Flower escrita por Violet Evans


Capítulo 2
Christmas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey
Não demorei tanto assim né? Queria ter sido mais rapida mas estou naquela função de final de ano de comprar presentes e etc.
Não vou prometer capítulo pra semana que vem pq tenho uma one de amigo secreto pra fazer então vou me concentrar nela, mas se eu não conseguir postar ainda esse ano, janeiro com certeza estou de volta ok?
Espero que vocês gostem!!
Obrigada por todos os reviews no capítulo anterior. Vocês são demais



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Era noite de Natal. A neve caia fracamente pela paisagem, animando a pequena Amethyst de apenas seis anos com a época natalina. Ela carregava sua boneca que ganhara de presente mais cedo naquele dia vinte e cinco. A garota andava de mãos dadas com a mãe que tentava ajeitar os últimos grampos em seu cabelo para a filha ficar apresentável para o jantar.

Como todo ano, a família Nott iria dar um jantar em sua mansão, onde estariam nada menos que as pessoas com mais influência na época. Henry alisava seu traje constantemente naquela noite. Estava fechando um negócio importante com um grande empresário da França que estaria presente no tal jantar. E por isso, queria que tudo saísse perfeito.

— Amethyst, eu não quero que você fique correndo pela casa, fui claro? — o Sr. Greengrass olhou severamente para a filha que assentiu prontamente, sabendo que nunca era uma boa ideia contestar o pai. — A última coisa de que eu preciso essa noite é que tudo seja estragado por uma pirralha.

A menina abaixou a cabeça com o tom do pai, tentando não chorar. Sabia que se chorasse ia ser pior. Por isso ela engoliu em seco, respirando fundo antes de voltar a levantar a cabeça e abraçar sua boneca, que apelidara de Padmé, em homenagem à sua personagem favorita de Star Wars, filme que assistira há pouco tempo com a prima, Saphire.

Henry franziu os lábios ao ver a pequena tentando não chorar e bufa, antes de pegar a chave de portal que os levariam até a casa do cunhado, vendo-a brilhar e então os três sentirem o familiar puxão que os levou até rente à porta da mansão Nott. Ele então tocou a campainha enquanto a esposa, mais uma vez, arrumava a filha.

— Fique sentadinha, bonitinha, sim, querida?  — ela disse para a pequena — Assim todos verão que linda menina você é... — a mulher sorriu, ajeitando o botão do casaco vermelho grosso que protegia a menina do frio.

— Mas e se Saph não quiser ficar sentadinha? — Amethyst perguntou inocentemente para a mãe, ajeitando Padmé em seu braço.

— Você não tem que fazer tudo o que Saphire faz, Amethyst — Henry se intrometeu na conversa a repreendendo. Achava um absurdo a liberdade que a irmã e o cunhado davam a sobrinha e não queria que esta influenciasse sua filha. — Se Saphire não quiser ficar sentada, você permanecerá sentada.

— Sim, papai. — a garota respondeu tristemente, mas logo abriu um sorriso enorme ao ver a tia abrindo a porta — Tia Daph! — ela não conseguiu se segurar e correu para abraçar a tia, fazendo Henry soltar uma exclamação de desagrado.

— Oi, minha querida! — a mulher envolveu a sobrinha num abraço apertado — Feliz Natal, anjinho! Eu e seu tio compramos um presente para você — Daphne terminou o abraço encarando a menina — Esperamos que você goste.

Antes que a pequena pudesse perguntar a tia qual era o presente que ela iria receber, o irmão de Daphne soltou um pigarreio, irritado. Odiava que mimassem sua filha. Depois, quando a garota ficasse mal acostumada, ele que iria ter que arcar com as despesas.

— Vamos ficar aqui na porta pra sempre, Daphne? — o homem perguntou grosso. — Ou você quer estragar minha filha mais um pouco? — continuou entrando mesmo sem ser convidado.

— Boa noite, maninho — a Sra. Nott falou sarcástica lhe dando espaço para passar — Como você está? Eu estou ótima, obrigada por perguntar. Aliás, Feliz Natal para você também! Perdoe a minha falta de educação por ter me esquecido de lhe desejar Boas Festas quando você foi tão caloroso na sua chegada...

Henry revira os olhos bufando e não responde a irmã, cumprimentando o cunhado rapidamente, seu olhar já procurando o empresário francês que queria abordar. Ele estava tão distraído com seu objetivo que nem percebeu a sobrinha correndo na direção da filha.

— GRASSIE! — Saphire abraçou a prima sem se importar que ela nem tirara seu casaco ainda — Feliz Natal, Grassie! — Deu um beijo em seu rosto e começou a puxar a garota para a sala. — Você também ganhou uma boneca! Ela pode ser amiga da Leia! Vem vamos brincar! — convidou enquanto começava a correr.

A pequena Greengrass já estava pronta para correr atrás de Saph, animada para conhecer Leia, quando o pai despertou de seus devaneios.

— Amethyst... — repreendeu ao ver a filha quase correndo — Não se esqueça do que conversamos.

Ela mordeu o lábio inferior ao ver a expressão do pai, abaixando a cabeça mais uma vez, para então seguir, dessa vez andando, até onde a prima lhe esperava com uma boneca, parecida com a que tinha em seu próprio braço.

— Essa é a Leia! — Saphire sorriu abertamente estendendo o brinquedo na direção de Amethyst. — Que nome você deu pra sua? — perguntou se sentando no sofá para brincarem com os presentes novos.

— Padmé — respondeu para Saph, sorrindo ao perceber que as duas tinham pegado um nome de Star Wars. Ela se senta também no confortável sofá da mansão dos Nott e começa a brincar com a prima.

As duas ficaram um bom tempo brincando com Leia e Padmé. As bonecas foram ao shopping, ao beco diagonal, compraram varinhas e foram a Hogwarts. E ainda chegaram à casa imaginária com tempo de sobra para fazerem uma guerra de travesseiros.

Eram em momentos assim que Amethyst se sentia mais feliz. Momentos simples com pessoas que demonstravam gostar de estar com ela. Não de enfeitá-la ou dar broncas. Era nesses momentos que ela se sentia amada.

— Grassie, olha, Yanseen e Scorpius! — Saph apontava para os outros tios que chegavam à mansão Nott naquele momento. Yanseen era primo por parte de pai de Saphire e Scorpius, primo das duas garotas, pela parte Greengrass — Eles falaram que iam trazer os sabres de luz que ganharam! Vamos brincar com eles!

Saph se levantou animada, dando pulinhos e ficou esperando a prima fazer o mesmo, mas ela olhava para o pai, que parecia ter notado a pequena agitação e fazia sinal discretamente para a filha para que ela ficasse sentada, como o combinado. A garota abaixou a cabeça e então olhou de volta para a melhor amiga:

— Eu vou ficar aqui, Saphie... Mas você pode brincar, eu cuido da Leia pra você — a menina forçou um sorriso para a prima.

Saphire por um momento ficou em dúvida de deixar a Amethyst sozinha, mas olhando para algo atrás da garota, sorriu fraco e então saiu correndo até onde estavam as visitas que acabaram de chegar.

Suspirando, a filha dos Greengrass balançava os pés tristemente, de cabeça baixa, pensando no quanto queria estar brincando com os sabres de luz, que acabou não notando a aproximação de outra pessoa.

— Amy? Por que você tá triste? — Amethyst levantou a cabeça e então sorriu largo ao ver o primo, Noah na sua frente.

— Nonô! — ela pulou do sofá para abraçá-lo animada. O garoto retribuiu fortemente dando um beijo na sua bochecha. Estava só esperando a irmã mais nova sair de perto da prima para falar com ela. Saphire o fizera prometer mais cedo que não iria atrapalhar a brincadeira das duas. Os dois podiam ser bem possessivos quando queriam.

— Eu peguei uma coisa para você — disse ele quando a soltou, verificando o bolso do mini smoking que a mãe enfiara nele e que a todo custo tentara fugir — Aqui, estava acabando e eu sabia que era seu preferido — estendeu então o bombom com a embalagem um pouco amassada para a menina.

— Ah, Nonô! Obrigada — Amy abriu ainda mais o sorriso e lhe deu um beijo na bochecha em agradecimento e então voltou a se sentar no sofá, mas agora, mais feliz.

— Posso ficar com você? — questionou mesmo já se sentando ao seu lado.

Mas não era preciso nem perguntar. Amethyst assentiu com a cabeça animada, já se lambuzando com o bombom que o primo lhe dera e seu vestido ganhando uma mancha que com certeza faria Pansy Greengrass ter um ataque quando a visse.

— Por que você estava triste antes de eu chegar? — Noah perguntou a encarando curioso.

— Eu queria brincar com Yanseen e Scorp com os sabres de luz — a garota fez um biquinho quando levou seu olhar até onde os meninos em questão estavam brincando com a prima e gritando “Que a força esteja com você”.

— E por que não vai? — Noah perguntou de maneira inocente, não entendendo por qual razão ela não podia se divertir como queria.

— Meu pai quer que eu fique sentadinha, bonitinha — ela abaixou a cabeça lembrando-se das palavras de Henry — Ele não quer que uma pirralha atrapalhe a noite dele.

O garoto inclinou a cabeça, observando a expressão da prima e não gostando nada do que via. Ele não gostava do tio e não entendia o porquê ele era tão malvado com Amy, que sempre fora tão legal. Sua atenção então foi captada por uma flor vermelha, que a mãe colocara de enfeite numa mesa, atrás do sofá onde estavam sentados, lembrando-se de uma coisa que a mesma tinha dito há alguns dias atrás, sobre ser cavalheiro e dar flores para meninas bonitas. Então, Noah se inclinou até o vaso e arrancou a flor que chamara sua atenção. Sorrindo de lado, ele estendeu a planta para a prima.

Amethyst franziu o cenho ao ver a flor, encarando o amigo, confusa, que assentiu, encorajando-a para pegar. Ela então segurou, abrindo um novo sorriso, e cheira a flor, para, finalmente, a colocar atrás da sua orelha. O menino, ao ver a prima sorrindo novamente, sorriu também.

— Você não devia ficar chateada com isso, Amy. Eu estou aqui para brincar com você — falou encarando a menina.

— Mas e quando você não tiver no mesmo lugar que eu? — perguntou inclinando a cabeça para o lado, fazendo um bico.

— Você imagina que eu estou com você! — respondeu simplesmente — E então sorri! Eu gosto quando você tá sorrindo...

Amethyst sorriu ainda mais com o comentário do primo, lhe dando mais um beijo em sua bochecha, finalizando com um abraço apertado. Noah sempre sabia como fazê-la se sentir melhor. Por isso, ele era seu melhor amigo.

— ‘Brigada Nonô! — disse com a voz abafada pelo abraço — eu vou me lembrar disso quando você não tiver comigo.

— Ótimo — ele beijou sua bochecha e arriscou um olhar para o tio, que parecia entretido em uma conversa com um homem importante, amigo de seu pai — Quer brincar no balanço lá fora?

— Mas não tá frio? — Amy franziu o cenho, dirigindo seu olhar para fora, onde a neve caia fraquinha.

— A gente bota touca e luvas — o primogênito dos Nott argumentou já se levantando do sofá — mas você tem que decidir rápido, já que seu pai não está olhando.

Amethyst mordeu o lábio, um pouco indecisa do que faria. Observa o pai conversando entretido com o empresário francês e então encara o primo, animada com a expectativa de ir lá fora.

— Vamos! — ela pulou do sofá também e andando rápido puxou o primo até o hall, onde ficavam as roupas para se agasalharem melhor.

Enquanto os dois colocavam as toucas, luvas e cachecóis, um casal acabou se fazendo perceber em um canto escondido, perto de onde ficava o lavabo. Os dois adultos nem notaram as crianças ali e continuaram com o que estavam fazendo. O que, com toda a certeza, não era algo para duas crianças de seis e sete anos presenciarem. Noah e Amethyst se distraíram um pouco com a cena, tentando entender o que estava acontecendo ali.

— Por que a mão dele tá dentro do vestido dela? — a garota sussurrou a pergunta para o primo logo ao lado.

— Eu não sei — ele franziu o cenho quando a mulher passava a mão em um lugar mais íntimo do homem — mas eu acho que não era pra gente tá olhando.

— Será que isso é uma coisa que a gente vai fazer quando ficar grande? — Amy fez uma careta ao ouvir a mulher soltar um barulho estranho.

— Eu realmente espero que não. — o menino balançou a cabeça como se não suportasse a ideia que lhe veio à mente e então puxou a prima para fora rapidamente.

— Eu também espero — ela comentou rindo quando nos jardins da mansão Nott.

Os dois foram correndo pela neve até os balanços, numa corrida sem definição de ponto de partida, rindo, apenas aproveitando os flocos de neve que caiam pelo local.

— Você senta e eu empurro! — Noah disse quando chegam ao brinquedo. Amethyst, que sabia do medo dele de altura, assentiu e então se sentou no balanço para o primo empurrar.

O garoto a empurrou não muito forte, pois também tinha medo de que ela se machucasse. Mas Amy não se importou nem um pouco. Aquilo para ela estava ótimo. Ela ria e gritava baixinho, se divertindo com o amigo.

Quando Noah cansou de empurrar, os dois começaram uma guerra de neve. Perderam a noção do tempo, correndo de um lado para o outro e brincando na neve. Os dois estavam tendo o melhor Natal que podiam lembrar até que ele teve que ser interrompido.

— AMETHYST! — os dois se viraram para a entrada da casa a tempo de ver Henry bufando, vindo rápido na direção deles.

— Ah, não... — a garota suspirou baixinho se preparando para a bronca que levaria. O Sr. Greengrass não estava com uma cara nada boa.

— O que você pensa que está fazendo aqui fora? — ele pergunta indignado — Por que você não ficou sentada como eu mandei? Qual a necessidade de ficar correndo para lá e para cá como uma pirralha qualquer sem educação? Não foi isso que eu te ensinei. E eu não admito que você me faça passar vergonha na frente de pessoas importantes por causa do seu comportamento questionável. Agora chega de criancice, vamos pra casa. E você vai ficar de castigo — Henry terminou seu monólogo e começa a puxar a filha para dentro de casa que nem tem tempo para se despedir do primo.

Amy olha para trás, tristemente, querendo voltar a brincar com o amigo. Noah, ao ver a expressão triste da garota, faz sinal para ela, lembrando-a da promessa que fizeram um pouco antes.

Com isso, foi inevitável.

Amethyst sorriu.


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Notas finais do capítulo

Era isso pra hoje!!!
Obrigada por quem está acompanhando e obrigada novamente pelos reviews! Fiquei muito feliz!!!
Pra quem quiser, aqui segue meu twitter! Futuramente pretendo dar curiosidades e alguns spin-offs da fic! @amethystnnott
Até mais gente!!