O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 15
O Mundo em que Vivemos e Lutamos


Notas iniciais do capítulo

Boa noite magos e magas! Estamos de volta com mais um capitulo de O Mago das Espadas! Com a continuação da historia de Hiro em suas reminiscencias de seu amigo Weltall. Veremos como essa dupla trabalhava na cidade e os problemas que eles enfrentavam.

Junte-se a nós nesta aventura! Desde já uma boa leitura para todos!



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Já passavam das 03:00hs da manhã e o pequeno gênio ainda estava no galpão, agachado no ringue contemplava perdido o transmissor agora quebrado que usava para dar comandos ao seu amigo. Seus olhos estavam sem brilho, seu espirito estava abalado, pois um dos responsáveis por seu sofrimento foi alguém que deveria ama-lo e protege-lo.

Tadashi...

Seu irmão era um gênio como ele, era esperto, sábio, amava a tecnologia, mas era solitário e distante. Nos três anos que esteve em Draconia nunca voltou nas férias e só agora que iria iniciar o 4°ano ele aparece como se nada tivesse acontecido e traz consigo uma trupe de magos e magas para uma cidade onde só tem tecnologia! Já sabia que coisa boa não ia sair disso.

Alguns meses antes do sumiço de Weltall ...

— Perai a senhora tá me dizendo que o Tadashi vai voltar?! – Questiona o menino quase sem engasgando com o cereal que comia.

SIM!!! – Berra sua tia dando pulinhos. – Ele vira durante as férias escolares, finalmente depois de tanto tempo ele vai voltar, tô tão feliz!!!

O nível de serotonina da senhora indica um estado de euforia extremo! – Diz Weltall que estava vestindo um avental de cozinha e com um prato em mãos. Panquecas?

Não amigão to satisfeito. – Agradece o menino que se levanta da mesa. – Bom, tia vou pro trabalho.

— Mas já? Não pode ficar mais tempo para pensarmos em uma boa recepção para seu irmão?

Uma veia se sobressaiu na testa do menino.

Tia... na boa, tenho mais o que fazer do que preparar uma recepção para um mané que some durante anos sem dar notícia e só agora resolve dar as caras! – Exclama o menino visivelmente irritado. – Tenho assuntos bem mais importantes na DP, então não conte comigo, Weltall, bora!!! — Exclama o menino já saindo da cozinha.

— Com sua licença. – Diz o robô retirando o avental e o entregando a tia de Hiro, para logo em seguida seguir seu pequeno mestre.

Sozinha tia Cass fecha os olhos preocupada.

Aí, esses dois... só espero que o Tadashi tenha desistido do plano dele, pelo bem dele e de nossa família...

Lá fora Weltall e Hiro embarcam em um discreto automóvel, um Smart para apenas dois passageiros. Hiro e Weltall o acharam no ferro-velho depois de suas sessões de treinamento, o carro ainda estava em bom estado, então o pequeno gênio e seu fiel amigo o levaram para casa, o consertaram e agora havia se tornado o “Hamada-movel”.

— Hiro coloque o cinto, por favor.

— Tá bom mamãe eu coloco! – Responde o menino irônico sentando no banco do carona e colocando o cinto enquanto Weltall estava no banco do motorista e ligava o carro. Logo os dois já estavam na estrada a caminho do trabalho.

Durante o percurso Hiro ficou olhando para fora do carro, não fitava nem encarava nada, apenas olhava perdido para os carros, pessoas e robôs que passavam pela rua. Não queria admitir mais a volta de seu irmão estava mexendo com ele.

— Tudo bem Hiro?

— Hum?

— Você parece distante? – Pergunta o gigante. ­— Por acaso isso tem a ver com o retorno de seu irmão?

E mais uma vez Weltall acertava, era incrível como seu amigo conseguia lê-lo com tanta facilidade.

É amigão... infelizmente tem.

— Sei muito pouco sobre o mestre Tadashi, em minha programação básica estavam mais dados seus do que dele.

Serio... bom pra você amigão, assim não se decepciona tanto quanto eu. – Responde o menino apoiando o queixo sobre a mão direita.

O robô observa seu pequeno mestre, seus scanners indicavam graus elevados de desamino e acima de tudo depressão.

— Hiro... seu irmão lhe causa tanta tristeza assim?

Tristeza... – Murmura o menino. – Não, essa não é a palavra que eu usaria... se fosse pra demostrar como me sinto eu diria... decepcionado!

— Decepcionado?

— Sim... pelo simples fato de que aquele que eu mais confiava me largou pra viver sua vidinha sem ao menos dar um sinal de vida! – Brada o menino socando o painel do carro. – Três anos Weltall, três longos e silenciosos anos se nem se quer ver a sombra dele! E do nada ele resolve reaparecer!

— Será que não sentiu saudades?

— Puff, duvido! – Debocha o menino. – Minha tia escrevia toda a semana para ele e só respondeu duas ou três pra dizer que estava bem e que não iria passar as férias conosco! Eu tava louco pra falar com ele sobre o conteúdo da carta que meu pai me mandou, mas fiquei com medo dela ser interceptada e esperei para que ele viesse e pudéssemos conversar cara-a-cara. – Explica o menino para seu amigo que responde:

— Ótima escolha, esse assunto deve ser tratado com o máximo de sigilo, quanto menos pessoas souberem melhor.

— Sim, nem contei para a Tia Cass, só você e eu sabemos sobre o conteúdo da carta. – Explica o pequeno gênio que volta sua atenção para a estrada a frente. – Às vezes acho que ele não me considera um irmão, porque irmãos ajudam e cuidam uns aos outros, não os deixam a ver navios e muito menos sem dar notícias.

— Ele deve ter tidos seus motivos.

— Não me importo amigão, família é família e chega de falar do meu irmão, vamos nos concentrar no trabalho de hoje, quem sabe podemos descobrir mais sobre a investigação das lutas clandestinas. – Responde o menino mudando de assunto.

Weltall queria dizer mais coisas, mas preferiu guardar para si mesmo, seu pequeno mestre estava triste e magoado e isso para ele era inconcebível.

— Está certo, vamos nos ater ao trabalho, muitas pessoas e robôs contam conosco!

— Agora você falou a minha língua amigão! – Responde o pequeno gênio sorrindo e isso já deixava o robô mais tranquilo.

Quinze minutos depois os dois estacionavam o pequeno carro no estacionamento da DP, saíram do carro e adentraram o prédio que estava uma verdadeira zona!

A cidade cresceu muito em poucos anos, mais pessoas migravam para morar em um lugar onde a tecnologia crescia, no entanto não era só a tecnologia e a população que crescia, mais também a onda de crimes! 

San Fransokyo vivia uma era de assaltos e crimes envolvendo tecnologia e até mesmo o uso de robôs em assaltos. Hiro perdeu a conta de quantos criminosos já havia prendido que usavam robôs. Como os robôs não podiam desobedecer seus mestres eram forçados a cometer delitos e eram presos em seus lugares, aí era a parte mais complicada... como interrogar um robô?

E a resposta foi... usar outro robô, nesse caso Weltall!

O amigo de Hiro não era apenas seu parceiro, mas também encarregado de conversar com os outros robôs, com seu intelecto mais avançado, Weltall conseguia convencer os robôs a falarem sobre seus mestres sem violar as leis da robótica, graças a isso uma quantidade enorme de criminosos foram presos! Seus robôs foram remanejados para lugares onde não seriam mais usados para fins escusos.

A dita “delação mecânica premiada”! – Exclama Hiro para seu amigo, que meneia a cabeça em confirmação.

Após passarem pela entrada e pelos incontáveis policias de serviço, o menino e o robô chegam até seu cubículo onde uma pilha de documentos os esperavas.

Que beleza, bastante serviço pra gente hoje amigão!

— Sinto um tom de satisfação em sua voz Hiro.

— Pode apostar amigão, vou poder distrair minha mente com o que gosto de fazer. – Puxa sua cadeira se sentando a mesa e Weltall fazendo o mesmo à sua frente. – Que é prender esses babacas que usam robôs como se fossem ferramentas descartáveis!!!

Hiro fazia parte da divisão de furtos e assaltos usando alta tecnologia, que ia deis de equipamentos ao uso de robôs. Esse último por sinal estava crescendo e muito nos últimos meses.

Aquela manha passou rápido, a dupla averiguo casos em que robôs foram usados para transportar dinheiro e drogas dentro de seus corpos como mulas, assaltos a casas, tentativas de sequestros, intimidações, mesmo que todos soubessem das três leis da robótica um robô alto e feio assustaria qualquer um.

— Pobres robôs. – Murmura o menino triste ao ler os relatórios.

— Concordo. – Responde Weltall. — Os robôs tendem a servir a seus mestres, não importando a ordem que for, sejam elas bons ou ruins. E pior que durante um interrogatório normal não dizem nada.

— Aí, apelão para verificar a interface neural do robô, que usa suas defesas e antivírus para tentar evitar a invasão e por experiência própria sabemos que após esse método forçado os robôs podem fritar ou ficar incapacitados. – Explica o pequeno gênio. — Graças a você amigão, pudermos salvar muitos robôs desse fim.

Fico feliz em ser útil, muitos humanos tendem a achar que os robôs não têm pensamento próprio, mas eu não penso assim. – Diz Weltall encarando seu pequeno mestre.

Está certíssimo amigão e nosso trabalho consiste justamente em evitar isso! 

— Exato e sem falar que a o caso das Persocons...

— Ah, Weltall nem me lembra disso, por favor! – O menino interrompe o gigante mecânico. – Usar robôs para fazerem serviços sujos já é degradante, agora criar androides para satisfazer desejos e fantasias carnais é ainda pior!!!

— De fato... é.

Esse era outro grande problema em San Fransokyo, a cada dia a tecnologia crescia mais e mais. A criação de robôs já não satisfazia mais as ambições de cientistas e projetistas... eles queriam mais, queriam uma máquina que se parecesse com o homem, mas que pudessem manipular ao bel prazer! E assim no ano passado surgiram as Personcon, uma nova classe de máquina que foi classifica como Androide, pois tinha a aparência e semelhança parecida com a dos humanos.

Diferentes dos robôs que eram enormes e às vezes brutos, as Personcons tinham aparência meiga e encantadora, seus donos podiam escolher o sexo, tamanho, a cor dos olhos, da pele e dos cabelos, tal opção encantava as pessoas e para completar podiam fazer tudo o que um robô fazia, armazenar, interagir, servir, mas com mais sutileza e perfeição.

O resultado não deu outro... centenas de pessoas começaram a encomendar Persocons de todos os tipos e tamanhos, hospitais encomendavam para ajudar no tratamento de pacientes, ajudar na mão de obra e até afazeres domésticos. Um dia Hiro e Weltall faziam sua patrulha diária e viram um casal de idosos passeando de mãos dadas com um Persocon em forma de criança, curioso se aproximou do casal e perguntou o porquê de terem um Persocon criança e a resposta fez seu coração pesar. O casal disse que perderam seu filho muito novo e depois nunca mais conseguiram ter outra criança, foram décadas de solidão, foi então que surgiram os Persocons e tiveram a ideia de adotar um, para que mesmo por poucos anos eles pudessem viver a emoção e o amor de serem pais de novo. Ele teve que admitir, aquilo foi impressionante... ajudar alguém que perdeu um ante querido o fazendo ser reerguer e viver novamente foi uma ideia magnifica... infelizmente nem todos adotavam essa ideia.

Como disse os Persocons eram muito parecidos com os humanos, mas por dentro ainda eram máquinas, só tinham a aparência exterior bela e isso atiçou os olhos de pessoas avidas por desejos nem um pouco bondosos.

Exploração sexual de Persocons, se tornou um caso que estampou as manchetes dos principais jornais da cidade. Boates e prostibulos estavam ofertando noites com androides de diferentes sexos, tamanhos e idades para satisfazer os apetites luxuriantes de seus frequentadores. Tendo por fora aparência humana e por dentro de máquina eles não podiam dizer não contra seus mestres e isso virou um caso gravíssimo, autoridades levaram isso como exploração de incapaz, e outros de uso indevido da tecnologia. Mas para Hiro o nome disso era...

Doença! Um mundo doente e sombrio em que vivemos isso sim! – Exclama o menino revoltado.

— Entendo seu rancor Hiro, creio que se fosse humano também me sentiria assim. – Responde o gigante. — Penso que não importa se for humano ou robô, abuso de incapaz... é crime! E os culpados merecem estar presos.

Ao ouvir aquilo o pequeno gênio sorri, Weltall era simplesmente incrível!!! Um robô que pensa nos outros e compartilha o sentimento de raiva como um humano de verdade faria... isso sim era ter um coração... mesmo que fosse de ferro!

— Amigão... você é demais!!!

— Faço o que posso.

Depois dessa o menino acaba rindo da frase e expressão imutável de seu amigo robô, no entanto sua risada cessa quando o telefone de sua mesa toca e ele atende:

Sim, pois não? – O menino arregala os olhos, se levanta e responde; ­— Estamos indo para lá! – E desliga o telefone.

Aconteceu algo? – Pergunta o gigante e seu pequeno mestre responde:

Um criminoso atacou o Plaza Shopping e fez reféns, estão chamando reforços e pediram nossa ajuda!

Weltall se levanta de imediato.

— Se estão pedindo nossa ajuda só pode significa que o criminoso está utilizando algum robô ou tecnologia para cometer o crime!

— Não deram todos os detalhes só pediram para que fossemos rápido!

— E o que estamos esperando? VAMOS!

— Exato! SI BORA!!! – Brada o pequeno gênio saindo em disparada sendo seguido por seu amigo que fazia o chão tremer devido a suas passadas. Logo que entraram no Hamada-movel, Weltall colocou uma sirene sobre o capo do carro e disparou a toda velocidade até o objetivo.

O Plaza Shopping era um dos maiores, se não o maior shopping da parte central da cidade. Repleto de todo o tipo de artigos e objetos para consumo e entretenimento. Pessoas de várias idades frequentavam com frequência o lugar, principalmente nos finais de semana, infelizmente para algumas famílias o dia não estava para passeio e sim para pesadelo.

Logo que a dupla chega, encontra um enorme cerco de vários carros da polícia cercando a entrada do shopping. Alguns estavam com perfurações de projeteis e outros estavam virados de cabeça para baixo

Nossa! Isso tá parecendo uma zona de guerra! – Exclama Hiro saindo do carro.

— Vamos agir com cuidado, não sabemos o que vamos enfrentar. – Avisa Weltall.

— Tô ligado amigão, agora vamos!

Ao dizer essas palavras o menino e seu parceiro adentram o círculo de carros e tentam encontrar o chefe da operação.

Quem está no comando da operação? – Pergunta o menino ao um policial.

O policial o encara e responde:

O que você faz aqui menino é perigoso?!

O garoto rola os olhos, isso sempre acontecia.

Olha tio, não sou um garoto qualquer, aqui meu distintivo! – E mostra sua credencial de policial. – Agora se não puder ajudar vou pergunta ao outro policial?

— Ah... desculpe é que nunca vi um menino nas forças policias.

— É porque que não atuamos nos mesmo departamento, agora me diz quem está no comando, por favor?!

— Oh sim, a sargento Calhoun!

— Sargento Calhoun? – Questiona Hiro.

— Da divisão da SWAT?

— Ela mesmo. – Explica o policial. – Ela e seus homens já estão se preparando para invadir o local.

Ao ouvir aquilo Hiro engole seco. Não conhecia Calhoun pessoalmente, mas sua fama como ex-militar e oficial linha dura eram comentadas na DP. Seus talentos em campo lhe renderam condecorações e o status de sargento assim que entrou nas forças policias, contam que ela chegara a capitã em breve.

Isso não vai ser fácil... – Murmura o menino que agradece o policial e segue paralelamente até onde um grande furgão com o nome da SWAT estava gravado. – Ali!

Na frente do furgão um grupo de homens já estava equipado com armaduras tão grandes que pareciam até robôs. Armas enormes que poderiam abrir buracos em prédios e na frente deles uma mulher de estatura normal com cabelos louros curtos dava ordens para eles, ou melhor, berrava:

ESCUTEM AQUI BANDO DE MARICAS, EU QUERO UMA AÇÃO CORDENADA, VAMOS ENTRAR, ACABAR COM A FESTA DESSE CRIMINOSO COM UM NUMERO ZERO DE VITIMAS, FUI CLARA?!

— SIM SENHORA!!!

— Eita! – Exclama o menino ao ver aquela cena. – Sabe amigão, bateu um medo de repente!

O robô por sua vez o encoraja.

— Coragem Hiro, estamos aqui para ajudar.

— Eu sei chapa, eu sei! – Responde o menino que toma folego e diz; – Com licença... sargento?

A mulher meche a orelha esquerda quase como um gato faria, parece ser os reflexos, lentamente ela vira o rosto e com o quanto do olho esquerdo avista o menino que acena.

Olá!

A mulher ao olhar para o menino o analisa, depois volta sua cabeça de volta para seus homens e diz:

Aqui não é o jardim de infância piralho, dê o fora!

O menino por sua vez serra os olhos.

Ela me chamou de pirralho? – Pergunta o mesmo para Weltall que confirma.

— Foi o que eu ouvi.

É... eu também.... Aff! – O menino respira fundo, pelo visto aquilo não  seria mesmo fácil. – Perdão sargento... mas preciso falar com a senhora.

E novamente a mulher ouve aquela voz infantil, uma veia se sobressalta em sua testa, ela bufa e tenta contar a até dez.

1... 2... 3... 10!!!

E se vira ao mesmo tempo em que pega o menino pelo colarinho do casaco o levantando do chão e o fulminando com seus olhos azuis escuros.

Eu já não disse piralho, D-Ê O F-O-RA!!! – E o joga longe.

UUAAAHHHH, WELTALLLLLLL!!!!

O gigante não pensou duas vezes ao ver seu pequeno mestre em perigo, acionou seus foguetes dos pés, fazendo assim com que acelerasse seus movimentos e chegando a tempo de pegar seu amigo antes de uma queda que com certeza o machucaria.

— Essa foi por pouco! – Exclama o robô.

Muito... pouco... mesmo! – Responde o pequeno gênio sem ar.

Weltall observa a sargento dando ordens para seus homens que começam a se mover em fila dupla eles sobem a alta escadaria que dá para a entrada do shopping seguindo a sargento que coloca um capacete e carrega uma arma maior que ela com facilidade, não foi à toa que ela conseguiu jogar seu pequeno mestre longe. Enquanto eles subiam as escadas seus scanners identificam o tipo de armamento que eles portavam que por sinal, era pesadíssimo, usado em missões de invasão ou proteção contra nações inimigas.

— Me pergunto... que tipo de criminoso seria tão perigos ao ponto da SWAT ter que usar armamento bélico?

— Como? – Hiro pergunta já no chão e encarando seu amigo.

— Os equipamentos que eles estão usando seriam apropriados para abater grandes criaturas de outras terras e não para uso dentro da cidade, só posso pensar em duas coisas... a primeira é que o criminoso tem alguma criatura ao seu lado, o que acho bem difícil.

— E qual seria a segunda? – Pergunta o pequeno gênio, mas logo seus pensamentos são interrompidos quando gritos e barulhos de tiros são ouvidos do topo da escada e logo as visões de Hiro e Weltall são encobertas por um dos soldados de armadura que vinha voando na direção deles. Pelo tamanho da armadura e altura que ele estava, se caísse no chão de concreto sairia bastante ferido, pior... podendo ficara até aleijado... e isso ele não permitiria.

Weltall ativar safe mode! – Ordena o menino para seu amigo e no mesmo instante seus olhos cor de âmbar brilham, seus jatos acoplados nas costas são acionados, o gigante se agacha e salta tão alto que parecia estar voando!

O soldado que gritava desesperado achando que ia morrer, sente algo o segurar, piscou várias vezes e se viu flutuando no ar.

Mas o que?— Olhou para trás e viu uma figura humanoide gigante flutuando atrás de si, suas mãos seguravam com firmeza o tronco de sua armadura. Seria um sonho? Sua armadura pesava quase cem quilos, usavam tecnologia para que ela pesasse menos, mas mesmo assim precisavam de um bom condicionamento físico para usa-las e aquele robô o estava carregando no ar como se ele fosse a coisa mais leve do mundo.

— Espero que não tenha se machucado?

O soldado meneia a cabeça em negação.

— Que bom, vamos descer agora! – Ao dizer essas palavras o robô plana com cuidado para chegar ao chão em segurança com o soldado, mas não sem antes olhar para o alto da escadaria e ver o que a sargento e seus soldados enfrentavam. — Agora entendo porque vocês vieram tão bem equipados.

Um minuto depois o gigante já estava no chão com o soldado, Hiro se aproxima e ajuda o soldado a se sentar.

Você está bem? Quebrou algum osso, órgão perfurado?

O soldado meneia a cabeça em negação e diz:

Não... estou bem. – Olha para o menino e para o robô que se coloca ao seu lado. – Obrigado, aos dois... seja lá quem vocês forem.

O menino sorri, se havia uma coisa que ele mais gostava em ser policial era ouvir que a pessoa estava bem, isso valia por um dia inteiro, mas a situação de hoje seria diferente, muito diferente.

— Hiro, minha segunda teoria foi confirmada.

Hum?

O criminoso está utilizando um VNT de combate pesado a seu favor, aqui escanei ele enquanto resgatava o soldado! – Explica Weltall que se agacha, ao mesmo tempo que seus olhos brilham e uma pequena imagem holográfica surge diante do pequeno gênio que arregala os olhos perplexo.

Weltall... isso é o que eu estou pensando que é?!

Infelizmente sim! É um GRAD!

O rosto de Hito fica pálido ao ouvir aquele nome, havia lido artigos que as forças de defesa de San Fransyko estavam criando armas para defender a cidade de investidas de outros países que usam magia, os VNT (veículos não tripulados), eram considerados o ápice da forma de guerrear. Eram maquinas que não precisavam de pilotos ou controladores de perto, podiam ser operados por ondas de rádios, por voz, ou pior... inteligência artificial primitiva, que só marcava a sua frente alvos que deveriam ser eliminados. Vários VNT foram apresentados, mas nenhum se igualou ao GRAD!

Um tanque de batalha armado até os dentes, com metralhadoras, misseis de napalm que podiam espalhar um mar de chamas pela área envolta incinerando os inimigos, misseis teleguiados pelo calor, blindagem que conseguia aguentar magias de fogo, raio, gelo e ataques de armas de fogo. O GRAD possuía uma parede frontal que podia repelir multidões e ataques maciços, mas o pior era sua arma principal... um canhão de calibre pesado que podia abrir um buraco em um prédio e destroçar qualquer veículo que estiver sem eu caminho. Quando não está no seu “modo” tanque, o GRAD pode alterar para o “modo bípede”, podendo ficar em pé e andar ou até deslizar para os lados, sua blindagem alterna para duas mãos como se fossem pás gigantes e uma cabeça retangular que protege seu núcleo.

Uma arma formidável nas mãos erradas...

Como em nome da Deusa esse criminoso conseguiu um GRAD?! – Brada o pequeno gênio incrédulo.

— Não faço ideia! – Exclama Weltall sério. Mas a questão é... não podemos ficar parados aqui, a sargento e seus homens não vão conseguir segurar aquele VNT, precisamos intervir!

Ao ouvir as palavras de seu amigo Hiro o encarou sério.

Acha de da conta?

O gigante olha para seu pequeno mestre, seus olhos cor de âmbar reluziam.

— Hiro, você me treinou, estou pronto para lutar por você a qualquer hora e momento e além do mais o GRAD é um VNT, não é um ser humano ou seja... – E olha para seu punho direito o fechando enquanto uma corrente de estática passar por ela. — Não vou precisar me segura!

Um sorriso de satisfação brota na face do menino.

Então o que estamos esperando amigão... vamos à luta!!!

— Vamos!!! – Responde o gigante que se levanta e segue seu mestre que corre a sua frente subindo as escadarias prontos para a luta e cumprir seu deve que era de manter a paz e a ordem de San Fransyko!


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Notas finais do capítulo

E assim conhecemos um pouco do ambiente em que nosso pequeno gênio e seu amigo robô vivem. Este capitulo serviu como introdução ao mundo da tecnologia que rivaliza com a magia, um mundo que tenta se desgarrar de sua Aura mistica e tentar andar por conta própria.

O que esperar por Hiro e Weltall? Não perca os próximos capítulos desta saga e se quiser visitar nossa pagina do Facebook, segue o link: https://www.facebook.com/AshDragonHeart/

Desde já uma boa noite e bom final de semana para todos!



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