Novos ares

Assim que chegamos no apartamento, fui logo tirando minha roupa imunda. Porém, antes que eu pudesse fazer algum movimento, Damon me jogou na parede.

Isso gato, agora só me chama de lagartixa e me possua.

— Você ficou tremendamente sexy daquele jeito selvagem - ele sussurrou com a voz rouca. Fechei os olhos deliciando-me com os arrepios que senti - Eu estava com vontade de te por de quatro e te foder numa arvore, com você gemendo para todos ouvirem.

Senti meu corpo em chamas. Ele me virou de costas e começou a beijar minha nuca, indo em direção ao meu ouvido.

— Você me deixa louco, tigresa - confessou. Sua voz rouca deixava o clima de tesão ainda melhor.

— Você que me deixa louca - dei uma reboladinha e senti seu membro ereto.

Puta merda, nós tiramos a sorte grande!

Isso vadia, tiramos sim.

Minha vadia interior ficou de quatro em sua cama, fez cara de puta e ficou chamando ele com o dedinho.

— Eu quero te foder, Swan.

Isso gato, agora só falta me chamar de cachorra e me maltratar a noite toda.

— Ah, agora, Salvatore - ele me virou de frente e atacou minha boca igual a um animal.

Pulei em seu colo e enganchei minhas pernas em sua cintura. Segundos depois senti o colchão macio as minhas costas. Damon interrompeu nosso beijo por um segundo suficiente para eu rasgar a sua camisa.

Damon rasgou o que sobrou da minha roupa e me atacou num beijo selvagem. Arranhei suas costas enquanto sentia suas mãos percorrerem meu corpo. Em poucos segundos já estávamos nus. A tensão no quarto era palpável.

— Você me deixa louco, Swan - seus lábios percorriam meu corpo com avidez.

Gemi quando seu membro duro me penetrou. Eu estava louca, sedenta por ele. Por prazer.

Não estávamos em busca de um amorzinho, de carinho. O que queríamos era sexo, foda, era duro e forte. Selvagem em todos os efeitos. Aquele que você fica sem ar, coração acelerado e corpo em chamas, que se sente nas nuvens antes mesmo de chegar ao orgasmo. Aquele que você grita e grita, libera tudo dentro de si e nunca é suficiente.

— Damoooon - gritei para todos ouvirem, porém ele me torturava indo lentamente e sempre que eu chegava perto do meu limite, ele rebolava e diminuía ainda mais a velocidade. - Me fode, Damon.

— Sua cachorra, eu sei que você gosta assim - me deixava ainda mais louca.

Minhas pernas rodeavam sua cintura, seus músculos contraídos e o cheiro de sexo preenchiam o ambiente. Ele começou a ir mais rápido e fundo, eu gritava e gemia alto para a cidade inteira ouvir.

— Damoooooon - gritei quando atingi meu limite. Segundos depois ele veio comigo, caindo em cima de mim em seguida. Ele me deu um casto beijo nos lábios e sussurrou:

— Quero te pegar de quatro - foi o suficiente para irmos em direção a uma noite de intenso prazer.

(....)

Depois da noite que tivemos, estamos deitados na deliciosa cama dele vendo o Sol nascer. Damon é um amante perfeito, o sexo é gostoso, o prazer é intenso...

Quem eu quero enganar? Estou completamente apaixonada por ele. Sinto-me uma pessoa melhor com ele, e aposto que ele sente o mesmo por mim.

— Bella - ele me chamou.

— Diga.

— Estava pensando, já que você é uma vampira agora, não tem necessidade de fazer faculdade logo de cara né? - perguntou parecendo um pouco inseguro.

— Bom... Eu não tinha pensado nisso, mas sim. Quer dizer, tenho a eternidade pela frente, pra que ir logo para faculdade? - respondi.

— Então, podiamos tirar umas férias né? Paris, Brasil, Itália... Para onde você quiser - sugeriu.

— Sério? - fiquei de bruços na cama e olhei pra ele - Tem certeza? - um sorriso de Cherise brotou em meus lábios.

— Claro, seria perfeito - meu sorriso deve ter se alargado ainda mais.

Pulei em cima dele e lhe dei um abraço.

— Obrigada - agradeci sinceramente. - Por que isso tão de repente?

— Acho que nós dois devemos ter o nosso tempo juntos - ele sentou na cama o que fez com que eu deitasse. Damon beijou a ponta do meu nariz e me deu um selinho - As coisas aqui estão meio pesadas e seria bom nos mantermos afastados.

Então é isso que ele quer!

Ele não quer que eu me vingue dos Cullens.

Falso!

Sai da cama num salto e o encarei mortalmente.

— Você não pode me impedir de me vingar - falei friamente. Podia sentir a raiva, minha atual companheira, percorrer pelas minhas veias.

— Olha, eu melhor do que ninguém sei o quanto que isso de vingança sobe a cabeça. - falou de modo calmo - Eu fico com medo de que você desligue sua humanidade e sabe-se lá que tragédia pode vir a acontecer.

— Pensei que estivesse do meu lado - cruzei os braços, porém me mantive firme e fria - Minha mãe preferia me ver morta, o outro volta e inferniza a minha vida e você...

— Eu o que? - ele se levantou e parou na minha frente, porém ao falar novamente sua voz estava mais suave - Eu estou do seu lado e só quero o seu bem, a sua felicidade. No momento é a sua raiva falando, seu rancor...

Fiquei quieta. Ele podia ter razão. Vingança não vai me levar a lugar nenhum.

Ou será que vai?

*****

Depois da nossa conversa-briga, fomos tomar um banho. Quando terminamos fomos caçar na floresta. Resolvi que seria adepta ao sangue animal.

Vadia, assim você me decepciona.

Não fico decepcionada por me alimentar de animais, que nem minha vadia interior fica. Não quero mais matar nenhum humano, as pessoas dessa cidade tendem a "desaparecer" com frequência. E sinceramente pode ser um pai, namorado, mãe... Quem perde a pessoa é quem mais sofre.

Damon gostou da minha iniciativa e juntos caçamos alguns animais pequenos da região.

Já próximo ao prédio em que moramos, senti uma presença.

Ele.

Resolvi que seria melhor fingir que não sei de nada, e se Damon percebeu alguma coisa, também ficou quieto. Assim que entramos, pela janela mesmo, eu fui jogar uma água no corpo para limpar o sangue e vesti uma camisa limpa de Damon com uma calcinha vermelha.

— Amor - o chamei já deitada na cama. Ele estava tomando banho - estava pensando... Já que vamos viajar e tal, será que poderiamos visitar meu pai?

— Claro - ele surgiu no quarto com uma toalha enrolada na cintura. - Pode parecer clichê mas quero me apresentar formalmente a seu pai.

— Ele vai gostar disso - afirmei sorrindo. Bati no espaço vazio ao meu lado - Vem, deita aqui comigo.

Enquanto ele deitava e começava a distribuir beijos na minha nuca, minha mente começou a trabalhar no meu plano.

E ele estava apenas começando.