Forças do Destino I, Romeu e Julieta escrita por Luuh


Capítulo 9
O Teste, parte I


Notas iniciais do capítulo

assim como nos capítulo anteriores, eu tive que dividir o capítulo 7 em dois; assim sendo, originalmente, os capítulos que aqui são 9 e 10 são apenas o capítulo 7;



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Forças do Destino I
Capítulo 09 - O Teste

Parte I

-U-Um pouco mais... So-Sobre a minha família? – perguntou Hermione, gaguejando, de olhos arregalados, perplexa com o que Dumbledore havia dito.
-Sim, Srta Hermione – disse Dumbledore e virando-se para Jenny, ele falou – Creio que o que eu vou contar você também não sabe Srta Jennifer.
-Provavelmente. A única coisa que eu sabia era que eu tinha uma irmã gêmea.
-O seu nome é Jenny ou Jennifer? – perguntou Hermione à irmã, mais perplexa do que antes.
-Jennifer, mas eu prefiro me apresentar como Jenny. … mais prático. Você, por exemplo, prefere que te chamem de Mione, não é?
-Er... …, na verdade, eu prefiro Mione a Hermione.
-A mesma coisa acontece comigo: prefiro Jenny a Jennifer.
-Bom, Srtas, agora que já estão “devidamente” apresentadas, podemos continuar?
-Sim. – disseram as gêmeas em coro.
-Antes de começar, desejam alguma coisa? A conversa será longa.
-Um chá de camomila. – disseram Mione e Jenny novamente em coro. Após terminarem de falar, elas se entreolharam e começaram a rir.
-Do que estão rindo, senhoritas? – perguntou Dumbledore.
-Nada, professor. – disse Mione.
-Nós vamos querer dois chás de camomila.
-Está bem. – disse o diretor e, com a varinha, conjurou três xícaras: duas com chá de camomila e uma com café. A xícara que estava com o café parou na frente de Dumbledore e as duas xícaras com chá pararam uma na frente de cada uma das Granger. – Senhoritas, nós começaremos do princípio. Peço a vocês duas que me aguardem terminar de dizer o que tenho para contar a vocês para vocês fazerem alguma pergunta. – ele parou por um instante. As duas irmãs balançaram a cabeça afirmativamente e então Dumbledore continuou – Como vocês duas sabem, foram tempos muitos difíceis. Na época em que o mundo bruxo era governado pela vontade de Lord Voldemort, quem se opunha a ele acabava morrendo. Apenas um sobreviveu: Harry Potter. Mas, vocês duas também sobreviveram por um triz. Não como Harry Potter, que foi atacado pessoalmente por Lord Voldemort. Como vocês sabem o Sr. Potter fora atacado por Voldemort, pois ele tinha medo que o garoto, quando crescesse tomasse seu lugar, pois ele ouvira a profecia pela metade. Até ai vocês sabem, não sabem? – ao ver as duas balançarem a cabeça afirmativamente novamente, Dumbledore continuou – Muito poderoso Voldemort pediu a uma vidente para ver se mais alguém além de Harry Potter poderia atrapalhar seu plano. A vidente lhe deu uma lista com os seguintes nomes: Rony Weasley, Neville Longbottom, Luna Lovegood, Lilá Brown, Gina Weasley, gêmeas Patil, Draco Malfoy, Pansy Parkinson, – ao ouvir o nome de Draco Malfoy e Pansy Parkinson, Hermione ficou mais perplexa ainda – Dino Thomas e – aqui, ele fez uma pausa dramática – gêmeas Granger. Um de meus espiões me passou essa lista e eu avisei aos pais das crianças que estavam na lista para proteger seus filhos. Lúcio Malfoy virou um dos comensais de Lord Voldemort e conseguiu salvar Draco Malfoy e Pansy Parkinson. Muitos dos pais mudaram de casa, outros escondiam seus filhos, outros escolhiam fiéis de segredo e se escondiam com a família. Porém, seus pais fizeram diferente de todos. Mandaram vocês duas para famílias trouxas que também tinham o sobrenome Granger. Explicaram para eles que precisam deles para protegê-las de um bruxo maligno, cruel e poderoso. E eles conseguiram, como todos os outros pais, salvar a vocês. Porém, quando seus pais foram buscá-las na casa de suas famílias adotivas, não conseguiram leva-las de volta. Os seus pais, Srta Jennifer, tinham se mudado e esqueceram-se de avisar aos seus pais verdadeiros para onde foram, perdendo o contato com eles. Já os seus pais, Srta Hermione, não deixaram os Granger sequer entrar na casa da sua família. Como seus pais não conseguiram vocês de volta, as duas foram criadas em famílias diferentes, sendo assim, apesar de serem irmãs, vocês obtiveram virtudes diferentes. Por esse e outros motivos que vocês foram para casas diferentes.
-Você quer dizer que... Que aqueles que me criaram não são meus pais? – perguntou Hermione, muito mais perplexa e tentando se segurar para não chorar.
-Sim! – respondeu Dumbledore
-E... Co-Como ela sabia que eu existia e eu não sabia dela? – gaguejou Hermione
-Os pais adotivos da Srta Jennifer contaram a ela que ela tinha uma irmã e que em breve ela iria conhecer. – Dumbledore disse, calmamente.
-Foi quando eu fui para Beauxbatons. Quando cheguei lá, descobri que você não estudava lá e sim em Hogwarts. No dia seguinte, voltei chorando para casa, dizendo que a minha irmãzinha não me amava, que ela tinha fugido de mim. Eu estava no 1º ano em Beauxbatons. Minha mãe me explicou que em breve eu conheceria você e eu voltei para a Academia, entristecida. Cinco anos depois, eu recebi a carta de Dumbledore, me convidando a estudar em Hogwarts. Então eu vim para cá e o resto você já sabe.
-Quer dizer que todo esse tempo eles sabiam... Eles sabiam que eu era bruxa... Sabiam que eu tinha uma irmã e nunca me contaram.
-Eles não queriam te preocupar, Mione.
-Sua irmã tem razão, Srta Granger. Seus pais adotivos devem ter seus motivos para não contar a você a sua verdadeira história.
-Mas eu merecia saber a verdade.
-Merecendo ou não, cabia a eles decidir se iam ou não contar a verdade, Srta. Essa foi à decisão deles e você deve respeitar.
-Está bem. – Mione falou mesmo inquieta por dentro
-Agora, as duas senhoritas podem ser retirar. Por hoje, já descobriram o bastante.
Hermione levantou-se primeiro e saiu da sala de Dumbledore, seguida de Jenny. Desceram pela gárgula, que, depois que as gêmeas deixaram a escada, voltou a forma que estava antes dela falarem a senha. Até aquele momento, Hermione conseguira se segurar. Mas, não conseguia segurar mais. Ela abraçou a irmã e começou a chorar. Mesmo perplexa com o ato de Hermione, Jenny retribuiu o abraço.
-Ei... Calma! Fica calma. Vai dar tudo certo... – disse Jenny, dando tapinhas nas costas de Mione, que soluçava e chorava cada vez mais.
-Ai, Jenny... Eu pensava que sabia tudo! Mas, eu não sei nem quem eu sou... Como posso saber de todo o resto... Eu quero a minha mãe, Jenny! – e soltando-se do abraço da irmã, mas, ainda segurando as mãos dela, ela falou – Eu quero a nossa mãe!
-Calma Mione. Não sabemos de toda a verdade ainda!
-Não sei nem da onde eu vim! Não sei onde eu nasci...
-Mione, eu acho melhor a gente voltar para as aulas e esquecer o que descobrimos. As coisas ainda estão ocultas demais! Não podemos tirar conclusões precipitadas. Quem sabe um dia de aula não lhe fará bem depois de nove dias sem estudar?
-Está bem!
Seguindo a recomendação, Mione voltou com Jenny para a aula de feitiços, onde Flitwick terminava de dar uma bronca em Rony por ter feito bagunça. As duas entraram de fininho e cada uma sentou-se no lugar em que estava antes de ir para a sala de Dumbledore, como se nada tivesse acontecido. Mal elas sentaram e tocou o sinal de troca de aula. Pela primeira vez, Hermione viu-se feliz por uma aula ter acabado. Ela pegou seu material e saiu da sala junto de Harry e Rony, que perguntaram o que ela havia feito e porque havia demorado tanto para voltar. Perguntaram também o que Jenny tinha a ver com ela e o assunto que ela teve que ir resolver.
Apesar de tantas perguntas, Mione não prestou atenção em nenhuma. Enquanto caminhavam em direção do andar da sala de Defesa Contra As Artes das Trevas, onde teriam aula junto com a Sonserina, novamente, em vez de prestar atenção nos amigos, Hermione prestou atenção em uma borboleta de asas azuis e rosas, que voava perto dela. Ela estendeu o dedo indicador direito e a borboleta pousou sobre seu dedo.
-Como você é bonita! – disse Hermione para a borboleta – Tem alguma coisa estranha por aqui... – e, terminando de falar, soltou o inseto que voou para longe. Hermione seguiu com os olhos o pequeno animal batendo asas e indo embora do castelo. A garota seguiu a borboleta até onde conseguia vê-la. Por a borboleta ser pequena demais, logo a perdeu de vista. Foi quando Harry percebeu algo de errado com a amiga e a chamou.
-Mione... – ele disse, calma e docemente.
-AAH! – gritou Hermione, voltando a si. – Você me assustou, Harry.
-Você prestou atenção em algo do que nós dissemos? – perguntou Rony.
-Desculpem-me, mas me distrai com uma borboleta.
-Borbo... O que?
-Borboleta, Ron. – respondeu Harry a pergunta do amigo.
-O que é uma brobulita?
-Bor-bo-le-ta. – disse Harry, novamente.
-ENTÃO ERA ISSO! – disse Hermione, triunfante – Eu sabia que tinha uma coisa errada! No mundo dos bruxos é difícil encontrar uma borboleta. Ela vive mais no mundo dos trouxas. Sabia que uma borboleta no castelo de Hogwarts era um absurdo!
-Cumã? – perguntou Rony, de boca e olhos abertos.
-Nada, Rony. E acho melhor corrermos. Estamos atrasados. Em um minuto começa a nossa aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. – disse Hermione, olhando seu relógio de pulso.
De fato, eles estavam atrasados. E a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas naquele ano era dada por ninguém mais, ninguém menos que “Seboso” Snape. Percebendo o número de pontos que a Grifinória poderia perder no caso deles se atrasarem, Harry, Rony e Hermione saíram correndo escada abaixo e, apesar do atraso pelo caso “Borbulita” conseguiram chegar antes que desse a louca no professor. Por azar da Grifinória, Dino, Lilá e Parvatil acabaram se atrasando, fazendo com que a casa perdesse vinte pontos por cabeça.
-A Defesa Contra as Artes das Trevas – começou Snape, jogando sua longa capa costumeira para trás – tem como principal intenção instruir jovens magos a se defender das artes obscuras. Para isso o bruxo deve aprender alguns procedimentos. Porém alguns alunos, – aqui, ele fez uma pausa sarcástica – maioria grifinórios, – ele olhou para Harry com nojo, mas continuou – não estão levando a sério o quão importante é o aprendizado desses procedimentos.
Todos os grifinórios ali presentes engoliram em seco: a princípio porque Severo Snape dava muito medo e depois porque tinham que engolir sapo em todas as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, a não ser que queiram perder os pontos da casa.
-Pois bem. – disse Severo – Agora que esses seres irresponsáveis já estão prestando a atenção devida, acho que posso começar. Procedimentos básicos que todos os bruxos devem aprender – Severo desceu do degrau em que a sua mesa ficava e começou a caminhar pela sala enquanto falava – Um: ter plena consciência de que Defesa Contra as Artes das Trevas foi desenvolvida para se defender das Artes Obscuras e atacar SOMENTE em ÚLTIMO CASO. – ele olhou severamente para Harry, que trocava risadinhas com Rony e Hermione. – O Sr. Potter, por acaso, sabe o segundo procedimento básico? – perguntou Snape, andando em direção da mesa de Harry e parando-se em frente ao garoto, apoiado na mesa dele.
Harry olhou nos olhos de Snape. Ele tentou segurar, mas não conseguiu. Começou a rir. Snape olhou para Harry mais bravo do que nunca.
-O segundo procedimento básico é – ele disse, olhando mais feio do que nunca para Harry, Rony e Hermione – nunca subestimar seus oponentes.
-Ah, professor. Jura? Eu não sabia dessa... – Hermione disse baixinho, mas, como Snape estava muito perto dela e dos amigos, ele ouviu.
-E creio que a Srta. Granger deve saber o procedimento básico número três, não deve? Para fazer piadinhas a minha custa, só pode ser isso.
Hermione engoliu seco e fechou os olhos. Devia responder, não podia mostrar que não sabia algo. “Pensa, pensa...”, disse Hermione para si mesma. Então ela se lembrou de um livro que ela havia lido que havia essa matéria em algum dos capítulos. Lembrava de todos os outros procedimentos menos o terceiro.
-Vamos, Srta. Granger. Nós estamos esperando.
Hermione forçou os olhos mais um pouco. Não conseguiu lembrar. Com desesperança, ela abriu os olhos e procurou sua irmã somente com os olhos. Ao encontrar o olhar aconchegante da irmã, ela pensou em dizer que não sabia.
-Vamos... Diga... Seu instrutor está mandando.
Ao ouvir a última frase de Snape, “uma luz” veio em Hermione e ela lembrou qual era o terceiro procedimento básico. Antes de falar, ela sentou-se ereta e, com um jeito triunfante e ameaçador, olhou para Snape.
-Obedecer às ordens do instrutor.
-Obedecer às ordens do instrutor – repetiu Severo. – Pois bem. Creio que a Srta não seguiu a risca o que o terceiro procedimento diz: Grifinória, dez pontos a menos.
-O QUÊ? – gritou Rony. – Ela respondeu certo e você ainda tira pontos?
Sem se importar com a interrupção de Rony, Snape continuou a aula.
-Quatro: nunca tente usar um feitiço que não tenha aprendido corretamente. – continuando a dizer os procedimentos básicos, o professor voltou a andar pela sala.
Fora demais para Rony. Ele pegou sua varinha, levantou-se de seu banco e apontou a varinha para Snape.
-Sr. Weasley. – disse Snape, virando-se para o garoto.
-Rony, para com isso. Não foi nada de mais. – disse Hermione.
-Sr. Weasley, eu acho que o Sr não sabe o quinto procedimento básico. – falou Severo, aproximando, novamente, de Harry, Rony e Hermione.
-Não me importam esses seus procedimentos básicos. – disse Rony, com tanta firmeza na voz que até espantou metade da sala.
-Pois deveria se importar, pois um deles, por sinal o que acabei de perguntar para o Sr, defende que: nunca, jamais, o bruxo deve ter intenção de se voltar para as artes negras.
-Ma-Mas eu não ia usar... Ma-Magia... Ne-Negra... – gaguejou Rony. Ao ouvir Rony gaguejando, todos os sonserianos, até mesmo Jenny Granger, começaram a rir.
-Menos vinte e cinco pontos da Grifinória por tentar atacar um professor e menos vinte pontos, por ter intenção de usar artes negras.
Enquanto Severo voltava a andar pela sala, Rony, emburrado, sentou-se novamente onde estava, ao lado de Hermione, que estava entre ele e Harry e estava anotando tudo em seu caderno.
-Seis – continuou Severo Snape – Lutar sempre contra as artes das trevas. – ainda caminhando pela sala, ele olhou para Draco e em seguida para Hermione, o que a garota achou realmente estranho. – Sete e último procedimento básico: não temer as artes obscuras, mas usar de cautela e não de imprudência. – o professor subiu o degrau novamente e, após sentar-se em sua cadeira, disse, alto e em bom tom. – Tarefa que deverá ser começada na sala e entregue na próxima aula: um texto sobre o Kelpie ou, como é popularmente conhecido, Cavalo-do-Lago.
Mais do que rápido todos os alunos da Sonserina e da Grifinória pegaram suas penas, seus tinteiros, pergaminhos e seus livros e começaram a escrever. De tempos em tempos, Severo Snape olhava para a sala, para ter certeza de que todos estavam fazendo a tarefa passada por ele. Quando faltavam cinco minutos para bater o sinal do fim da aula, Snape passou por entre as carteiras, para dar uma simples olhada nas tarefas que iria receber na aula seguinte.
Hermione estava jogando um bilhetinho para Lilá quando Snape virou-se em direção da garota e viu um papelzinho voando em direção da grifinoriana. Para a sorte de Hermione, Snape não teve tempo de prejudicar a casa da garota, pois o sinal batera bem quando o professor abrira a boca. Rapidamente, Hermione saiu da sala, seguida de Rony e Harry. Os três foram juntos até a escadaria, onde a garota se separou dos amigos: ela fora para a aula de Ensino das Runas Antigas e Harry e Rony, para a aula de Adivinhação.
Aquela aula de Runas Antigas fora a mais legal, segundo Hermione. Eles não ficaram estudando a teoria. O professor Victor fez um “jogo” com os alunos: eles aprenderam a ler runas. No começo da aula, o professor passou as instruções do que cada um teria que fazer. Terminada a explicação, todos afastaram as cadeiras com o feitiço “Wingardium Leviosa” e depois se sentaram no chão em duplas, um de frente para o outro. Cada um dos alunos da dupla iria ler o que dava as runas dos outros, com a ajudar do livro e do professor.
Como não tinha nenhum grifinório com quem pudesse formar dupla, Hermione sentou-se junto de um garoto muito simpático que tinha o mesmo nome do professor: Victor. Ele era um corviano. Com toda razão, as garotas o chamavam de Aquiles. Hermione nunca o havia visto, mas, depois que o conheceu, percebeu que ele era bonito sim. Tinha uma estatura boa. Diferente dos outros rapazes, não era muito alto, mas também não era muito pequeno. Diferenciando-se mais ainda dos outros “DEUSES GREGOS”, não era magro, de fato, era até um pouco fortinho. Tinha pele clara. Seu rosto parecia ter sido desenhado rapidamente, mas, com delicadeza: era, certamente, um rosto para um garoto, mas, alguns traços eram mais delicados. Seus lábios eram finos e calientes. Tinha o cabelo castanho claro, ondulado, até a metade do pescoço. Porém, apesar de ter todas aquelas qualidades, o que mais chamou a atenção de Hermione foram os olhos do garoto: eram uma mistura de verde com castanho com amarelo e muitas outras cores. Hermione não conseguiu definir as cores dos olhos. Mas, conseguiu perceber a tristeza que os olhos carregavam como se chorassem toda noite. “Como um ser tão perfeito pode ser triste?”, Hermione perguntou a si mesma. E ela ficava olhando para os olhos do garoto. E aqueles olhos perfeitos secaram Hermione durante o primeiro momento inteiro. Às vezes, Hermione viajava na profundeza dos olhos do garoto. Foi preciso que o garoto a chamasse de volta para a realidade.
-Terra para Hermione. – disse Aquiles, tocando levemente na mão da garota – Terra para Hermione.
Hermione balançou a cabeça e pediu desculpas.
-Não irá acontecer de novo!
-Você disse isso nas vinte e duas vezes que isso aconteceu... Você está se sentindo mal?
-Não, não... Está tudo bem.
-O professor avisou que a tarefa de casa é fazer um relatório sobre a leitura de runas. … para a semana que vem...
-Facílimo.
-Você acha?
-Lógico. Não tem coisa mais fácil do que fazer um relatório...
-Então, você pode me ajudar a fazer o meu? Escrever textos, relatórios, poemas, poe... Enfim, escrever não é o meu forte.
-Claro. Por que não disse antes?
-Talvez porque você estivesse no mundo da lua.
-Que nada... Eu fui a júpiter e voltei... – os dois riam com a piada de Hermione e logo ficaram em silêncio. – Posso lhe fazer três perguntas? – perguntou Hermione, depois de um minuto de silêncio.
-Pode. Mas, não prometo responder...
-Primeiro: por que te chamam de Aquiles?
-… porque eu mostrei uma foto minha de um ano atrás para uma garota e ela cismou que eu parecia com o Aquiles...
-Aquiles... Da mitologia grega?
-Sim... Você também é... …... Você também não tem pais bruxos?
-Se você quer saber a verdade, nem eu sei mais. – disse Hermione, abaixando a cabeça, entristecida.
-Me desculpa.
A garota levantou a cabeça e disse que ele não fizera nada de mal, apenas perguntou algo que ele não sabia que a feriria, então, não tinha que se desculpar.
-Se você diz... Hum... Próxima pergunta.
-Er... Qual seu sobrenome? Você não disse!
-Meu nome completo? Victor V. Lo.
-Lo?! Você não é irmão de Aaron, é?
-Não. – ao ouvir a resposta de Aquiles, Hermione suspirou aliviada – Ele é um primo de terceiro ou quarto grau meu. Na verdade, acho que é mais longe que isso. Minha mãe ainda não respondeu minha coruja. Eu estou aguardando a resposta dela.
-Hum... Olha, essa pergunta não conta: o que significa o V do seu nome?
-Ah! Eu não disse? Villaça.
-Espanhol?
-Não faço a menor idéia...
-Eu acho que já ouvi esse nome em algum lugar...
-… provável... – começou Aquiles, mas antes que ele pudesse explicar o porque de Hermione já ter ouvido o nome dele em algum lugar, a garota fez outra pergunta, rapidamente.
-Última pergunta: qual a sua maior tristeza?
-Como assim?
-Eu observei seus olhos grande parte dessa aula e notei que você carrega tristeza nos olhos. Por quê? Alguém te feriu?
-Não posso contar.
-… segredo?
-Sim...
-Então, não conte mesmo! Acabamos de nos conhecer. Acho que ainda não está na hora de sabermos os segredos uns dos outros.
Antes que Aquiles pudesse dizer algo, o sinal de fim de aula bateu e o professor Victor dispensou a turma. Hermione e Aquiles se levantaram e, junto com os outros alunos, arrumaram a sala. Depois, cada um foi pegar seu material. Aquiles já havia terminado de arrumar o seu material e, em vez de correr para o salão principal para pegar um bom lugar na mesa, ele ficou na porta esperando Hermione, que estava desesperada procurando seu livro, seu tinteiro e suas penas.
-Ali. – disse Aquiles, apontando para o lugar onde os dois estiveram sentados durante toda a aula. Só então Hermione percebeu a presença de Aquiles na sala. Para ela, Aquiles havia saído correndo da sala como todos os outros alunos.
Rapidamente, a garota foi até o local indicado pelo novo amigo, pegou suas coisas, voltou para sua carteira, guardou seus pertences em sua maleta, fechou-a, pegou-a com a mão esquerda e, sorrindo, caminhou até Aquiles.
-Vamos? – ela perguntou, parando na frente do garoto.
-Lógico.
Juntos, eles saíram da sala, caminharam até a escadaria, desceram as escadas até o térreo, saíram da escadaria e foram para o salão principal. Na frente da porta do salão principal, Hermione parou Aquiles e, com cara de preocupada, perguntou para o garoto:
-Nós vamos continuar a ser amigos?
-Que pergunta mais boba. Lógico que sim! Essa foi a melhor aula de Runas Antigas que eu já tive. Imagine só: passar uma aula conversando uma pessoa super simpática.
-Pára! Assim você me deixa sem jeito. – falou Hermione, escondendo o rosto vermelho com o cabelo.
-Sem jeito? Você é uma grande pessoa, muito inteligente e simpática. Não tem porque ficar sem jeito.
-Ai... Brigada. Bom, vamos?
Aquiles balançou a cabeça afirmativamente e os dois entraram no salão principal. Ao ver Hermione entrar junto de Aquiles, Draco ficou roxo de ciúmes, mas não se levantou, pois Pansy o segurou. Ela despediu-se de Aquiles e, enquanto o garoto ia para a mesa da Corvinal, Hermione foi a direção da mesa da Grifinória. Chegando na mesa, sentou-se na frente de Harry e Rony, que haviam acabado de começar a comer.
-Quem é ele? – perguntou Harry, curioso, apontando para Aquiles, quando Hermione sentou-se.
-Ah! … o Aquiles. – respondeu Hermione
-Aquiles? – indagou Rony, surpreso.
-Victor Villaça Lo. Mas, todas as garotas o chamam de Aquiles. Até porque, ele é bonito e o Aquiles era muito bonito. Pelo que eu ouvi dizer, ele é até parecido com o deus grego. Nunca vi um retrato de Aquiles, mas, se dizem, deve ser, né?
Os garotos ficaram quietos e continuaram a comer. Hermione deu os ombros e começou a comer com os amigos, conversando sobre o ministério, a escola, os professores, os segredos uns dos outros e muitos outros assuntos, como sempre fazia.
O resto do dia de Hermione foi normal, sem mais nenhuma surpresa e nem descobertas. As aulas foram produtivas, como sempre.
Durante os intervalos das aulas, Hermione contava a Harry e Rony o que havia descoberto sobre sua família ou ia falar com Aquiles, para perguntar como havia sido a aula.
Na hora do jantar, Dumbledore avisou que naquela noite não haveria aula de teatro. Não disse o motivo, mas, Hermione já sabia o porque: o teste seria no dia seguinte e os alunos só teriam mais aquela noite para ensaiar.
-Vocês vão fazer o teste? – perguntou Hermione a Harry e Rony, animada, mesmo já sabendo a resposta dos dois.
-Não. – disse Harry
-Você vai? – perguntou Rony.
-Lógico! – respondeu a garota, prontamente – Eu sei que não vou ser classificada, mas eu só vou lá para me divertir!
-Você já escolheu a música? – Harry perguntou
-Eu? Não, ainda não! Mas tenho essa noite toda para escolher e ensaiar.
-Não! Você não tem a noite toda. – falou Rony
-Por que não? – quis saber Hermione, intrigada.
-Porque você tem que monitorar a escola hoje noite. – Harry e Rony, em coro, lembraram a amiga do dever dela.
-Bom, pelo menos eu vou monitor com você hoje, Rony, já que eu não tenho a aula de teatro.
-… mesmo – disse o rapaz.
-Já acabaram de comer? – perguntou Harry, interrompendo os dois.
-Ah! Já sim... – disse Hermione – Vamos? Eu tenho que escolher logo a minha música...
Os três amigos se levantaram e caminharam para fora do salão. Harry e Rony começaram a dar idéias de músicas para a amiga, mas Mione recusou todas. Já tinha uma idéia de que música iria cantar.
Hermione estava começando a subir a escada do saguão de entrada, quando ouviu alguém dizendo seu nome. Ela virou-se e deparou-se com Draco na porta do salão principal.
-Vocês dois podem ir à frente. Eu já alcanço vocês... – disse Mione e caminhou em direção do sonseriano. Vendo a amiga indo a direção de Malfoy, os dois grifinorianos subiram as escadas. À frente de Draco, Hermione virou-se para trás, para ver se seus amigos já tinham ido. Vendo-se só, virou-se para o loiro e perguntou – O que você quer, Malfoy?
-Eu só quero saber se você vai participar do teste.
-Por que?
-Só pra ter certeza se eu vou concorrer com você.
-Lógico que vou. E lhe darei a honra de ser derrotado por mim...
-Até parece, morena... Você sempre estará em segundo lugar.
-Oou... – Hermione colocou a mão direita na testa de Malfoy. Ela balançou a cabeça afirmativamente e tirou a mão da testa do garoto – Acho que tem alguém com febre. Eu? Em segundo lugar? Só em seus sonhos. Eu serei sempre melhor que você, Malfoy. Entenda isso! – terminando de falar, Hermione virou-se e começou a caminhar em direção da escada. Como Hermione virou-se muito rápido, um pergaminho caiu de seu bolso, mas a garota não percebeu. Ela continuou a subir mas, antes de começar a subir, ela virou para o loiro e falou – A propósito, você ainda não fez o que prometeu! – ela virou-se novamente e subiu as escadas.
Vendo o pergaminho no chão, o loiro o pegou e berrou:
-HERMIONE! VOCÊ DEIXOU CAIR ISSO.
Mas a garota já estava longe e não ouviu o que Draco havia dito. Então, o loiro abriu o papel e vendo o que estava escrito, guardou-o em suas vestes.

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