Pokemon D&N escrita por Mr B


Capítulo 37
POKEMON: D&N #37: O infinito breu nos corredores do navio.


Notas iniciais do capítulo

Sabendo que durante a madrugada, alguns pokemon Noturno e Fantasma dão as caras no navio, Drem decide procurar por seu pokemon Noturno favorito.



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[12:20 -Algum local do oceano -Sábado]

            A noite no navio, foi tranquila como deveria ser. Às vezes dava para sentir o balançar por causa das ondas, mas nada que alguém que ame pokemon aquáticos não aguente.

            -O Navio é bem grande mesmo. -Decidimos andar um pouco para explorar o grande navio, já que da última vez não tivemos a oportunidade.

            -É grande sim, levantei de madrugada para ir ao banheiro e quase me perdi. -Purple deu de ombros. -Pelo menos descobri que alguns pokemon fantasmas e noturnos andam pelo navio durante a noite.

            Nos sentamos à beira da piscina, deixando os pokemon a vontade. -Como assim? Simplesmente andam?

            -Sim, até falei com o capitão hoje mais cedo sobre isso. Ele disse que por ser um navio tão grande, algumas entradas de ar e tubulações são largas permitindo a entrada de alguns tipos fantasmas e noturnos, como eles não causam problemas a empresa permite a moradia deles.

            -E quais são os pokemon?

            -Eu vi um Misdreavus. Mas o capitão falou que não muito raro, pode ser encontrado desde Gastly a até Murkrow.

            -Você disse MURKROW?! -Quando dei por mim eu estava segurando Purple pelos ombros.

            -Sim... pode me soltar.

            -Ah desculpe. -Fiquei meio empolgado em saber que Murkrows viviam ali no navio. -Hoje à noite eu irei capturar um Murkrow!

            -É esse o pássaro que você queria? nós passamos pela zona safári e você nem se deu o trabalho de pensar em capturar um.

            -Como eu ia saber que teria um Murkrow na zona safári?

            -É o obvio.

            -Croconaw. -Quando olhamos na direção de Croconaw, ele literalmente nos deu um banho com seu jato d'água.

            -DREAM! -Gritou Purple. -PORQUE ELE FEZ ISSO?! -Ela se colocou de pé e então uma de suas pokebola se abriu liberando seu Bayleef.

            -Bay bay! -O pokemon se ergueu ficando só em suas patas traseiras, apoiando as dianteiras nas costas de sua mestra, a empurrando para dentro da piscina.

            Demorou alguns segundos para Purple emergir, mas não nos preocupamos pois ela emergiu reclamando.

            -Bayleef! oque foi isso?! -Gritou ela subindo pela escada da piscina.

            -BAY! —Afirmou o sorridente pokemon.

            -Ótimo! venha Bayleef, preciso me secar! -Seguida por Bayleef, Purple saiu de nossas vistas, creio que foi ao banheiro ou ao quarto se trocar.

            -O que aconteceu com a "tinta”? -Daisy após conviver com Gengar, aprendeu a se materializar assim como seu pokemon.

            -Eu não sei, acho que foi uma pegadinha e no fim ela estava toda encharcada. -Me levantei mostrando o quão encharcado eu também estava. -O tio também acabou se molhando, vou me trocar e logo retorno aqui.

            Segui até nosso quarto, Croconaw e Eevee me seguiram, como sempre fazem. E após ver o pequeno Eevee me seguindo, foi a primeira vez que pensei em oque ele se tornaria, e qual seria a evolução que eu teria.

            -Ee. -Disse o pequeno pokemon ao perceber que o encarava.

            -Vem aqui. -O peguei em meus braços o olhando em seus olhos. -Você é meu mais novo pokemon, e você sabe que é um tipo raro no qual tem várias evoluções. Então eu não quero forçar você a nada, quero apenas que evolua da sua forma. E quando se decidir, basta me dizer o que escolheu. -De forma sorridente, o pequeno pokemon apenas concordou e se aconchegou em mim.

            [03:12 -Algum local do oceano -Domingo]

            Finalmente, já era de madrugada e por isso me levantei para ir atrás de um Murkrow, e para noite, resolvi levar Trapinch e Marril comigo. Deixei Croconaw dormindo junto dos demais.

            -E então pessoal, prontos para me ajudar? –Sussurrei enquanto andávamos nos corredores do navio.

            —Marril.

            -Pish!

            -Purple disse que pokemon do tipo Noturno e Fantasma andam pelos corredores, vamos prestar bastante atenção pessoal.

            Nunca pensei que o navio seria tão escuro e sombrio durante a noite, existiam as luzes que ficam em uma distância grande umas das outras e isso dava trechos enormes de puro breu. Era bastante gelado também, e os sons das ondas batendo no navio eram mais nítidos devido ao silencio da madrugada.

            Às vezes eu sentia um arrepio na espinha, e acabei lembrando da noite em que conhecemos Gengar, acho que foi o dia o qual mais me assustei, todas aquelas mudanças de local, sustos e monstros aparecendo o tempo todo. Eu nunca imaginaria que aquilo foi feito pelo Gengar, e não imaginaria que um pokemon capaz de fazer tantas coisas se tornaria amigo de uma garotinha inocente.

            Nheac —Parecia o barulho de uma porta abrindo.

            -Atenção pessoal, pode ser um Murkrow. –Seguimos andando silenciosamente na direção do som, a luz era quase inexistente e mal enxergávamos o que existia na luz mais distante no corredor, e então após alguns passos chegamos em uma porta aberta, paramos por alguns instantes diante dela, até que uma mão preta surgiu do meio do escuro, em seguida uma grande sombra se mostrou diante de nós, tinha cabelos liso e comprido, de um tom tão escuro que chegava a superar o escuro da noite.

            -PISH! –Gritou Trapinch subindo nos meus braços, e confesso que me assustei também mas engoli o grito para não acordar os demais.

            -O que querem no meu quarto? –Disse a sombra, que graças à luz da lua que se manifestou na pequena janela, podemos ver que se tratava de uma mulher de pele clara e corpo esbelto, usava uma camisa polo em tom de azul escura, calça jeans e luvas pretas, cabelos compridos e soltos, olhar penetrante combinando com seus olhos castanhos, e usava um jaleco igual ao de minha irmã. –É falta de educação escutar atrás da porta. Oque estão fazendo acordados?

            -E – Eu estou à procura de Noturno. –Ela passava uma sensação meio ruim, acho que era devido a sua expressão séria.

            -Noturno? –Disse ela. –Por acaso estamos na mansão Xavier? Se caso estivermos eu quero um autografo. –E assim aquela feição seria desapareceu, dando lugar a uma mulher mais cômica.

            -O capitão disse que pokemon noturno e fantasma costumam vagar pelo navio durante a noite.

            -A sim, disso eu sei desse que embarquei aqui. –Disse ela fechando a porta de seu quarto. –Mas isso não justifica um jovem estar acordado a essa hora da madrugada. Treinador?

            -Sim! –Afirmei com orgulho em meio à noite. –Queria achar um Murkrow.

            -Eu também estou à procura de um desses, colocando dessa forma.

            -Serio? Também gosta dele? –Reparei que nem ao menos nos apresentamos. –Ah. Me chamo Dream.

            -Dream? Acho que já ouvi esse nome antes. –Cruzando os braços, ela parecia querer lembrar de algo. –Bem, tanto faz. Me chamo Sabrina. Sou uma cientista e estou à procura de tipos noturnos para uma pesquisa secreta.

            -Parece legal. Que tipo de pesquisa?

            Ela deu de ombros. –É secreta ué, e mesmo que eu te contasse, você acabaria esquecendo tudo depois.

            Um clima de mistério pairou sobre a conversa, me lembrando da conversa rápida que tive com Rose quando ela me falou sobre Empeam e Empare, acho que era esses os nomes dos pokemon.

            -Acho que está na hora de dormir não é mesmo? Melhor ir para o seu quarto.

            -Não, não. –Falei fazendo aquele gesto clássico com o dedo. –Só depois de encontrar um Murkrow.

            -Não seja mal educado. –Disse ela. –Quer que minha mão decole e pouse na sua cara? Jovens como você, precisam ter uma noite boa de sono para crescerem fortes e saudáveis.

            Essa frase me lembrou um pouco a mamãe falando. –Preciso aprender a viver no escuro, por causa das mais densas florestas que existem.

            -Nada disso. –Disse ela me empurrando na direção oposto a dela, em meio ao escuro e som de oceano. –Hora de dormir, prometo que te dou um Murkrow se eu encontrar algum.

            -Mesmo? –Não entendi o porquê de tudo isso, fiquem sem entender até o porquê de eu estar obedecendo.

            -Claro agora vá. –Sabrina fez um gesto com a mão, como se estivesse limpando sujeira, ou mandando alguém sair de sua casa. –Vá dormir e viver em um local maravilhoso chamado mundo dos sonhos.

            Essa frase envolvendo sonhos, me lembrou Rose, como um flash, perguntei algo para Sabrina sem nem pensar duas vezes, e vi de perto um olhar sinistro que pareceu ver o mais fundo da minha alma. –Você já ouviu falar de Empeam e Empare?

            Aquele olhar que misturava surpresa e desconfiança, até mesmo desprezo. Me gelou o coração por longos três segundos que fui vítima daquele olhar.

            -Ouvi falar do que?

            -Dois pokemon novos existentes, que tem ligação com- -Então fui interrompido.

            -Dois novos? Devem existir milhares de espécies que ainda serão descobertas. Se não me engano existem registrados hoje em dia, um pouco mais de 800, sem contar os 60 ou mais da região de Tântalo.

            -Tântalo?

            -Sim, uma região que concentra bastante tipo fadas, fica a alguns quilômetros de Kanto, depois de passar por um oceano enorme você chega lá.

            Ela parecia saber bastante sobre o mundo pokemon, nem em minhas aulas de geografia eu ouvi falar dessa região. Pelo menos não que eu me lembre.

            -Bem, não vou pedir de novo, é hora de dormir. Vá logo.

            Ainda me pergunto o porquê que obedeci ela, acho que foi porque lembrei de minha mãe me mandando dormir após acordado noite a dentro.

            Indo na direção de meu quarto, senti um calafrio enorme percorrer todo meu corpo, e engolindo a seco me atrevi a olhar para traz, e para minha tranquilidade, não existia nada além de escuridão e as luzes do navio.

            -Marril? —Disse o pokemon preocupado em meu ombro.

            Segurei firme o Trapinch que se aconchegava em meus braços. –Não foi nada Marill, só achei que alguém estava nos observando.

            -Rill? —Marril sorriu, parecendo debochar de mim.

            -Não é nada disso. –Falei ao entender a provocação. –Não estou com medo, foi apenas impressão minha.

            -Hi- Rill.

            -Pare de rir, já falei que não é medo.

            -Marill. –Cruzando os pequenos braços, Marill fingiu esquecer que debochava de mim.

            Segui andando em meio à o breu do navio, até chegarmos a porta de nosso quarto. E ao tocar na maçaneta, senti outro calafrio, novamente engoli a seco e fiz Marill e Trapinch retornarem a pokebola. –Acho que não foi uma boa ideia sair à noite no navio... não hoje... –Falei a mim mesmo entrando em nosso quarto e deitando-me na cama adormecendo logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Uma cientista? uma nova região? novos pokemon? oque você acha sobre tudo isso?