A Rainha da Beleza escrita por Meewy Wu


Capítulo 16
XV - Campeões




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Exatamente três dias depois, quando o sol se erguia iluminando ao Petit Palace, a comitiva do duque chegará, enchendo os corredores de criados apressados e o ar de um peso sufocante. Em poucos dias, os guardas vestidos de negro se espalharam pelos corredores como pulgas em um celeiro, e todo o palácio parecia ter se tornado mais sombrio e silencioso. Até o tempo parecia ter mudado, pois cada vez o sol se tornava menos frequente e era substituído por nuvens cinza.

Por sorte, a presença da futura esposa e os seus novos deveres, pareciam ocupar o duque o bastante para que ele não fosse frequentemente visto pelos corredores, e menos ainda atrás de alguma garota. Mas isso não significava que nenhuma de nós baixaria a guarda perto dele.

Apesar dos apelos de Jin e Kali, o consenso entre Isabel, Tina e Alicia foi irredutível, e nenhuma delas parecia disposta a ceder sobre contar a Annie sobre os horrores que Alicia passara. Só consegui supor que a proximidade de Annie e Fox fosse o bastante para protegê-la das mãos dele, e sendo assim, sobravam apenas as gêmeas.

Novembro chegava ao fim tão logo quanto havia começado, e enquanto a ansiedade pelos bailes que dezembro traria aumentava a quantidade de caixas que chegavam diariamente ao salão das musas também parecia crescer mais e mais. As roupas vinham desde os ateliês do palácio e de dezenas de cidades de toda a Eurásia. Botas forradas, casacos de pelos, suéteres de lã e vestidos de veludo, todos impecáveis e inimitáveis.

Se eu achava que tinha visto tudo que o palácio tinha a oferecer, pensei, provavelmente ainda mal vira um terço. Todo aquele luxo e riqueza e perfeição sequia me assombrando a cada dia.

Talvez eu nunca me acostumasse, pensei, olhando para as outras meninas vibrantes em voltas das caixas e baús. Elas não pareciam ter se acostumado. A grande comoção da vez era por dois baús de roupas de montaria que haviam chegado ainda de manhã, e com exceção de Kali e Lilie, todas estavam eufóricas em selecionar com quais peças ficariam.

—Já cavalgou Bethany? – perguntou Livie, enquanto eu assistia Isabel procurar o par de uma longa bota marrom entre as pilhas de roupas – Quero dizer, andou a cavalo?

—Céus, Livie – grunhiu Isabel, levantando e analisando um colete verde para dispensa-lo em seguida – A garota morava na Suíça, não numa caverna. Agora, me ajude a achar essa maldita bota.

—Deveríamos montar amanhã – falou Tina, com um braço dentro de um casaco rosa chá – Aposto que vai gostar Bethany. Podíamos ir todas!

Ela se virou para Alicia, com aqueles olhos gigantes a quem ninguém podia negar nada. Alicia suspirou e revirou os olhos – Tudo bem vou falar com Veronicca para avisar que vamos faltar às aulas amanhã à tarde. Mas é só dessa vez.

Não acho que alguém tenha escutado a última parte, enquanto Livie, Tina e Jin batiam palmas animadas e comemoravam. De sua forma, todas pareciam estar um pouco felizes com a atividade.

......

No dia seguinte, um sol tímido saia de trás das nuvens cinzentas quando segui as outras meninas até o haras do palácio, onde um cavalariço já nos esperava com sete cavalos selados. .

Três cavalos se destacavam no grupo, imponentes, mais fortes e altos que os outros quatro, com selas adornadas. Os outros facilmente se misturavam a minha vista, em tons de marrom e caramelo que se misturavam, e selas comuns. .

—Aqueles são Venezza, Eiffel e sua irmã Sena, alguns dos nossos campeões – falou Alicia, enquanto as outras se dispersavam e tomavam seus cavalos. – Não se sinta intimidada, algumas das garotas cavalgam desde que aprenderam a caminhar. Incluindo vocês duas, por que não estão cavalgando?

—Tem algo errado com Venezza – falou Isabel, sem olhar para nós, com a testa franzida e os olhos fixos no enorme cavalo cor de café brilhante.

—Com Sena também – Tina, sobre a elegante égua branca com tranças na crina falou, acariciando ela. .

—Seus cavalos estão estranhos também? – perguntou Jin, se aproximando com Livie logo atrás – Estão... Recuando. Assustados.

—Não entendo o que pode ter deixado eles assim de repente – falou Livie – Estávamos bem, até que começaram a fugir!

—Estão ouvindo isso? – Não sei para quem Isabel perguntou, mas o silêncio permaneceu até que ouvíssemos um sopro forte e abafado, não muito distante. - O que em nome da rainha é isso?

—São os guardas do Duque – falou Annie, que acabará de dar a volta no cercado e voltará até nós em Eiffel, o maior de todos os cavalos, negro como a noite mais escura do inverno e silencioso como uma pluma deslizando no ar – Estão treinando há poucos quilômetros daqui, a visão dos estandartes é clara a partir da terceira marca a direita.

—Os comandos de sopro. Eles reconhecem os comandos para recuar – falou Isabel, em um tom de dessagrado – Isso é mais da metade do campo!

—Por que estão treinando? – Livie questionou, confusa – Não entendo, por que o duque os trouxe? Já não temos guardas o bastante?

—Algum problema, moças? – Dylan Bordeaux apoiou um braço na cerca, com uma garota morena de grandes seios, que batia em seu ombro, sob o outro.

—Os homens de seu pai, estão treinando no jardim leste - falou Tina, antes que Isabel sequer pudesse abrir a boca - Estão assustando os cavalos.

—E não é permitido treinar na extensão dos jardins - complementou Alicia - Temos campos pra isso.

—Sinto que as tropas tenham causado encomodo - suspirou Dylan - Vou manda-los procurar outro lugar para a treinarem. Eu pretendia mostrar a propriedade para minha... Amiga.

—Obrigada Dylan - Tina sorriu, um pouco vacilante olhando para a garota.

—Algum problema Isabel? - ele perguntou, cinicamente olhando para a morena que mantinha uma sobrancelha erguida - Você parece um pouco perturbada.

—Não sabia que desenvolverá um gosto por crianças Bordeaux - ela deu os ombros, subindo no cavalo e trotando para longe. Mesmo arredio, era bastante claro que Isabel conseguia domar o animal para que fizesse o que ela quisesse, com ou sem comandos.

Pela primeira vez, percebi, que tanto Venezza quanto os outros dois garanhões eram cavalos de guerra.

—Bem, vou resolver o problema de meus homens - Dylan parecia envergonhado e desajeitado então, quase como um menino que foi pego em uma travessura - Se virem meu primo, avisem que logo me encontro com eles.

As despedidas foram curtas, e tão logo Dylan se foi os sons abafados sumiram e pode-mos voltar a aproveitar aquela tarde. Enquanto Isabel e Annie corriam, e trotavam e saltavam, Alicia e Tina me ajudaram a montar e comandar o animal.

Tentei imita-las, mas por fim acabei constatando que eu não nascerá para os cavalos. Eu estava quase desistindo quando Livie parou perto de mim.

—Não tenha medo Bethany. Ele vai sentir se você tiver. - ela riu, calmamente olhando para Tina e Alicia - Se importam?

Nenhuma delas se pronunciou, enquanto Livie me explicava como me manter firme, qual postura eu deveria ter, e onde segurar.

—Tudo bem, acho que temos algum avanço... - ela falou, quando completamos meia volta em torno da área - Agora, tente trotar. Devagar. Muito bem!

Não sei exatamente em que momento os trotes se intensificaram, ou quando o mundo virou um borrão. Mas em algum momento, eu já não estava mais simplesmente tentando, eu estava cavalgando. Com o vento no rosto, meus cabelos voando e quando eu parei, o pingente de Isis tocou gelado em meu colo.

—Você foi muito bem Bethany - falou Annie, que estava sentada na cerca agora, bebendo água junto a Isabel e Tina.

—Se Annie está dizendo, você deveria acreditar - falou Tina, balançando as pernas - Ela é nossa melhor amazona.

Assim como eu, Livie olhou para Isabel, que havia feito uma careta pelas costas de Tina.

—Bem, uma das melhores - Livie tentou amenizar.

—Está tudo bem, ela é mesmo a melhor - falou Isabel, com um sorriso desdenhoso, pulando da cerca - Mas aposto que não é a mais rápida!

Annie sem falar uma palavra pulou em seguida, e montou o próprio cavalo.

—Lá vão elas de novo... - Suspirou Tina, rindo.

—Onde estão as outras? - perguntou Livie, olhando em volta.

—Sua irmã entrou com Alicia, e Kali com Jin - Tina deu os ombros - Nós só estávamos esperando vocês para irmos, acabei de guardar Sena no estábulo, mas acho que elas ainda vão demorar.

—Bem, acho que deveríamos levar esses dois também - Livie acariciou o cavalo - Parecem cansados.

—Podem ir, acho que eu também vou entrar - Tina acenou para nós, deslizando para o lado contrário da cerca e se afastando. Segui Livie até os estábulos, onde ela me mostrou mais uma vez o que fazer.

—É uma pena que Lilie não cavalgue - falei, tentando puxar assunto.

—Ela morre de medo de cavalos - riu Livie - Somos muito diferentes nisso. Quando chegamos ao palácio, eu encontrei minha fuga nos cavalos e ela na pintura. Ela sempre foi mais sensível do que eu. - ela limpou uma lágrima que escorreu do rosto - Desculpe. Estou ficando sentimental?

—Não, está tudo bem - a acalmei, fechando a portinhola.

—Lilie não lembra quase nada do que passamos, o cérebro dela bloqueou as memórias - ela contou, com os olhos cheios de lágrimas - Sinto como se eu tivesse que cuidar dela. Eu nasci primeiro, sabe?

Assenti, sem saber o que dizer. Não neguei quando ela me pediu pra ir primeiro, olhando que ela se fosse e sentando em frente ao cavalo que eu havia montado aquele dia. Se por um lado deveria ser horrível ter sua vida apagada, por outro eu invejava Lilie - eu queria poder apagar tudo sobre Corippo.

—Bethany? - me virei, surpresa, na luz fraca do estábulo, Fox tinham roupas de montaria, e me observava curioso e surpreso com seus olhos negros.

—Boa tarde, vossa alteza - falei, me levantando para poder fazer uma reverência.

Fazia semanas desde que eu falará com Fox pela última vez, e pelo menos alguns dias desde que eu o vira pelos corredores. Agora ali, com os botões superiores da camisa aberta, a meia luz, ele podia ser comparado a um herói dos romances que eu costumava ler, por quem uma garota tola facilmente se apaixonaria.

—Você foi bem hoje - ele comentou, abrindo uma das portinholas e deixando um enorme garanhão negro sair - Eu estava observando do segundo andar...

Pensei em provoca-lo sobre espiar meninas, mas lembrei do Tina havia me dito. E do que Dylan havia me dito sobre o primo. E recuei, forçando minhas barreiras há cederem um pouco.

—Eu estava tão assustada - confessei, e como se pudesse me entender o cavalo que eu montara relinchou logo atrás de mim - Mas depois foi... Foi umas das melhores coisas que já senti.

—Eu pude ver - sua voz parecia quase aliviada. Tentei não acreditar que fosse por eu estar aberta a falar com ele novamente. Era engraçado demais pensar que o príncipe Fox, que era treinado em todas as artes diplomáticas, com aqueles olhos ilegíveis se entregasse tão rapidamente apenas pelo som da voz - Eu conseguia vê-la sorrindo lá do segundo andar.

—Eu não estava... - parei por um minuto - Estava?

—Estava - ele afirmou, olhando para o cavalo - Como você está amigo?

—Qual o nome dele? - perguntei, olhando para o enorme cavalo negro.

—Louvre - ele sorriu, olhando para o animal - Irmão de Sena e Eiffel.

—Imagino que também seja um dos campeões - falei, estendendo a mão instintivamente para toca-lo. Eu me sentia rindo como idiota, quando Fox segurou meu braço a centímetros do cavalo.

—Ele não gosta muito de estranhos, Bethany - o príncipe falou, enquanto o corcel nego dava um passo para trás.

—Me desculpe - recuei em reflexo, sentindo que de alguma forma eu havia feito algo muito errado, desconfiando da doçura nos olhos de Fox.

—Os cavalos do palácio, o campeões em especial, são treinados para respeitarem um único dono - ele explicou, calmamente - Só vai com quem se dono entrega-lo, só deixa que o dono o monte. São treinados desde o nascimento.

—Isso parece muito trabalho - falei, olhando assim como ele para o animal - Tudo parece muito trabalho.

—E é - ele se voltou para mim mais uma vez - Escolhas a fazer, ordens para dar. Todos pensam que estamos falando de países, de terras e propriedades, mas estamos falando de pessoas, e de animais. De vida.

—Você vai ser rei - falei, por que pela primeira vez ele parecia estar falando como um. Logo percebi a gafe que cometerá - Vossa Alteza, eu quis dizer.

—Sim, eu vou. - ele desfez da minha falha, pensativo - Mas o que é ser rei? Todos veem um rei como um guerreiro, armado e montado. Não é o tipo de rei que quero ser. Meu pai era o homem mais brilhante que conheci, mas deixou o reino inteiro nas mãos de minha mãe para defendê-lo por força, e às vezes penso se não fez isso só por que todos esperavam.

—Mas sua mãe é uma ótima rainha - falei, tentando não soar tão exasperada quanto eu me senti.

—Sim, ela é. É forte, suave e feroz - ele falou, com um sorriso que me lembrava de que além de príncipe, de homem e de garoto, Fox também era um filho - E ela fez muitas coisas incríveis. Mas meu pai era um visionário... Não consigo deixar de pensar no que eles fariam se tivessem trabalho juntos, Bethany!

Por um minuto, eu me deixei encantar. Os olhos dele brilhavam, e eu conseguia ver as estrelas brilhando naquela imensidão negra. Eu me curvaria diante a Fox e o chamaria de meu rei com toda minha honra um dia, sem sequer duvidar. Eu deixei que meu coração palpitasse sob os olhos dele.

—Tudo bem, desculpe pelo atraso, mas Venezza estava pedindo para ser provocada - falou Dylan, entrando no estábulo e pendurando seu casaco - Podemos ir? Annie disse que nos esperaria, e eu não quero dar a chance de Isabel revidar.

—Annie cavalgou o dia inteiro - Fox falou em um tom preocupado, tirando os olhos de mim e selando o cavalo - Como está Triomphe?

—Faminto - Dylan riu, dando biscoitos para algum cavalo que eu não podia ver e só então me notando - Olá Bethany. Gostaria de ver o maior garanhão de toda Paris?

—Só me diga que não está falando de si mesmo - contra ataquei, fazendo com que os dois gargalhassem.

—Este é Triomphe - falou Fox, enquanto Dylan tirava um cavalo nem tão grande, mas com uma aparência mais feroz do que qualquer um dos outros - O mais jovem dos nossos campeões.

—E o pai de metade deste estábulo - Dylan se gabou - Vai nos assistir?

—Obrigada pela oferta, mas eu estou morrendo de fome - confessei. Também estava com frio até pouco, mas eu sentia o sangue correndo por meu corpo e rosto agora, como se ser pega ali conversando com Fox fosse qualquer coisa demais. - Por que vão cavalgar tão tarde? Logo será noite.

—Por isso mesmo - Fox suspirou, puxando Louvre e olhando para conferir Dylan que já saíra do estábulo - Meu tio dará um jantar para apresentar a noiva a todos nós, incluindo as musas. Espero que Dylan se canse o bastante para não fazer uma cena.

—Ele não gosta dela? - perguntei, e antes de sair, Fox pareceu pensar bem se deveria dizer o que disse.

—Não. É do pai quem ele não gosta - ele me deu um olhar significativo. Eu entendi. Ele também não gostava. Nenhum de nós.

Saí do estábulo em seguida, voltando até o palácio iluminada pelas janelas brilhantes.

......

"10/04/2169  

Feliz aniversário Mãe, sobrevivi a mais um dia"

......

Vienna tinha um nome Austríaco e apenas isso. Não tinha sobrenome, mas tinha mais do que qualquer uma das musas ou das garotas que iam aos bailes esperando casar com Fox tinham: Um anel de noivado. Uma relíquia real.

Ela tinha cabelos ruivos e olhos grandes. Certamente não era feia, mas depois de viver para conhecer Isis e Alicia eu nem sonharia em dizer que ela era bonita. Era jovem, com certeza mais jovem do que Veronicca, mas tinha um ar meio bobo e sonhador que me fazia ter pena dela. Será que ela sequer sabia do monstro com quem estava se casando?

Aquele pensamento me impediu de comer boa parte dos pratos servidos, e em seguida atacar a sobremesa. Quanto aos poucos as pessoas começaram a se levantarem para conversarem após o jantar, ou se retirarem, olhei para Dylan e com sua acompanhante de cabelos loiro-brancos e pernas longas demais. Isabel também estava olhando, mas não acho que alguém mais tenha percebido antes dela monopolizar Fox.

A noiva me deixava estranhamente desconfortável com sua mania de torcer o cabelo, e eu já nem prestava mais atenção nos brindes que os amigos íntimos do duque faziam entre lançar olhares famintos para as garotas ali. A Rainha Lenna nada com ninguém falara, observando tudo com uma frieza contida.

Perguntei-me até que ponto ela amaria o irmão. O quanto poderia suportar quando os olhos azuis dela faiscavam cada vez que ele fala algo. Não sei exatamente qual foi à gota d'água, mas em certo ponto ela apenas se levantou.

—Acabou a festa - A rainha anunciou antes de sair.

Assim que ela se foi, várias propostas começaram a ser feitas, enquanto todos começavam a partir. Dylan foi o primeiro a sair com sua amiga loira, e em seguida todo o resto da corte. Todas ignoramos os amigos do duque e suas ofertas seguindo os convidados e nos despedindo dos conhecidos e da noiva.

Ela parecia tão animada. Como podia estar tão cega?

—Você é muito bonita - um homem de cabelos escuros me puxou pelo braço antes que eu pudesse sair do salão de jantar - Um homem como eu ficaria muito feliz com uma garota como você aquecendo minha cama à noite. Entende-me querida?

—Desculpe, eu... - puxei o braço - Pode me soltar?

—Solte-a! - falou Fox, parando ao meu lado. Os olhos dele se arregalaram, e então o homem apenas me soltou e se foi em silêncio - Vamos Bethany, vou levar todas vocês até o salão.

—Obrigada - murmurei, enquanto nos juntávamos as outras meninas do lado de fora do salão.

Depois que todas dormiram, peguei Romeu e o diário e me preparei para fugir para meu esconderijo, mas me contive. Os passos no corredor delataram Alicia até que ela cruzasse a porta e saísse da casa das musas nas pontas dos pés. Talvez, pensei, para encontrar o mesmo guarda da outra noite.

Não era da minha conta, repeti para mim mesma. O castelo estava deserto, e quando enfim cheguei ao topo da torre da biblioteca, pude soltar Romeu e todo o peso que eu sentia nos ombros.

Não sei quando comecei a chorar. Não sei quando parei.

Eu só estava com saudades de casa.


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Notas finais do capítulo

E chegamos a metade do nosso livro, meus amores.

No Wattpad já temos mais de dez mil leituras e mais de quinhentos votos. (lembrando que quem lê pelo Wattpad, sempre lê primeiro ;) )

Mas eu gostaria de agradecer também pelo amor de vocês meus leitores aqui do Nyah! pelos comentários lindos e todo o amor que dedicam a história.

Então é isso, até o próximo capítulo!

Não se esqueçam de comentar, bjs
Meewy Wu.



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