Pokemon D&N escrita por Mr B


Capítulo 4
POKEMON: D & N: #04: Travessuras ou Travessuras


Notas iniciais do capítulo

No meio da madrugada, algo está acontecendo.



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    [23:15- ROTA 46 - Quinta-feira]

   Era de Madrugada já, e como não encontramos nenhum centro Pokémon ou nenhuma residência a vista, decidimos acampar, a sorte é que o saco de dormir que eu trouxe era grande o suficiente para mim e Daisy.

   A noite estava tranquila se som algum, até que em um pulo, me coloquei de pé assustado com um grito que Daisy acabara de dar.

   -OQUE FOI ISSO?! -Perguntei ainda assustado.

   -TI - Tinha uma pessoa parada nos olhando, ai ela deu um sorriso e depois derreteu.

   Fiquei meio descrente sobre o que Daisy falou, mas mesmo assim eu acalmei ela. -Isso não existe. -Afirmei. -Foi só um pesadelo.

   -N - não tio! Foi de verdade! eu vi.

   -Vamos apenas voltar a dormir, lembre-se que amanhã temos um dia de caminhada ainda.

   No fim eu abracei Daisy para que ela se acalmasse e conseguimos cair no sono novamente.

   [01:00- ROTA 46 - Sexta-feira]

   Senti um leve calafrio no pescoço e por isso cabei me acordando. Porém, pensei ser algo da minha mente até que senti uma lambida na minha nuca, virei o rosto de lado lentamente, e ali, parada me olhando tinha uma caveira, mais precisamente um rosto humano me encarando.

   -AHHHH! -Berrei ao me distanciar.

   -Tio? -Daisy ainda sonolenta se levantou e ficou me olhando.

   -D - D - Daisy... -Apontei na direção dela.

   Ela olhou para traz uma vez e pareceu ignorar, até que em alguns segundos ela olhou novamente e correu na minha direção.

   -WAHAHAHAHAH —Ria o rosto decapitado no chão.

   -Tio... -Daisy ia falar alguma coisa, mas aquele rosto cresceu de forma estupenda e veio voando em nossa direção com aquela grande e enorme boca aberta.

    Apenas corremos na direção oposta tentando fugir.

   -Tio! cadê o Totodile!

   -Eu esqueci eles na mochila! -gritei enquanto eu e Daisy fugíamos floresta a dentro.

    Depois de muito correr, chegamos a um campo aberto que brilhava a luz do luar, e então, só então, resolvi a me atrever a olhar para traz.

   -Ufa... -Disse Daisy ao ver que aquela coisa não estava mais nos perseguindo.

   O problema era termos que voltar para onde estávamos. -Temos que vol... - Daisy deu um leve puxão na minha camiseta.

   -Tio... -Disse ela ao apontar em direção ao gramado. -Uma casa.

   Realmente, uma casinha, pequena e de madeira, tinha luzes acessas. -Estranho. -Deixei escapar em um suspiro -Vem Daisy, precisamos saber o que ela aquela coisa ou pelo menos nos manter seguros.

   Andamos em direção a pequena casa, e quando chegamos, chamei por alguém ao bater na porta. -Alguém? por favor.

   Demorou alguns instantes até que a porta fosse aberta, e diante de nós, um casal de idosos aparecesse. -OH nossa. -Falou a senhora. -Oque duas crianças fazem sozinhos a essa hora da madrugada?

   -Entrem logo. -Disse o senhor. -Estão perdidos ou algo do tipo?

   Entramos, e a casinha realmente era pequena, três cômodos no máximo, quarto, banheiro e sala e cozinha juntos. -Acho que nos perdemos. -Falei.

   -Posso ver isso. -Disse a senhora. -Mas o que acontece?

   Expliquei o ocorrido, sobre a floresta e a caveira gigante que nos perseguiu, ambos pareceram se assustar mas também pareceram nos compreender.

   -Vocês tiveram sorte. -Disse o senhor. -Esse monstro que viram, na verdade e um demônio que assombra a floresta.

   -Assombra. -Falou Daisy ao se encolher e me abraçar.

   -Sim, muitos viajantes vem parar na nossa casinha quando fogem da criatura. Ela persegue aqueles que repousam na mesma, para pegar e roubar suas almas.

   -Nossa. -Falei assustado. -Então nos escapamos por pouco.

   -Sim escaparam antes. -Ambos deram um sorriso enorme mostrando dentes afiados. -MAS VOLTARAM PARA MINHAS GARRAS POR CONTA PROPRIA! MWAHAHA! -Ambos os senhores se transformaram em criaturas tão horríveis que não consigo nem descrever, Daisy gritou e se segurou firme em mim, naturalmente eu a abracei para protege-la.

   Ambas as criaturas voaram em nossa direção, e antes que nos alcançarem, um enorme buraco se abriu a baixo de nós, nos engolindo completamente. Um forte vendo soprou de todas as direções enquanto caiamos no limbo. A rajada de vendo foi tão forte que eu e Daisy acabamos voando em direções completamente diferentes, e me vi se afastar tanto que em menos de alguns segundos, eu estava preso, sozinho e envolto em um grande lençol de escuridão.

    [ ??:??- ??????? - Quinta-feira]

   Eu sentia minha cabeça doer, e então finalmente me dei conta que eu tinha desmaiado. -Totodile...  –Falei meio tonto. -DAISY! -Lembrei o que estava acontecendo, lembrei que Daisy se perdeu. Levantei e olhei para os lados, e me senti mais confuso ainda... eu estava preso em uma espécie de espaço totalmente nulo, sem cor, sem objetos, sem nada. Apenas eu, ali parado de pé. -DAISY!!!! -Gritei.

   Não demorou muito, e um ranger, igual ao ranger de uma antiga porta, ecoou atrás de mim.

   Me virei para ver o que era. -Uma porta?!... -Ali cravada no mesmo espaço que eu, uma porta entre aberta, eu simplesmente corri na direção dela a abrindo com rapidez e força. E para minha surpresa, a porta apenas me levou para um local mais confuso ainda. Se antes eu estava em um espaço nulo e vazio, agora eu estava em um local repleto de portas e escadas.

   Apenas me senti perdido e preocupado com Daisy, e como não tinha outra opção, caminhei escada a cima até a próxima porta, já que notavelmente seria a única forma de procurar por ela.

   Toda e qualquer escada que eu seguia, levava a uma porta que me levava a outra sala cheia de escadas e portas, não sei até quando fiquei andando, acho até que estava andando em círculos, porém, em um determinado momento eu escutei um som familiar vindo de algum lugar, parecia uma risada, uma risada distante.

   -Risos... -Falei a mim mesmo. E tentei seguir na direção dele.

    Não segui literalmente, fui apenas pulando de escadas em escadas conforme o som ficava mais próximo, e tomando muito cuidado para não cair no vasto espaço inexistente logo abaixo de mim.

    -Faz de novo! -Escutei de forma clara quando uma voz familiar disse.

    -Daisy! -Gritei. -Cadê você?! -Eu corri e saldei o mais rápido possível entre as escadas, até chegar em uma porta de tom roxo com um sorriso e olhos vermelhos desenhada nela. -Daisy! -Gritei ao abrir.

   -TIO! -Falou Daisy ao me ver. -Você me achou.

   Logo à frente de Daisy, tinha... bem... outra Daisy, idêntica, e fez cara feia quando me viu.

   -Tio? onde você estava? -Daisy correu até mim, a sala onde estávamos era apenas um pedaço de chão em xadrez, exatamente assim como você imaginou. -Pensei que você tinha me abandona-

   De repente entre nós, surgiu uma criatura horrível, igual aquelas os quais os senhores se transformaram, rosnou e berrou para mim. Admito que me assustei, não teria como não se assustar. Porém, mais assustador que isso, foi ver Daisy se desequilibrando e caindo no abismo escuro que nos rodeava.

   -DAISY! -Gritei e corri na direção dela, e do nada, como magica, tudo onde estávamos desapareceu em um grande som de "POOF!" e a realidade se mostrou, Daisy estava caindo em um abismo, e eu não ia poderia fazer nada. -DAISY!!!

   -Registro Pokémon detectado. -Disse a pokedex, quando a criatura passou voando rapidamente por mim e foi em direção a Daisy.

   Fiquei abismado olhando, enquanto o monstro, carregava a pequena menina em seus braços na minha direção.

   -Ainda procurando. -Intrigado e descrente, resolvi apontar a Pokedex para a criatura. -Gengar!—Disse ela. -Um Pokémon fantasma, ele é a ultimo estagio de Gastly. Gengar, assim como Gastly e Haunter, costumam ter um comportamento brincalhão, porem esse mesmo comportamento pode resultar em assustar treinadores desavisados.

   Assim como a casa desapareceu, Gengar mostrou sua forma original. -Daisy! -Corri em direção a ela. -Você está bem?

   -Sim, o Gengar me salvou. -Gengar me olhava desconfiado, mas quando voltava o olhar para Daisy, ele expressava preocupação.

   -Daisy... temos que ir. -Eu gostaria de capturar aquele Gengar, mas já estava tão cansado que só queria voltar para nosso pequeno acampamento e descansar.

   Daisy correu até Gengar e o abraçou, pensei que ela iria passar entre ele, mas o baraço foi firme. -Até mais Gengar. -E então ela voltou correndo até mim. -Pronto.

   Saímos andando para seja la onde deveríamos estar, até que Gengar se colocou no nosso caminho.

   -Gengar! gen, gengar! -Ele gesticulava com as mãos olhando para Daisy.

   -O que você quer Gengar? -Perguntei me abaixando e o olhando cara a cara. E para minha surpresa, ele sabe usar Double Slap, senti as mãos dele batendo na minha cara, e então ele continuou falando com Daisy.

   -Eu não entendo... Gengar, o que você quer?

   Gengar foi do lado de Daisy e passou o braço dele sobre o ombro dela. -Gengar.

   -Você quer me abraçar?  -Gengar sinalizou que não com a cabeça, em seguida pegou a mão de Daisy deu alguns passos para frente fazendo ela o seguir. -Você quer andar comigo?

   Nesse instante eu saquei oque Gengar queria, e me surpreendi com a sorte da pequena Daisy.

   -Daisy! ele quer viajar com você. -Falei, e se antes Gengar me acertou dois tapas, agora ele sorriu para mim e fez o sinal clássico de positivo com o polegar dele.

   -Comigo? vir comigo? -Daisy saltou um grande e largo sorriso. -Mas como vou te levar?

   -Sua masterball! -Pensei rápido em como voltaríamos para nosso acampamento. -Gengar, você nos leva para onde estávamos antes de tudo, e então você pode ficar com Daisy.

   Acho que em menos de cinco minutos, retornamos. Gengar nos levou flutuando junto dele, e ao pousar, Daisy correu até sua mochila e voltou com a Masterball em mãos. -Gengar, você tem certeza?

   -Gengar. -Gengar acertou um tapa na pokebola, em seguida a mesma se abriu e enquanto ele começava a ficar em um tom de vermelho transparente, ele demostrava um sorriso de felicidade, não o mesmo sorriso natural que um Gengar tem, e sim, um de felicidade.

   Quando a pokebola fechou, Daisy virou lentamente na minha direção e apontou a pokebola para mim. -Eu tenho um Pokémon. -Falou ela sorrindo.

   -Não sabe o quanto estou feliz. -Claro que senti inveja da pequena Daisy basicamente ganhar um Gengar, mas fiquei feliz por ela também. -Vamos dormir agora, temos que continuar andando amanhã.

   E então, depois de uma noite cheia de sustos, e assombração. Finalmente caímos no sono.


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