As lágrimas escorriam pelo rosto de Sirius Black. Ele corria pelas ruas escuras. Não podia ser verdade. 

Marlene... A família dos McKinnon... Eles não podiam estar mortos.. Simplesmente não podiam! 

O jovem de cabelos pretos longos chutou a porta a sua frente, que estava entreaberta. Quando chegou na sala, viu. Era verdade. 

O corpo de Marlene McKinnon estava caído no chão, ao lado dos outros de sua família. 

Todos mortos. Nenhum restara. 

Sirius caiu de joelhos no chão da casa, ao lado de Marlene. 

— Por favor, Marlene! Por favor, eu preciso acordar! Por favor, pelo amor de  Deus, me faça acordar! Por favor, eu preciso abrir os olhos e ver que isso não é verdade! Por favor! 

Seu rosto tomba na curva entre o pescoço e o ombro de Marlene. Seu peito sobe e desce rapidamente, sobre o corpo morto da garota. 

A respiração dele estava ofegante. 

Ele olha para o rosto de Marlene. Uma gargalhada estampava o rosto dela, e seus olhos brilhavam com uma profundidade como se a galáxia inteira estivesse dentro deles. 

O moreno acaricia o rosto da garota. Ele vê o olhar de Marlene em direção a algum lugar. Ele olha. 

A janela estava aberta. Era para lá que ela estava olhando. 

E lá... Ele não sabia se era isso. Mas... A estrela que tinha o mesmo nome que o dele estava ali. 

Aquelas estrelas ali tinham visto a última gargalhada de Marlene McKinnon. Sirius continuou a chorar. 

Foi quando sentiu uma mão em seu ombro. Ele se virou e, por entre as lágrimas, conseguiu ver um amontoado de fios vermelhos. Ele se levanta e abraça a ruiva. 

— Lily... - ele diz, com a voz embargada. - Ele a levou, Lily... Ele a levou!... 

A ruiva acariciou os cabelos pretos do jovem.

Sirius pensou que estava ficando maluco quando ouviu algo. O vento da noite sussurrava, com a voz de Marlene. 

Me perdoe, Sirius... 

Sirius mordeu os lábios e continuou a chorar. Ali, ele e Lily, chorando a morte de Marlene McKinnon, parados no meio, entre toda a família da garota.

Me perdoe, Sirius...