Mary Eldrich entre dois Potters escrita por Corvinete


Capítulo 2
O universo bruxo


Notas iniciais do capítulo

Mary irá mergulhar
Em segredos do mundo mágico
E também vai provocar
Lembranças de um passado trágico



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No dia seguinte, Mary foi se arrumar para visitar o Beco Diagonal. Não tinha dormido direito, pensando sobre o fato de ser bruxa e sobre o que ela seria capaz de fazer com seus poderes mágicos. Passou a noite pensando sobre alguns fenômenos inexplicáveis que aconteceram em sua vida, como a vez em que fez com que uma bola acertasse a cabeça de um menino que a chamava de feia, ou o dia em que uma caneta soltou toda a sua tinta no rosto de uma professora que tentava descobrir se Mary estava colando. Até então ela pensava que tinha sido sorte, acaso ou destino, mas agora ela tinha certeza de que era uma bruxa. E iria se esforçar para ser a melhor de todas.

No Beco Diagonal, Mary achou interessante e um pouco engraçada a sua lista de itens necessários para o seu ano letivo. Cho explicou que todos os itens eram importantes, principalmente o animal e a varinha. Mary escolheu um gato persa, a quem deu o nome de Chris. Ela não gostou muito do uniforme, estava habituada com as roupas que usava na antiga escola, mas teve que se acostumar.

— Depois que o chapéu seletor te analisar e te mandar para a sua casa, terá um novo uniforme, com as cores de sua casa!

Mary não entendeu muito bem, e sua mãe lhe contou, superficialmente, a respeito das casas de Hogwarts. Primeiramente, falou sobre Corvinal, aquela que foi sua casa em seus tempos de escola. Era a casa dos mais belos e mais inteligentes.

— Gostei, mamãe, acho que tem tudo a ver comigo.

Cho sorriu e continuou. Falou sobre a Grifinória, a casa dos corajosos e destemidos. Foi a casa de muitos bruxos famosos na história, como Alvo Dumbledore, ex diretor da escola, Minerva McGonagal, a atual diretora, e Harry Potter, o maior bruxo de todos os tempos.

— Também gostei dessa casa, mãe. Quero ser tão boa quanto esse Harry. A senhora o conheceu?

Cho corou de vergonha, pois não gostava de falar muito sobre o período em que namorou Harry. Foi o momento mais sofrido, mais feliz e mais conturbado de sua vida. Sofrido porque ela ainda estava superando a morte de seu namorado Cedrico Diggory. Feliz porque ela amou bastante o jovem bruxo, gostava de treinar com ele e de ser da Armada de Dumbledore. E conturbado porque ela não quis trair sua melhor amiga quando esta entregou a organização para Dolores Umbridge. Então, Cho decidiu omitir este fato de sua vida naquele momento.

— Sim, filha, mas só de vista.

E prosseguiu, contando sobre as outras casas. Falou sobre a Lufa Lufa, a casa dos leais, justos e divertidos. Seus integrantes prezavam pelo fair-play e acolhiam a todos, sem distinção.

— Também há preconceito entre os bruxos, mãe?

— Sim, filha. Alguns bruxos se sentem superiores a outros por terem sangue puro. Os sangue puro são os nascidos em famílias bruxas respeitadas, que não se misturaram com os trouxas. Esses bruxos costumam chamar os mestiços, os que nasceram de famílias trouxas, de sangue ruim.

— E eu sou uma sangue-ruim, não é?

— Não, filha, não existe sangues ruins. Todos os bruxos são especiais. E há bruxos mestiços que também são muito famosos e respeitados. O próprio Potter era filho de uma mulher nascida trouxa. E há uma moça, chamada Hermione Granger, que também nasceu numa família de trouxas e se destacou por sua inteligência enquanto esteve em Hogwarts. Hoje ela luta para que esse preconceito acabe.

— Legal, gostei! Mas são só essas casas?

— Não. Há também a Sonserina.

E Cho explicou que a Sonserina era a casa dos ambiciosos e espertos. Os sonserinos desejam o poder, não davam tanta importância às regras, e alguns até tiveram graves problemas com isso. Mas isso não queria dizer que todos os sonserinos eram maus.

— A maior esperteza está em não se deixar levar por seus poderes e conseguir controlá-los, Mary. Lembre-se sempre disso.

Mary assentiu e seguiu com sua mãe até o Olivaras. Estava ansiosa para ter a sua própria varinha mágica, pois com ela poderia fazer seus feitiços e assim se sentiria como uma bruxa de verdade. Ou melhor, uma fada, pois sempre gostou de se fantasiar de fada quando era mais nova.

— Olá, minha jovem – disse o Sr. Olivaras – veio escolher sua varinha?

— Sim – disse Mary – me dê qualquer uma, contanto que funcione...

O Sr. Olivaras sorriu e disse:

— Não é qualquer varinha que pode ser dada a um bruxo. É a varinha quem escolhe o bruxo, e é uma varinha bastante especial, você estará ligada a ela por toda a sua vida. A não ser que algum desastre aconteça, você acabe quebrando sua varinha... Nesse caso, se não tiver conserto, tentaremos achar outra similar. Veja o caso da senhora, é sua mãe? - Cho e Mary assentiram - Lembro-me como ontem! Cerejeira, 19 centímetros, flexível, pelo de cauda de unicórnio, não é mesmo?

Cho concordou. Mary sorriu, ansiosa, e foi escolher sua varinha. Por sorte, a primeira em que pegou foi a que serviu. Uma varinha feita de salgueiro, 19 centímetros, rígida, com cerne de pelo de cauda de unicórnio. A ruivinha, insegura, perguntou:

— Como vou saber se essa é mesmo a varinha certa?

— Menina, quando a varinha é a correta, o bruxo é preenchido com uma luz única, se sente completo. Mas se você quer tanto ver o que acontece com quem escolhe a varinha errada, pegue esta aqui, de carvalho com pelo de seminviso, e tente abrir aquela gaveta.

Mary apontou a varinha para a gaveta, mas todas as gavetas se abriram e os papeis que estavam dentro saltaram para fora, deixando a garota assustada.

— Viu? Está satisfeita? Não aceitamos devolução. Até outro dia, senhoritas!

As duas se despediram, e Mary ligou para o pai, contando sobre todo aquele novo universo que acabara de conhecer. Tom escutava tudo, sem dizer nada, até que a menina perguntou:

— O que achou, papai?

— Eu? Legal, fico feliz ao ver que você está gostando de saber tudo sobre os bruxos. Depois você me explica melhor, logo terei uma audiência e pode ser que eu demore para chegar em casa. Nos vemos mais tarde.

Mary sentiu que seu pai estava distante, um pouco chateado até. Mas preferiu não dizer à mãe. Sabia que os pais estavam brigados, ainda que eles não tenham discutido de fato. Percebeu que sua mãe estava triste, talvez por causa dela, ou por causa da “briga” com o marido. Gostaria de dizer que tudo ficaria bem, mas achou melhor não se intrometer, pois seus pais não gostavam desse comportamento.


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Notas finais do capítulo

Mary ainda tem muito o que aprender
E isso é só o começo
Mas algo ela irá perder
Pois tudo tem um preço



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