom... eu tentei. – Comenta o gigante dando de ombros que ficou no carro esperando Hiro abrir a garagem para que ele pudesse entrar com o pequeno Smart.

Já dentro o pequeno gênio ascende as luzes e começa a ligar os equipamentos, o memory pc de sua garagem que era mais potente que o de seu quarto e que ele usava muito para suas investigações.

Aqui amigão! – Hiro estende a memory box que recebeu do comissário Callaghan pra seu parceiro. – Começa verificando os dados, vou preparar a lousa, os pinos e linha vermelha.

— Oh! Vai monta um quadro de evidencias como o do comissário?

Só que beeeeemmm maior! – Responde o menino tirando um quadro realmente grande do fundo da garagem. – Fiz bem em guarda esse quadro, lembra quando desenhávamos projetos nele?

— Sim, ficávamos brancos como fantasmas e sua tia puxava nossa orelhas... se bem que eu não tenho orelhas. – O gigante chega a apalpar os lados da cabeça para conferir. — Confirmado, eu não tenho orelhas!!!

O pequeno gênio não se controla e acaba caindo na gargalhada.

Essa foi boa amigão, muita boa!

— Serio? Mais não tentei ser engraçado, só constatei que não tenho orelhas!

E Hiro ri de se acabar novamente, seu amigo podia ser um ótimo investigador, mas as vezes era muito, mais MUITO sem noção. Foi então que a porta que liga a cozinha a garagem é aberta e por ela sai tia Cass.

— Olá meu queridos, que bom que chegaram!

Oi tia Cass nós chega... – O menino não termina a frase, pois ficou sem palavras com o que viu. Lá estava sua adorada tia trajando uma roupa totalmente diferente do seu habitual, (sandálias, calças jeans, camisas simples e um lenço sobre a cabeça). Agora ela estava arrumada, usando um vestido azul longo e elegante que realçava seu corpo, uma maquiagem leve que realçava seus belos olhos azuis, em seus pulsos usava pequenas argolas de ouro, um par de brincos com pedras verdes brilhavam como seu sorriso, um par de salto pretos e um colar de brilhantes que o pequeno gênio havia lhe dado em seu último aniversário, tudo aquilo lhe davam um ar todo charmoso.

Sua tia era bonita e ele sabia disso, era a irmã mais nova de sua mãe e só tinha trinta anos. Vários clientes mandavam cartinhas com cantadas que a deixavam sem graça, no início achou aquilo rude, mas depois de ver sua tia pegar os bilhetinhos e usá-los para ascender o forno ficou mais aliviado, não queria qualquer homem para sua tia para ter um caso e depôs abandona-la, teria que ser alguém maneiro e carinhoso com ela.

Tudo isso se passou na mente do menino que ainda encarava sua tia encantando.

Querido... tudo bem?

Ao ouvir a voz de sua tia ele acorda do transe.

O quê? Ah sim, sim, sim, tudo bem... o dia foi bom, bastante trabalho e a senhora tá linda! – O menino fica vermelho ao perceber o que falou e cobre a boca com as mãos arrancando um sorriso de sua amada tia.

Oh, querido não precisa ficar encabulado. – Responde sua tia lhe fazendo um carinho. – De vez em quando é bom a gente se produzir, né?

Bom...

— Com toda a certeza! – A voz de Weltall chama a atenção dos dois. — A senhora é jovem e bonita e precisa aproveitar a vida. Estudos mostram que quando se divertirem, os humanos liberam endorfina, uma substância que os deixa felizes e relaxados, acaba com a depressão e a ansiedade, além de controlar o apetite. Em suma... é muito bom se divertir!

Ao final de sua longa explicação o gigante ergue os seus famosos dois polegares, fazendo com que Hiro e sua tia olhassem para ele com caras de bobos.

Isso é que foi explicação bem looooonnnnngggaaaa!— Responde Tia Cass fazendo “O” com a boca arrancando um sorriso do menino que finalmente pergunta:

Mais então, vai sair com algum conhecido? A senhora arrumou um namorado? – Essa última Hiro mexeu as sobrancelhas e com um olhar maroto deixando sua tia encabulada.

— Nada disso seu bobo! – Ela mesmo se segurava para não rir. – Os amigos do Tadashi me convidaram para jantar fora em um restaurante super chique!

— Quê?! – Aquilo realmente pegou o menino de surpresa. – Aquele bando de bocós convidaram a senhor para um jantar chique?

— Siiimmmm!!! – Exclama a tia do menino em alegria. – E não é em um lugar chique qualquer... e no Dragão Yamato!!!

Os olhos de Hiro quase saíram de orbita quando ouviu aquilo, o Dragão Yamato era nada mais nada menos que o maior e melhor restaurante de San Fransyko! Todo temático, o lugar lembrava um palácio oriental, relembrando os tempos do reinando do Xogum. A comida era deliciosa e muito variada, vários artistas, cientistas e até políticos jantavam lá. Era um lugar chique e também muito caro!

Tia, mas o Dragão Yamato é o restaurante mais caro da cidade! Só um lanchinho lá custa trezentos gils! – Exclama o pequeno gênio preocupado. – Tem certeza que esses manes vão poder pagar as estadia de vocês lá?

E para a surpresa do menino sua tia sorri de orelha a orelha.

Vão sim! Afinal eles são da realeza, então dinheiro é o que não falta para eles! – Quando Tia Cass se deu conta do que falou tapo a própria boca e riu constrangida. – Ops... eu não devia ter dito isso...

Só que já era tarde demais, pois ao ouvir o nome “realeza” o cérebro de Hiro travou. Seus olhos ficaram travados olhando para sua tia, sua boca se mexia, mas não saia nenhuma palavra. Ergue a mão direita mostrando quatro dedos trêmulos, para em seguida juntar as mãos sobre a cabeça como uma coroa, depois sorri para enfim cair estatelado no chão.

Cinco longos minutos depois...

Hiro, acorde!

— Querido fala com a titia, o que tá sentindo?

O menino abre os olhos e se depara com sua tia e seu amigo o olhando para ele, parecia estar deitado em alguma coisa molhe que percebeu ser o velho sofá da garagem, não se lembrava como foi parar lá, talvez muito trabalho e acabou cochilando sobre o teclado e Weltall o deitou no sofá para descansar como fazia sempre. Só não entendia porque sua tia e seu amigo estavam o olhando tão apreensivos, e porque sua tia estava toda arrumada?!

Gente o que ouve? – Pergunta o menino se sentando.

— O que ouve? – Repete sua tia. – Você desmaiou agorinha mesmo!

O menino estranha.

Eu desmaie?

— Sim, Hiro eu mesmo te carreguei até o sofá. Lembra de alguma coisa?

O menino cosa o queixo.

Só de que chegamos, ligamos as maquinas e a tia Cass veio falar conosco e... nossa tia a senhora está linda!!! – Exclama o menino vendo sua tia toda elegante. – Vai a um encontro? – Pergunta o menino sorrindo e piscando. No entanto sua tia não estava sorrindo e olha para Weltall que também a encarou.

O que... aconteceu?

— Creio que o choque de saber que os amigos do irmão dele são da realeza deu um bug no cérebro dele!

— UM BUG?!

— É a única explicação! O choque foi tão grande que ele apagou da cabeça o que ouviu! – Explica o gigante fazendo vários desenhos em um caderno para que a tia do menino entendesse... e deu certo!

— Aí, minha nossa... eu não devia ter dito isso a ele?!

— Dito o que tia? – Pergunta o menino com cara de bobo, realmente ele não estava bem!

Ahhhh... nada! – Ela esboça um sorriso amarelo, não sabia como lidar com seu sobrinho naquele estado, por sorte havia alguém ali que sabia exatamente o que fazer.

— Hiro, sua tia veio avisar que vai sair um pouco. – Responde o gigante que vê seu pequeno mestre se virar o encarando e pode perceber que seus olhos estavam com a íris quase do tamanho de seu globo ocular.

Mesmooooo?! – Pergunta o menino sorrindo.

— É... sim!

— Que legal tia!!! – Hiro sem avisar agarra sua tia e dá uma abraço nela a deixando sem reação. – E muito importante sair e passear um pouco, a senhora trabalha demais, tem que sair para ver um filme, comer, joga boliche, comer, apreciar a paisagem, comer... eu já disse comer?

— Quatro vezes!

— Só para garantir mesmo, he, he, he! – Exclama o pequeno gênio que esce do sofá e começa a correr pela garagem abanando os braços e sendo observado por sua tia que olha assustada para Weltall que simplesmente responde:

— É... definitivamente ele bugou!

— E o que a gente faz agora?! – Questiona a tia do menino. — Ele não pode ficar assim, ele está parecendo até um bêbado em miniatura!

Foi só falar isso que Hiro pegou um guarda-chuva velho e começou cantar a música tema de um desenho da sua infância.

“VOU VOARRRRR, EU VOU VOAAARRRR, COM MEU PLANADOR EU VOU VOAAARRRRRR!!!!”

Para logo depois largar o guarda-chuva velho e pular para dentro de um baú.

Viu?!

 O gigante apenas ergue sua mão como se pedisse para esperar.

— Não se preocupe, eu tenho a solução.

— Tem?

— Tenho... será um pouco drástica, mas garanto que consigo trazer o Hiro de volta. – Responde o gigante que estala os dedos deixando a tia do menino preocupada.

O que você vai fazer?

— Observe. – O Gigante pega uma mesa e a coloca no meio da garagem e sobre ela seu caderno de desenhos com um lápis sobre s folhas, em seguida chama o menino. — Hiro pode vir aqui um instante.

Fala amigão! – Exclama o menino que saindo de dentro do baú com uma panela na cabeça. – Estava testando meu novo capacete de astronauta, ele é tããããoooo brilhosooooooo!!!!

O gigante não responde, aliás nem tinha o que responder, então da passagem para seu pequeno mestre mostrando o caderno de desenhos. Pega o lápis e o amostra para o menino e diz:

— Aqui! Porque não faz um desenho bem bonito para mim e para sua tia?

Hiro esboça um sorriso gigantesco e sem esperar pega o lápis e começa a desenha no caderno.

Pode deixar gente vou fazer um desenho lindo de vocês dois!!!

— Não tenha pressa... desenhe a vontade. – Diz Weltall que se próxima sorrateiramente para trás do menino.

Não se preocupem vai ficar lin...

Mais Hiro não terminou a frase, na verdade ele nem se lembraria do que fez nos últimos minutos, pois quando se deu conta estava com o rosto colado no que parecia ser uma mesa de madeira quebrada, um caderno com desenhos a vista e uma tremenda dor de cabeça!

AAAAAAIIIIIIII!!!! – Ralha o menino ficando de joelhos. – Que porra acabou de acontecer?! Primeiro eu chego em casa, vejo que minha tia ia sair para comer no Dragão Yamato e depois ela me diz que aquele bando de malucos são da realeza... Isso procede?!

O garoto olha para os lados e percebe que está sendo observado por seu amigo robô e sua tia que parecia estranhamente feliz.

— Viu? Como eu disse... drástico mais eficaz!

— Você tinha razão! Hiro você voltou!!! – Exclama tia Cass que puxa seu sobrinho para um abraço.

Voltei? De onde? – Pergunta o menino confuso.

— Não se preocupe com isso agora, o importante é que tudo está bem, certo?

Diz isso por você amigão, tô com uma dor de cabeça horrível! – Exclama o menino que deixa os braços de sua tia e massageia a cuca. – Mais mudando de assunto tia, que história é essa de realeza?!

— Oh, você não esqueceu disso...

— Tia! – O menino olha serio para sua tia, não iria conseguir se safar dessa vez e sem escolha suspira derrotada.

Desculpe querido... não é que eu não queria te contar, é porque fiquei sabendo disso recentemente... tipo... ontem.

— Ontem! – Exclama o menino.

— Sim! Eu estava fazendo meus quitutes quando ouvi Mérida e Jack discutindo... de novo.

— Novidade... – Murmura o menino que recebe de Weltall uma bolsa de gelo e a põe na cabeça. – Continue...

— Então ouvi eles discutindo e fui apaziguar os ânimos, quando ouvi isso...

No dia anterior...

— FROSTTTTT!!!! – Uma voz bem conhecida grita pelo albino que estava no andar de baixo deitado no chão e já começava a rir. Tadashi e Soluço que assistiam tv ficaram preocupados.

Jack, por favor, diz que você não aprontou com a Mérida de novo?! – Pergunta o irmão de Hiro já sabendo a resposta.

Preciso mesmo dizer? – Devolve o albino arqueando as sobrancelhas. – Eu só dei o troco por ela ter quase matado minha prole de Jackzinhos naquele café da manhã, apenas isso!

Soluço por sua vez cruzou os braços sério.

Criatura o que você aprontou dessa vez?!

E ele sorri.

Vocês já vão saber.

Assim que ele acabou de dizer uma menina espumando pela boca desce as escadas, seus olhos azuis tremeram de raiva assim que avistou o albino. No entanto os dois outros rapazes perceberam que não eram só os olhos da jovem que estavam azuis... mais sim ela toda!

Oh... minha nossa! – Murmura o herdeiro de Berk que cobre a boca para que a garota não visse rindo.

Mérida?! – Exclama Tadashi não crendo no que via.

A jovem a frente deles estava toda de azul! Roupas, pele e até seu volumoso cabelo, tudo nela era um perfeito azul celeste e para piorar Frost se levanta e aponta para os amigos.

Meus camaradas, contemplem o que nenhum mago ousou fazer! – Pausa dramática. – Eu criei uma SMURF!!!

A garota ao ouvir do que foi chamada serra os punhos, sua Aura brota para fora do corpo fazendo a casa inteira tremer e grita a plenos pulmões.

EU VOU TE MOSTRAR QUEM É A SMURF AQUI, SEU MONTE DE BOSTA BRANCA!!!

E se desata a correr atrás do albino que correr dela rindo à toa.

O que foi blue-woman, não consegue me pegar?

— FICA PARADO PRA EU TE MATAR!!!

A dupla corria por toda a casa sendo observada pelos dois meninos que estavam sentados no sofá.

Soluço não acha de devíamos, sei lá... para-los?

— E perder a diversão? Nem pensar! – Exclama o moreno gravando tudo com sua memory box.

Logo Rapunzel desce também com um paninho em mãos.

Mérida para de ficar correndo atrás do Jack, temos que tirar essa tinta de você!

 E a ex-ruiva responde:

DEPOIS QUE EU MATAR ELE EU PARO!!!

— Foi mal linda, mas sabe quando isso vai acontecer? NUNCAAAAA!!!! HÁ, HÁ, HÁ!!!

E a dupla continuava a correr pela casa toda, Rapunzel desiste de correr e gritar, joga o pano no chão e se senta junto ao lado Soluço e Tadashi.

Na boa eu desisto! – Resmunga a loirinha fazendo bico.

Eu nem sei porque você ainda perde seu tempo Zie, você melhor do que eu sabe que esses dois são incontroláveis! – Diz Soluço guardando sua memory box em seu bolço.

Eu sei... – Murmura a donzela choramingando. – Só queria que tirássemos férias em paz e sem perturbações, mas tô vendo que é impossível! – Afunda a cabeça entre os joelhos.

Tadashi ao ver a expressão de sua amiga pede para troca de lugar com Soluço que se levanta dando lugar para ele sentar e ficar ao lado da loira. Na mesma hora a loirinha sente um carinho em sua cabeça e a voz de seu amigo dizendo:

Não fica assim Zie, você sabe que o Jack e a Mérida são casos perdidos.

— A Mérida sim eu não! – Brada Frost passando diante deles sendo seguindo por Mérida.

CASO PERDIDO É A TUA MÃE!!!

— Enfim, acho que esse jeito deles é o que os torna especiais.

A loirinha ergue a cabeça.

Especiais?

— Isso, aí! – Responde o irmão de Hiro erguendo o queixo da jovem. – Imagina como seria chato a escola sem o Jack armando suas peças e a Mérida defendendo os mais fracos daquelas pessoas que se acham “a elite de Draconia”?

— Seria um pouco chato... – Confessa a jovem.

Na minha opinião seria um porre! – Exclama Soluço que ouvia a conversa. – Eu lembro como foi meu primeiro ano... solitário, deprimente, todos me evitando ou me perturbando... só melhorou mesmo depois que conheci vocês. – Confessa o herdeiro de Berk que olha para sua amiga, que transforma seu biquinho em um sorriso meigo.

Valeu gente... tô me sentindo melhor agora.

Os dois garotos sorriem para ela e respondem ao mesmo tempo:

Não tem de que Zie.

— É um prazer.

— PEGUEI VOCÊ!!!

O trio ouve o familiar berro de vitória de Mérida, o que quer dizer que ela havia pego o Frost.

Acho que nossa smurf pegou seu alvo? – Comenta o moreno rindo.

E pegou de jeito... olha! – Exclama Rapunzel vendo Mérida puxar Jack em uma mata leão e o arrastando até a sala.

Você não perde por esperar Frost, vou te ensinar a não mexer com a princesa de Dunbroch!!!

— Princesa?

O grupo congela, Mérida larga Jack que cai no chão esbaforido, para depois ela e os amigos olharem para a porta da cozinha onde tia Cass havia saído e a única coisa que a ex-ruiva disse foi:

Ops...

— E foi assim por uma ironia do destino, ou brincadeira... que descubro que nossos convidados são da realeza. – Diz tia Cass terminando de contar os fatos a Hiro que piscava.

Não acredito...

— Que história incrível... principalmente a parte do smurf? Hiro o que é um smurf?!

— E eu vou lá saber amigão? – Esbraveja o pequeno gênio. – Deve ser algum bicho do mundo maluco deles!

 O gigante encara seu mestre por alguns segundos.

— Depois irei verificar o que se trata esse “smurf”.

Ao ouvir aquilo o menino coloca novamente o saco de gelo na cabeça, realmente ficar em casa com aqueles convidados estava sendo estressante e até traumático.

Tem mais algo pra me dizer tia?

— Pra dizer a verdade tem sim.

— Hum?

— Eles pediram para que não revelasse a ninguém a identidade deles, me pediram para que você também guardasse segredo, pode fazer isso querido?

E o menino ri.

He, he... tia na boa, se eu contasse para alguém, ninguém iria acreditar! Nem eu mesmo acredito! – Confessa o menino que puxa uma cadeira se sentando. – Mas se eles te convidaram é melhor aproveitar tia, a senhora merece uma folga de vez em quando.

Hiro... – A tia do pequeno gênio se surpreende ao ouvir as palavras de seu sobrinho, achou que ele iria implicar com ela de aceitar o convite dos amigos de seu irmão, mas pelo visto o amor que ele sente por ela é maior que a implicância e a raiva que sente do grupo. – Sabe... você se faz de durão... mas tem um coração enorme, sabia?

O menino vira o rosto, mas sua tia pode ver que ele ficou corado.

Não sei do que a senhora está falando!

Ela sorri pela reação fofa de seu sobrinho.

Mais é verdade, eu nunca vi ninguém que se importasse tanto com o próximo como você. – Ela caminha até ele. – Sempre pensando em ajudar os outros, gastando seu tempo, sua juventude pela segurança de pessoas que você talvez nunca mais vai ver. – Para bem atrás dele e o pequeno gênio sente os braços de sua amada tia o envolverem e sua voz ressoar em seu interior. – Fico imaginando o dia em que você tiver amigos, eles vão adorar você!

— Amigos...

Aquela era uma palavra difícil para Hiro. Desde criança nunca teve outro amigo, as crianças de sua idade o ignoravam por ele ser muito inteligente e só falar de robótica, fazendo assim que ele fosse excluído das rodas de amizade. Quando cresceu largou a escola básica, afinal já tinha apreendido tudo o que precisava e se dedicou a o que amava... as maquinas.

Duvido que algum dia alguém ira querer ser meu amigo tia, eu sou muito nerd.

Ele ouve sua tia rir.

Isso não quer dizer que nerds também não possam ter amigos, né? – Pergunta sua tia que se levanta. – Todos tem direito a ter amigos, até você querido.

Ele pensa por alguns segundos.

Será?

Sua tia dá a volta e fica diante dele.

Eu tenho certeza! Você também não acha Weltall?

— Com toda a certeza. ­Responde o gigante com tanta serenidade que até impressionou Hiro.

Amigão...

Viu! Até seu “amigão” acha isso, he, he, he.

Depois desse “amigão” e a dá risada carinhosa de sua tia o menino acaba rindo também.

Só vocês mesmos...

E ali estava ele, após um longo dia de trabalho e revelações, estar no seio de sua família era o que mais lhe dava alegria e paz.

Bom! Acho que está na hora de eu ir, os outros devem estar impacientes me esperando. – Comenta tia Cass.

Não vai nem perguntar se eu quero ir? – Pergunta o menino com deboche.

Hummmmmm... algo me diz que se você for, correr o risco de você eletrocutar algum deles... de novo.

Aquela ideia soou como música para ele.

Tia... não dá ideia!

— KKKKKK, bobo! ­— Ela dá uma linguinha para fora. – Eu deixei comida pra você, vê se come tudo e Weltall olho nele para ele não varar a noite!

— Pode deixar senhora Cass, bom passeio.

— Tchau tia, bom passeio.

— Tchau queridos, fiquem com Althena! ­– Se despede e deixa a garagem deixando os dois amigos sozinhos.

Hiro e Weltall ficaram em silencio por vários minutos até terem certeza que não havia mais ninguém na casa, foi então que o menino se levantou sério.

Weltall!

— Sim, Hiro!

— Faça uma pesquisa completa sobre aqueles quatro... Jack Frost, Mérida Dunbroch, Rapunzel Corona e Soluço... não sei do que!

— Pesquisa?

— Exato! Quero saber tudo sobre eles! – Responde o menino com rigidez.

O gigante fica confuso.

— Mas Hiro... e a investigação sobre o Yama?

O menino se volta para seu amigo robô que pode perceber os olhos de menino em chamas.

Mais isso tem a ver com o Yama!

— Ah?!

— Amigão... conforme a lei... uma mago só pode entrar na nossa cidade mediante a aprovação do parlamento e de uma carta de recomendação do Ministério da Magia dizendo o porquê de estar aqui, sem falar de outras inúmeras exigências legais e além de terem que usar o as pulseiras para alertarem se o mago está usando sua magia.

O gigante meneia a cabeça em confirmação.

E essa lei e ainda mais rígida quando se trata de nobres!

— Como assim? – Pergunta o gigante.

De acordo com o que eu li em um artigo... as pessoas ditas como “nobres” carregam em si um grande poder magico, muito maior que um mago comum. – Explica o menino. – Por isso são sempre eles que estão no topo da hierarquia no mundo da magia.

Os olhos do gigante brilham em espanto.

— Nossa... eu desconhecia esta informação.

— Todo o cuidado é pouco com esse tipo de gente... dizem que eles tem poderes gigantesco e que conseguem matar várias oponentes com apenas uma magia!

O gigante quase caiu pra trás ao ouvir aquilo.

— Não creio... será que eram essas pessoas que os monges de Yamato lutavam?

— Provavelmente amigão. – Responde o pequeno gênio dando as costas a seu amigo. – E se eles são mesmo nobres como minha tia falou, ou simplesmente magos, deveriam estar usando as pulseiras reguladoras... mais nem isso eles usam o que me leva a crer que todos eles... incluindo o Tadashi entraram em San Fransyko de maneira...

Ele não conseguiu terminar a frase, tinha ódio e de seu irmão, mas sempre admirou sua inteligência e conhecimento com as maquinas que eram tão ou até maiores do que a dele, mesmo que ele não quisesse admitir isso. Saber que alguém com a inteligência de seu irmão usou algo fora da lei fez o ódio por ele aumentar ainda mais.

— De maneira ilegal... não é?

E o único gesto de Hiro foi baixar a cabeça, de raiva e de vergonha, a situação havia chegado ao um novo patamar e ele se via cada vez mais envolvido nessa espiral caótica.


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Notas finais do capítulo

E assim se encerra mais um capitulo, o que Hiro e Weltall faram agora com essa nova descoberta? O clímax do arco de San Fransyko se aproxima!!!

Espero que tenham gostado deste capitulo e que continuem apoiando a historia, desde já uma boa semana para todos!



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