Trilha Sonora escrita por LEvans


Capítulo 6
Capítulo 05- Like i'm gonna lose you


Notas iniciais do capítulo

Heey!! Mais um capítulo de TS pra oc~es. Mas, antes, eu queria agradecer as lindas Belly e a Saory Uchiha Weasley por terem recomendado a fic. Meninas, vocês fizeram minhas bochechas doerem de tanto sorrir ao ler tudo o que vocês escreveram. Muito obrigada!! Todo esse carinho só me inspira!!
No mais, para mais informações, quotes, links, etc, acessem meu grupo fechado no fb: https://www.facebook.com/groups/1779275052355810/
Boa leitura!!



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Uma série de palavras sujas ecoaram em minha mente, e a vontade de proferi-las aumentava no mesmo ritmo que a decepção a qual eu tinha certeza que estampava meus olhos. No entanto, mantive a expressão de meu rosto impassível enquanto Harry continuava me encarando como se estivesse esperando uma reação.

—Então, ao Harry! -Exclamou meu irmão, lembrando-me de sua presença não tão bem-vinda ali. Ele levantou sua garrafa de cerveja, fazendo com que nossos olhos fossem de encontro ao objeto entre nós.

Fiquei de pé e levantei minha garrafa até que ela batesse levemente na de Rony, causando o barulho característico de vidros se chocando.

—Ao Harry -falei, dando um meio sorriso que contrastava perfeitamente com o aperto que eu sentia no peito. O dono dos olhos verdes levantou sua garrafa em um sinal de agradecimento.

Eu ainda não sabia como agir, mas se eu tinha certeza de uma coisa, era de que eu não demonstraria o misto de choque e de decepção que me assolavam. Seria uma carta branca, uma demonstração muito óbvia de que eu esperava mais após o beijo que compartilhamos, e e a última coisa que eu queria era me sentir tão vulnerável na frente dele e de Rony.

—Tudo certo pra sua festa de despedida? -perguntou meu irmão, voltando a se sentar e sendo imitado por mim.

—Já? -Me amaldiçoei assim que a pergunta voou de minha boca.

Harry balançou a cabeça, deixando sua garrafa na mesinha em sua frente.

—No próximo sábado. Você está convidada, Gin. -Eu não sabia se eu me sentia linsojeada ou com raiva por aquele convite, mas balançei a cabeça, querendo passar a primeira opção.

Pelo resto da noite até que não sobrasse mais nenhum pedaço da pizza, ficamos conversando ameninades que passaram longe do objeto de meus pensamentos. Tentei me manter impassível, rindo com as piadas do meu irmão e respondendo a cada provocação que algum deles me lançava. Harry parecia completamente confortável, como se não tivesse me agarrado sem nenhum pudor no quarto de seu melhor amigo, no entanto, quando o assunto voltava a sua viagem, não me passou despercebido que seus olhos faziam de tudo para me evitar.

Quando o relógio marcou duas horas da manhã, Harry decidiu ir embora. Rony se despediu do amigo e subiu correndo as escadas, resmungando algo sobre sua bexiga, mas sabíamos que se tratava de outra coisa.

—Parece que não sou eu que vou deixar o estômago no banheiro. -Falei, lembrando das palavras que meu irmão dissera assim que eu o derrotei no videogame.

—A maldição se voltou contra o bruxo. -falou Harry, fazendo-me olhá-lo com o cenho franzido.

—É feiticeiro, não bruxo, Harry.

—É a mesma coisa. -ele deu de ombros, colocando as duas mãos no bolso de seus jeans e me acompanhando em direção a porta que não demorei muito a abrir.

—Dirija com cuidado, Harry -falei, sorrindo levemente. No entanto, o jeito que ele me olhava me indicava que sua cabeça estava há horas atrás, mais especificamente dentro de um dos quartos no andar superior.

—Escuta, Gin… -começou, e eu o olhei, esperando pela continuação do que quer que ele quisesse me falar.

—Vai admitir que eu fui sua melhor adversária no videogame? -perguntei, frente ao seu silêncio. Não queria que uma situação incômoda prevalecesse entre nós.

Harry riu e sua postura pareceu ficar mais relaxada. Não que eu fosse facilitar. Se ele queria falar sobre o beijo, ele teria que tocar no assunto.

—Você é muito boa, Gin. Satisfeita agora?

—Muito, obrigada. Nem doeu, né?

Ele sorriu mais uma vez pra mim, antes de puxar de seu bolso as chaves de seu carro.

—É melhor eu ir.

—Humm.

—Você vai na minha despedida? -perguntou, antes que eu fechasse a porta.

Considerei a pergunta e pensei na resposta.

—Talvez eu apareça por lá. -Preferi deixar em aberto. Porém, antes que ele me desse as costas, pensei em algo que eu ainda não havia lhe dito. -Parabéns pela viagem, Harry. Rony disse que você sempre quis…

—É o meu sonho, Gin. -proferiu, e eu não imaginava que aquela afirmação causaria uma ardência em meus olhos. De repente, quis que ele saísse logo dali, não queria derrubar nenhuma lágrima boba em sua frente nem demonstrar que eu me importava com a sua partida.

—Então fico muito feliz por você -falei e, apesar da tristeza que me tomava toda vez que eu pensava que em poucos dias ele não estaria mais ali, fui sincera em cada palavra.

Ele sorriu mais uma vez pra mim, me olhando hesitante como se estivesse em meio a um impasse. Segundos depois, em que ele tomou uma decisão, deu três passos em minha direção, ficando tão próximo que pensei, por um momento, que ele fosse me beijar na boca. Meu coração acelerou em expectativa, no entanto, Harry apenas se inclinou e encostou os lábios em minha bochecha esquerda. Não fora aonde eu queria, mas me causou efeitos tanto quanto.

—Boa noite, Gin. -seus olhos encontraram os meus, e o vi respirar fundo antes de se afastar, levando consigo a nuvem que cobriu meus pensamentos coerentes naqueles poucos segundos.

Não respondi ao vê-lo se afastar, e esperei que ele ligasse os feróis de seu carro para finalmente fechar a porta e deixar de segurar o que se aglomerara em meu peito desde quando soube de sua partida.

A primeira lágrima caiu assim que eu desliguei as luzes da sala. Subi as escadas e me tranquei em meu quarto, largando-me em cima do meu colchão enquanto eu revivia novamente o beijo que trocamos. Eu não queria continuar pensando em Harry, ainda mais agora que eu sabia de sua partida, mas seu perfume estava em cada fibra do tecido do meu vestido e minha bochecha ainda formigava com o beijo que ele havia deixado no local. Assim, as lágrimas continuaram caindo por mais algum tempo até que o sono tomasse meu corpo, esperando que, naquela noite, olhos verdes não protagonizassem meus sonhos.

A semana que se iniciou passou rápido demais. Era incrível como o tempo parecia correr quando queríamos exatamente o contrário. A cada dia que passava, era um dia a menos com Harry no mesmo continente que eu e, mesmo que  não costumássemos nos encontrar durante a semana, eu sabia que após a viagem nosso contato já esporádico se tornaria inexistente.

A notícia de que o melhor amigo do meu irmão se mudaria para os EUA insistia em martelar em minha cabeça, juntamente com nosso momento no quarto de Rony. Pensar em nosso beijo e na notícia da sua viagem me causavam  sensações completamente diferentes, uma me fazendo sorrir e sentir uma onde de excitação muito prazerosa, enquanto a outra me fazia olhar para o nada durante longos minutos e querer socar a primeira coisa que aparecesse em minha frente.

De preferência Harry.

Mas era o seu sonho, eu não poderia culpá-lo, afinal, nosso momento não havia sido planejado. Simplesmente aconteceu.

Assim, eu tentava me convencer de que não havia razões para me sentir daquela forma, afinal, Harry não havia feito promessas de amor nem nada que o fizesse pensar em ficar ao lembrar do nosso beijo. E tudo foi apenas isso, um beijo. E não importava se ele me fazia suspirar e querer mais, não importava o quão excitada eu ficava ao lembrar de sua mão em partes que seus olhos adoravam admirar e de seus lábios traçando o caminho que o sol havia deixado em minha pele; eu não tinha motivos para me trancar toda a noite em meu quarto e soluçar.

Tentei ao máximo manter meus pensamentos longe de qualquer coisa que envolvesse Harry e viagens de 3 anos para o outro lado do oceano. No entanto, Rony parecia verdadeiramente feliz pelo amigo, e comentava sobre a novidade mais vezes do que eu gostaria. No fim, eu já sabia quase todos os detalhes da tal viagem, bem como da festa a qual eu havia sido convidada, mas que eu ainda não havia decidido ir.

Na sexta, porém, Luna me convenceu.

—Se você não for, você vai se arrepender. -disse ela, colocando mais uma miçanga no elástico que formaria uma pulseira. Minha amiga amava confeccionar seus próprios acessórios.

—Por que eu me arrependeria? Eu não conheço muita gente, tirando Lily e James. -falei, me referindo aos pais de Harry que sempre eram muito simpáticos quando nos encontrávamos.

—Ele vai embora, e você não vai vê-lo por 3 anos, Ginny. Se você quiser que o chá  fique doce, então coloque açúcar.

Eu nunca havia me preocupado em entender certas frases da Luna, e tudo piorou quando ela entrou para a faculdade de filosofia. A maioria delas eram incoerentes demais, e integravam uma lógica que passava longe do que eu classificava como clara e objetiva, no entanto, me vi completamente surpresa com seu concelho e, mais ainda, por ter entendido-o.

—Você não tem nada a perder -continuou ela. -Se eu soubesse que o Clovis  ficaria aleijado amanhã, então eu faria ele correr ao máximo hoje. -explicou, referindo-se ao seu gato obeso.

—Você nunca tentou ser normal, não é mesmo? -brinquei, fazendo-a dar um sorrisinho de lado.

—Por que escolher  preto e branco quando se existe arcoíris?

Rimos com a sua frase maluca, mas totalmente Luna, antes de me esticar sobre a mesa que ocupávamos e ajudá-la a separar algumas miçangas.

No sábado, passei o dia fazendo um trabalho para a faculdade e ouvindo os risos bobos do meu irmão. Eu não precisava ir até o seu quarto para saber que ele estava, novamente, trocando mensagens com Hermione, com quem saíra mais vezes desde o feriado em que se conheceram. Apesar das suas implicâncias, eu ficava feliz por meu irmão e sorria toda vez que pensava na possibilidade de ter uma cunhada simpática e de cabelos volumosos.

Quando o relógio marcou a hora que antecedia a do início da festa, eu salvei o arquivo em meu computador para me encaminhar direto para o banho. Não demorei muito para secar os cabelos e maquiar levemente o meu rosto, ao contrário da escolha da roupa que eu usaria. Seria a última vez que Harry me veria antes de ir morar num lugar onde com certeza existiriam distrações femininas, e eu não queria que a ultima visão que ele levasse de mim fosse a da Gin com cara de menina.

Encarei meu guarda-roupa, olhando para as peças nos cabides e das gavetas, tentando montar um look que atingesse meus objetivos para aquela noite. A primeira peça que provei foi um vestido preto, mas não precisei de muito tempo para descartá-lo, já que o tecido  subia enquanto eu andava e eu não queria me sentir desconfortável. Os próximos minutos foram gastos vestindo mais três peças de roupa antes de finalmente me decidir por um short saia vermelho escuro e por uma blusa preta que deixavam minhas costas quase que totalmente nuas.

Nos pés, optei por uma sandália preta não muito alta, mas o suficiente para salientar minhas pernas nuas. O resultado me agradou muito quando me encarei no espelho, me certificando que eu passava longe de parecer vulgar ou formal demais, afinal, o objetivo não era aparentar ser outra pessoa.

Quando desci as escadas de casa, Rony já me esperava no sofá, os olhos vidrados na tela de seu celular.

—A gente vai passar pra pegar a Mione. -falou ele, ao ouvir o barulho de meus passos, embora sua atenção continuasse no aparelho em sua mão. Não me passou despercebido o apelido carinhoso que ele usara.  

—”Mione”? Já estão na fase mel com açúcar?

Rony bufou, levantando-se do sofá e colocando o celular no bolso.

—Não enche o…Essa saia não tá muito curta, pirralha? -perguntou, quando finalmente pôs os olhos em mim. Sua observação me fez revirar os olhos.

—Não mais do que a sua inteligência, irmãozinho, e é um short. -respondi, já abrindo a porta da frente. -Vamos logo.

Nossos pais haviam liberado o carro, então Rony esqueceu logo os meus trages ao sentar no banco do motorista e dar partida no motor. A casa de Hermione era um pouco longe da nossa, mas, felizmente, não pegamos muito trânsito, de modo que em menos de 20 minutos ela já entrava no veículo e cumprimentava meu irmão com um beijo no rosto.

—Como vai, Gin? -perguntou. Notei que seus cabelos estavam menos volumosos naquele dia. -Vocês tem certeza que o Harry não se importa que eu vá?

—É claro que não, Mione. -respondeu meu irmão, olhando-a pelo retrovisor.

—As melhores festas tem penetras. -brinquei, fazendo-a rir, mas Rony me lançou um olhar zangado. -Não se preocupe, Hermione, você não é uma.

—Fico feliz em saber disso!

No caminho até a casa de Harry, descobri muitas coisas sobre Hermione. A primeira delas era que ela estava completamente apaixonada pelo meu irmão, e que, felizmente, parecia ser correspondida com a mesma intensidade. A segunda era que ela era muito mais inteligente do que eu imaginava e que cursava Direito numa das melhores universidades da cidade. Quando finalmente chegamos na festa, eu já gostava tanto dela que se o meu irmão fizesse alguma besteira e a deixasse escapar, eu lhe daria um belo chute na bunda.

Descemos do carro e dei privacidade aos dois para que se cumprimentassem do jeito que realmente queriam, aproveitando para mandar uma mensagem para Luna com a foto que eu havia tirado de mim mesma em frente ao espelho do meu quarto para que ela pudesse ver o que eu vestia. Sua resposta não demorou muito a chegar.

 

Você está totalmente arcoíris, Gin. Divirta-se!

 

Sorri com o conteúdo da mensagem, e mandei como resposta um emoji de sorriso enorme junto a corações coloridos.

O som vindo da casa de altos e baixos logo chegou aos nossos ouvidos. O pai de Harry comandava uma construtora bem famosa, a qual também era dono; um grande império que pertencia a família há muito tempo e que empregava muitos arquitetos e engenheiros de renome, inclusive o próprio James. Assim, não tinha como a casa dos Potter ser comum.

—Uau -disse Hermione, caminhando de mãos dadas pelo caminho de pedras sobre a grama que nos levaria até a área próxima a piscina na qual algumas mesas estavam espalhadas.

—Você ainda não viu nada. -respondeu Rony.

Meu irmão cumprimentou algumas pessoas já ali presentes, a maioria amigos em comum que ele e Harry tinham. Eu sorri para alguns que eu já conhecia e apertei a mão dos que Rony apresentava a mim e à Hermione.

Não demorou muito para que o pai de Harry, James, viesse ao nosso encontro. Seu sorriso no rosto demonstrava todo o orgulho pela conquista do filho.

—Você arranja um gata e não me falou nada, garoto? -exclamou ele, dando tapinhas nas costas de Rony antes de cumprimentar Hermione.  

—Como vai, Sr Potter? -perguntei, recebendo um beijo na bochecha.

—Eu, James, tô ótimo, mas desse senhor que você falou não faço ideia -Disse ele, fazendo todos rirem. -Harry só foi pegar mais algumas geladas, mas logo ele volta. Vocês já sabem, né? Minha casa é a casa de vocês, só não podem ficar no ócio.

—Pode deixar, Sr. P… James!

Depois que ele se afastou para cumprimentar outros ali presentes, entramos na sala onde os sofás e as poltronas haviam sido afastadas para dar espaço a uma pista de dança. Rony se afastou para pegar bebidas para ele e Hermione, e eu caminhei até onde Lily, mãe de Harry, estava. Simpática, ela se ofereceu para guardar minha bolsa para que eu curtisse melhor a noite e me elogiou, dizendo que eu estava bonita demais para sair dali solteira.

Uma música eletrônica começou a tocar, e sorri ao ver meu irmão puxar sua acompanhante para dançar. Avistei Harry segundos depois, quando ele caminhou até meu irmão para cumprimentá-lo junto a Hermione, e pude notar seus olhos olhando ao redor do casal, a procura de alguma coisa ou de alguém. Quando seus olhos pousaram em mim, sua busca terminou e eu acenei com a mão em sua direção, no entanto, Harry não retribuiu meu cumprimento, pois parecia muito ocupado me analisando dos pés a cabeça, fazendo meu coração acelerar e minha pele esquentar.

O sorrisinho em sua boca deixou claro que ele gostara do que via e começou a vir em minha direção, não deixando de falar com algumas pessoas que por ele passavam.

—Você veio. -disse ele, simplesmente, ao chegar suficiente perto para que suas palavras não fossem abafadas pela música alta.

—Parece que sim. -respondi, dando de ombros e me inclinando em sua direção para um abraço.

No momento em que suas mãos encontraram a pele nua de minhas costas, um arrepio tomou meu corpo ao mesmo tempo em que sentia o seu um pouco tenso, como se não esperasse por aquilo. O sorriso em meus lábios não pôde ser contido frente a minha satisfação em constatar que eu o afetava.

—Caralho, Gin. -sua voz não passou de um sussurro, mas pude escutar sua exclamção involuntária.

—O que? -perguntei, me afastando para poder encará-lo, e vi seus olhos descendo por meu corpo mais uma vez.

—Você está linda -falou, voltando-se para meu rosto. -e outra coisa que não posso falar estando na mesma casa que o Rony.

Sua sinceridade fez com que minhas sobrancelhas levantassem e, por um momento curto demais, esqueci que estávamos em uma sala cheia de gente, com direito a bebidas alcoólicas e música alta e sustentei seu olhar, desafiando-o a alguma coisa que eu não saberia dizer o que era.

—Obrigada. -respondi, depois de alguns segundos absorvendo suas palavras.

—Isso é tudo felicidade por eu estar prestes a almoçar, lanchar e jantar fast food?-quis saber, olhando-me curioso.

Uma resposta atrevida surgiu imediatamente em minha mente, mas resovi verbalizar outras palavras. Aquelas pediam indiretamente para que ele não fosse, e eu sabia que não tinha nada pior do que alguém pedindo para ficar quando se está indo embora.

—Não, isso é apenas uma parte do meu guarda-roupa que você não conhece.

—Ainda -completou, me fazendo rir descontraída.- Estou ansioso para conhecer o resto.

—Talvez sirva alguma coisa em você, prometo averiguar.

—Aposto que algo com sapinhos -sua menção ao meu amor por aqueles anfíbios me fez sorrir. Porém, a chegada de um amigo seu da faculdade interrompeu nossa brincadeira, roubando a atenção de Harry sobre mim.

—Vou falar com o resto do pessoal, Gin. Por que não pega uma bebida? -disse ele, uma de suas mãos me fazendo um carinho rápido em meu braço esquerdo.

—Claro. -respondi, sorrindo-lhe antes que ele se dirigisse a uma roda de amigos que o recebeu com gritos tipicamente masculinos e com tapinhas nas costas.

Depois da minha rápida conversa com Harry, decidi aproveitar a festa e acatei sua sugestão, pegando uma bebida para mim. O líquido gelado foi muito bem-vindo em meu corpo já quente ao ser puxada por Hermione para que eu fosse dançar junto a ela e meu irmão. Abrimos uma espécie de círculo na pista improvisada e rimos muito dos movimentos desajeitados de Rony, embora sua companhante não parecesse se importar nem um pouco.

Alguns amigos de Harry que Rony conhecia se juntaram a nós, e até James e Lily entraram na dança, embora o Sr. Potter insistisse em dançar com a esposa em ritmos lentos ao som de uma música cujo o ritmo era outro. De um jeito ou de outro, eles eram fofos e completamente apaixonados, e tudo o que eu conseguia pensar ao vê-los era que eu queria aquilo pra mim também.

O momento dos dois, porém, foi interrompindo quando Harry introduziu sua cabeça entre eles, abraçando-os, e me senti uma intruza ao assistir o que provavelmente era uma demonstração de orgulho e felicidade entre pais e filho. Tomei mais um gole da minha bebida e resolvi que, se eu ficasse olhando para aquela adiantada demonstração de saudade, eu lembraria da que eu provavelmente sentiria no momento em que Harry entrasse naquele avião.

Ao voltar a dançar, notei Mione me observando, e me senti como se estivesse acabado de ser descoberta após roubar a cereja do bolo. Seu sorriso foi de consolo e eu percebi naquele momento que eu acabara de ganhar uma amiga.

—Você gosta dele -disse ela, para que somente eu ouvisse, e parecia tão convicta de sua afirmação que percebi que negar, tanto para mim mesma como para ela, não adiantaria nada. Assim, apenas sorri, continuando a seguir os passos da música antes que ela voltasse a falar. -e ele não sabe.

A inteligência dela estava começando a me assustar, mas, estranhamente, gostei daquilo.

—Ele vai embora amanhã -achei que seria bom fazê-la lembrar daquele importante detalhe.

—Não para sempre. -falou, antes de ser puxada por meu irmão para um beijo, deixando-me surpresa e completamente atordoada com aquela resposta.


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Notas finais do capítulo

Essa Mione é mesmo muito observadora, né?? hauahua E o que vocês acharam dessa Luna estudante de filosofia?? Tinha que ser a cara dela!!
Gente, deixo aqui mais uma vez meu sincero obrigada por todos os comentários. Eu adoro saber o que vocês estão achando, o que acham que vai acontecer e, principalmente, responder vcs. Então não deixem de comentar, ok??
Um beijo ENORME e até o próximo ♥
Gente, a festa ainda não acabou, então o próximo cap vai começar de onde esse terminou.