Pokemon D&N escrita por Mr B


Capítulo 20
POKEMON: D&N #20: Pétalas de rosa ao vento.


Notas iniciais do capítulo

O jardim perde uma de suas mais belas flores.



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—Ecruteak! -Gritei ao chegarmos. -Eu vim para vencer! -Alguns moradores que andavam de um lado para o outro acabaram me olhando se entender nada, nesse momento me senti um idiota.

            -Você não precisava ter gritado. -Comentou Rogério com o rosto vermelho.

            -Foi sem querer eu acho.

            -Bem, temos muito o que fazer, e antes que os dois saiam desafiando o líder de Ecruteak, é melhor descansar e treinar contra tipos fantasmas. Venham. -Rose seguiu na direção do centro pokemon. -Vamos nos alimentar.

            [08:30- Ecruteak -Centro pokemon - Domingo]      

            -Oi mãe! -Falei ao ver o rosto de Violet na tela da chamada.

            -Oi filho! Como está indo a jornada?

            -Está ótima, eu tenho uma insígnia já! a insígnia da nascente de Blackthorn.

            -O tio perdeu. -Disse Daisy ao se meter na chamada.

            -Perdeu? para quem?

            Fiquei meio sem grassa, mas já que Daisy se intrometeu. -Sim, perdi quando batalhei pela insígnia Glacial.

            -Ah filho, e você está bem?

            -Estou sim, foi minha primeira derrota, não vou me abalar! uma hora ia acontecer.

            Violet sorriu. -AH! sim! Rose está por ai? preciso falar com ela.

            -Rose! -Chamei. -A mãe quer falar com você.

            Quando chegou, Passei a ligação para ela e fui até mesa comer alguma coisa.

            -Aquela é sua mãe? -Perguntou Rogério quando me sentei ao seu lado.

            -Sim, é sim.

            -Rose é parecida com ela.

            -Eu sei.

            -E seu pai? -Sempre assim, o ato de perguntarem sobre minha mãe, leva eles a perguntarem sobre meu pai.

            -Não sei, para falar a verdade, na minha opinião eu acho que eu brotei no jardim e minha mãe me colheu.

            Rogério segurou o riso, mas a verdade é que não sei onde está meu pai, nunca vi ele então não tem nem ao menos como eu sentir falta dele.

            -Então pessoal! oque acham de irmos ao teatro? ou ao cinema? ou até mesmo batalhar só para se distrair. -Rose respirou fundo. -Esquece, a verdade é que vou ter que me despedir de vocês.

            -Como assim? -Perguntou Daisy.

            -Croco?—Croconaw também pareceu não entender.

            -Eu sou uma pesquisadora pokemon, cientista também. -Rose não parecia muito animada. -Eu tenho projetos para melhoria da vida no planeta no qual o laboratório que trabalho está pesquisando.

            -Eles estão te chamando? -Perguntei.

            -Sim, tentei dar uma escapada para relembrar o quão divertido era ser uma treinadora. -Rose começou a sorrir. -Parece que não posso tirar folga de uma pesquisa de anos. Então preciso retornar.

            Daisy começou a chorar e Gengar ao seu lado pareceu se desesperar.

            -Oque filha? -Perguntou Rose ao enxugar as lagrimas da pequena flor.

            -Você vai embora, e eu vou ter que parar de viajar com o Tio. -Eu sei que ela estava chorando, mas ela ficou um amor naquele momento.

            -Não minha pequena. -Rose falava de forma calma. -Você pode ficar com seu tio, mesmo sendo pequena, você se mostrou forte. E já possui dois pokemon. Mesmo que por teimosia. -Rose encerrou a frase com um beliscão no ombro de Daisy.

            -Então... Acabou? Não vai mais fazer parte dessa jornada.

            -Não meu irmão. -Rose não parecia abalada, na verdade acho que ela sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. -Vamos aproveitar minha companhia nesse último dia?!

            -Vamos. -Afirmamos em conjunto.

            Aprontamos nossas coisas, e nos arrumamos para passar a tarde, fizemos questão de deixar todos os nossos pokemon livres para aproveitar o dia.

            -Todos vocês. -Disse Rose. -Aproveitem a tarde para fazer o que quiserem fazer, mas quero todos e cada um dos dezesseis, de volta aqui no centro pokemon, as dezoito horas. Está certo?

            Todos os pokemon assentiram que sim, até mesmo o pequeno Venipede e Spinarak.

            -Granbull. -Falei.

            -Worf. -Sempre com a mesma expressão de raiva.

            -Quero que cuide disso para mim. -Entreguei o ovo pokemon e Granbull o pegou. -Eu confio em você para isso, pode tomar conta dele hoje?

            Ele me encarou por alguns instantes sem emitir som algum, mas em seguida concordou.

            -Certo, eu confio em você Granbull. -Depois disso, nosso grupo se separou, pokemon foram fazer o que "pokemon fazem" e nós seguimos para o cinema.

            [13:00- Ecruteak -Cinema - Domingo]

            -Que filmes veremos? -Disse Rogério olhando os cartazes.

            -Vejamos. -Rose olhou a cada um dos cinco cartazes. -Viajantes do tempo, Casulo da destruição, Mecanismo miraculoso, Vencedores de Sinnoh ou A lenda de Lugia?

            -Mecanismo miraculoso! -Daisy estava empolgada. -Vamos ver esse!

            -De acordo?

            -Sim. -Afirmamos.

            O filme durou quase umas duas horas, eu quase não prestei atenção, achei meio tedioso. Até mesmo Daisy, quem escolheu o filme, acabou dormindo. Mas como já havíamos pago, continuamos na sala até o fim.

            [14:45- Ecruteak -Shopping - Domingo]

            Após o ótimo filme, Seguimos andando pelo Shopping, comemos alguns lanches. E quando estávamos prestes a sair da praça de alimentação, eu vi uma coisa grande esmurrando uma máquina no fliperama do Shopping. -Não pode ser. -Me levantei e fui correndo até Granbull que ao me aproximar dava para ouvir os murros dele no jogo. -Granbull o que está fazendo?!

            -Grawf! -Ele parecia meio indignado, acho que ele se estressou batendo nos Diglett que saiam do jogo o tempo todo. Era uma daquelas maquinas onde você bate com um martelinho nos pokemon que saem do buraco.

            -Cadê o ovo?! -Perguntei empurrando ele para fora da loja.

            -Gruf. -Ele apontou para um banco logo a nossa frente. -WAHRF!!! -Ele pareceu se assustar, até mesmo colocou as patas sobre a cabeça olhando em várias direções, em seguida saiu correndo.

            Tentei não me preocupar, pois confiei a Granbull porque sabia que ele era capaz. Então apenas respirei fundo e voltei a mesa com o pessoal.

            -O que foi? -Perguntou Rose.

            -Granbull estava esmurrando uma máquina no fliperama.

            -Como você sabia que era o seu Granbull? -Disse Rogério.

            -Duvido que tenha outro Granbull estressado solto pela cidade.

            [15:15- Ecruteak -Shopping - Domingo]

            Permanecemos mais algum tempo no shopping, pois Rose encontrou uma loja de roupas e bem se dizer arrastou Daisy para dentro dela para vestir e trocar de roupas mais de quinhentas vezes. No fim, a única diferença em Daisy, era um lacinho no canto esquerdo da franja.

            O dia foi passando e andamos de um lado ao outro visitando vários locais, em um momento passamos perto do Ginásio de Ecruteak, e um pouco mais ao fundo, dava para ver uma grande torre, que basicamente brilhava de tão bela.

            -Tim Tower. -Disse Rose. -Linda não é mesmo?

            -Demais... -Realmente essa torre era linda.

            -Tem uma lenda, que diz que a Tim Tower é o lar de Ho-oh, uma das grandes aves de Johto.

            -"Aves"? Quantas são?

            -Ho-oh e Lugia. -Disse Rogério. -Antigamente existiam duas torres, onde Lugia e Ho-oh habitavam, certa vez a torre de Lugia foi atingida por um raio e queimou durante três dias e noites, levando a morte de três pokemon que ficaram presos dentro dela.

            Rose pegou a explicação de Rogério e continuou. -Ho-oh, compadecido com a morte dos três pokemon indefesos, os deu uma segunda oportunidade de caminhar sobre a terra os ressuscitando e os transformando nos três cães lendários.

            -Entei, Raikou e Suicune. -Completou Rogério. -É uma história linda, dizem até hoje, que é possível ver Ho-oh voando pelos céus, e Lugia nadando nas profundezas do oceano.

            -Dizem também, que se um treinador ver Ho-oh no início de sua jornada, ele vai ter uma vida de vitorias. Por ser abençoado por um dos grandes pássaros.

            -Pokemon lendários... gostaria de ver um. -Rose olhou na minha direção.

            -Seria bom vocês visitarem Tim Tower, melhor ainda! Seria bom visitarem tanto Tim tower, quanto Burned Tower.

            Fiquei realmente com vontade de visitar as torres, conhecer o local de um dos pokemon lendário da região onde se mora, deve ser mais que incrível.

            O dia continuo passando e continuamos aproveitando aqueles últimos momentos de Rose na nossa jornada. E então quando o relógio acusou dezoito horas.

            [18:00- Ecruteak -Centro pokemon- Domingo]

            -Parece que estão todos aqui. -Disse Rose ao colocar sua mochila dentro do Taxi.

            -Santo Arceus o que aconteceu com vocês?! -Sem exceção, a expressão nos rostos de todos os pokemon era de exaustão, e ainda por cima estavam sujos pareciam ter lutado em uma guerra.

            Granbull andou até mim e quase me fez comer o ovo que ganhei, em seguida ele deu um tapa na sua pokebola que estava na minha cintura e retornou para dentro dela. Logo em seguida fizemos o mesmo com cada pokemon, cada um voltou para sua devida pokebola.

            -Bem então é isso. -Disse Rose ao abraçar Daisy. -A mamãe ta voltando para New Bark, mas você pode continuar com seu tio.

            -Ta bom mãe. -Daisy se emocionou um pouco, mas não chegou a chorar como antes.

            -Dream. Não é porque não vou estar aqui, que você deve sair desafiando a todo mundo sem pensar nas consequências, respire fundo e faça boas escolhas.

            -E você Rogério. Mesmo sendo meio tímido, você parece ser o mais maduro entre esses dois, e parece também ter um grande potencial. -Rose fez um sinal de "ok" com o polegar. -Acredite mais em seus pokemon, você vai se surpreender com o que pode acontecer.

            -Certo. -Como sempre, Rogério corou um pouco.

            -Então é isso, Foi bom enquanto durou. -E então Rose abraçou Daisy mais uma vez, falando para ela se cuidar, e que só deixou ela ficar porque a pequena se mostrou apta a cuidar de si mesma, em seguida ela entrou no taxi, e quando ele deu partida, até doeu um pouquinho se separar de Rose, foi por mais ou menos duas semanas, mas foram duas semanas inesquecíveis que vivemos juntos nessa jornada. Antes de ir, Rose ainda entregou quatro pokebolas para Daisy, isso a deixou feliz, como um último presente.

            Mas no demais, minha jornada ficou com um companheiro a menos, mas vou continuar lembrando de tudo que aprendi com Rose nesse pouco tempo viajando juntos.


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Notas finais do capítulo

Você acompanhou aqui, a tarde de Dream e seus companheiros.
Mas oque aconteceu com os pokemon? que tipo de aventura eles tiveram? Porque estavam tão exaustos? ... Quem sabe logo você descubra.



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