O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 25
Aquele que Encontra o Caminho e Aquele que Traz as Trevas


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Magos e Magas, estamos de volta com mais um capitulo de O Mago das Espadas!!! Depois de vermos a historia trágica de Yamato, voltamos a Hiro que se sente totalmente perdido ao descobrir que despertou sua Aura, em suma ele também era um mago... ou será que não? Nisso veremos o retorno de um velho conhecido...

Drama e mistério os aguardam neste novo capitulo de nossa saga, desejo a todos uma boa leitura e uma boa semana!

E vamos ao capitulo da sema!!!



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— Hiro!

O gigante batia na porta do quarto de seu pequeno mestre, mas sem resposta, após descobrir que havia despertado sua Aura, as memorias da noite em que nocauteou as amigas de seu irmão vieram à tona, ele se desesperou e correu para seu quarto se trancando logo em seguida. Estava sentado no chão do quarto com sua cabeça baixa olhando fixamente para suas mãos. Podia ver um pequeno brilho saindo delas que iluminava seu quarto totalmente escuro.

— Não... isso não pode ser verdade... – As fecha e as comprimi perto do peito, serra os dentes enquanto as lágrimas começavam a escorrer por seu rosto. Aquilo só podia ser um pesadelo, ele que sempre amaldiçoou a magia, culpando a pelo sofrimento de sua família e sua solidão, acabou por descobrir que possui o mesmo dom que seu irmão... algo que ele nunca quis. Chorava, não de tristeza, mas de raiva e medo, como sua vida ficaria agora, o que ele faria?

Querido por favor vamos conversar.

Era a voz de sua tia.

— Vão embora! – Grita o pequeno gênio. — Não quero saber de conselhos, ou felicitações por ter despertado aquilo que mais odeio!

Sua tia olha para Weltall assustada, o robô por sua vez bate novamente na porta.

— Hiro... entendo como está se sentindo.

— Não entende não!

O robô por sua vez abaixa a cabeça.

— Entendo sim... muito bem por sinal.

Não ouve resposta de seu pequeno mestre.

— Hiro... você se lembra dos monges de Yamato?

Lá dentro o menino ergue a cabeça.

— Os monges eram guerreiros que lutavam pela proteção de seu povo, juraram defender esta terra de todo o mau que tentasse se apossar dela.

— E no final falharam... – Responde o pequeno gênio fungando.

Um silencio se seguiu logo em seguida, Hiro achou que eles tinham indo embora, mas logo depois...

— Acha mesmo que eles falharam?

— Ah?

O gigante encosta sua mão na porta.

— Os monges tinham força para matar um mago com apenas um soco, mas acha mesmo que suas artes eram apenas isso, uma arte para a morte?

O menino não respondeu.

— Você pode não acreditar, mais assim como os magos do ocidente... os monges também possuíam Aura.

— O QUÊ?! – O menino brada. – Isso é mentira!

— Não, não é! E você sabe disso!

O garoto serra os punhos, havia lido que os monges usavam a energia interna do corpo denominada Chi.

— Eles usavam o chi para realizar suas façanhas, uma energia que nascia de dentro deles!

— E o que isso é diferente da Aura?

 Os olhos do menino se arregalam.

Quê?! Impossível!

— Mas é verdade... a Aura nada mais é do que outro nome para o chi... e só pensar... vamos você vai entender.

Pensar... era o que ele mais fazia... sempre pensou antes de tomar qualquer inciativa, para ter a maior chance de sucesso, mas dessa vez era diferente, ele pensava e pensava, mas não encontrava uma resposta. Sua mente doía, ou melhor, não queria assimilar a ideia, ele... um mero policial e agora possível mago... era demais para ele.

— Eu não quero entender!!! – Brada o menino fazendo seu quarto tremer. – Eu só queria me tornar um detetive... e conseguir encontrar meus pais... eu nunca quis isso... eu nunca quis esse poder!!! – Cai de joelho socando o chão enquanto gritava e chorava de desespero.

Fora do quarto tanto o robô quanto a tia do menino ouviam seu desabafo. A moça tapava parte da boca com sua mão esquerda e com a direita fechava-a sobre o peito, seus olhos já lacrimejando em tristeza por ver seu sobrinho sofrendo, ela era uma mãe para ele, se ele sofria ela sofria junto.

Meu menino...

Já Weltall serra o punho esquerdo, seu cérebro eletrônico maquinava situações e variáveis de como agir, mas ele não queria seguir nenhuma delas e sim seu coração de aço.

Hiro... talvez isso não faça diferença nenhuma pra você, mais escute com atenção.

O menino nada disse.

— Essa Aura que você tanto abomina e teme... foi a responsável por salvar minha vida!

Ele se cala, seus gritos cessam e ele ergue o rosto lentamente olhando para a porta, como se pudesse ver seu amigo por completo.

— Na luta contra o Archibald, quando ele estava preste a arrancar meu coração eu me desesperei... achei que ali seria meu fim, não havia ninguém para me ajudar, você havia sido atingindo por um dos tentáculos de metal dele e depois o maldito te piso na cabeça... era para você ter desmaiado ou morrido, mas você não morreu... pois superando todos os cálculos e variáveis possíveis, você se reergueu!

Eu... me reergui...

A imagem daquele momento volta a mente do menino, de quando foi acertado pelo mago do metal e depois de ter sido pisado ele lhe deu as costas, foi em direção a Weltall, pode ouvir a conversa toda e quando ele disse o que fez com os reféns seu coração pulsou.

Se mexe...

Gritava em sua mente.

Se mexe!

Quando viu que ele aproximou a mão tomada pelo metal magico em direção ao peito de seu amigo robô.

SE MEXE!!!

No mais profundo de seu ser ele desejou ter forças... forças para salvar aquelas pessoas, salvar seu amigo e punir aquele miserável. E seu clamor foi ouvido... seu corpo foi tomado por uma força que ele desconhecia, sentiu seus músculos estarem, sua mente ficar branca como um papel e seus olhos focavam o Archibald com todo seu ódio e ele levantou, superando seus limites, sacou sua Goverment e disparou. Uma, duas... sete vezes até acabar com o mago e salvar assim seu amigo e os reféns.

Agora em seu quarto o momento era extremamente familiar, aquela força que o reergueu havia voltado, mais forte do que antes.

Seria possível?

— Não seria... É POSSIVEL! E você o fez meu amigo... você despertou sua Aura naquele exato momento. – Enquanto proferia aquelas palavras, o gigante pois sua mão direita sobre porta que começou a brilhar – Assim como eu despertei a minha.

Lá dentro o menino se ajoelha e olha para ambas as mãos que brilhavam novamente.

— Ela... me ajudou?

— Sim te ajudou! – A voz do gigante engrossa. ­— Hiro... eu acredito... que não exista só magos ruins nesse mundo.

O menino arregala os olhos em choque.

O quê?

— Este mundo é muito grande meu amigo, assim como existem pessoas que usam a tecnologia para o bem, também devem existir magos que usem a magia para o bem e vice-e-versa!

Aquilo fazia sentido... Hiro só conhecia seu irmão de mago, os amigos dele e o Archibald, mas será que todos eram assim?

— Como... você pode ter tanta certeza?

E a resposta que seu amigo lhe deu acabou com todas as suas dúvidas.

— Por que tem um bom mago bem ai dentro... e isso... já acaba com todas as minhas incertezas sobre o mundo da magia ser um lugar de trevas e de ignorância!

O pequeno gênio continuava encarando suas mãos.

— Um mago que se preocupa com seus semelhantes.

Começa a erguer a cabeça.

— Um mago que pensa nos outros e os ajuda sem receber nada em troca.

Seus olhos focam a porta a sua frente.

— Um mago que possui a verdadeira magia...

Os olhos castanhos lacrimejavam enquanto olhava para a porta, podia ver claramente o formato de seu amigo robô do lado de fora do quarto, era tão nítido como se ele estivesse ali dentro.

— Eu posso te ver...

E o gigante respondeu:

— Eu também posso ter ver meu amigo...

E ali ele não tece mais dúvidas, correu abriu a porta, pulou o mais alto que podia enlaçando o pescoço de seu grande amigo em um abraço de puro carinho e afeto, que o gigante correspondeu, suas Auras brilhavam com uma só, mostrando o elo entre eles, tia Cass sorria por ver aquela cena, Weltall era uma benção para aquela família e se pudesse queria que Tadashi também fosse... infelizmente nem tudo o que desejamos se tonar realidade... As engrenagens do tempo começavam a girar sem que ninguém percebesse.

Naquela mesma noite, em um dos vários guetos da cidade que não eram visíveis a luz do dia e nem para as pessoas comuns, acontecia mais uma luta ilegal de Real Steal. O público vibrava com os robôs se digladiando na arena fechada por grades, enquanto ao redor negociações de armas e drogas erma feitas. Personcos usando vestidos nada discretos serviam as mesas dos cliente enquanto eram aliciadas, muitas ali era levadas para quartos onde quem tivesse dinheiro fazia o que quisesse com as androides. E numa sala reservada o dono do lugar assistia as lutas de uma grande tela de cristal líquido. Seus dedos gordos abriam uma fina caixa de madeira onde pega um charuto, o passa pelo nariz sentido o cheiro doce do tabaco, para depois colocá-lo na boca e criando uma chama de seu polegar acendendo-o e já dando várias tragadas para enfim soltar uma longa fumaça em direção ao teto. Este homem era o cabeça da maior organização criminosa de San Fransokyo, o homem que conseguiu enganar e ludibriar o maior comissário de polícia que a cidade já tivera, afinal, molhava a mão de vários polícias e investigadores para que o informassem das manobras de Callaghan contra sua organização, além de ter membros do governos o ajudando em suas ações. Aliás ele mesmo era um desses membros, Ministro do Setor Alfandegário da cidade, cargo que lhe gerava bastante poder, com sua influência ele podia permitir a entrada de quem ele quisesse na cidade, imigrantes ilegais, armas, drogas, e até magos! Desde de que claro pagassem um bom preço. Se alguém quisesse entrar na cidade bastava pagar uma quantia absurda ao mafioso que ele facilitaria sua entrada, cedendo documentos e identidades falsas, evitando assim que os magos recebessem as pulseiras limitadoras que denunciaria qualquer mago estrangeiro. Era um esquema muito bem bolado e muito bem remunerado, enquanto os robôs lutavam até a morte, ricaços tarados se divertiam com suas persocons... para esse homem...

Eu amo as maquinas! – Diz o mafioso rindo. – Não reclamam, não recebem e ainda nos fazem faturar pro seus serviços, isso sim é que é investimento muito rentável, há, há, há!

O mafioso da outra tragada enquanto assistia mais uma luta que chegava ao fim, que por sinal foi muito rápida.

Droga esses robôs de segunda não duram nem dois rounds, assim nem tem graça de usar o Mamute Negro nas lutas! – Reclama o mafioso se referindo a seu robô pessoal. O ringue era limpado das carcaças destruídas do robô perdedor, dando lugar a próxima luta.

A noite prosseguia como qualquer outra, a diferença é que no meio da multidão que assistia a luta, um homem de trejeitos e roupas diferentes dos demais se destacava. Estava encostado em uma parede observando tudo, seus olhos vermelhos sangue captavam cada movimento dos robôs, mais principalmente dos guardas do local que levavam o dinheiro para uma sala a cima.

Ele sorri achando seu alvo e como um sombra ele prossegue, como se não existisse, até se aproximar por de trás de um dos guardas, encostar um dedo nas costa do homem que desmaia na mesma hora. O homem de vestes negras passa por cima do guarda e sobe as escadas com bastante calma. Lá dentro o mafioso alisava o montante de dinheiro que havia arrecadado, trezentos mil gils.

Isso é que é ganhar dinheiro fácil. – Sorri o mafioso. – Duvido que exista outra maneira mais rápida de enriquecer neste mundo, há, há.

— Vou ter que descordar com você meu caro.

O mafioso gelou, sentiu uma Aura tenebrosa e ameaçadora a sua volta, seus homens também sentiram medo e de imediato sacaram suas armas. E então as luzes da sala se apagam e o mafioso só consegue ouvir os disparos das armas de seus homens... e também seus gritos. Tudo isso durou dois minutos, para então a sala se tomada pelo mais nefasto silencio. O mafioso estava apavorado estava preste a sacar sua arma pessoal quando sente uma mão gelada segurar sua mão e uma voz passar por seus ouvidos.

— Eu não faria isso se fosse você... relaxe... se eu quisesse te matar já teria feito isso desde que cheguei aqui. – Diz a voz que solta a mão do homem que suava frio.

Q-Quem... é você?!

A resposta foi as luzes da sala se acendendo novamente, todos os seus homens caídos ao chão e um homem trajando um capuz negro sentado à mesa bem diante dele.

Olá, Yama-sam é um prazer conhece-lo! – Diz o homem com um sorriso sonso no rosto.

O mafioso entra em pânico ao ver todos os seus guarda-costas abatidos, talvez mortos e tudo levando a crer ter sido obra do homem a sua frente. Suas mãos pálidas estavam sujas de sangue, suas vestes negras que lembravam o abismo lhe davam o um ar de morte, glifos espalhados pelo corpo como se fossem tatuagens e seus olhos cor de sangue o fitando como se pudesse ver dentro dele. Sentia que sua vida se esvairia ao menor movimento que fizesse, nunca havia sentindo tanto medo como agora. O homem o chamou por seu nome, quer dizer que ele sabia quem ele era e o que fazia, seria um homem do ministério da magia, do conselho de reis ou...

Antes que sua cabeça pire com suposições, saiba que não trabalho pra ninguém, apenas para mim mesmo.

O mafioso arregala os olhos... ele podia ler mente?

Você... Você... lê...

— Não, não leio mentes rolha de poço. — Zomba o homem cutucando o barrigão do mafioso deixando uma mancha de sangue em seu terno branco e caro. – Seus olhos mostram que está pensando em várias coisas, como sei sobre você, sua organização e... – Pega um maço de dinheiro. – E quanto ganha. – Larga o maço e encara o mafioso. – Que por sinal... é bem pouco!

O mafioso arregala os olhos incrédulo com o que ouviu.

POUCO?!

— Ora, vejam, parece que toquei na ferida! – Zomba o encapuzado. – Mais falando serio Yama, você ganha muito pouco nessas lutas, vendas e exploração de persocons. – O homem se levanta. – O que acha de... triplicar seus lucros?

Ao ouvir as palavras “triplicar seus lucros” o mafioso de nome Yama perdeu o medo, um brilho de ganancia reluziu por seus olhos escuros e ele perguntou:

Você disse... triplicar?

Um sorriso de vitória se formou no rosto do Alquimista das trevas, mais um bezerro acaba de entrar para seu rebanho de tolos.

Longe dali no memorial dedicado aos monges de Yamato...

— Faz tempo que não víamos aqui, não é? – Pergunta o gigante para seu pequeno amigo que responde:

— É... desde que entramos na polícia que não viemos visitar esse memorial.

Hiro não soube explicar muito bem, mas quando conversou com Weltall sobre o despertar de sua Aura se sentiu compelido a ir ao memorial dedicado aos monges. Se aproximou e olhou bem para a imagem do monge feito de bronze em posição de meditação. Sua feição era tão serena, como se nada o perturbasse, seria o que chamam de encontrar a paz interior?

Ele parece tão em paz.

— Sim. – Responde o gigante. Foi dito várias vezes que os monges praticavam suas artes não para a guerra ou para a morte, mas como uma ato para a compreensão da vida e do mundo em que vivemos.

— Verdade... eu já tinha ouvido falar sobre isso.

Os dois ficam em silencio por algum tempo olhando o memorial, já era de noite e o céu estava aberto com as estrelas o enfeitando junto com a Brave Vesperia.

Weltall.

— Sim, Hiro.

— Você acha que... existem outros como eu? – O pequeno gênio olha para suas mãos. – Digo... com medo? – Elas começam a brilhar. – Será que a outros como eu que se sentem inseguros com esse poder que tem?

A resposta do gigante foi se agacha e colocar ambas as mãos sobre os ombros de seu pequeno mestre e olhar bem fundo nos seus olhos.

— Hiro... nunca existe um só neste mundo.

— Hum?

— Assim como você com certeza existem outros com as mesmas duvidas e aflições e que se esforçam para enfrentá-las. O mundo é muito grande! – E aponta para o céu. ­– Em algum lugar alguém está olhando para este mesmo céu e fazendo as mesmas perguntas que você e lutando... por um novo amanhã...

O menino sorri ao ouvir aquilo, então ele não era o único, haviam, outros como ele que olhavam para o mesmo céu e para a mesma estrela e fazia seus pedidos, será que um dia ele os encontraria?

Seria bom encontrar outros como eu. – Diz o menino com um sorriso calmo no rosto. Realmente ter saído de casa, respirado o ar da noite e visitado o monumento ajudaram a acalma-lo. – Vamos pra casa amigão, amanhã é um novo dia!

O gigante responde:

— Sempre será Hiro, vamos, uma noite bem dormida irá melhorar as coisas.

E assim ambos se retiram sem perceberem que a face do monge de bronze trincou ao mesmo tempo que o mafioso e o alquimista faziam seu acordo.


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Notas finais do capítulo

E assim enceramos mais um capitulo! Hiro e Weltall seguem seus caminhos encanto Armatas faz seus movimentos, o que ele estaria tramando? Essas e outras perguntas você só descobrira nesta saga de magia e superação! Desejo a todos uma boa semana e até a próxima!!!

Musica de fundo para Hiro e Weltall: https://www.youtube.com/watch?v=oFbVhFlqt3k



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