As Coisas Improváveis Sobre Nós. escrita por Lua B


Capítulo 13
Natal na residência dos Barnes.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês e esse é bem fofo, espero que gostem! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718612/chapter/13

Lana abriu os olhos e tentou se espreguiçar na cama, mas, percebeu que estava imobilizada por um braço em volta de sua cintura e uma perna enroscada na sua. Ela sentiu a respiração pesada de Steve em seu pescoço, como se ele estivesse inalando o cheiro dela e quando ela tentou se mexer, ele a puxou mais para si. Algo cutucou suas costas e ela não soube se ria ou se morria de vergonha.

—Steve… - ela sussurrou e tentou se mover.

Steve resmungou algo e continuou próximo a ela.

—Steve. - ela tentou de novo - Acorda…

Lana olhou em volta, nem Bucky nem Sam estavam mais no quarto. Merda, eles vão encher o saco para o resto da vida agora!

—Steve! - Lana exclamou mais alto agora.

Steve abriu os olhos e olhou para ela.

—Bom dia para vocês. - ela falou sugestivamente.

Steve pulou da cama na mesma hora e quase caiu, esbarrando no criado mudo. Lana começou a rir enquanto ele se sentava na cama, cruzava as pernas e cobria as coxas com um travesseiro.

—Merda… Lana… Desculpa, foi… - Steve estava mais vermelho que o papel de parede do quarto fazendo-a rir mais ainda.

—Eu tô lisonjeada, Steve. De verdade - ela falou se levantando da cama e se espreguiçando. Steve desviou os olhos envergonhado e ela teria achado muito fofo e se tudo aquilo não fosse muito constrangedor - Por que você vai tomar um banho antes que o Bucky e o Sam voltem?

—Você não vai contar para eles, vai? - Steve perguntou mortificado.

—Claro que não, você acha que eu quero que eles me zoem para o resto da vida? - ela retrucou.

Steve assentiu e saiu correndo para o banheiro, o volume em sua calça do pijama ainda visível. Lana riu consigo mesma no momento em que a porta se abria e Sam e Bucky entraram com alguns pacotes de salgadinhos e doces e quatro latas de refrigerante.

—Café da manhã. - Sam falou entregando um pacote de salgadinho, um chocolate e uma das latas para ela - Não olha para mim desse jeito, era o que tinha na maquina e nao tem nenhum restaurante aqui por perto.

—Obrigado, Sam. - Lana revirou os olhos.

—Dormiu bem, Lana? - Bucky perguntou com cara de malicia.

—Dormi sim e você? Dormiu bem abraçado com o Sam? - Ela retrucou apesar das bochechas coradas.

—Foi sem querer! - Bucky exclamou na defensiva e olhou furioso para Sam - Você falou que ninguém tinha visto!

—Não sei do que você está falando! - Sam desconversou e ligou a TV, o único canal que funcionava era o de notícias sensacionalistas e ele desligou o aparelho novamente.

—O que vocês foram fazer? - Lana perguntou comendo seu salgadinho. Ainda eram dez da manhã, mas, era melhor do que ficar com fome.

—Fomos dar uma olhada no carro e achar comida. Tá tudo bem com o carro. - Bucky respondeu - E vamos chegar em algumas horas.

—Eu perguntei para o cara da recepção, que é um cara mais simpático do que o de ontem, e ele falou que as estradas melhoraram. - Sam acrescentou.

—Ainda bem. Não tenho mais moral para dirigir na neve!

Steve saiu do banheiro naquele momento, com uma toalha em volta do pescoço e sem camisa. Lana fez muita força para não olhar para ele. Esse filho da mãe ta me provocando!

—Espero que você não tenha acabado com a água quente! - Sam reclamou pegando sua toalha e entrando no banheiro.

—Eu não demorei! - Steve retrucou corando.

Sam revirou os olhos.

—Você quem pensa.

Ele entrou no banheiro e bateu a porta, Steve vestiu uma camiseta e um agasalho e se sentou na poltrona vazia para tomar seu “café da manhã”, ligando a TV mais uma vez. Depois de Sam tomar banho foi a vez de Lana e depois de Bucky e algumas horas depois, os quatro saíram mais uma vez para a estrada de neve, dessa vez com Sam dirigindo.

Eles chegaram a cidade onde Bucky e Steve cresceram em algumas horas e o lugar parecia saído de um filme clássico sobre a vida no subúrbio. Havia o centro da cidade, que consistia de algumas lojas, café, hospital e mercado e nos arredores eles viram a única escola da cidade ( “A gente estudou ali a vida toda!”, Steve contou) e entraram na área onde a família de Bucky morava. As casas eram praticamente iguais. Grandes e com quintais que as separavam uma das outras, cada um dos quintais parecia mais decorado que o outro, com enormes Papais Noéis, renas e árvores que a noite deveriam ficar muito bonitas.

Sam estacionou na última casa da rua, atrás de uma minivan e Lana observou a decoração, maravilhada. Se todos os vizinhos competiam para ver quem fazia a melhor decoração de Natal, a família de Bucky com certeza ganhava. O enorme carvalho que ficava na frente da casa estava decorado com bolinhas coloridas e luzes pisca-pisca. A escada que levava para a entrada da casa estava decorada com visgos e fitas vermelhas e na varanda havia um Papai Noel enorme, dentro de um trenó que era puxado por todas as renas.

—Uau! - Lana exclamou maravilhada.

—É, meus pais meio que amam Natal. - Bucky falou um tanto constrangido -Vem, vamos entrar. Acho que está todo mundo aqui já…

Bucky os conduziu para dentro e Lana se deixou entrar por último, indo atrás de Sam. Já no hall da casa era possível ouvir vozes animadas vindas da sala e da cozinha e duas crianças apareceram correndo e abraçaram Bucky.

—Buckaroo! - exclamou uma menininha de cabelos loiros quase brancos. Lana sorriu com o apelido.

—Kobik! - Bucky sorriu pegando a garotinha no colo.

—Ei, e eu? - perguntou o menino que tinha cabelos da cor dos de Bucky.

—Oi Caleb! - Bucky riu e o pegou no colo também apesar de o garoto aparentar ser mais velho que Kobik.

Bucky agora carregava cada uma das crianças em um braço.

—Tio, quem é a moça? - Kobik perguntou notando Lana que estava atrás de Sam.

—Aquela é minha amiga Lana. E você já conhece o Sam e o Steve.

—Oi Kobik! - Steve sorriu, Sam e Lana acenaram para ela.

Kobik e Caleb acenaram para os três.

—Kobik e Caleb são meus sobrinhos. - Bucky esclareceu para Lana - Ei, onde está a vovó?

—Está na cozinha com a mamãe! - Caleb contou - Elas estavam brigando porque mamãe quer que a gente seja vegan!

—Ainda isso? - Bucky perguntou.

—Eu gosto de hambúrguer! - Kobik exclamou.

—A vovó levou a gente no McDonald’s ontem, mas, a mamãe não pode saber! - Caleb contou animado.

—Tudo bem, a gente promete não contar! - foi Sam quem respondeu.

—Tio Sam, eu ganhei uma fantasia de policial, sabia? Você quer ver?

—Claro! - Sam respondeu e Caleb pulou animado do colo de Bucky e puxou Sam para a sala.

—Vem, vamos até a cozinha. - Bucky falou para Lana e Steve, indo com Kobik ainda no colo até a última porta, os amigos o seguiram.

—Bucky! Steve! Lana! - A mãe de Bucky exclamou se levantando da mesa e indo até eles. Ela puxou cada um deles para um abraço.

—Onde está o Sam? Ele não veio? - Winifred perguntou.

—Caleb foi mostrar a ele sua fantasia de policial. - Steve contou.

—Espero que ele não importune muito o Sam, ele anda em uma fase de querer ser policial. - comentou uma mulher sentada à mesa, atraindo o olhar de Lana - Você não vai falar com a sua irmão, seu desalmado? - ela acrescentou e se levantou.

Bucky colocou Kobik no chão e foi até a irmã e a abraçou.

—Lana, essa é a minha irmã. Rebeca, essa é a Lana.

Rebeca tinha os cabelos castanhos e os olhos iguais aos do irmão e parecia alguns anos mais velha do que ele. Ela sorriu para Lana e a abraçou rapidamente.

—Mamãe falou bastante de você. - Rebecca sorriu - É um prazer.

—O prazer é meu. - Lana respondeu educada.

—Lana, o quarto de hóspedes é seu. - Winifred falou - Steve, seu quarto já está arrumado também. Sam vai dormir com você, se não se importa. É que Kobik e Caleb andam brigando e tive que arranjar um quarto separado para eles.

—Sem problemas, tia. - Steve falou depois de ter cumprimentado Rebecca.

—O pai está aí? - Bucky perguntou.

—Acho que está na sala com o Jake.

Bucky conduziu Lana até a sala onde dois homens estavam sentados assistindo TV, enquanto Sam estava sentado no chão observando Caleb mostrar animado detalhes de sua fantasia.

—Oi pai! - Bucky exclamou.

O homem mais velho tirou os olhos da TV e sorriu, indo até o filho e o abraçando. Depois, Bucky o introduziu a Lana. George Barnes era um pouco mais baixo que o filho, de cabelos escuros e olhos tão azuis quanto os dele. O homem apertou a mão de Lana educadamente e abraçou Steve, chamando-o de filho.

Bucky a introduziu a Jake, que era marido de Rebecca e tinha cabelos loiros, olhos verdes e já estava em seus quarenta anos. Kobik parecia tanto com ele quanto Caleb parecia com Rebecca.

Depois das apresentações, Kobik voltou a sala e pediu que o tio fosse brincar com ela e o arrastou para o quintal, onde ela tentava montar um boneco de neve.

—Vem, eu te mostro o seu quarto. - Steve falou porque Lana havia ficado meio perdida. Ela sempre se sentia assim em ambientes tão “família” quanto aquele.

Lana acompanhou Steve pelas escadas até o segundo patamar da casa. O quarto de Bucky era o primeiro do corredor, ao lado do dele ficava o de Rebecca e os de seus pais. Do lado esquerdo ficava o  banheiro que era para a casa toda, o quarto em que Caleb e Kobik ficariam, o quarto de Steve e o quarto de hóspedes, que seria de Lana.

Steve a deixou sozinha no quarto para que se acomodasse, mas, Lana só pegou seu celular e voltou pelo corredor, parando no quarto ao lado para ver o que Steve fazia. A porta estava entreaberta e ela entrou enquanto ele guardava algumas roupas no armário. O quarto era pequeno, com três paredes brancas e uma preta cheia de desenhos.

—Legal você ter um quarto só seu aqui. - Lana comentou atraindo a atenção dele.

—É, eu passei a maior parte da minha vida nessa casa, tanto quanto onde eu morei com a minha mãe. - Steve comentou - Pode entrar, não precisa ficar parada aí na porta.

Lana fez o que ele pediu, indo direto para a parede repleta de desenhos e olhando um por um. Havia flores e plantas, alguns animais e pessoas. Havia um desenho de Bucky e Sam sentados de costas e apesar de desenhado em giz de lousa, era tão perfeito que só faltava ganhar vida. Havia também alguns desenhos que Lana supôs serem do tempo de Steve no exército e havia também o desenho de uma moça. Era a ex namorada de Steve, Peggy. Era apenas um desenho de seu rosto, mas, era tão rico em detalhes que Lana não conseguia parar de olhar.

—Peggy e eu ainda estávamos juntos quando fiz esse desenho. - Steve falou vendo para onde ela olhava.

—O que aconteceu entre vocês dois? - Lana perguntou curiosa.

—Eu a trai. - Isso a fez tirar os olhos do desenho e olhar para ele - Foi uma burrice minha, eu estava bêbado em uma festa e acabei beijando uma moç. Peggy viu e ficou furiosa, então terminou comigo. Fazem alguns meses.

—E vocês trabalham juntos?

—Sim, nós não nos falamos direito e com razão. Eu fui um idiota, não deveria ter traido ela… Mas, acho que não estava feliz e acabei sabotando o nosso relacionamento.

—Isso não é justificativa, Steve. - Lana retrucou com severidade.

—Eu sei. - Steve respondeu rapidamente - Sei que não é, eu só fui um idiota mesmo…

—Você ainda gosta dela? - ela quis saber, o coração acelerando com medo da resposta.

—Eu achava que gostava, mas, não… Não gosto mais.

—Não?

—Não… Acho que estou gostando de outra pessoa…

Lana franziu a testa para ele, mas, antes que pudesse dizer alguma coisa, Caleb apareceu ofegante na porta do quarto. Havia subido as escadas correndo.

—Tio Steve, tem um homem do exército aqui!

Steve e Lana se entreolharam antes seguirem Caleb de volta a sala de estar onde o pai de Bucky, Jake, Sam e o próprio Bucky conversavam com um homem alto, de postura severa e ar autoritário.

—Coronel! - Steve sorriu surpreso.

—Capitão! - o tal coronel respondeu e se levantou, apertando firmemente a mão de Steve.

—Lana, esse é o Coronel Chester Phillips, ele foi nosso coronel no exército. Senhor, essa é Lana Wilkins, nossa amiga. - Steve introduziu e os dois apertaram as mãos.

—Prazer, senhor. - Lana falou.

—O prazer é meu. - o coronel respondeu.

—E então, o que está fazendo aqui, senhor? - Steve perguntou. Ele e Lana se sentaram um ao lado do outro. As crianças haviam ido brincar lá fora e ela notou que era a única mulher na sala, Rebecca e Winifred estavam na cozinha.

O coronel lançou um olhar a ela, mas, se virou para Steve sorrindo.

—George me contou que vocês estavam aqui e resolvi visitar meu trio favorito. Como vocês estão?

—Bem. - foi Sam quem respondeu.

—Bom saber! Sinto falta de vocês na base, vocês eram meus melhores. - Phillips falou um tanto desanimado.

Eles começaram a conversar sobre o exército e sobre pessoas que Lana não conhecia, o coronel contando sobre os amigos que ainda trabalhavam com ele e sobre os que ainda mantinha contato. Logo, a conversa mudou para futebol e apesar de ser interessante ver Bucky, Sam e Steve agirem de maneira tão educada e formal na frente do coronel, ela começou a ficar entediada e foi para a cozinha.

—O coronel ainda está aí? - Winifred perguntou quando Lana entrou.

—Sim.

—Bucky e Steve adoram esse homem. - Winifred comentou enquanto preparava alguma coisa - Ele foi uma das grandes inspirações deles quando eles entraram para o exército.

—Sério? E ele mora aqui perto? - Lana perguntou.

—Mora há algumas quadras daqui, ele costumava organizar a maior queima de fogos da cidade no Quatro de Julho, ficou muito decepcionado quando os meninos foram dispensados e não quiseram voltar.

—É, mas, o Bucky não volta de jeito nenhum. - Rebecca comentou - E é melhor mesmo que ele não volte, só a gente sabe como ele ficou quando voltou do Afeganistão.

—Ele comentou que ficou bem mal. - Lana disse.

—Mal é pouco. - Rebecca falou - TEPT é horrível, coitado. Mas, ele melhorou bastante depois que foi morar com o Sam e o Steve. Agora quem parece que sente mais falta é o Steve, ninguém acreditou quando ele largou a carreira de capitão para se tornar professor.

—Sério?

—Ele ia acabar sendo um Coronel um dia, se não tivesse saído. - Winifred contou - Phillips vive pedindo para ele voltar.

Lana franziu a testa surpresa, mas, não respondeu. E se Steve voltasse mesmo para o exército?, ela pensou, e se ele tivesse que voltar para o Afeganistão? Essas coisas eram perigosas demais e ela sabia que nem todos voltavam, mesmo que eles não estivessem em guerra. Sempre havia algum tipo de atentado, sempre havia algum tipo de ataque. Não era melhor que Steve ficasse onde estava, seguro dentro de uma sala de aula?

—Você precisa de ajuda com alguma coisa, Winifred? - Lana perguntou para tirar os pensamentos da possibilidade de Steve voltar para o exército.

—Não, está tudo bem. Mas, se você puder fazer aquele cheesecake maravilhoso de abóbora para a ceia amanhã…

—Claro, sem problemas! Eu vou comprar os ingredientes e faço…

—Não precisa, acho que tem tudo aqui. Se não tiver, Rebecca pode ir comprar, ela não está fazendo nada mesmo… - Winifred respondeu fazendo Rebecca revirar os olhos.

Para alívio de Rebecca, ela não precisou sair pois havia todos os ingredientes em casa. E como Lana não tinha outros planos além de ficar junto dos meninos - que ainda conversavam animados com o coronel Phillips na sala - ela resolveu preparar o cheesecake, observando enquanto a mãe e a irmã de Bucky preparavam o almoço, implicando uma com a outra de vez em quando.

Pelo que Lana entendeu, Rebecca estava tentando criar os filhos de maneira diferente, eles estudavam em uma escola com educação moderna e eram vegetarianos, Rebecca também tentava criar os dois sem ideias de gênero como “isso é de menino e isso é de menina” e Lana se pegava gostando cada vez mais dela.

O coronel Phillips acabou ficando para o almoço também e eles comeram na sala de jantar, contando histórias do exército e dos tempos de criança. Ela escutava as histórias com curiosidade já que aquele lado militar dos três era algo que ela sabia que existia, mas, que só presenciava em pequenos detalhes, como vendo a facilidade que eles tinham em acordar cedo e seguir regras, e também em como ainda tinham uma postura mais rígida em determinadas situações e eram muito mais disciplinados do que Lana jamais havia sido.

Aquilo só fez Lana ver o quanto eles eram diferentes. A criação dela havia sido totalmente oposta, não só pelas doideras da mãe, mas, porque quando foi morar com o pai e com Libby aos quatorze anos, ela fez questão de se libertar de tudo que havia sido imposto pela mãe. Ela sempre havia sido uma boa aluna, mas, havia ganhado uma certa rebeldia e tinha dificuldade em seguir as regras sem questioná-las primeiro, isso deixava o pai doidinho da vida e Libby toda orgulhosa.

Depois do almoço, Kobik chamou Lana para mostrar sua coleção de bonecas - o que fez Lana se controlar muito para não ficar brincando de “MPGiS” com elas - e para brincarem de chá da tarde, tudo com coisas de massinha e de plastico. A garotinha havia inventado toda uma história sobre como as bonecas eram amigas que saiam para se divertir até serem atacadas por um alien - que era uma pelúcia do Olaf - e tem que lutar para proteger o planeta.

Lana segurava o “alien” enquanto Kobik o atacava com pedacinhos de massinha quando Bucky pigarreou atraindo a atenção dela.

—O coronel já foi, nós vamos dar uma volta pela cidade, você quer ir? - ele perguntou.

—Claro! - Lana exclamou - Kobik, eu vou ter que sair, mais tarde a gente continua tá bom?

—Ta bom, tia! - Kobik exclamou concentrada em suas bonecas - Eu vou destruir o alien para você!

—Obrigado, Kobik. - Lana riu e seguiu Bucky para fora do quarto.

—Achei que você não gostasse de crianças. - ele comentou descendo as escadas.

—E não gosto, mas, isso não quer dizer que eu tenha que tratar elas mal, né? - Lana rebateu - E a Kobik é muito fofa, Buckaroo!

—Você não vai deixar esse apelido morrer, né?

—Nunca!

**************

 Lana foi acordada mais cedo do que esperava na manhã de Natal pelos gritos de animação de Kobik e Caleb, vindos da sala. Eu com certeza não era tão animada desse jeito no Natal, ela pensou se arrastando da cama sonolenta e fazendo o caminho para o banheiro que estava vazio.

Depois de escovar os dentes, pentear os cabelos e lavar o rosto ela desceu para a sala de estar onde Kobik e Caleb abriam animados a pilha de presentes. Kobik havia ganho um capacete do Darth Vader e Caleb um de Piloto da Primeira Ordem e agora os dois brincavam de Star Wars.

—Olha o que a gente ganhou, tia Lana! - Kobik mostrou a máscara animada - Foi o tio Bucky que deu!

—Eu sou o Poe Dameron! - Caleb exclamou - Vou acabar com você, Vader!

—Nunca! - Kobik exclamou e saiu correndo com o irmão em seu encalço.

Lana riu e seguiu as crianças até a cozinha, onde os adultos tomavam café. Ela deu “Feliz Natal” a todos e se sentou para tomar café com as crianças ainda brincando de Star Wars.  Depois do café, Winifred fez todos irem para a sala onde já havia separado os filmes que eles assistiam todo o Natal e que era escolhido por cada um deles.

Eles começaram assistindo “Harry Potter ea Pedra Filosofal” por insistência de Lana e das crianças, passando para “O Jardim Secreto”, “Um Herói de Brinquedo” que era o favorito de Sam, “O Grinch” que era o favorito de Bucky ( “as caras que vocês fazem são iguaizinhas, tio!”, Kobik comentou fazendo todos rirem), “Esqueceram de Mim 2” que era o favorito de Steve e depois da ceia, quando as crianças foram se deitar, Rebecca colocou “Simplesmente Amor” e se sentou no sofá abraçada com o marido.

Aquela foi a deixa de Sam e Bucky, que saíram para o porão com um vinho roubado da cozinha e o computador, para que pudesse assistir algum filme mais divertido - Bucky já havia dito que eles iriam assistir “Centopéia Humana” porque não tinham assistido no Halloween. Antes de seguir os dois, Lana foi até o quarto de hóspedes e pegou os presentes que tinha comprado para eles dentro da mala.

—Ei, - Steve falou batendo na porta - você não vai assistir “Centopéia Humana” com a gente?

—Vou. Só vim pegar isso. - Lana respondeu indicando os três pacotes que tinha na mão.

—Espera aí! - Steve exclamou e saiu do quarto voltando alguns segundos depois com um pacote bem embrulhado na mão também.

Ele entregou o pacote a ela e ela entregou um dos pacotes a ele. Os dois abriram as embalagens juntos. Lana havia dado a Steve uma caixa com um caderninho de desenhos e diversas canetas, Steve tinha sido o único que ela não soube o que comprar e teve a ideia no dia anterior quando viu o quarto dele. Steve havia dado a Lana “Carry On” da Rainbow Rowell.

—Eu bisbilhotei sua estante depois daquele dia que você disse que eu parecia um personagem dela e vi que você não tinha esse livro. - ele esclareceu meio nervoso, se era porque ele receava que ela não tinha gostado do presente ou porque os dois estavam sozinhos no quarto pela primeira vez desde a manhã anterior, ela não soube dizer.

—Eu amei, Steve! Amo a Rainbow! - Lana exclamou feliz - Você gostou do presente?

—Amei, agora vou poder desenhar de novo, faz tanto tempo que não faço isso!

Steve foi até ela e a abraçou apertado.

—Eu tenho mais um presente para você. - Lana falou em voz baixa em seu ouvido.

Steve virou o rosto para perguntar a ela o que era e Lana o beijou.

O beijo foi mais intenso do que o primeiro, tantos meses atrás, Steve pareceu surpreso no começo, mas, envolveu os braços na cintura dela, apertando levemente. Lana levou uma das mãos ao cabelo bem penteado dele, bagunçando e puxando para trás enquanto a outra tocava em sua barba.

Ela ouviu passos na escada e se afastou dele.

—Lana… -ele falou mais uma vez, os lábios inchados e as pupilas dilatadas.

—Feliz Natal, Steve. - Lana sorriu tocando em seu rosto mais uma vez, com um sorriso presunçoso.

Ela abriu a porta e saiu do quarto deixando Steve ali, sem saber o que fazer.






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*risada maléfica* O que acharam desse final?

E o que estão achando da fic? Espero que tenham gostado desse capitulo porque agora as coisas finalmente estão começando a acontecer!

PS: A Kobik na HQ é um cubo cosmico que o Bucky cuida e ela é muito fofa, por isso eu tinha que colocá-la na fic!

https://i1.wp.com/geekdad.com/wp-content/uploads/2016/06/tumblr_o6o9703LIx1sajkn0o2_1280.jpg?resize=600%2C258&ssl=1



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Coisas Improváveis Sobre Nós." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.