Pokemon D&N escrita por Mr B


Capítulo 26
POKEMON: D&N #26: Um quebra-cabeça de duas peças.


Notas iniciais do capítulo

O normal desse mundo, é capturar pokemon.
Mas existem casos, onde o destino faz você ser capturado por um pokemon.



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[15:16- Rota 39 - Quarta-feira]

            A rota 39 era bonita como as demais, grandes gramados e arvores, e como sempre algumas casinhas ao horizonte.

            -Está tudo bem ai Eevee? -Meu Eevee era tão pequeno, literalmente o mais novo do time.

            Daisy andava junto de seu Gengar, acho que de todos os pokemon do grupo, Gengar e Croconaw são os únicos que ficam fora da pokebola.

            -E então. -Disse Purple ao se aproximar. -Já sabe o que vai ser do seu Eevee?

            -Como assim?

            -Você sabe! Eevee tem várias possibilidades de evolução, basta você escolher uma.

            Conheço algumas das evoluções do Eevee, mas acho que não é hora para escolher isso. -Bem, acho que ainda não é o momento para pensar nisso.

            Purple apenas deu de ombros.

            -A gente tá chegando? -Pergunta clássica de criança.

            -Acho que falta mais um dia de caminhada para chegarmos. -Daisy se jogou em Gengar quando Rogério terminou de falar.

            -Croco.

            Croconaw tentava falar alguma coisa. -O que foi Croconaw?

            -Croco, naw. -Ele apontou para minha mochila que só então percebi que estava mais leve.

            -Eevee?! -Falei assustado.

            -Naw. -Croconaw apontou na direção de uma arvore com grandes folhagens, que produzia uma sombra gigantesca. E ao pé da arvore estava Eevee.

            Corri na direção dele o erguendo do chão quando me aproximei. -Como você fez isso sem eu nem notar?!

            -Ee! -Era impossível ficar bravo com um recém-nascido quando ele sorria.

            Coloquei Eevee na mochila novamente. -Vamos indo. -Foi quando Eevee apontou sorridente para a arvore, na direção de um buraco.

            E só então notamos dois olhões vermelhos na arvore. -Um Hoothoot. -Falou Rogério com um tom de animação.

            -Eu preciso desse pokemon. -Purple sacou uma pokebola.

            Se não me engano, Hoothoot é um pequeno pássaro, bonitinho mesmo, mas o pássaro que quero para meu time é outro. Por isso deixei os dois discutirem.

            -Você quer ele? -Purple se mostrou determinada.

            Ao ver a expressão de Purple, Rogério meio que se retraiu. -Bem, sim.

            -Uma batalha pokemon! o vencedor fica com o Hoothoot. -Rogério encarou Purple por alguns instantes em completo silencio.

            -Vocês sabem que o Hoothoot pode acabar fugindo. -Falei.

            -O que é um Hoothoot tio?

            -Uma corujinha de olhos grandes.

            -E então Rogério? Oque me diz? -Purple insistia. -De certa forma ainda vai ser um treino, e você sabe que treinos são sempre bem vindos, já que seu Venip- -Rogério arremessou a pokebola na direção do toco de arvore onde Hoothoot está, sem nem mesmo terminar de ouvir Purple. -Ei! espera! -Gritou ela.

            A pokebola bateu em Hoothoot o capturando para nosso espanto.

            -Ei! -Purple falava indignada. -Desde quando isso é uma batalha pokemon?! você só jogou a pokebola!

            -Eu não pensei que fosse capturar de primeira, isso é estranho demais. -Rogério foi até a arvore pegando a pokebola. -Hoothoot? -A pokebola se abriu mostrando o pequeno pássaro que mais aprecia uma bolinha.

            -Isso não é bom. -Falei me aproximando. -Ele não deveria ser só marrom? -Hoothoot tinha uma coloração meia rocha avermelhada na testa.

            -Foi por isso que capturei ele. -Disse Rogério. -Ele está envenenado, algum pokemon o envenenou, sabia que não deveria ser tão fácil assim.

            -Oh nossa. -Purple se revirava a mochila a procura de alguma coisa. -O pior é que não tenho remédio algum, e Olivine está longe daqui ainda.

            Essa situação me lembrou de Pyroar, quando Rose ajudou ele a se recuperar.

            -Eu acho que sei o que fazer. -Falei sacando a pokebola de Granbull. -Granbull, lembra quando Pyroar estava ferido e envenenado, e Rose pediu para buscar uma fruta azulada? -Com o rosto sério, ele assentiu que sim. -Por favor, procure por ela novamente. -Dessa vez Granbull passou por mim acariciando meu cabelo o deixando desarrumado, e saiu a correndo em direções as arvores.

            -Gengar, por favor, cuida desse passarinho igual você fez com Gengar. -Seguindo o pedido de Daisy, Gengar se aproximou de Hoothoot colocando a mão sobre a cabeça dele, e o mesmo pareceu ficar mais tranquilo.

            Alguns minutos depois, Granbull voltou com as frutas que pedi, mesmo carrancudo, esse pokemon tem um bom coração.

            -Obrigado Granbull. -Falei, e no mesmo tempo ele acertou uma porrada na pokebola em minha cintura e voltou para dentro da mesma. -Isso doeu. -Falei com o quadril meio dolorido.

            -Me empresta isso. -Rogério tomou de minhas mãos as berries.

            -Você sabe o que fazer com isso? -Perguntei.

            Purple e Daisy apenas observavam desde o início.

            -Sei sim, estudei bastante sobre pokemon, sei o que essa fruta faz. -Ele quebrou a fruta no meio. -Uma pequena porção disso e um bom descanso, vai ajudar esse pequeno a melhorar. -Rogerio espremeu um pouco do suco da fruta no bico de Hoothoot, o acariciou pedindo desculpas por ter capturado ele, e o recolheu para a pokebola.

            -Olha, esse Hoothoot deveria ser seu mesmo. -Purple parecia meio envergonhada. -Eu não saberia o que fazer nessa situação, acho que eu nem ao menos veria ele após capturar.

            -Isso é muito ruim de se pensar, ser treinador não é apenas capturar e capturar. -Rogério me lembrou um pouco a Rose falando. -Você precisa também, saber dar atenção e a saúde, alegria, e aparência de seu pokemon.

            -É, eu tenho muito o que aprender ainda.

            -Esse Hoothoot teve sorte de nos encontrar eu acho. -Rogério olhava pala a pokebola em sua mão. -Acho que vou libertar ele após se recuperar, é injusto demais capturar um pokemon moribundo.

            -Porque? você o capturou, ele é seu.

            -Não e bem assim Purple. -Lembrei-me das palavras de Rose. -Capturar um pokemon ferido pode machucar ele seriamente, não fisicamente. Mas psicologicamente.

            -Como vocês sabem tanto sobre pokemon?

            -Na verdade não sei muito, o pouco que sei é porque estava viajando com minha irmã e ele é cientista e pesquisadora pokemon. Então o conhecimento é bônus.

            -Você ta explicado, mas e o Rogério?

            -Boa parte do meu conhecimento é porque estudei muito sobre todos e variados tipos de pokemon, já a outra parte e por conta da irmã de Dream também.

            -Quem sabe um dia você a conheça.

            [20:15 - Rota 39 - Quarta-feira]

            Ainda faltava muito para chegar em Olivine, e assim como sempre, acampamos na floresta mesmo.

            Usando a Fire Fang de Granbull, fizemos uma fogueira para nos aquecer durante a noite, e logo nos sentamos em torno dela para nos prepararmos para dormir.

            -O que vamos comer hoje? -Disse Max.

            -Marshmallo eu acho. -Puxei um saco de dentro da mochila. -Temos pouco mantimentos, temos que chegar logo em Olivine.

            Cravamos alguns Marshmello em gravetos e derretemos eles na fogueira para comer, já que era o mais próximo de refeição que teríamos.

            Rogério ficava olhando para a pokebola de Hoothoot, dava para notar que estava preocupado. -Como está o Hoothoot? -Perguntei.

            -Não sei, na verdade estou com medo dele não ter melhorado.

            -Vamos descobrir isso logo, tire ele da pokebola. -Purple parecia sonolenta.

            -E se eu tirar ele da pokebola e sair um cadáver?

            -Vamos descobrir isso. -Coloquei a mão sobre a pokebola ao encarar Rogério.

            Ele engoliu a seco e assentiu que sim. -Hoothoot, esteja bem. -O brilho da pokebola foi ao chão tomando a forma redonda de Hoothoot, e para a alegria de Rogério o pokemon estava dormindo.

            -PRU...—Ele parecia sonolento ainda, mal abria os olhos.

            -Croconaw. -Croconaw respirou aliviado, na verdade todos ficamos aliviados.

            -Pelo visto você está bem. -Hoothoot olhou para Rogério girando a cabeça daquela forma sinistra que todo Hoothoot sabe fazer.

            -Croco. -Croconaw se aproximou de Hoothoot, e ambos ficaram conversando por alguns minutos, Hoothoot as vezes virava o rosto e parecia estar querendo entender.

            Ficamos apenas conversando, acho que nesse momento, estava acontecendo o mesmo que aconteceu na conversa de Pyroar e Granbull, e por fim Hoothoot ficou encarando Rogério, e o treinador fez o mesmo.

            -Bem, acho que Croconaw explicou o que aconteceu, você está com a aparência ótima. –Acho que isso era uma despedida. –Você pode ir agora, não tem obrigação de ficar comigo. Não foi uma captura justa.

            -Pru —Hoothoot se aproximou pulando. –Pru! –Sorriu ele.

            -Acho que por forma de gratidão, ele vai seguir você. –Afirmei. –Igual ao caso do Teddyursa.

            -É isso mesmo Hoothoot?

            -Obvio o que é! –Gritou Purple. –O destino desse pokemon era ser capturado por você.

            Rogerio sacou a pokebola e apontou para Hoothoot. –Então você é meu novo companheiro?

            -Pru! —Hoothoot fez o mesmo que Granbull costuma fazer, ele mesmo encostou na pokebola e retornou para a mesma.

            Alegria foi o que ficou estampado no rosto do meu amigo. –Eu tenho um Hoothoot!

            -Não. –Disse Daisy. –É o Hutihuti que tem a você!

            De certa forma, mesmo errando o nome do pokemon, isso que Daisy falou fez sentido ou talvez não.

            Enfim, como já era tarde, novamente passamos a noite sobre o céu estrelado, e por mais que dormir em uma cama quentinha seja algo mil vezes melhor. Passar algumas noites vigiando as estrelas também é algo ótimo.


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