Pov Kate

Ah merda! Acho que fiquei sorrindo pela noite inteira… sempre pensando naquele escritor de olhos azuis. Estaria me apaixonando? Não… Como podia ser tão rápido assim? Nunca me tinha acontecido. Na verdade, eu só ansiava que o dia passasse rápido e noite voltasse mais rápido ainda para eu puder a vê-lo novamente. Quantas mulheres ele já deve ter tido? Muitas com certeza. Dava-me até uma ponta de ciúme pensar nisso. Decidi ir para a cama, tentar dormir… mas o escritor mistério estava virando minha cabeça de uma maneira que eu não consegui dormir.

Pov Castle

Cheguei em casa com um sorriso bem bobo no rosto. Essa mulher estava me deixando louco. Eu só queria voltar a vê-la o mais rápido possível. Queria beijá-la, tocá-la e quem sabe fazê-la a mulher mais feliz do mundo na minha ou na cama dela.

Assim que cheguei em casa mandei uma mensagem.

Para: Musa

“Só espero que o dia de amanhã passe tão rápido como passou enquanto ai estive. Obrigada pela inspiração, miss mistério. Beijo, Rick”

Eu esperava impacientemente pela resposta que tardava em vir. Mas quando menos esperei, o celular vibrou dando sinal de mensagem.

De: Musa

“Surpreenda-me. Beijo, Kate”

Aquilo me fez gargalhar. Esta mulher me estava deixando de quatro por ela.

Ai… Richard Castle você está apaixonado!

…

O sol acordou-me, fazendo-me reparar que estava atrasado.

—Porra! – Eu me levantei num salto e fui tomar um duche rápido. Tinha falado como o delegado e ele me tinha dado autorização para participar neste caso da NYPD, visto que, eu tinha visto parcialmente parte do crime. O mais estranho de tudo era que a cara do homem que tinha sido assassinado não me era estranha, mas não estava vendo de onde eu o tinha reconhecido… Me arranjei o mais rápido possível. A minha mãe já não estava em casa, mas tenho a certeza que logo teria interrogatório…

…

Pov Kate

A manhã começou bem. Ryan e Espo ainda não tinha arranjado novas pistas sobre o caso e isso me estava inquietando. Tinha a certeza que aquele cara era cliente do “Feel The Moment” mas… porque alguém o haveria de querer matar?

—Bom dia! – Aquela voz me fez gelar… O que estava ele aqui fazendo?

—Ei, bro! Estava pensando que não vinha! – Espo vai de encontro a ele, gargalhando com Ryan

—Não iria perder isso nem por nada! – Ele acaba rindo, mas ao me encarar a sua expressão muda. Noto que fica baralhado e isso me deixa mais descansada. Ele não me reconheceu. Para já. Aqueles olhos azuis se cruzaram com os meus, relembrando do nosso primeiro olhar no clube.

—Kate…Katherine Beckett! – Tentei disfarçar o máximo possível e vi ele rindo. – Qual a piada mesmo?

—Nada… Só achei piada, porque estou apaixonado por uma mulher chamada Kate. – Não sei como, mas ele consegue tornar o nosso olhar ainda mais intenso, fazendo prender a minha respiração. Por momentos fiquei sem chão.

—Mister Castle quem o senhor pensa que é para entrar na minha delegacia? – Gates interrompe o momento e agradeço-lhe mentalmente por isso.

—Pode perguntar ao delegado – ele me deixou participar neste caso, visto que eu posso ser bastante útil. – Ele responde, desviando lentamente o seu olhar do meu.

Gates saiu disparada para o seu gabinete fazendo um telefonema. Ainda conseguíamos ouvir os seus gritos e isso nos fez gargalhar. Espo e Ryan bateram um papo com Rick, enquanto eu tentava agir o mais rápido possível.

Esse dia iria ter muito para contar.

Fiquei olhando para o quadro branco, procurando por evidências.

—Café? – Ele me pega despercebida, aproximando-se com café.

—Obrigada.- Eu acabei sorrindo e aceitando. Ele se senta na cadeira de frente para mim me encarando. Estaria me reconhecendo.

—Foi você que pediu na mensagem… - Ele sorri me olhando com os olhinhos pequeninos, fazendo meu coração ficar mole.

—Como? – Eu engoli em seco, percebendo perfeitamente que ele me tinha reconhecido.

—Você me pediu para te surpreender e acho que já consegui…

—Com café? – Eu fico calma perante o facto de ter sido descoberta. Acho que podia confiar nele, afinal ele também tinha um segredo e estava sabendo guardar.

Ele sorri, percebendo que eu tinha notado que ele sabia quem eu era.

—Com que então detetive? Acho que quem me acabou surpreendendo foi você… - Ele ri.

—E isso é mau? – Eu desvio o nosso olhar, bebendo um gole de café.

—É. – Ele responde, me fazendo rir.

—Porquê? – Eu pergunto curiosa.

—Deixo isso para depois… - Ele se levanta. – Agora tenho compromisso. Nos vemos logo? – Ele pergunta, pegando o casaco.

—Deixo ao seu critério. – Respondo, me levantando também.

—Combinado, musa… - Ele aperta a minha mão e foi como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo o meu corpo. Os nossos olhares falavam. Como era intenso todo aquele jogo de sedução e paixão. Katherine Beckett tome conta do seu coração!

—Ei Beckett! – Ryan me chamou ao fundo. – Temos uma pista!

Antes de sair correndo com os rapazes trocamos mais um olhar fugaz.

…

Pov Castle

Cheguei em casa me perguntando porque uma mulher forte e independente como Kate estava fazendo dançando num club? Seria por dinheiro? Aquilo me incomodou. Não queria minha musa dançando para mais nenhum homem.

Ainda liguei para minha mãe, mas ela estava ensaiando para a sua nova peça e não iria jantar em casa. Acabei pedindo uma pizza. Não estava com vontade de cozinhar e só queria que o tempo passasse para puder ir tocar na campainha da minha musa.

…

Ali estava em tocando na campainha, ansiando o momento de ver aqueles olhos castanho-mel daquela morena.

—Boa noite. – Ela esboça um sorriso, mostrando os seus lindos dentes e abrindo a porta, para eu puder entrar.

—Tive saudades desse seu cheiro a cerejas… - Eu me aproximo e a puxo para mim pela cintura. Aspiro os seus cabelos e dou um selinho no seu pescoço fazendo ela se arrepiar.

Ela me empurra, me afastando e acaba rindo. Ela gostava desse jogo.

—O seu cheiro também não é mau… - Ela se volta a aproximar e trinca o meu pescoço, me fazendo agir de imediato. Agarrei a sua bunda com força e grudei os nossos lábios com urgência. Ela invadiu a minha boca, procurando por cada sabor e cada canto. As nossas línguas entrelaçavam-se á mesma medida que se chocavam quentes e molhadas, misturando os nossos sabores. Kate agarrou os meus cabelos, aproximando-se mais de mim e aprofundando mais o nosso beijo.

O ar começou a ficar quente á medida que as nossas peças de roupa eram jogadas no chão. Eu beijava o seu pescoço, enquanto massajava as suas costas, fazendo-a arfar e pedir por mais.

Kate mordia o meu peito másculo, fazendo eu fechar os meus olhos de maneira a apreciar melhor seu toque.

Os beijos foram ficando mais quentes e mais molhados, os suspiros e os gemidos mais frequentes e quando dei por mim, estavam lambendo e trincando os seus mamilos, enquanto massajava os seus seios que se moldavam perfeitamente ás minhas mãos. Eu apreciava cada toque. Cada cheiro. Cada sussurro.

Peguei em Kate e a joguei na cama, admirando o seu corpo nu.

Apenas a luz da lua iluminava o quarto, tornando tudo mais romântico. Deitei-me levemente em cima dela e continuamos nos beijando por um bom tempo. Estava sendo bom demais nos beijando. O meu membro crescia cada vez mais roçando na sua intimidade e fazendo-a arfar…

—Rick… - Ela puxa os meus cabelos, totalmente pronta para mim.

E foi assim. A minha primeira noite de amor. Tinha tido muitas noites de sexo, mas de amor não. Quer dizer foi sexo, mas foi sexo com amor. Havia carinho, afeto… Apesar dos arranhões, das mordidas, do suor, dos cheiros, dos gemidos, havia ali mais qualquer coisa. Era isso a gente se importava. Depois de uma hora, caímos os dois na cama, exaustos. Sem precisar de autorização puxo o seu corpo suado para mim.

Ficamos no silêncio por algum tempo.

—Kate…? – Eu a chamo.

—Hum… - Ela responde, sonolenta.

—Me diz que não vai fugir de mim… - Eu peço e sinto ela me encarar nos olhos. Os seus olhos estavam bem mais brilhantes.

—Tenho algum motivo? – Ela brinca, trincando o meu queixo suavemente.

—Não e até porque eu estou gostando demais deste momento e de você…

—Hum, hum… - Eu acabo rindo assim que percebo que ela adormeceu. Tapei os nossos corpos e deixei-me adormecer ao seu lado, mais tranquilo do que nunca.