Flower escrita por Violet Evans


Capítulo 5
Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Heyy guys!! Esse capítulo saiu mais rápido que eu esperava!!
Uma coisinha que eu achei que fosse relevante avisar aqui antes de vocês lerem: Eu mudei a diferença de anos entre James e Albus/Rose/Scorpius ok? A diferença é só de um ano e não de dois como no Canon, certo?
E bem, vocês tiveram um pouquinho de James no capítulo passado e nesse terá uma nova presença da Nova Geração que vocês já conhecem!
Espero que gostem do capítulo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718262/chapter/5

Amethyst era muito ansiosa. Muito mesmo. Assim que chegara o verão dos seus 11 anos, ela verificava o correio todos os dias. Ia até a janela por onde sempre entravam as corujas que traziam as cartas importantes ao seu pai a espera de que sua carta de Hogwarts estivesse junto com todos aqueles memorandos de pessoas do alto escalão bruxo.

A tão esperada admissão em Hogwarts só foi chegar perto do fim do verão. Amy já estava perdendo as esperanças e quase chorando por não poder ir para a Escola de Magia e Bruxaria com o resto dos primos. Henry também já estava se perguntando se a filha iria para Hogwarts ou não. Não admitiria outra vergonha na família causada por Amethyst.

Por isso, quando a coruja finalmente trouxe a carta da escola, todos na Mansão Greengrass ficaram felizes. Amy ficou ainda mais orgulhosa de si mesma ao ver um sorriso de canto no rosto do pai.

— Espero que você esteja ciente da responsabilidade disso, Amethyst. — Henry a encarou, de volta com a sua costumeira seriedade — Eu quero sua total dedicação aos estudos e nada de besteiras enquanto você estiver na escola, fui claro? Não aceitarei menos que excelentes notas de você. E se, por algum motivo, eu ou sua mãe formos chamados na escola por pirraça sua, as consequências serão extremas. Fui claro?

A garota assentira lentamente, indicando que entendera o recado do pai e abaixou a cabeça, voltando a comer seu jantar, concentrando-se na recente lembrança do pai sorrindo com um pouco de orgulho. Não era todo dia que algo do tipo acontecia, portanto ela tinha que guardar isso na memória.

— Espero também que não me decepcione com a casa que for escolhida — A voz do Sr. Greengrass se fez novamente presente na sala de jantar — A última coisa que eu preciso é uma filha na Lufa-Lufa — Bufou comendo mais um pedaço de frango.

Amethyst franziu o cenho, inclinando a cabeça, confusa pela declaração do pai. Não entendia qual o problema da casa Lufa-Lufa, mas, de qualquer maneira, já sabia para qual casa queria ir. Sonserina. Para ficar junto de Noah. Os dois já haviam imaginado várias vezes como seria se eles ficassem na mesma casa. Ia ser muito mais fácil de fazerem as coisas juntos. Noah inclusive se dispusera a ajudar Amy com qualquer dúvida que a garota fosse ter com relação a matéria do primeiro ano.  O que, é claro, foi prontamente aceito pela Greengrass.

Diferentemente do ano anterior, quando Amethyst não queria que o primeiro de setembro chegasse nunca, naquele ano, a menina não se continha de ansiedade esperando pelo dia que embarcaria no Expresso de Hogwarts. Ela novamente pendurou um calendário em seu quarto e ia riscando os dias conforme estes passavam, aproximando-se do primeiro dia letivo.

Quando o desejado dia finalmente chegou, a garota ficava correndo pela casa, certificando-se que não estava esquecendo de nada, conferindo se comprara tudo o que precisava e lamentando-se mais uma vez pelos pais não a terem deixado comprar um bichinho para levar para o castelo. Pansy que levaria a filha até a Estação King’s Cross, pois Henry não queria perder seu tempo com algo tão supérfluo. Tinha uma importante reunião no ministério que não poderia se atrasar. Antes de sair, porém, o Sr. Greengrass deu as mesmas instruções que ficara repetindo para a filha desde que ela havia ganhado a carta. Notas excelentes. Sem se meter em encrenca. Não envergonhar a família com criancice. Não ser selecionada para Lufa-Lufa. Ou Grifinória. Amy assentiu tentando entender o porquê de tudo aquilo e como ela poderia envergonhar a família indo para Hogwarts. Entretanto, ela não discutia com o pai. Amethyst ficava em silêncio e obedecia. Era como havia sido educada.

A plataforma 9 ¾ estava, novamente, lotada. Amy tentava procurar os primos por entre a multidão, puxando a mãe que reclamava para a filha ir mais devagar. Estava tão animada que naquele ano era finalmente sua vez de ir para Hogwarts, que não teria que ficar na plataforma, vendo o trem partir, sem poder estar dentro dele, que nem estava se importando da mãe estar resmungando ou brigando com ela. Só queria encontrar seus amigos para embarcar e ficar no mesmo vagão que todos eles.

Encontrou Saphire e Noah com a sua tia Daphne, já colocando os malões dentro do trem. Amethyst abraçou os dois fortemente, com um sorriso constante em seu rosto.

— Vamos para Hogwarts! — Exclamou dando pulinhos com seu entusiasmo. Ela simplesmente não conseguia se conter.

— Vamos sim! — Saph que estava tão animada quanto Amy também pulava de alegria, fazendo as mães rirem com tudo aquilo. Noah também exibia um sorriso ao ver a cena.

 A despedida, ao ver de Amethyst, foi muito mais rápida do que ela lembrava daquela onde ela dissera adeus para o primo. Na sua opinião, era porque ela estava indo junto e não via a hora de estar dentro do castelo e ser selecionada. Dentro do vagão, vendo a mãe e a tia do lado de fora, a Greengrass não conseguia parar de pular sentada no próprio assento, acenando para as mulheres lá fora com animação. A medida que o trem começava a se afastar da plataforma, Amy colava mais no vidro, ainda tentando ver as duas, que também acenavam, até que, enfim, o trem fez a primeira curva e ela não conseguiu mais vê-las.

A garota então olhou para os dois primos, ainda sorrindo largo. A sua animação contagiava os outros dois de tal maneira que eles não paravam de sorrir tampouco. Começaram a conversar sobre as casas e para qual Saph e Amy poderiam ir e para qual nenhuma das duas tinha certeza que não iria por não ter nada a ver com elas. Não demorou muito e logo o outro primo dos três, Scorpius, chegou, cumprimentando-os e sentando com eles. Scorpius era filho de Astoria, irmã de Henry e Daphne, e, apesar de não estar tão presente quanto Amethyst na casa dos Nott, ainda era muito amigo dos primos. Ele entrou na conversa com eles, também com certa ansiedade sobre para qual casa seria selecionado.

Quando o sol começou a se pôr, Noah sugeriu que todos fossem colocar as vestes para que chegassem prontos. As meninas foram até o banheiro feminino e se ajudaram a colocar as vestes, principalmente a gravata, que era um item que elas não estavam acostumadas. Depois de se darem por satisfeitas com suas aparências, Amy e Saph voltaram para o vagão, onde os garotos já estavam as esperando. Quando Amethyst bateu os olhos em Noah, algo diferente aconteceu. Era a primeira vez que o via com o uniforme da Sonserina e aquilo foi muito, mas muito, agradável aos olhos da garota. O verde de suas vestes parecia combinar com os olhos do primo e, pela primeira vez, a palavra “bonito” pareceu fazer muito sentido para descrever o primo em sua cabeça. Ninguém pareceu notar o transe de Amethyst, nem mesmo Noah, que quando a viu, sorriu de lado e se levantou:

— Sua gravata está torta, Amy! — Ele se aproximou e ajeitou a peça negra de bom grado, novamente não percebendo o olhar atento que a prima dirigia ao seu rosto. Ela não entendia o que era aquilo, mas não conseguia desviar seus olhos dali. — Só mais uma coisa... — Ele alcançou então em seu bolso uma flor já meio amassada que pegara no caminho para a plataforma e coloca atrás da orelha dela, sorrindo de lado — Prontinho — Disse ao terminar e lhe dar um beijo na bochecha, voltando a se sentar.

Amethyst se surpreendeu com o beijo, mas sorriu de volta para o primo e se sentou ao seu lado, achando que o episódio não fora nada demais. Os quatro voltaram a conversa com a expectativa para o início do ano letivo, a Greengrass de vez em quando olhando pelo canto de olho para o Nott, até que o trem finalmente parou, chegando em Hogwarts. Tal fato tirou qualquer outro pensamento da mente da garota, exceto o de que ela finalmente estava na Escola de Magia e Bruxaria.

As crianças do primeiro ano foram nos habituais barquinhos pelo Lago Negro. Amy estava encantada com toda a paisagem e tentava olhar para todos os lugares ao mesmo tempo. Mas nada superava o visual do castelo. Grande e imponente, Hogwarts era magnífica. Tanto por dentro, quanto por fora. Amethyst não parava de se surpreender ainda mais com o local. A magia parecia irradiar daquele lugar.

A seleção passou muito rapidamente aos olhos da garota. Quando se deu conta, ela já estava sentada no banquinho e o chapéu falando em sua cabeça.

“Hm, você tem uma sede no fundo de si, uma sede de querer se provar... Uma ambição de querer se mostrar valorosa para seus pais... Acho que você se dará bem na...”

— SONSERINA — o chapéu bradou para todo o salão escutar. Amy abriu um largo sorriso e foi correndo onde Noah estava sentado, ele também com um sorriso enorme, de orgulho por ela.

Naquela noite ela dormiu feliz, pois sabia que tinha feito algo que deixaria seus pais satisfeitos.

— — —

Hogwarts era enorme. Amethyst teria muita dificuldade para achar as salas de aula se Noah não tivesse se disposto a levá-la, todos os dias daquela primeira semana, nos lugares onde ocorreriam as aulas. Em um daqueles dias, o próprio Noah acabou se confundindo de corredor, fazendo Amy se atrasar para a aula de poções. Ao chegar na sala, entretanto, Saphire já estava sentada com Scorpius, e a garota não conhecia mais ninguém. Ela olhou pela sala e uma menina em específico, chamou-lhe a atenção. Era da Corvinal e parecia concentrada no que estava lendo. Porém, não fora nem seu uniforme, nem sua concentração que chamara a atenção de Amethyst.

Foi seu cabelo.

O cabelo da garota era de um ruivo peculiar. Ficava entre o ruivo laranja e o ruivo vermelho. E, na opinião de Amy, era lindo. Sem pensar duas vezes, a sonserina se dirigiu até a mesa da corvina e parou em frente.

— Eu posso me sentar? — Perguntou mordendo o lábio ansiosa. Ainda não tinha feito nenhuma amizade nova desde que chegara, sempre procurando ficar com algum primo. Portanto, ela tinha um certo receio de não saber fazer amigos.

A ruiva levantou a cabeça e franziu o cenho com a pergunta.

— Pode — Respondeu dando de ombros e voltando a sua leitura.

Amethyst se sentou ao lado da garota e descobriu que a sua leitura não tinha nada a ver com o assunto da aula. Era literatura trouxa. Ela tentou não ficar encarando muito a corvina durante a aula, mas seus olhos sempre se desviavam para ela e seu cabelo. Suas próprias anotações não haviam chegado nem na metade do pergaminho quando a voz do professor foi escutada num tom mais alto:

— Talvez a senhorita Weasley possa nos ajudar e dizer qual a função da Araramboia na Poção Polissuco? — Ele perguntou, olhando severamente na direção das duas garotas. Amy franziu o cenho. O sobrenome da corvina não lhe era estranho, mas não se lembrava aonde o havia visto ou o escutado. Ela então olhou para a ruiva, esperando sua resposta.

— Eu não sei, professor Campbell — Weasley disse num tom baixo, suas orelhas estavam praticamente da cor de seus cabelos.

— Que pena, parece que a senhorita não puxou a sua mãe... — Lamentou e então voltou a dar sua aula.

A ruiva abaixou a cabeça e começou a resmungar baixinho, ainda vermelha. Amy queria ajudar a garota, mas não sabia como. A Weasley finalmente percebeu que estava sendo observada pela sonserina, dirigindo-lhe então um olhar feio. A morena disfarçou, um pouco constrangida por ter sido pega e tentou não espiar mais a outra. Porém, quando o sinal para o fim da aula tocou, Amethyst simplesmente não resistiu e observou a garota arrumando seu material. Quando a ruiva notou novamente, explodiu.

— SIM! Eu sou a filha de Hermione Granger e Ronald Weasley. SIM! Eu sou afilhada do famoso Harry Potter! E NÃO! Eu não tenho nada a ver com meus pais! Portanto para de me encarar por causa disso! — Gritou sem paciência, jogando seus livros de qualquer jeito em sua mochila.

— Mas... — Amy franziu o cenho, confusa, mas uma parte no fundo da sua consciência lembrou-se do seu pai difamando o tal Harry Potter e seus amigos — Eu não estava te encarando por causa disso... — Ela mordeu o lábio nervosa com a raiva da menina.

A ruiva parou imediatamente o que estava fazendo. Olhou a morena de um jeito estranho, pois até agora não havia tido uma pessoa que não a encarasse por ser filha de dois membros d’O Trio de Ouro.

— Não? E foi pelo o que, então? — Ela perguntou meio ríspida.

— Seu cabelo — Amethyst olhava para ele encantada — Ele é muito bonito.

A corvina vacilou um pouco, ficando corada pelo elogio, colocando uma mecha atrás da sua orelha. Estava constrangida por ter sido mal-educada com uma garota que mal conhecia.

— Desculpa, é que tem sido uma primeira semana difícil... — ela sorriu fraco — Eu sou Rose.

A morena sorriu largo para a ruiva.

— Eu sou Amy!

E assim, Amethyst fez sua primeira amiga em Hogwarts.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E era isso!!
Eu espero que realmente tenham gostado e eu queria muito saber o que todos estão achando da história! Por isso não precisam ter vergonha de deixar um review! Eu ficaria muito feliz em conhecer vocês!!
Pra quem quiser, esse é o meu twitter @amethystnnott e num futuro próximo eu pretendo postar algumas curiosidades sobre a história e sobre os personagens então se não quiserem perder, me sigam lá!
Uma outra coisa é que minha maridinha, Mih Ward postou uma fic e ela se passa no mesmo universo que Flower, mas é centrada na Rose Weasley, então quem quiser acompanhar para saber mais da ruiva que acabou de aparecer aqui, fiquem a vontade. Aqui o link https://fanfiction.com.br/historia/729398/Redhead/
Beijos ♥
Amethyst



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Flower" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.