As Coisas Improváveis Sobre Nós. escrita por Lua B


Capítulo 10
Parques, bares e seguradores de vela.


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta e só um aviso para os shippadores de Lana e Steve: preparem os coraçõezinhos! E me avisem se todas as imagens abriram, please!



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Lana saiu furiosa do elevador e deu de cara com a dona Rufina, que olhava furiosa para eles, mas, ela ignorou o questionamento furioso da mulher e saiu a passos largos até o apartamento, batendo a porta ao entrar e indo direto para seu quarto.

Ela não soube por quanto tempo ficou lá, andando de um lado para o outro, cheia de raiva e xingando Dottie mentalmente, até que uma batida suave na porta a fez despertar de seu transe de fúria.

Era Steve.

—Ei, posso entrar? - ele perguntou meio receoso.

—Pode. - Lana respondeu em um tom mais ameno.

Steve entrou e se sentou na cama dela, Xenophilius, que estava deitado em cima do cesto de roupa suja - sério, aquele gato dormia em qualquer lugar - pulou de lá e se deitou no colo de Steve, fazendo Lana sorrir.

—Está mais calma?  - ele perguntou.

—Eu não estava brava. - Steve franziu a testa - Tá bom, vai, eu estava puta , mas, agora estou mais calma… Mais ou menos… Você acha que o Bucky está bravo comigo?

—Por ter mandando a namorada dele se foder? Não sei…

—Ele ainda está aí? - Lana estava começando a ficar culpada.

—Não, acho que ele foi levar a Dottie para casa, deixa as coisas esfriarem um pouco e você conversa com ele, é melhor.

Os dois trocaram um olhar e Lana concordou com a cabeça.

—E então, onde vamos hoje? - Steve mudou de assunto, afagando a cabeça de Xenophilius que ronronava audivelmente.

—Você ainda quer sair? - Lana retrucou surpresa.

—Você não quer?

—Claro! Você não quer mais? A gente pode achar um filme para assistir e ficar em casa…

—Não! Acho que a gente assistiu filmes demais mês passado! - Lana riu - Mas, nao faço ideia de onde ir. Onde vocês vão normalmente?

—Tem um bar aqui perto que a gente vai quase sempre, mas, só abre às onze. Que tal a gente fazer alguma outra coisa e depois vamos para lá?

Lana concordou com a cabeça.

—O que você quer fazer?

—Quando foi a última vez que você foi a Coney Island? - ele perguntou com um sorriso.

—Gente, temos um problema - Sam interrompeu entrando no quarto de cara séria, com um papel na mão.

—O que foi agora? - Steve perguntou. Sam entregou o papel a ele, que leu fazendo cara feia e passou o papel para Lana.

Era uma multa indignamente alta assinada pela dona Rufina, acusando os moradores do numero 42 de arruaça e desordem.

—Isso é piada, né? - Lana perguntou indignada.

—Dona Rufina disse que escutou toda a discussão no elevador e que essa é a nossa segunda multa, na terceira seremos “convidados” a encontrar outro lugar para morar. - Sam falou.

—Isso é uma escola por acaso? Que coisa ridícula! Espera, qual foi a primeira multa?

Sam e Steve trocaram um olhar.

—Foi antes de o Bucky se mudar para cá, vamos dizer que tem a ver com o Sam estar proibido de escutar Mambo nº5. - Steve contou.

—Vocês tem que me contar essa história um dia, tô falando sério! Deixem que eu pago essa multa, a culpa foi minha mesmo…

—A culpa nao foi sua, a Dottie que começou a brigar! - Sam exclamou na hora.

—É, mas, sou eu quem mora aqui e não é justo vocês pagarem multa por minha causa!

Steve se levantou da cama - Xenophilius foi se encostar nas pernas de Sam - e suspirou, resignado.

—Deixa que eu vou falar com ela… - ele falou - Acho que ela esquece a multa se eu pedir, me desejem sorte!

—Volte ainda hoje, não deixa ela te drogar e te prender no apartamento dela! - Sam exclamou rindo.

—Ha ha - Steve falou com sarcasmo - Quando eu voltar a gente vai para Coney Island, tá bom?

Lana concordou com a cabeça e Steve saiu.

—Vocês vão para Coney Island? - Sam perguntou.

Nós vamos para Coney Island - Lana corrigiu - O senhor vai também, Sam Wilson.

—Eu não vou não!

—E por que não?

—Porque eu não quero ir!

—Claro que quer!

—Não quero não! Desde quando a senhora manda em mim, Lana Wilkins? - Sam questionou.

—Ah, qual é Sam? A gente nunca sai de casa! E Steve disse que depois a gente vai em um bar que vocês sempre frequentam, vamos?!

—Não! - Sam falou de maneira categórica - Além do mais, não quero atrapalhar o seu encontro com Steve…

Se Lana estivesse bebendo alguma coisa, com certeza teria engasgado.

—Não é um encontro! A gente só vai sair!

Sam revirou os olhos.

—Uhum, ta bom…

—É sério, Sam! A gente só é amigo! Ou você não acha que homens e mulheres não podem ser amigos?

—É claro que podem, mas, Steve sempre leva as garotas com quem está saindo para Coney Island.

—E como é que você sabe disso, Sam? Ele te levou para Coney Island no primeiro encontro de vocês também?

—Isso não vem ao caso! - Sam retrucou e Lana riu sabendo que a resposta na verdade era “sim” - O caso é que qualquer pessoa com olhos sabe que está rolando alguma coisa entre você e o Steve…

—Não está não, Sam! - Lana exclamou.

—Ah, Lana, para cima de mim? Eu te conheço muito bem e você não conhece o Steve como eu conheço. Ele não saiu com ninguém desde que você se mudou e Steve era é o maior pegador que eu conheço…

—Ah é? - Lana interrompeu sem conter o interesse.

—A questão é que é meio óbvio que vocês se gostam e sem querer ser estraga prazeres, mas, já sendo, é melhor vocês se resolverem logo porque vocês moram juntos e o clima pode ficar muito chato se seja lá o que for que vocês têm não der certo.

Lana franziu a testa.

—O que você quer dizer com isso, Sam? - ela perguntou surpresa.

—Que não quero que a amizade de você estrague por qualquer coisa. Amigos primeiro, lembra? - Sam respondeu em tom mais ameno.

—Então vai com a gente! - Lana pediu - Assim você impede que aconteça qualquer coisa, mesmo que não exista probabilidade de acontecer mesmo!

—Ta bom, vai!

Lana sorriu.

—Obrigado, Sam!

***********

Depois que Sam saiu para tomar um banho por estar fedido depois de passar a tarde correndo, Lana resolveu fazer o mesmo. Refletindo em baixo do chuveiro enquanto a água morna relaxava seus músculos.

As haviam ficado tão estranhas em questão de horas. Primeiro ela tinha brigado com Dottie - coisa que ela não se arrependia nem um pouco de ter feito - ela só esperava que as coisas não ficassem estranha entre ela e Bucky e ele não deixasse de falar com ela por causa disso. E agora tinha Steve.

Lana nunca escondeu de si mesma que tinha um crush por ele, mas, daí a coisa se tornar real parecia que era demais para ela lidar. Quero dizer, era Steve. Ele não podia realmente gostar dela de volta, podia? Tudo bem que ela não era de se jogar fora e Steve sempre era legal com ela e ele realmente havia abdicado grande parte das suas noites no último mês para assistir filmes de terror com ela, mas, ele fazia isso simplesmente ela amizade dos dois, não? Não porque ele gostava dela de uma maneira romântica. Amigos fazem esse tipo de coisa por amigos também, não fazem?

Ela saiu do chuveiro e demorou mais tempo do que de costume para se arrumar, tentando escolher algo que não fosse arrumado demais. Ah, pelo amor de Deus, Lana isso por acaso é alguma história do Nicholas Sparks?, ela se ralhou com impaciência, só escolhe alguma coisa e segue sua vida!

Meia-hora depois ela acabou se decidindo por uma saia floral curta, meia-calça preta, uma camiseta branca simples, jaqueta jeans porque as noites de outono eram frias e converse branco.  

Quase duas horas depois, Steve voltou do apartamento da dona Rufina, parecendo cansado, frustrado e com as roupas de correr todas sujas.

—Ela disse que sente muito, mas, que não pode tirar a multa porque são “regras do condomínio” - ele falou se jogando no sofá ao lado de Lana - e depois me pediu para arrumar a pai dela, o forno e a máquina de lavar.

—Você pelo menos tirou a camisa para fazer isso? - Sam perguntou e Steve negou - Ah, para Steve! Eu te alicio para que? Se você tivesse tirado a camisa ela com certeza tinha esquecido a multa!

—Não precisa se prostituir por causa de uma multa, Steve! Pode deixar que eu pago! - Lana o defendeu.

—Obrigado por não ser minha cafetina, Lana. - Steve riu - Fico muito agradecido!

—De nada, Stevie! - Lana riu e os dois trocaram um olhar que fez Sam fazer cara feia para ela.

—Eu vou tomar um banho e a gente ja vai, ok? - Steve falou para ela.

—Ok! Sam vai com a gente também, pode ser? - Lana perguntou.

Steve pareceu surpreso por alguns segundos, mas, sorriu.

—Claro, sem problemas, só não vai vomitar quando a  gente for no Cyclone, Sam!

—Eu não vou naquela coisa do capeta nem que você me pague, Rogers!

—Aposto dez dólares que se o Steve te pagar você vai! - Lana comentou.

—E eu aposto vinte que eu não vou! - Sam retrucou.

—Veremos, Sam! - Steve riu saindo para seu quarto.

**********************

A viagem até Coney Island foi rápida e sendo um começo de noite de sábado, o parque estava cheio em sua maioria de adolescentes e crianças junto da família, Lana notou que a grande maioria dos adultos que não estavam com crianças eram casais. Ela e Sam trocaram um olhar, mas, acompanharam Steve, que parecia uma criança animada, até a bilheteria para comprar os ingressos.

—Esse é o meu lugar favorito na cidade. - Steve contou a Lana, todo animado - Bucky e eu viemos aqui desde criança.

—Você nunca me contou que conhece o Bucky desde criança. - Lana comentou.

—Sério? A gente se conhece acho que desde o fundamental. Nos alistamos juntos e tudo mais… E então, vamos no Cyclone?

Lana olhou para a enorme montanha russa, perdendo toda a coragem.

—Eu nunca fui nisso. - ela confessou.

—Você está brincando né? - Steve exclamou surpreso.

—Eu tenho medo de altura, tá? Além do mais, minha mãe sempre dizia que se eu fosse ia ter um ataque do coração e morrer na montanha russa.

Sam caiu na risada, quase engasgando com o milk-shake que havia comprado na entrada.

—Você está falando sério?

—To, minha mãe é meio louca! E olha quem fala, né Sam? Por que você não vai?

—Te pago cinquenta dólares se você for comigo! - Steve ofereceu.

Sam olhou de Steve para Lana não esquecendo da aposta. Lana ergueu uma sobrancelha para ele.

—E aí, Sam? Ou vai ou racha! - ela desafiou.

Sam bufou.

—Toma! - ele abriu a carteira e entregou vinte dólares a Lana.

—É um prazer fazer apostas com você, Sam. - Lana deu uma piscadela para ele.

—Eu odeio muito vocês dois! - Sam retrucou sob os olhares de vitória de Steve e Lana - Anda logo, Rogers, antes que eu mude de ideia!

Lana encontrou um banco vazio, exceto por duas garotas que conversavam animadas e ficou observando enquanto Sam e Steve entravam na fila do Cyclone. Ela suspirou, observando Steve conversar animado, as palavras de Sam ainda na cabeça.

Suspirando, ela pegou o celular e conferiu as mensagens. Não havia nada. Claro que não havia, Lana era praticamente uma eremita. Eu preciso de mais amigas, ela anotou mentalmente, decidindo que talvez fosse legal se aproximar de Wanda, ela parecia legal… E não é que Lana se importasse de ter apenas amigos homens, é que ela sentia falta de ter uma amiga com quem conversar e mesmo ela sendo extremamente próxima de Sam, Steve e Bucky, ainda era diferente.

Pensando em Bucky, ela abriu as mensagens dele e escreveu:

Para sua surpresa, o status de Bucky mudou para “digitando” e ele respondeu:

Lana não sabia o que dizer e ficou olhando para a tela por alguns segundos.

Lana sentiu um peso enorme saindo de suas costas, era bem a cara de Bucky mesmo evitar esse tipo de conflito, era uma das coisas que ela tinha em comum com ele e saber que ele não estava bravo com ela era no mínimo reconfortante. Sejá lá o que fosse que estivesse acontecendo entre ela e Steve, pelo menos ela tinha Bucky e menos drama, pelo menos um pouco menos de drama…

 

Lana bloqueou a tela do celular e voltou a olhar para a montanha-russa, Sam e Steve já tinham ido e eram indistinguíveis lá do alto. Alguns minutos depois, eles apareceram ambos sem cor nenhuma no rosto e claramente tontos. Steve se jogou ao lado de Lana no banco, colocando a cabeça entre as pernas enquanto Sam ia vomitar no cesto de lixo mais próximo.

Como prometido, Lana pegou o celular novamente e filmou alguns segundo de Sam passando mal.

—Foi o Bucky que te pediu para filmar? - Steve perguntou um tanto sem ar.

—Foi. - Lana riu - Você está bem?

Steve concordou com a cabeça, respirando fundo.

—Tinha esquecido como ficava tonto depois de andar naquilo…

Sam se jogou do outro lado de Lana, fechando os olhos.

—Eu ja disse que te odeio, né? - Steve concordou com a cabeça - Pois, não esquece. Te. Odeio.

Lana revirou os olhos.

—Um poço de coragem vocês dois, meus parabéns!

—Olha quem fala! Pelo menos a gente foi, não ficou aqui se acovardando! - Sam exclamou.

—Como é que é? Eu tenho coragem de assumir minhas fraquezas, não fico me vendendo por uns trocados! - ela exclamou toda indignada.

—Uau, essa foi certeira! - Steve riu.

—É brincadeira, Sam! - Lana o abraçou rapidamente - Agora, que tal irmos na casa do terror?

Os dois, ainda meio tontos, acompanharam Lana em direção a casa do terror, onde a fila não estava muito grande. O passeio em si nem era tão assustador para Lana, mas, Sam deu um grito quando um dos personagens - uma caveira - caiu em cima dele quando estavam saindo.

Steve os conduziu animado por seus passeios favoritos, entre eles a roda gigante, o carrinho de bate-bate e as barracas em que você ganhava prêmios. Lana e ele ficaram competindo para ver quem conseguia ganhar um ET de pelucia primeiro, e como nunca teve uma mira muito boa, Lana falhou miseravelmente. Steve, porém, pegou seu prêmio e entregou a ela que abraçou o ET de pelucia animada.

—Obrigado, Steve! Amei! Sabia que eu acabei escolhendo a medicina por causa da Dana Scully de The X-Files?

—Por que é que eu não tô surpreso com isso? - Steve retrucou rindo e se aproximando dela. Sam se meteu entre os dois com três casquinhas na mão e entregou uma para cada um. Ele vinha fazendo aquilo a noite toda, toda vez que Steve e Lana começavam a conversar ou Steve começava a ficar muito próximo, Sam se metia entre os dois e começava a falar de qualquer outra coisa.

Steve suspirou e pegou o seu sorvete.

—O parque já está quase fechando, vocês querem ir em algum outro brinquedo? - Sam perguntou.

—Não… Vamos terminar de comer e vamos para o bar. Até a gente chegar lá já vai estar aberto… - Steve respondeu.

Os três caminharam até o píer, ainda bastante movimentado e se apoiaram nas grades, olhando o céu noturno que se perdia de vista.

—Isso é lindo. - Lana comentou.

—É mesmo. - Steve respondeu olhando para ela.

Atrás de Steve, Sam fez cara de nojo para os dois.

Eles terminaram seus sorvetes e voltaram para o carro, onde Lana encontrou uma playlist no Spotify chamada “Divas do Trânsito” e colocou no ultimo volume, fazendo os dois cantarem junto dela músicas como “Perfect Illusion” da Lady Gaga, “Wrecking Ball” da Miley Cyrus, e pelo menos metade das musicas da Beyonce.

O bar não estava muito cheio quando eles chegaram, com exceção de um grupo de universitários que bebiam e riam alto em um canto e alguns outros frequentadores espalhados pelo bar. Steve encontrou uma mesa mais reservada próximo a uma mesa de sinuca e outra de pebolim e Sam  e Lana foram pegar as bebidas, voltando alguns minutos depois com algumas cervejas, batata frita e três garrafinhas de vodka.

—Isso que eu chamo de começar o sábado bem. - Sam exclamou orgulhoso.

Sam, Steve e Lana começaram a beber, as batatas praticamente esquecidas e a conversa passou sobre todos os tópicos, desde política até Senhor dos Anéis.

—Sério, gente, o Frodo é um bosta! Como vocês podem gostar dele?! - Lana exclamou indignada, já na quarta ou quinta cerveja - ou seria a sexta?- as bochechas coradas.

—Ah, para! Ele atravessou Mordor para defender o mundo do Sauron e você diz que ele é um bosta? - Steve retrucou depois de um grande gole em sua própria cerveja - De quem você gosta? Do Legolas?— ele usou o último nome em tom de deboche.

—Claro! É o Legolas, né? E também do Sam, Sam era muito mais digno que o Frodo!

—Todo Sam é mais digno mesmo. - Sam concordou seriamente, seus olhos passeando pelo bar - Isso é verdade.

—E até o Smeagol é mais digno do que o Frodo! - Lana foi categórica.

—O álcool subiu na sua cabeça, né? - Steve retrucou - Onde que o Smeagol é mais digno que o Frodo?

—Ele teve uma morte mais decente!Se o Frodo tivesse morrido ao invés de dar para trás no último minuto e resolver ficar com o anel, ia ter sido muito melhor! Se não fosse o Smeagol arrancando o dedo do Frodo, todo mundo na Terra Média estava fodido e mal pago essa hora!

Steve olhou para Lana de olhos arregalados, sem saber o que dizer.

—Porque vocês não param de nerdar um pouco e a gente não vai jogar sinuca? - Sam sugeriu terminando sua cerveja - Vamos lá, Steve!

—Você joga? - Steve perguntou a Lana que acompanhou os dois até a mesa de sinuca.

—Não sei jogar… - Lana confessou - Mas, assisto vocês jogarem vai…

Steve assentiu e ele e Sam começaram a se preparar. Lana nunca tinha visto muita graça em jogar sinuca e não fazia ideia de como se jogava, por isso, deixou a mente vagar enquanto observava os dois jogarem.

—Você tá torcendo por mim, né? - Steve perguntou a ela alguns minutos depois.

—Claro que não está! - Sam respondeu por ela - Ela está torcendo por mim!

—Não me envolva na treta de vocês! Eu só to aqui para dar apoio moral! - Lana se defendeu - Vão jogando ai que vou pegar mais cervejas…

Lana fez caminho de cabeça leve até o bar e pediu mais três cervejas. Ela esperava o barman pegar suas cervejas quando alguém tocou em seu braço, chamando sua atenção.

—T’Challa! - ela exclamou surpresa ao ver o homem alto e estilo deus ébano que era o namorado de Darcy - Oi!

—Oi Lana, tudo bem? - ele sorriu de maneira gentil - Tudo bem?

—Sim, tudo bem sim… E você? - ela perguntou de volta, nunca havia tido muito assunto com ele.

—Estou bem… Você está sozinha?

—Ah, não! Estou com meus amigos! - ela indicou Sam e Steve que ainda jogavam concentrados - Hm… A Darcy está por aqui?

—Na verdade, Darcy e eu terminamos uns dias depois que você foi embora - T’Challa contou.

—Eu ia dizer que sinto muito, mas, na verdade você merece coisa melhor, T’Challa. - Lana comentou rindo.

—Obrigado. - T’Challa sorriu novamente.

—E então, você está sozinho aqui?

—Não, na verdade estou com minha nova namorada, Natasha. Ela está bem ali. - T’Challa indicou uma moça ruiva muito bonita, sentada sozinha em uma das mesas, observando a conversa dos dois. Lana acenou para ela - Você gostaria de se juntar a nós?

—Obrigado, T’Challa, mas, tenho que voltar para minha mesa. Meus amigos estão esperando. - Lana dispensou e pegou as cervejas que o garçom lhe entregou - Foi bom te ver, T’Challa.

—Foi bom ver você também, Lana.

Ela sorriu para mais uma vez e se despediu, voltando para a mesa de sinuca onde Steve parecia estar perdendo para Sam mais uma vez.

—Aquele não é o namorado da Darcy? - Sam perguntou pegando uma das cervejas.

—Ex. Eles terminaram e ele está aqui com a namorada nova. - Lana indicou a mesa onde T’Challa estava conversando distraído com a mulher ruiva. Parece que todo mundo superou a Darcy, ela pensou.

—Com licença - uma garçonete apareceu com um drink na mão - Aquela moça pediu para te entregar. - ela entregou o drink a Sam e indicou uma mulher sentada junto das amigas em uma mesa mais distante.

—Olha só quem está fazendo sucesso! - Steve exclamou rindo, para surpresa de Lana ele parecia extremamente sóbrio, como se o algo não tivesse efeito sobre ele.

Sam sorriu todo feliz.

—Agora meu ego está massageado!

—Você devia ir falar com ela, Sam. - Lana sugeriu notando que a mulher não tirava os olhos de Sam. Ela parecia um pouco mais velha do que ele, mas, era bonita e com um ar executivo.

—Devia mesmo. - Steve concordou.

Sam lançou um olhar de dúvida para Steve e Lana.

—Vai lá, Sam. A gente vai ficar bem aqui. - Lana insistiu.

—É, prometo que a gente não vai fazer nada que você não faria. - Steve riu e piscou para Lana que corou.

Sam suspirou se dando por vencido.

—Eu já volto.

—Sem pressa. - Steve retrucou.

Eles observaram Sam se aproximar da mesa e puxar a tal moça para dançar.

—E então, quer jogar sinuca? - Steve perguntou a Lana.

—Eu não sei jogar isso, Steve. Mas, aposto que consigo ganhar de você no pebolim!

—É o que eu quero ver!

Os dois largaram o jogo inacabado de sinuca e foram até a mesa de pebolim, Lana trocou um olhar divertido com Steve, depositando sua cerveja quase cheia na mesa vazia ao lado.

—Prometo que pego leve com você, Lana. - Steve falou.

—Que bom, porque eu prometo que não vou pegar leve com você, Capitão. - Lana retrucou fazendo as bochechas de Steve ficarem levemente rosadas. O olhar que ele lançou a ela em seguida fez o coração dela acelerar e para disfarçar seu embaraço, Lana começou a jogar.

Era óbvio que Steve era tão ruim em pebolim, quanto era ruim em sinuca. Em menos de meia-hora de jogo, Lana já havia feito 7x3 três vezes e todas as vezes que eles reiniciaram o jogo, Steve parecia ainda mais determinado em ganhar dela, sempre sem sucesso.

—Eu tô começando a achar que você está me deixando ganhar de propósito, Steve! Achei que conseguia fazer melhor do que isso, Capitão.

Steve ignorou o comentário, suas mandíbulas tensionando e engolindo em seco. Lana riu, voltando a jogar e fazendo outro gol.

Sam havia sumido de vista alguns minutos atrás e mesmo depois de horas jogando, ele não havia aparecido novamente. Steve e Lana ficaram jogando pebolim até o bar começar a esvaziar e o barman pedir para que eles fossem embora porque era hora de fechar.

Ambos haviam bebido demais para irem embora de carro e Steve sugeriu que eles caminhassem até em casa, o bar era apenas algumas quadras de distância, perto de onde ela  e Sonny tinham ido jantar tantas semanas atrás e a noite estava fria, mas, agradável. Normalmente, Lana seria a primeira a sugerir um táxi, mas, ela se sentia segura junto de Steve.

Os dois caminharam na garoa de novembro, Steve colocou seu casaco em volta dos ombros de Lana, os dois cercados por um  silêncio leve e tranquilo até que chegaram em casa e Lana não soube explicar exatamente o que aconteceu. Em um momento Steve estava abrindo a porta do apartamento e suas mãos se tocaram levemente e no outro, os lábios dela estavam nos dele.

Foi um beijo lento, apenas seus lábios se tocando. Steve levou uma das mãos ao rosto de Lana enquanto a mão dela ia ao seu peito. A barba dele roçava em seu rosto e ela precisou usar toda a sua força de vontade para se afastar dele.

—Steve… - ela começou.

—Desculpa, me desculpa Lana! Eu… eu achei que você queria… - Steve falou desconcertado

—E eu quero, Steve… - ela não sabia como formular as palavras e Steve não falou nada, observando-a com aqueles olhos azuis e aquela cara de cachorrinho sem dono. Era como se tudo o que Sam havia lhe dito antes de eles saírem estivesse sendo repetido em sua cabeça.  

—Mas…? - ele perguntou.

—Mas, a gente não pode.

—Por que não? É o Julian?

—Não, claro que não! Eu não penso no Julian desde que a gente terminou, para ser sincera, eu tenho um crush por você desde o momento que eu te vi…

—E então qual é o problema, Lana? Você pode me dizer, por favor, eu não quero te forçar a nada!

—O problema é que a gente mora junto, Steve e você é meu amigo e eu não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós se não der certo… Eu nunca fiquei amiga dos meus exs e não quero perder o que a gente tem agora…

Lana olhou para Steve desesperada, tentando deixar claro o que queria dizer. Sua mente estava se tornando uma confusão mais uma vez.

—Está tudo bem, Lana, de verdade.

—E-Eu sinto muito Steve, me desculpa. - Lana pediu sentindo sua cabeça e seu coração virarem uma bola de neve dentro de si. Steve sorriu para ela, um sorriso triste que só fez com que ela se arrependesse ainda mais do que tinha acabado de fazer e sem conseguir mais olhar para ele, Lana foi direto para o quarto, fechando a porta e enfiando a cara no travesseiro. Aquela tinha sido mais uma das coisas que ela tinha conseguido estragar.


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Notas finais do capítulo

*risada maléfica* O que estão achando da fic? Não esqueça de me contarem! :3



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