As Coisas Improváveis Sobre Nós. escrita por Lua B


Capítulo 6
Sonny Coxinha.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! (Sim, eu ainda estou viva) Desculpa por ter sumido por essas semanas, mas, aconteceram algumas coisas na minha vida que me deixaram sem muita vontade de postar. Agora, já estou me sentindo melhor, então aqui estou com mais um capitulo! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718612/chapter/6

Quando Lana voltou do trabalho na sexta-feira a noite havia música alta tocando dentro de casa e ela quase tropeçou em algumas caixas na sala e só então olhou em volta e viu o que estava acontecendo.  

Steve, Bucky e Sam - que por um milagre não estava com Misty - andavam pela sala com morcegos de plástico, toalhas pretas, abóboras de mentira, caveiras e diversas outras coisas de Halloween.

—Oi gente. - Lana falou surpresa, ao fundo tocava a trilha sonora de “O Estranho Mundo de Jack”.

—Oi Lana! - Sam exclamou parando e olhando para ela.

Steve e Bucky colavam diversas aranhas de papel na parede próximo a mesa de jantar.

—Por que vocês estão arrumando a casa para o Halloween?

Sam cruzou os braços e olhou para Lana ficando sério.

—Que dia é hoje, minha filha? - ele perguntou.

—Primeiro de setembro.

—E o que tem no dia primeiro de setembro? - Sam perguntou de novo.

—É o dia dos alunos irem para Hogwarts! - Lana respondeu como se fosse óbvio e Sam revirou os olhos.

—Você tá brincando comigo, né? É Halloween!

—Mas, é primeiro de setembro ainda!

—Exato! A gente sempre decora a casa no dia primeiro de setembro! - Sam retrucou.

—Halloween é a melhor época do ano! - Steve acrescentou - A gente só está se preparando mais cedo!

—E porque vocês não me avisaram? Eu teria dado um jeito de sair mais cedo para ajudar! - Lana exclamou.

—Você não vai ajudar a decorar? - Bucky perguntou a ela pegando uma caveira de uma caixa e olhando para ela surpreso.

Lana tentou não parecer nervosa com a pergunta dele, não porque devesse a Bucky alguma satisfação, mas, porque ele vinha agindo mais distante desde o dia em que a viu assistindo filmes com Steve. Ela não entendia porque. Ele tinha Dottie e Lana e Steve eram apenas amigos - não que ela fosse reclamar se algum dia eles fossem alguma outra coisa, o crush que ela tinha por Steve era forte -, então Bucky não devia agir estranho. Mas, todas as vezes em que os dois se encontravam, Bucky ou estava indo para o trabalho ou indo para a casa de Dottie, sempre falando em frases curtas com ela e nunca conversando muito. Ela até suspeitava que ele tinha ido parar de fumar em sua varanda.

—Não posso… Tenho um encontro… - Lana respondeu sem olhar para Bucky.

—Sério? - Bucky perguntou parecendo surpreso.

—Com o Sonny Coxinha. - Steve contou com um risinho antes que Lana pudesse confirmar e ela fez uma expressão de indignada.

—Você tá brincando comigo, né, Lana? - Bucky perguntou quase ofendido -O Sonny Coxinha?!

—Qual é o problema com ele?! - Lana exclamou na defensiva - Porque vocês ficam chamando ele de coxinha? Ele é fã do Trump por acaso?

—Não, ele não é tão coxinha assim. - Sam cedeu - Até que ele é gente boa.

—A minha avó sempre fala que gente boa é ladrão de galinha! - Bucky retrucou fazendo Lana rir.

—Prometo que vou denunciar ele se ele roubar alguma galinha, Bucky! - ela falou.

—Ha ha, engraçadinha. To muito ofendido por você estar trocando uma noite com a gente por uma noite com o Sonny Coxinha. - Bucky falou levando a mão ao peito de maneira ofendida.

Lana ergueu uma sobrancelha para ele.

—Olha quem fala, né? Você abandonou a gente pela Dottie, mas, eu não fico jogando na sua cara. - ela retrucou mordazmente.

—Agora receba, Bucky! - Sam exclamou rindo enquanto Lana e Bucky se fuzilavam com o olhar.

—Gente, menos! - Steve exclamou e lançou um olhar a Lana que fez Bucky querer enfiar a cara dele em uma das abóboras.

Bucky foi o primeiro a quebrar o clima tenso, dando de ombros e sorrindo.

—É melhor eu ir pegar um pouco de aloe vera depois dessa…

—É mesmo. - Lana sorriu aliviada por ele ter feito alguma piada - Bom, vou me arrumar, já volto…

Lana foi para seu quarto com Xenophilius em seu encalço, deixando Sam olhando com cara de interrogação para Bucky e Steve.

—O que está acontecendo entre vocês três? - ele perguntou cruzando os braços.

—Nada. - Bucky e Steve falaram ao mesmo tempo.

Sam ergueu uma sobrancelha para eles.

—Você vai ficar olhando para a nossa cara ou vai continuar arrumando a casa? - Bucky perguntou jogando uma abóbora de plástico em Sam.

Sam desviou antes de abóbora acertá-lo e pegou algumas velas pretas, voltando a colocá-las na janela e resmungando que ele estava começando a ficar “velho demais para esse drama”.  

Quase uma hora depois, Lana voltou a sala que já estava completamente decorada e sentiu os olhares de Sam, Steve e Bucky sobre si. Ela usava um vestido preto de mangas curtas e com uma renda transparente na cintura e com a saia de mullet. Usava também sapatilhas pretas e seus cabelos verdes estavam soltos e ondulados, caindo sob seus ombros.

—Tá exagerado? - ela perguntou corando um pouco sob o olhar deles.

—Você tá linda. - Steve falou sorrindo para ela.

—Está mesmo, - Bucky concordou - Sonny Coxinha não merece que você seja tão bonita para ele…

—Fica quieto, Bucky! - Lana retrucou corada - Deixa ele em paz!

Bucky revirou os olhos.

—Vou deixar você ver por si mesma então…

—Eu trabalho com ele, esqueceu? Ele não é ruim, se você não tinha concordado em sair com ele!

—Isso é verdade, - Sam falou intervindo - O Carisi é legal, apesar de ser almofadinhas, vai.

—Obrigado, Sam! - Lana sorriu para o amigo sabendo que aquele era o melhor elogio que ela conseguiria arrancar dele - Você não vai sair com a Misty hoje?

—Não… - Sam respondeu em tom desanimado - Ela disse que tinha compromisso e faz tempo que eu não fico em casa…

—Não estou gostando nada de você estar nos trocando por essa tal de Misty. - Steve comentou cético.

Sam revirou os olhos.

—Você também nos trocaria se tivesse alguém que queria dormir com você. - ele retrucou.

—Ah, então quer dizer que nós somos só isso para você? Um passatempo até você encontrar algo melhor? - Bucky perguntou levando a mão ao rosto de maneira dramática - Nossa relação está terminada, Wilson.

—Nós queremos divórcio! - Steve concordou secando lágrimas imaginárias.

—Eu não vou ficar com a guarda de ninguém! - Lana avisou pegando suas chaves em cima da bancada da cozinha e colocando dentro da bolsa.

—Vocês são um bando de crianças! - Sam comentou revirando os olhos pela milésima vez.

—Bom, gente, eu já vou… - Lana falou olhando para a tela do celular. Sonny havia acabado de mandar uma mensagem avisando que esperava por ela.

—Bom encontro! - Steve desejou a ela.

—Divirta-se! - Bucky exclamou e Lana notou o sarcasmo em sua voz, mas, o ignorou, acenando para eles e fechando a porta.

—Ei. - Sonny falou quando ela abriu a porta do prédio e saiu para a calçada, era uma das últimas noites de verão e ainda estava quente lá fora.

—Ei. - Lana sorriu para ele.  

—Você está muito bonita.

—Obrigado, Sonny, você também. - Carisi usava um terno azul, mas, estava tão quente que ele segurava o paletó no braço - ele sempre usava terno e Lana nunca conseguiu imaginá-lo sem um. Seus cabelos loiros estavam penteados para trás como sempre e ela notou que quando ele sorria, pequenas covinhas se formavam nos cantos de sua boca.

Ele fez um aceno de cabeça agradecendo o elogio e estendeu o braço, ela colocou o braço em volta do dele e eles começaram a caminhar.

—E então, para onde vamos?

—É um restaurante novo aqui perto, em Williamsburg. Acho que você vai gostar…

—Williamsburg? - Lana perguntou surpresa - Não sabia que você curtia lugares hipsters!

Carisi riu.

—Eu moro em Williamsburg, fica difícil não gostar de coisas hipsters quando se só tem isso onde você mora! - ele riu.

—Verdade! - Lana concordou.

—Mas, onde você mora não é tão hipster, apesar de ser o Brooklyn… - Sonny comentou e Lana sentiu que ele estava procurando assunto.

Lana deu de ombros.

—Acho que não, quero dizer, eu moro aqui há quase um mês e só conheço uma das minhas vizinhas e ela com certeza não parece hipster, então…

—Entendi. - Sonny respondeu e sorriu para ela.

Lana sorriu de volta, só então se dando conta de que além de trabalho, ela não tinha assunto nenhum com Sonny. Eles sempre conversavam apenas quando ele ia ao necrotério ou quando ela ia até o esquadrão e era sempre ou algo relacionado ao caso que eles estavam investigando ou sobre amenidades. Era estranho demais estar com ele ali fazendo algo tão pessoal, sozinhos e sem nenhum cadáver ou uma mesa os separando.

Ela não tinha ideia de como aquela noite poderia acabar.

Os dois conversaram mais sobre o Brooklyn e outras amenidades até chegarem ao restaurante, que era perto o suficiente de onde ela morava o que significava que ela e Sonny moravam perto um do outro. Bem interessante caso isso tenha algum futuro, ela pensou. Não que Lana quisesse entrar em um relacionamento agora, ela mal havia terminado com Julian e não é que ela não se sentisse pronta para namorar de novo ou que estivesse “velando” o relacionamento com Julian, como ela já tinha escutado algumas mulheres dizer, era só que ela não queria algo sério agora.

Ela havia ficado um ano em um relacionamento que não era o dos melhores e tudo que ela não precisava agora era se prender a alguém, não agora que estava livre de novo.

O restaurante que Sonny havia escolhido era pequeno e intimista, com paredes de tijolinho aparentes e mesas pequenas na maioria de duas pessoas. Cada mesa tinha sua própria iluminação, com lustres com lâmpadas amareladas e luzinhas pisca-pisca em volta. A recepcionista indicou o lugar que estava reservado para os dois e Lana se sentou, com Sonny empurrando sua cadeira - o que ninguém nunca tinha feito com ela. Já ganhou um ponto— e se sentando de frente para ela.

Sonny a observou enquanto ela olhava em volta, maravilhada com o clima do lugar.

—Aqui é muito bonito. - ela falou por fim - Parece que saiu direito de um daqueles filmes indies.

—Fico feliz que você tenha gostado, achei que ia combinar com seu estilo. - ele deu de ombros.

—Combinou, adorei!

Lana ficou em silêncio, a música ambiente ao fundo e o barulho das conversas à volta completando o silêncio constrangedor até que uma das garçonetes apareceu, anotando seus pedidos.

—Então, você mora com o Sam? - Sonny perguntou depois de a garçonete servir vinho para os dois.

—Sim. - Lana concordou - E com o Steve e o Bucky também. Você os conhece?

—A gente saiu uma vez, mas, posso ser sincero? - Sonny perguntou e Lana concordou - Eles não foram muito legais comigo - Você não sabe dessa missa a metade, meu filho, Lana pensou, mas, se limitou a franzir a testa esperando que ele continuasse - Eles foram bem grosseiros, não sei como você consegue morar com eles.

—Eles são legais. - Lana os defendeu em um tom frio. Eles eram seus amigos, chamando Sonny de Sonny Coxinha ou não. - A gente se dá muito bem.

—Claro, desculpa! - Sonny exclamou na mesma hora - Eu sei que eles são seus amigos, me desculpa, não queria te ofender…

—Não, tudo bem. - Lana respondeu em tom mais ameno.

—O Steve até saiu com a Amanda, há um tempo.

—Sério? - Lana perguntou surpresa.

—Sim, mas, acho que não deu certo… - Sonny deu de ombros e tomou um gole de vinho - Ele não comentou?

—Não, não comentou… - Lana respondeu imaginando se era por isso que Steve não gostava de Amanda - Bom, mas, e você Sonny? O que mais você gosta de fazer além de ir em lugares hipsters?

Sonny sorriu com o comentário e começou a contar sobre sua vida. E Sonny falava bastante, esse era um lado dele que ela não conhecia, mas, ela escutou interessada sobre como ele tinha quatro irmãs mais velhas e que ele e o pai eram os únicos homens na família e que ele convivia tanto com garotas quando era criança que havia aprendido a fazer maquiagem e trançar o cabelo das irmãs.  

Ele contou também que havia conseguido seu registro na OAB há pouco tempo, mas, que não queria sair da polícia ainda, apesar de sua avó rezar sempre para que ele se tornasse um juiz, o que Lana achou engraçado. Sonny era aquele típico garoto de família, até na igreja ele ia, como contou animado.

Lana acabou lhe contando que quando criança, sua mãe era tão maníaca por religião que ela já havia frequentado as igrejas católicas, evangélica, protestante e o pai fez Lana ir morar com ele porque sua mãe estava prestes a se converter as Testemunhas de Jeová e queria que ela - que na época estava com 15 anos - se convertesse junto.

—Então seus pais são separados? - Sonny perguntou.

—Sim, desde que eu era pequena. - Lana contou, nunca contava muito sobre a família para ninguém - Mas, foi melhor assim, eles brigavam bastante. Quando minha mãe deu a louca de virar Testemunha de Jeová, meu pai achou que era demais e me levou para morar com ele e a esposa. Libby, ela é budista e bem hippie, o oposto da minha mãe para falar a verdade.

—E você se converteu ao budismo também? - Sonny perguntou interessado.

Lana fez que não com a cabeça, terminando sua taça de vinho. Estavam acabando a primeira garrafa.

—Não, não pratico religião nenhuma na verdade. Nessa época que morei com a Libby eu tive uma fase em que queria ser wicca, mas, gosto de não me apegar a nada. Não tenho nada contra as Testemunhas de Jeová ou os budistas, mas, me sinto mais livre desse jeito.

—Entendo. - Sonny concordou também virando sua taça - Comigo sempre foi diferente, sempre me senti livre dentro da religião.

Conforme eles pediam a segunda garrafa de vinho, a conversa foi mudando para relacionamentos e Lana contou resumidamente sobre todo o drama de Julian e Darcy.

—Sabe, eu fiquei surpresa quando você me chamou para sair. - ela comentou em tom de flerte.

—Por que? - Sonny perguntou.

—Porque eu sempre achei que você e a Amanda estivessem juntos ou algo do tipo.

Sonny franziu a testa, surpreso e corou.

—Não… A gente não tem nada… - ele resmungou desconcertado - Quero dizer, a Amanda é ótima e somos amigos, mas… Bom, é só isso…

Lana franziu a testa achando graça no jeito como ele havia fico.

—Okay. - ela falou por fim, tomando mais um gole de vinho e franzindo a testa para ele.

Os dois terminaram de jantar e depois de dividirem a conta - Sonny insistiu que pagaria, mas, Lana não quis saber e insistiu que os dois dividissem- saíram para as ruas agora movimentadas de Williamsburg e Lana se pegou com mais e mais vontade de beijar Sonny. Ela nem sabia se gostava tanto assim dele, mas, ele era divertido, bonito, educada, estava afim dela e bom, ela não ficava com ninguém há quase um mês. Então por que não?

Ela aproveitou sua oportunidade quando ele entrelaçou os dedos nos seus, se virando e encostando dos lábios nos dele levemente. Sonny pareceu surpreso por ela ter tomado a iniciativa, mas, a beijou de volta, colocando os braços longos e magros em volta da cintura dela e a trazendo para si.

Os lábios de Sonny eram finos e macios e ela levou uma mão aos cabelos loiros dele enquanto a outra acariciava seu rosto. Ela se perdeu no beijo, mas, Sonny a afastou após alguns instantes.

—Desculpe. - ele pediu tirando o celular do bolso e atendendo - Carisi… Oi Amanda… Entendido… Estou em Williamsburg, perto daquele restaurante que eu te falei…

—Tudo bem? - Lana perguntou quando ele desligou com uma expressão culpada.

—Trabalho… - ele murmurou - Parece que mais uma pessoa foi assassinada naquela área perto de Staten Island, a tenente quer que Amanda e eu vamos até lá conferir.

—Mas, esse caso não é do Sam e da Misty? - Lana perguntou.

Sonny deu de ombros.

—Desculpe de verdade, Lana, mas tenho que cuidar disso… Você quer que eu chame um taxi? É que a Amanda está vindo me pegar…

—Ah… Não precisa… - Lana respondeu desconcertada - Eu. hum, eu vou andando para casa, não é longe daqui mesmo…

—Tem certeza? - Sonny perguntou.

—Tenho sim… Obrigado pela noite, Sonny…

—Me desculpe de verdade, Lana. Será que podemos sair de novo para eu te recompensar? - ele pediu se aproximando dela e colocando os braços em volta de sua cintura novamente. Lana se afastou um pouco, se sentindo de repente deixada de lado.

—Sem problemas, a gente conversa sobre isso depois. - ela sorriu no momento em que um carro se aproximava e buzinava. Ela se virou para a rua e viu que era Amanda dentro do carro, loira e com seu sorriso sarcástico de sempre.

—Wilkins, oi. - ela falou.

—Oi. - Lana respondeu e se afastou de Sonny - Tchau, Sonny.

—Eu te ligo, okay? - ele falou tocando seu rosto e depois entrando no carro.

—Okay. - ela respondeu simplesmente querendo cortar todo aquele drama que parecia estar acontecendo e não esperou até que o carro saísse, indo pelo caminho oposto, sem saber avaliar se a noite tinha sido pior ou melhor do que ela esperava.

************

Sam, Steve e Bucky estavam entretidos assistindo a “O Albergue” na sala escura e soltaram exclamações bem covardes quando Lana abriu a porta e acendeu a luz.

—Vocês tem medo de filme de terror? - ela perguntou rindo, trazia uma caixa rosa nas mãos e a colocou em cima da bancada da cozinha.

—Claro que não! - Sam riu nervoso, ganhando uma expressão cética da amiga como resposta.

—Então como foi o seu encontro? - Bucky perguntou. Steve pausou o filme e os três olharam para ela interessados.

Lana deu de ombros e fez cara de pouco caso.

—Foi bom.

—Nossa, foi tão ruim assim? - Steve perguntou.

—Você finalmente percebeu como ele era coxinha? - Bucky perguntou com uma pontada de vitória.

—Não, foi legal o encontro, de verdade. Até que a Rollins ligou, porque claro que ela tinha que ligar, bem na hora que a gente estava se beijando.

—E ele atendeu? - Steve perguntou curioso.

—Atendeu, ela disse que havia acontecido outro assassinato ali perto das balsas que levam para Staten Island. Achei que eram você e a Misty que estavam investigando esse caso, Sam.

—Nós estamos. - Sam respondeu - E a tenente não me ligou… Talvez nem seja o mesmo assassino, senão ela teria ligado…

—Pois é, mas, se for amanhã a tenente te liga. Você trabalha só na segunda agora, não é?

—Graças a Deus! - Sam ergueu as mãos para o alto - Mas, então ele foi com a Amanda?

—Foi, ai eu vim embora, aproveitei e passei naquela loja de donuts que fica ali na esquina e comprei alguns. - ela abriu a caixa e entregou para os garotos, se sentando no espaço vazio do sofá, entre Sam e Bucky.

—Não acredito que você entrou naquela loja, eles vendem drogas também! - Steve comentou preocupado.

—Eu não sabia disso, sabia? O cara perguntou se eu queria “da boa”, mas, eu disse que só queria donuts de chocolate… Acho que está tudo bem com esses donuts… - ela olhou para a tela enquanto mordiscava um donut e fez cara de nojo - Por que vocês estão assistindo “O Albergue”? Esse filme é nojento!

—A gente tá assistindo porque é nojento! - Bucky explicou - E a gente sempre assiste um filme de terror por dia até o Halloween!

—Mas, qual a graça de filme gore? - Lana insistiu indignada - É tudo mentira!

—Mas, dá medo! - Steve exclamou - E nojo! Por que você não gosta de filmes gore?

—Porque eu trabalho no necrotério, gente! Eu vejo gente morta e pedaço de gente morta toda hora! Se quiserem eu tiro fotos para vocês, já que vocês gostam! É brincadeira Sam! - ela acrescentou porque Sam olhou para ela assustado - De qualquer maneira, filme de terror que dá medo é só filme com assombração, capeta, palhaço e coisas sobrenaturais…

—Você tem medo de palhaço? - Bucky perguntou rindo, uma ideia surgindo em sua mente.

—Eles são assustadores! - Lana se defendeu.

—Amanhã você escolhe o filme então, pode ser? - Sam ofereceu e Lana concordou - Além do mais não sei do que você está reclamando, todo ano o Bucky faz a gente assistir “Centopéia Humana”...

Lana fez cara de nojo para Bucky e ele se limitou a rir e concordar com a cabeça.

Steve apertou o play do filme mais uma vez e eles voltaram a assistir.

Entre o encontro desastroso com Sonny e ficar assistindo filmes nojentos com seus garotos, Lana sabia muito bem que escolheria Sam, Steve e Bucky sem pestanejar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me contem o que estão achando da fic!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Coisas Improváveis Sobre Nós." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.