Por Isabella – Meu momento de vingança

Edward estava tão focado em sua própria dor que nem me ouviu chegando. Sorrateiramente fiquei em sua frente, observando seu corpo enquanto pensava no quão deliciosa ia ser minha vingança.

Porém, alegria de pobre dura pouco e eu senti Damon atrás de mim.

Edward abriu os olhos e tudo se resumia a ele.

Ele me abandonou. Eu podia ter sido morta. E a culpa ia ser dele.

— Bella, não faça nada que possa se arrepender – ouvi Damon suplicando atrás de mim – Não saia do caminho da humanidade.

— Me surpreende você estar me pedindo isso – viro para ele, ignorando o cabelo de fogo totalmente – Por que quer ele vivo? Quais benefícios pode trazer a você?

Damon se aproximou e segurou meus braços com carinho, seus olhos azuis refletiam todo amor que sentia por mim. Por um segundo, apenas um segundo eu quis deixar minha vingança de lado. Quis ser feliz ao lado daquele Deus Grego em forma de homem.

— Você venceu na vida, Bella. – ele continuou dizendo com a voz suave – Você tem uma nova família que te ama e quer seu bem. Isso não é suficiente?

— Seria suficiente para você? – A raiva volta a me tomar – Você iria deixar de lado? Pense no seu eu do passado, você deixaria de se vingar?

— Não – responde honestamente com pesar – Mas eu sei quantas famílias eu destrui e quanto ódio eu causei. Quantas pessoas que não tinham nada a ver com a história morreram; não quero que o peso de morte inocente caia em seus ombros.

— Então mate ele por mim – dei meu melhor sorriso safado para ele, que em resposta, apenas revirou os olhos.

Ouvi Edward se aproximando de mim.

— Bella – sua voz me chamou baixinho – Deixe-me pelo menos uma vez explicar, deixe-me falar – suplicava.

Assenti.

Não porque queria, mas porque ele merecia dizer suas ultimas palavras.

— Eu sei que fui errado em lhe deixar, em não ver a mulher maravilhosa que você é – começou – Me perdoe por toda dor que lhe causei...

— Você me matou – grunhi irritada. – Não da pra perdoar a morte.

O ventou varreu as folhas do chão e balançou as das árvores. Senti que a família dele estava se aproximando. Por que eles têm que andar em bando? Minha vadia resmungou enquanto tomava um drinque e revirava seus olhos.

A primeira a aparecer foi Rosalie. De repente minha vontade de matar ela era maior que matar Edward.

— Mas você é uma vadia ingrata mesmo, não é? – oi? Essa loira oxigenada ta me chamando de ingrata?

Vamos matá-la, vadia!

Nem mesmo Damon conseguiu prever o que iria acontecer em seguida. Desvencilhei-me dos braços do meu amado e praticamente me materializei em frente a loira. Entramos numa briga violente. Meu desejo de acabar com ela era maior que tudo.

— Chega! – Alice gritou. – Bella, pelo amor a tudo que você sente, pare com isso!

— Por que? – virei-me em direção a baixinha.

— Porque o passado é imutável, o que está feito, está feito. – sua voz era calma e suave, parecia entrar em meu DNA e me ia me acalmando lentamente – Você pode odiá-lo, mas depois que matá-lo, o que fará com a sua vida?

Suas palavras fizeram sentindo e senti meu corpo retesar, ela tinha razão.

— Amor – Damon me chamou – deixe isso para lá.

O farfalhar as folhas indicou que minha família estava perto. A primeira a aparecer foi minha mãe.

— Filha, ouça Damon, todos nós passamos por esse estágio da raiva e depois vem a dor, o remorso por ter matado.

— Por que ninguém me da um porcento de crédito? Por que vocês estão defendendo ele?

— Porque você está feliz – minha mãe fala como se fosse obvio – Sua vida ficou muito melhor depois que veio para cá. Estamos juntas, você tem amigos novos que te amam, tem um vampiro muito mais bonito que sexy em sua vida – olhou para Edward – sem ofensas, querido.

Vadia, o que ela está falando faz o maior sentido.

Não.

Será possível?