A Herdeira de Zaatros escrita por GuiHeitor


Capítulo 14
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718736/chapter/14

Quadragésimo primeiro dia do primeiro mês, ano 7302.

 

Cena I – Exame de Proteção.

07 horas em ponto. Reino Humano – Feltares. Pátio Interno, Palácio Real.

 

—Resistiu bem até aqui, Franco. Vejo que andou praticando. -Observou Kaegro.

—Obrigado, mestre. -Respondeu o príncipe ofegante e suado.

Os dois estavam treinando desde as seis da manhã. Era notável o avanço de Franco; a cada dia ele melhorava e isso enchia Kaegro de orgulho, ainda que o mago não admita.

—Muito bem, hora de aumentar a dificuldade! Farei três ataques diferentes e você deve bloqueá-los ou defleti-los. Evadir não será aceito. Cada ataque vai explorar pontos diferentes dentro do fundamento “proteção”.

—Certo.

—Lembre-se do que eu te ensinei: criatividade é tão importante quanto técnica. Caso não saiba se defender, improvise, seja criativo, magia é isso! Agora, prepare-se. -Kaegro esperou até que Franco estivesse em base de luta e então atacou.

A primeira investida testaria velocidade de resposta; logo, o velho disparou contra o garoto uma sequência rápida de projéteis de luz.

O príncipe os bloqueou sem maiores problemas. Ativou o Anel Geada e externou seu mana criando esferas azuis ao redor dos punhos e, com elas, desferiu socos nos tiros de luz, estilhaçando-os como se fossem vidro barato.

—Nível dois! -Gritou o mestre.

Kaegro ergueu a mão direita para o céu, a manga do manto baixou e revelou o bracelete que brilhava cor de laranja. Em seguida, uma nuvem escura tomou forma acima de Franco, com direito a estrondos de trovões. Imediatamente o príncipe conjurou seu feitiço:

—Tutela, Lux Screen! -Ele pôs um joelho no chão enquanto o pé da outra perna permanecia no chão e cruzou os braços acima da cabeça. O feitiço criou uma fina parede octogonal de cor branca sobre sua cabeça. Feito isso, ele apertou os olhos e esperou, temeroso, o impacto de um raio que certamente viria.

E o raio desceu. Mais intenso e forte do que os que havia recebido até então, contudo havia uma diferença: este caiu com um estampido gigantesco junto a sua potência igualmente forte, mas nada durou. Atingiu o feitiço “Tela de Luz” de Franco, fazendo-o recuar alguns centímetros com a pancada, e cessou.

O príncipe híbrido tombou para o lado no chão, exausto. O mestre sorriu e o deixou assim por alguns minutos para que se recuperasse. Este havia sido o teste de potência.

 

—Estou pronto, senhor. -Disse Franco, levantando-se do breve descanso e afastando os cabelos suados da testa.

—Este é um velho amigo seu… -Riu-se o mestre.

De fato era um golpe que causava problemas ao príncipe aprendiz, e ele mais uma vez viu o movimento em câmera lenta: Kaegro apontar o punho para o céu e descê-lo em ângulo, de cima para a frente, e depois o característico clarão amarelo.

—TUTELA, VITRUM ORB! -Gritou o garoto ao executar a base do feitiço, conjurando o Orbe de Vidro.

E o raio veio. Como antes, houve o estrondo ao se chocar contra o campo de força, mas desda vez Franco dominava melhor o feitiço e havia corrigido a postura e a base.

Os funcionários da Coroa Humana passavam pelos corredores ao redor do pátio assustados. Temiam pelo príncipe porque, neste dia, já fora extrapolada a cota de sons de explosões no treinamento de magia. Alguns questionavam os métodos, faziam comentários negativos sobre a conduta do velho mago e outros, mais ousados, insinuavam que o Rei Juan não dava a mínima para o que poderia vir a acontecer a seu filho.

O Mestre aumentou gradualmente a potência do raio, forçando o aprendiz a fazer o mesmo com o campo de força para resistir. Kaegro seguiu sustentando o raio durante um minuto inteiro e Franco, resistindo. Parte da eletricidade ricocheteava no campo de força e estourava o gramado, abrindo-lhe furos e chamuscando a relva.

—Muito bem! -Parabenizou Kaegro, com o punho ainda fumegando. -Agora que sabe se defender bem, está pronto pra aprender a melhor parte: o ataque!

O príncipe era só sorrisos após superar o teste de resistência. Encerrou-se, assim, o primeiro ciclo de aulas… muitas semanas antes do previsto.

 

***

 

Cena II – Nova Aliança.

Meio-dia. Reino Duende – Oroada. Praça dos Leões, em frente ao Palácio Real.

 

A Praça dos Leões era, na verdade, um imenso gramado pontilhado por árvores pequenas e roliças. Cada uma delas tinha uma cor diferente nas folhas, sempre em tons quentes. Ali também havia um lago raso e, é claro, muitos leões. Os animais eram dóceis com os duendes, alimentavam-se por conta própria e retornavam à praça quando saciados.

 

—Ontem eu recebi uma mensagem de Zadell Jardais, o Rei dos Elfos, e ela me trazia uma proposta. -Rei Henrique, em seu púlpito, iniciou seu discurso de forma direta. A praça estava tomada por oroanos, ávidos por saber do que se tratava a convocação apressada. -Rei Zadell propunha que Eyrell, Feltares e Oroada se unissem em uma nova aliança contra a guerra.

Os duendes se abraçaram e aplaudiram, felizes pela novidade tão condizente com seu modo de vida tranquilo.

—Sim, sim é uma ótima notícia… parece que Nyra Anthe tem cumprido bem seu trabalho de missionária; isso não é tudo, porém… Eyrell voltou à sua legislação anterior. Após o fim da União Real, Zadell restaurou direitos que antes eram negados a alguns súditos; todos sabemos que o Reino dos Elfos foi o maior prejudicado pelos tratados, assim como nós. -O Rei Duende sorria, sentia que Zaatros inteiro poderia prosperar e crescer como seu reino, livre de mortes e barbaridades. -Ele me atentou para uma questão importantíssima a qual eu não notaria sozinho e a isto sou imensamente grato. Zadell decretou ontem em seu reino que todo primogênito é herdeiro do trono, mesmo se for mulher. Nesses casos, a rainha terá o poder principal e o rei o secundário.

Os súditos do Rei Henrique estavam agora calados, à espera de maiores informações.

—Ele também tornou novamente legal o estudo da magia por mulheres. Agora homens e mulheres, em Eyrell, têm exatamente os mesmos direitos e o mesmo se aplicará a Oroada ao fim deste discurso.

As pessoas aplaudiram, alguns gritaram em festejo.

—Zadell disse exatamente o seguinte:

“Os duendes são a espécie mais sábia de Zaatros. Nunca derramaram uma gota de sangue, nunca fizeram inimigos, nunca ofenderam… sempre buscaram a evolução. Eu gostaria de iluminar seu caminho, caro amigo, como você iluminou o meu mais de uma vez. Se busca a evolução, abandone a segregação. Siga-me, mostre aos seus amados oroanos que o progresso surge do trabalho conjunto. Homens e mulheres respiram, pensam, vivem, sentem, amam e sofrem da mesma forma. Então ambos podem contribuir, crescer, governar, enfeitiçar e evoluir igualmente.”

 

—O que ele me mostrou com isto eu jamais enxerguei. Nem meu pai antes de mim, nem meu avô antes dele. Ninguém. A partir de hoje Oroada se junta a Eyrell e aguarda ansiosa e esperançosamente que Feltares some conosco. A partir de hoje não mais existirão princesas primogênitas barradas do trono, nem magas justas tratadas como bruxas criminosas.

A comoção foi enorme. No meio da multidão, no meio dos aplausos e vivas, algumas mulheres começaram a flutuar e aplaudir o rei por tê-las libertado. E aplaudiam com energia! Algumas delas choravam como se fossem morrer em seguida, outras sorriam como se acabassem de ser salvas da morte. Ontem estas mulheres eram bruxas. Eram nascidas não-feiticeiras que mesmo assim estudavam magia às escondidas, entretanto seriam, de hoje em diante, magas!

—Parabéns a todas vocês. -Disse o rei, curvando-se em uma mesura. -Peço perdão por todos os anos de negligência a esta questão. Gostaria que minha querida rainha estivesse aqui, mas, infelizmente, a saúde de Saramã é delicada e ela precisou se ausentar deste momento histórico… gostaria que fosse ela a discursar em meu lugar. Agora são dois reinos a menos na guerra e seremos três se Rei Juan Travelier abraçar a causa. Menos armas, menos mortes, menos dor!

 

***

 

Cena III – Uma Escolha nem tão difícil.

Meio-dia. Reino Humano – Feltares. Praça das Runas, em frente ao Palácio Real.

 

Sendo os humanos os “verdadeiros” mágicos de Zaatros, nada mais justo do que exibir isso. A Praça das Runas possui em seu centro três pilares, cada um deles destaca um tipo de runa. As runas divinas são representadas pelo monólito de cor azul, o maior deles, sempre luminoso. O monumento que representa as runas humanas e as de poder têm a mesma altura, este é vermelho e aquele lilás. O piso do lugar é totalmente riscado por runas de todos os três tipos e é delas e dos pilares que vem a iluminação do local durante a noite. Não há árvores nem grama na praça, tudo é esculpido em pedra, inclusive a vegetação.

 

—Na noite de ontem, recebi uma carta vinda do Castelo Real de Eyrell. -Começou a discursar Rei Juan, lançando olhares carinhosos para sua rainha ao mencionar terra natal dela. -Nosso querido Rei Zadell me fez uma ótima proposta, contudo ela também me põe em posição delicada.

Os feltaranos espalhados pela praça ficaram em silêncio, imersos em expectativa e ansiedade.

—Lerei um trecho do que ele escreveu agora:

 

O Reino dos elfos não tomará posição na guerra que se achega, não engrossarei fileiras em nenhuma das frentes do conflito. Sou devoto à Deusa e sei ela não ficará feliz com um massacre, creio eu. Sei, também, que Ramavel conta com o seu auxílio no combate contra os Infiéis. Mas e depois? Quem vai revitalizar as ruínas de Feltares?

Suplico que se junte a Eyrell e não tome partido na guerra, mantenha-se neutro junto a mim e, possivelmente, a Rei Henrique. Juntos, nós três poderemos nos proteger mutuamente.

Este é meu pedido: junte-se a mim e abandone o conflito. Entenderei perfeitamente se o negar, e dou minha palavra de Rei dos Elfos de que não haverá nenhum ressentimento de minha parte caso o negue.”

 

—Não sinto vontade de combater em uma guerra que não é minha, porém deixar aliados desamparados seria quase uma traição. Só que, por outro lado, a atitude do Rei Danan para comigo e para com minha rainha não foi amistosa. -Rei Juan mais aparentava pensar alto do que discursar. -Por isso deixarei a decisão convosco.

As pessoas se surpreenderam ao ouvir aquilo.

—Soldados, mágicos de combate e suas respectivas famílias, o que preferem? Unir-se aos gigantes e defender Ramavel ou abster-se do conflito direto e atuar apenas na defesa de Eyrell, Oroada e deste reino no qual residem?

Nenhum militar se manifestou e o rei continuou:

—A escolha é de vocês. Minha família e eu estaremos seguros, são os senhores que correm o risco de morrer e deixar suas famílias desamparadas… a troco de que? Ouro?

Imediatamente os homens da Guarda Real, um a um, largaram as espadas e os mágicos cruzaram os braços e baixaram seus capuzes. Um sinal de que estavam fora da guerra. Obviamente houve quem preferisse ir a guerra, mas eram minoria.

—Fico feliz com a escolha, porém não é tudo… Rei Zadell liberou recentemente o uso de magia por mulheres não feiticeiras e mudou a ordem de sucessão ao trono. Agora o primogênito, seja menino ou menina, herda a coroa… -O rei estendeu a mão para sua rainha e ela subiu no púlpito. Linda como sempre, com seus olhinhos amendoados e pretos exalando felicidade. -Já que nos aliamos aos elfos, nada mais coerente que mesclar nossas culturas. As mulheres estão livres para estudar magia tais quais os homens, afinal, a magia é humana e nenhum humano será privado de seu presente divino. E digo mais! O primeiro filho herdará o trono independente do sexo. -Decretou o rei, com mãos dadas à Rainha Tenniza e erguidas ao brilhante céu do meio-dia.

Os humanos festejaram. Ouvia-se muitas canções e sons de instrumentos diferentes no meio da algazarra.

 

E, mais ao fundo, sentada sobre o galho de pedra de uma árvore da praça, uma maga de treze anos acariciava as pétalas brancas de seu crisântemo mágico enquanto soluçava baixinho e se afogava em lágrimas de felicidade.

 

***

 

Cena IV – Mudanças.

16 horas e 17 minutos. Reino Humano – Feltares. Mansão Goatath.

 

—Senhora Goatath, a senhora estava certa! -Gritava Isaac ao entrar apressado e esbaforido na sala de aula. -Os elfos! Eles conseguiram!

—Boa tarde, Isaac. -Layla ria. -E conseguiram bem mais rápido do que eu esperava.

—Estamos seguros. Não vai acontecer nada a Feltares.

—Eu não teria tanta certeza, Isaac… ambos os lados vão precisar de uma quantidade absurda de suporte mágico. Onde acha que irão procurá-lo?

—Raios! Pelo menos estamos fora do confronto direto.

—Ainda bem que estamos. Tenho certeza que Rei Juan saberá proteger nosso patrimônio divino.

—Minha mãe e tia Meline estão tão felizes com as novas mudanças nas leis. -Comentou o menino mudando de assunto.

—Imagino. Um novo ciclo se inicia! -Exclamou a velha duende.

 

***

 

Cena V – Segredo Protegido.

19 horas e 33 minutos. Reino Elfo – Eyrell. Hospedaria Seta Afiada.

 

Após Tizana revelar que conhecia a verdadeira identidade por trás de Nyra, a duende, assustada, abandonou o jantar e trancou-se no quarto. Negou todas os serviços de hotelaria e refeições a partir dali. Estava cogitando se mudar para outro lugar, quando uma nova batida na porta chamou sua atenção:

 

—Nyra, sou eu, Tizana. Precisamos conversar…

Nyra, ainda insegura, abriu a porta e deu passagem para a dona da estalagem. Trancou-a em seguida e, sem dizer uma palavra, indicou uma das poltronas para que Tizana se sentasse.

—Eu não quis assustar você, Nyra… -Começou a elfa-duende. -Minha intenção era das melhores. Queria que soubesse que pode confiar o segredo a alguém e conversar quando precisar fazer um desabafo.

—Eu… desculpe-me, eu pensei que fosse me chantagear ou revelar meu segredo. -Admitiu envergonhada, apontando para as malas quase prontas. -Estava me preparando para ir embora.

—Jamais! Não, eu nunca faria uma coisa dessas, princesa. -Tizana tomou as mãos de Mydorin/Nyra nas suas. -Pode confiar em mim, ninguém ficará sabendo que você é a Princesa dos Duendes… se achar melhor partir eu entenderei, mas peço que fique.

—Como descobriu?

—Seu rosto é muito semelhante ao da Rainha Saramã e você chegou aqui com um grande cargo. Mas só tive certeza mesmo quando descreveu o lugar de onde vinha, o Palácio Real de Oroada. Mármore e tudo o mais, ficou muito claro. O que não entendo é como saiu do reino, afinal a família real nunca deixa Oroada.

—Digamos apenas que não deixam porque não querem. Eu, diferente deles, quis e aqui estou! Fugiria se me negassem a partida!

—Ficará feliz em saber que Eyrell e Feltares se uniram a Oroada e os três reinos se absterão da guerra. A única ajuda que prestarão será no tratamento dos feridos.

—Pelos Deuses Ancestrais! Quando isso aconteceu?

—Hoje mesmo, ao meio-dia, tanto o Rei Humano quanto o Rei Duende, declararam diante seus súditos que formariam uma nova associação junto a Eyrell e os elfos.

—Incrível! -Gritou a princesa com sua voz estridente. -Eu ficarei, Tizana, mas ninguém mais pode saber quem sou de verdade. Nem mesmo a família real. Continuarei como Nyra Anthe.

—Sim, é claro, seu segredo está seguro. É uma grande honra para mim estar diante da minha princesa!

—Sua princesa? -Indagou a pequena duende agitando as tranças.

—Sim, afinal eu também sou parte duende.

—Verdade, é que você se parece demais com elfos puros, até agora não notei semelhança com os duendes.

—Meus traços duendes são bem sutis: não sou alta como os elfos acho que por causa do sangue duende. -Explicou Tizana. -Fora isso, só herdei o poder empático com os bichinhos e a paciência.

—Então herdou as melhores características de um duende.

 

***

 

Cena VI – O Primeiro Feitiço.

22 horas e 51 minutos. Reino Humano – Feltares. Q.G. das Dragonesas.

 

—Meline, eu sei que está entusiasmada em poder praticar magia livremente, mas você está nisso há quase dez horas! -Disse Ruth saindo de casa segurando um lampião.

—Eu não posso parar! Estou muito animada e já aprendi um novo feitiço com esse livro que peguei na biblioteca de magia… -Meline falou, apontando para o livro de capa marrom com ramos e folhas verdes na capa pousado perto da amiga. -Fiquei quase duas horas na fila para pôr as mãos nele.

—Vamos lá, me mostre então. -Pediu Ruth sonolenta, sentando-se sobre uma pedra.

—Spinis Sagittas! -Pronunciou, cruzando o braço direito (o qual se transformou em algo verde semelhante a um cacto) sobre o ombro esquerdo e, em seguida, moveu-o rapidamente para a frente. O resultado fora quinze espinhos marrons, de aproximadamente dez centímetros de comprimento, disparados contra a árvore na qual ela fazia mira. -AAAH, estou tão feliz, Ruth! -Gritou ela pulando radiante.

—Dá para se ver de longe, mas você deveria dormir um pouco. Está tarde, vamos.

—Só mais um minuto, espere!

—Hmpf! -Ruth bufou revirando os olhos e ajeitando a faixa sobre o cabelo.

Meline tirou o crisântemo do cabelo e o mostrou:

—Cris agora é muito mais independente! É quase uma mascote. -E, do nada, sem mais nem menos, atirou a flor no rosto da ladina.

O crisântemo mágico liberou vinhas e usou-as para se enrolar no rosto de Ruth, como se fossem tentáculos de uma lula tentando esmagar um peixinho.

—Me-Line! -Gaguejou a ladina.

—Cris, solte-a! -Ordenou a maga, estendendo o braço para receber a flor. -Perdão, ele está ficando cada vez mais forte, não era minha intenção. -Disse ela voltando a usá-lo para manter a parte de cima do cabelo presa em um rabo de cavalo.

—Argh! Chega, Meline, entre e vá dormir agora!

—Mas… -Começou a maga para depois calar-se sobre o olhar zangado da amiga que, diga-se de passagem, está bem mais acima na hierarquia do clã do que ela.

A menina recolheu o livro e entrou muda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Herdeira de Zaatros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.