A Rainha da Beleza escrita por Meewy Wu


Capítulo 4
III - Um Caminho até Paris




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718603/chapter/4

O quarto era bastante pequeno. Todo decorado em tons verde e branco, com um pequeno lustre de três lâmpadas pendurado sob o teto baixo. Me perdi um pouco enquanto Veronicca falava, pensando se conseguiria toca-lo subindo em cima da cama.

—Você ao menos está prestando atenção? – perguntou ela, quando percebeu que suas palavras estavam sendo apenas jogadas ao vendo como as plumas de um travesseiro.

—Desculpe, eu... – respirei fundo, não é como se eu fosse uma boa mentirosa, ou como se uma mulher que trabalhava para a rainha não soubesse farejar o cheiro de uma mentira. Quer dizer, ela morava no palácio. E não foi poucas vezes que eu ouvi Marian falando para Isis que, se ela quisesse se tornar uma rainha, deveria aprender a identificar quem estava mentindo – Não.

Esperei pelo sermão eminente, mas ela apenas sorriu de uma forma cansada – Sei que deve ter sido um longo dia para você Bethany, e que não escolheu nada disso. Eu também não escolhi quando fui levada para o castelo, mas é uma grande oportunidade, então espero que saiba aproveita-la. Conhecerá Duques e Lordes nas festas, viverá no castelo uma vida com qual milhares de garotas em toda a Eurásia sonham. E quando chegar a hora, se for esperta o bastante, e provar seu potencial, pode conseguir um bom casamento ou um bom trabalho, como o meu. Entende isso?

—Entendo – concordei, mesmo que tudo ainda fosse uma nuvem de dúvidas para mim, por que eu estava cansada demais para ficar ouvindo respostas que poderiam vir mais tarde.

—Bom – ela sorriu de novo – Agora, vá descansar. E como eu dizia antes, não tente fugir, os guardas farão turnos na recepção para garantir nossa segurança.

E para garantir que eu não saísse dali, eu quis acrescentar. Mas não o fiz. Eu estava cansada demais para fugir, e, de qualquer forma, para onde eu iria? Eu nem sequer sabia em que cidade eu estava. Em que país eu estava!

Fiquei com pena dos guardas que ficariam se revezando, mas por fim me conformei que Veronicca era alguém importante, para falar do seu cargo com tanta veemência, e que eles ficariam de guarda de qualquer jeito.

Eu esperava pegar no sono assim que deitasse no travesseiro, mas não foi o que aconteceu. Fiquei imaginando onde estariam Marsella e Jane, a caminho de Beja, junto com Luigi. Não pude deixar de pensar que seria estranho para ele, que por quinze anos foi filho único, de repente ter de conviver com uma garotinha de nove que sempre foi cercada de irmãos e irmãs.

Eu lembrava de Luigi e do seu pai andando pela cidade. O Senhor Frade tinha terras longe dali, e mantinha pessoas trabalhando para ele, vivendo do lucro dessas terras. O que aconteceria com essas pessoas? Os tios de Luigi seguiriam mantendo seus empregos e obteriam os lucros para ajudar a criar o sobrinho, ou simplesmente abandonariam as terras e deixariam as pessoas que dependiam delas desempregadas?

Respirei fundo, me sentando na cama e jogando um dos travesseiros do outro lado do quarto. Eu estava pensando demais nos problemas dos outros, como se minha vida não estivesse complicada o suficiente por um dia só.

Soltei o cabelo e me levantei, indo até a pequena janela e a abrindo. O ar era frio, mas não congelante, como deveria ser em meados de novembro. As estrelas brilhavam no céu acima, e carros ainda passavam na rua que cruzava em frente ao hotel.

Respirei o ar frio, e deixei a janela aberta, prendendo o cabelo novamente e voltando a me deitar. Qualquer um diria que nada havia mudado. No escuro, o quarto lembrava o meu na casa de Marian. Pequeno, mas não minúsculo ou desconfortável. Os lençóis eram macios, e não se ouvia um único barulho além dos das corujas lá fora. Mas os móveis eram de metal fundido, que refletiam a luz da lua e cada vez que eu me mexia brilhava direto nos meus olhos, lembrando-me que eu não estava em casa.

Que eu não tinha mais uma casa.

Eu devia estar quase dormindo quando a lua parou de refletir pela janela, atingindo seu pico no céu, e uma coruja pousou na janela.

...

—Olhem só o que eu encontrei! – o soldado Martins entrou na sala ao mesmo tempo em que eu, quando desci para o café da manhã, carregando nos braços um gordo e negro gato que eu conhecia bem – Estava escondido no porta-malas do carro!

—Eu não acredito – falei descrente, e consciente de que todos se viraram para mim – De todos os seres do mundo...

—Bom dia Bethany – falou Veronicca, sorrindo – Venha tomar café, temos mais um longo dia de viagem pela frente.

Ela parecia estranhamente bem humorada, vendo Martins brincar com o gato, até que ele fugiu dos braços dele e correu até o meu colo.

—Ele é seu? – perguntou Veronicca, erguendo uma sobrancelha perfeita e bem desenhada.

—Ele era das pessoas com quem eu morava – deu os ombros, enquanto a gigantesca bola de pelos se esfregava na minha barriga. Eu nunca fiquei tão feliz em ver aquela maldita bola de pelos.

—Ele tem um nome? – perguntou Martins, sentando ao meu lado e acariciando a cabeça do animal.

Mordi o interior da bochecha. Quão constrangedor seria ter que explicar que Iris deu o nome do príncipe para o gato? Eu preferi não descobrir – Romeu! Como em Romeu e Julieta, e essas coisas.

—Você é um belo rapaz, Romeu – falou ele, sorrindo, enquanto o gato pulava do meu colo direto para o dele.

Bem, aparentemente ele tinha gostado do novo nome. Mas quando levantei os olhos, Veronicca não parecia muito feliz.

—Eu posso ficar com ele? – juntei coragem para perguntar, mesmo diante ao olhar matador que ela lançava para o pequeno pedaço de queijo no seu prato.

—Eu não sei se essa é uma boa ideia, Bethany – falou ela, calmamente.

—Ora, eu não vejo problemas – falou Martins, rindo enquanto o recém-nomeado Romeu tentava alcançar uma das medalhas brilhantes em seu peito – Muitas garotas tem cachorros no castelo. E a Rainha gosta de gatos.

Veronicca murmurou algo que, poderia eu estar errada, mas pareceu muito "não tanto quanto você" e respirou fundo – Tudo bem, você pode leva-lo. Mas terá que cuidar dele.

—Claro – falei, tentando me conter enquanto ele pulava de volta em meu colo, quase como se sentisse que éramos nos dois agora. Acariciei a cabeça dele, pegando um pedaço de bolo e tomando café da manhã em silêncio. Os guardas logo começaram a se preparar para nossa partida, e assim que todos haviam saído Veronicca pareceu novamente bem relaxada.

—Pedi para que alguns empregados fossem a cidade comprar roupas para você – falou ela, olhando para a roupa verde da prefeitura, que eu vestia desde o da anterior – Vou pedir que lavem e sequem o gato antes de irmos, deveria tomar um banho também. Será um dia bem longo.

Assenti, terminando meu copo de leite e me levantando. Ela me seguiu até a porta e pegou Romeu. Não havia ficado tão perto de Veronicca antes, mas ela parecia mais jovem de manhã. Não parecia ser mais velha que o soldado Martins ou mesmo tão mais velha do que eu, como eu imaginará. O cansaço da viajem até Corippo a vez parecer muito mais velha do que realmente deveria ser.

Temi por um minuto que ela fosse pegar e mandar algum guarda jogar Romeu o mais longe que conseguisse, assim que eu desse as costas, mas decidi confiar nela. Não que eu tivesse muita escolha, a não ser que eu o levasse para tomar banho comigo, sob o risco de uma série de arranhões.

Deixei que ela o pegasse e subi as escadas enquanto ela o levava em direção à recepção.

Virei errado uma ou duas vezes até encontrar o quarto onde havia passado a noite. A cama estava estendida, e sobre ela havia uma muda de roupas, um par de botas marrons, uma escova-de-dentes e uma caixinha onde havia sido colocada a correntinha de Iris, que eu deixei no criado mudo na noite anterior.

Peguei tudo e levei para o minúsculo banheiro que o quarto proporcionava, encontrando lá todos os outros itens de limpeza que eu precisava. Tentei ser o mais breve que podia, mas parecia que fazia meses desde que eu sentirá cheiro de xampu ou o gosto de pasta de dente, então devo ter passado pelo menos uns trinta minutos dentro do banheiro até que me sentisse humana de novo.

As roupas não podiam ser mais simples. Calças jeans, uma camiseta branca e um casaco de lã preta. Coloquei a gargantilha de Iris e joguei a roupa verde no lixo, guardando a pomada e o remédio no bolso do casaco, antes de finalmente voltar para o quarto.

Sentei em frente da penteadeira e penteei meu cabelo, prendendo ele no alto antes de calçar as botas e dar uma última olhada no quarto. Como era de se esperar, não havia mais nada meu ali.

Partimos pouco antes das dez. Deixei que a dona do hotel trocasse o curativo na minha testa, e um menino me entregou Romeu, que estava mais limpo, gordo e cheiroso do que nunca, com uma coleira de tecido improvisada em volta do pescoço.

Quando eram dez da manhã, já estávamos bem longe do hotel. Os cavalos trotavam atrás do carro, e não pude deixar de pensar que seria mais prático trocar os cavalos por carros. Se fosse assim, a viagem duraria cerca de nove horas, e não um dia e meio de viagem.

Não que eu estivesse com pressa, longe disso. As cidades passavam lentamente pela janela do carro, enquanto Romeu ronronava no meu colo.

...

Já estávamos novamente no meio da noite quando enfim o chegamos a Paris. Deveríamos ter chegado bem antes, mas nossa breve pausa para o almoço se estendeu mais do que deveria com uma breve fuga dos cavalos, e as rodovias estavam cheias e lentas durante a tarde, ainda mais quando se estava em uma limusine cercada de doze garanhões brancos.

As luzes da cidade brilhavam como um sol, mesmo na madrugada, me forçando a acordar e me cegando por mais que eu tentasse abrir meus olhos, e me forçando a fechar a cortina da janela o mais rápido que conseguia.

Devo ter pegado no sono de novo. Não conseguia lembrar de muita coisa claramente, mas lembrava do carro parando. Romeu enfiando as garras na minha perna enquanto tentavam tira-lo e de ser carregada por alguém para algum lugar, antes de acordar em uma cama tão macia quanto uma nuvem no céu de primavera.

...

Acordei-me com o som de uma canção de ninar. Uma garota pairava sobre mim, cantarolando lentamente, esfregando com delicadeza um pedaço úmido de tecido em minha testa. Um emaranhado de cachos cor de fogo caindo na lateral do meu rosto.

—Bom dia Raio-de-Sol. – ela sorriu gentilmente, puxando o lenço e colocando em um pote com água – Como está se sentindo?

—Eu... – tentei me sentar, mas uma ânsia de vômito intragável me fez deitar novamente – Onde eu estou?

—No Petit Palace, em Paris, é claro – falou ela, calmamente, se levantando e levando o pote com água até uma mesinha – Mais precisamente, no meu quarto.

Olhei em volta tão possível quando eu conseguia, sem sentir vertigem. O quarto era todo de mármore branco, com móveis de madeira branca, com cortinas, lençóis e tapetes azuis-turquesa.

—Você estava queimando em febre quando chegou – ela falou, andando pelo quarto perfeitamente arrumado, trocando as coisas de lugar – Tentamos te acordar, mas você parecia uma paciente muito dopada. Eles queriam levar você para a enfermaria, mas eu sugeri que trouxessem para cá, onde seria mais confortável e... Discreto.

Não entendi o que ela quis dizer, então tentei novamente me sentar, mais devagar, e consegui ter sucesso sem nenhuma vertigem. Na verdade, meu estomago estava roncando.

—Que horas são? – perguntei, olhando em volta a procura de um relógio, mas não havia nenhum.

—Deve ser quase noite agora, você dormiu muito. Eu pensei em te acordar, mas o médico disse que era bom que dormisse e continuasse suando – ela deu os ombros, se sentando ao meu lado no que percebi ser um enorme divã preto – Ele disse que seu corpo deveria ter começado a eliminar as toxinas que você pode ter absorvido na fumaça, ou algo assim. Mas sua temperatura já está quase normal, então acho que vai poder ir para o seu quarto ainda hoje.

—Meu quarto?

—É, nos tivemos que mandar arruma-lo às pressas, mas você pode mudar o que quiser depois – ela deu os ombros – Você está com fome? Eu tenho um pouco de frutas e queijo aqui, mas se quiser jantar eu posso pedir para trazerem algo para você.

Eu não sabia como reagir, muito menos o que dizer. Eu queria jantar? Meu estomago estava ainda um pouco embrulhado, minha cabeça zonza de tanta informação, mas frutas e queijo também não era exatamente uma refeição.

Acabei perguntando a primeira coisa que me veio à cabeça – Onde está meu gato?

Ela pareceu surpresa com a minha pergunta-resposta, mas depois sorriu como se aquilo provasse que eu não era uma psicopata, nem nada do tipo – As outras meninas estão cuidando dele, não se preocupe amanhã você irá conhecê-las. Eles me deram a noite livre, para eu mostrar o castelo para você, mas acho melhor você tomar um banho e jantar antes. O banheiro fica ali, pode pegar uma roupa minha se quiser, eu vou pedir que tragam algo para você comer.

—Espera – falei, enquanto ela balançava os cabelos em frente a uma grande penteadeira e passava uma camada de brilho labial – Você não me disse o seu nome.

—Ah, verdade. Que maus modos os meus, não? – ela brincou, sem olhar para mim, fazendo um biquinho na frente do espelho – Eu sou a Alicia.

E com isso ela saiu do quarto.

Ainda um pouco confusa, me levantei e tomei coragem de abrir o armário de Alicia. Eu lembrava de Isis gritando quando a mãe mexia nas suas coisas, dizendo que tocar as roupas de uma garota era o mesmo que ler seu diário. Bem, o diário de Alicia era muito bem organizado, com uma ortografia perfeita, cheio de canetas coloridas, anotações, adesivos e com uma capa brilhante. Vestidos longos de baile, vestido de dia floridos, saias brilhantes e suéteres macios. Não haviam muitas calças além das de pijamas, então acabei ficando com meus jeans novos e com um suéter cinza.

Não lavei o cabelo nem demorei tanto quanto no hotel, mas mesmo assim quando saí do banheiro Alicia já estava de volta ao quarto, segurando uma bandeja com uma travessa de uma sopa grossa, cheia de legumes picados com um cheiro que fez minhas pernas fraquejarem de fome.

—Parece que alguém não gostou das minhas roupas... – ela brincou, soltando a bandeja em cima da escrivaninha e puxando a cadeira, em sinal de que eu deveria me sentar – Não se preocupe, nem todas as roupas aqui são tão fabulosas. As outras meninas preferem ficar confortáveis durante o dia, mas eu me sinto confortável apenas estando bem vestida.

Ela se sentou na beira da cama, e a observei enquanto comia. Ela era linda, tão linda que podia ser mesmo comparada à rainha. Estava bem vestida e bem maquiada, com botas de salto e havia prendido os cabelos ruivos não naturais em duas tranças.

—Eu sei o que você deve estar pensando, ela é tão artificial não é mesmo? – supôs ela, balançando as pernas penduradas na cama alta, e fiquei feliz por não ser realmente o que eu estava pensando. Em dias comuns, eu via Marian colocar muito mais maquiagem no rosto de Íris.

—Na verdade, eu só estava pensando como você é bonita – deu os ombros, sorrindo. Ela sorriu também, e depois pareceu um pouco triste – O que foi?

—Você vai ser massacrada – ela suspirou. Suspeitei que estivesse falando das outras meninas, mas tentei ignorar. Se elas fossem tão bonitas quanto Alicia, nem se dariam ao trabalho de me notar. Eu realmente não conseguia entender como podiam me considerar bonita o suficiente em um lugar onde tinham ela.

Devorei a sopa mais rápido do que, mais tarde, pensei se deveria. Eu mal havia comido por pelo menos vinte e quatro horas, talvez devesse ter ido um pouco mais devagar, mas se Alicia pensou o mesmo não compartilhou comigo.

Tive que esperar mais meia hora enquanto ela resolvia uma "emergência" que aparecerá, o que foi ótimo, por que me deu bastante tempo para processar tudo. Eu estava no castelo. Durante todo o caminho eu tentei pensar em tudo, tudo mesmo, menos como seria minha vida nesse lugar, e eu tinha perdido minhas primeiras horas ali.

Eu nem sabia onde estava exatamente, ou o tamanho do lugar, ou... Nada. É claro que Alicia havia me dito que me mostraria tudo, mas seria estranho se eu pedisse para ver a saída? Não que eu quisesse fugir, ou algo do tipo, mas eu lembrava das fotos de Isis, gravuras que recortava de livros e revistas, cada uma diferente da outra. Como seria o castelo de verdade? Quadrado? Cheio de torres? Uma casa muito, muito grande? Uma pirâmide? Ou um conjunto de prédios?

Me peguei curiosa, imaginando como seriam os salões de festa, os corredores e os quartos. Como seria meu quarto? Quem havia o arrumado? Como as pessoas lidariam comigo? Seriam gentis, rudes ou indiferentes a minha presença. Me olhariam com desdém, com carinho ou com pena.

Me vi perdida nas inúmeras possibilidades que vinham dali para frente, assustada com a ideia de não me encaixar. De não ser aceita. De não ser bonita o suficiente para as outras meninas ou simpática o suficiente para agradar os convidados das festas da rainha.

Marian nunca me deu muitos conselhos, mas quando dava eles eram realmente muito bons. Uma vez, quando acompanhei Isis a uma festa de aniversário, ela me obrigou a colocar saltos altos e fez cara feia a tarde inteira, enquanto eu tentava descobrir como me equilibrar em cima deles.

Quando voltamos, ela me perguntou se eu havia mesmo usado os sapatos a noite inteira, e sorriu quando eu falei que tropeçará tantas vezes que nunca mais queria usa-los.

"Você pode tropeçar quantas vezes quiser sobre os saltos Bethany, desde que continue calçando eles" foi o que ela me disse aquela noite, enquanto Isis tagarelava sobre garotos que para Marian eram irrelevantes e inapropriados para sua filha.

Enquanto eu divagava nessa lembrança, Alicia voltou para o quarto, parecendo realmente muito divertida com o que quer que tenha acontecido – E então? Pronta para conhecer o castelo, Bethany?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Rainha da Beleza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.